quinta-feira, 31 de julho de 2025

Impedimento? Entenda por que o VAR anulou o gol do Palmeiras

Jogadores do Corinthians e Palmeiras se desentendem após lance no clássico da Copa do Brasil – Foto: Reprodução

No confronto entre Corinthians e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o gol de empate marcado por Maurício no segundo tempo foi anulado por impedimento de Gustavo Gómez após análise do VAR. O Corinthians já vencia por 1 a 0. A jogada ocorreu aos 36 minutos, após cobrança de falta: Gómez ajeitou de cabeça e Maurício completou. O árbitro Wilton Pereira Sampaio validou a marcação feita pelo vídeo‑árbitro, que traçou a linha no momento da batida da bola.

A regra da FIFA determina que o impedimento ocorre quando qualquer parte da cabeça, corpo ou pés do jogador está mais próxima da linha de fundo do adversário do que o penúltimo defensor e a bola. A linha foi traçada na cabeça de Gómez, que apareceu ligeiramente à frente do defensor Raniele no momento da cobrança. Membros superiores não contam para esse cálculo — o limite é a base da axila.

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, detonou a arbitragem após o fim da partida: “Estamos no século 21, e trabalhamos com ferramentas do século passado”, afirmou. Ele rebateu ainda a interferência do VAR em decisões-chave da partida: “O VAR que apita e decide. O mesmo VAR marcou o pênalti, invalidou o gol… é muito mal assistir a isto na televisão”.

Fonte: DCM

Lula é o político mais bem avaliado do Brasil, mostra pesquisa AtlasIntel

Presidente tem imagem positiva superior à de todos os principais nomes da política nacional, segundo levantamento feito em parceria com a Bloomberg

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Entregas do Governo Federal ao Vale do Jequitinhonha. Parque de Eventos de Minas Novas, Minas Novas - MG. 
Foto: Ricardo Stuckert / PR (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

De acordo com a pesquisa Latam Pulse – Brasil, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg entre os dias 25 e 28 de julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o político com a melhor imagem no país. O levantamento apontou que 51% dos entrevistados disseram ter uma imagem positiva do presidente, enquanto 48% afirmaram o contrário.

A sondagem mediu a percepção popular sobre diversos líderes políticos. Nenhum outro nome obteve resultado tão positivo quanto Lula. O segundo colocado foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 48% de imagem positiva e 51% negativa. Na sequência aparecem Marina Silva (47% positiva), Geraldo Alckmin (47%) e Tarcísio de Freitas (46%). Já Jair Bolsonaro foi avaliado positivamente por 45% dos entrevistados, mas teve rejeição de 55%.

☆ Série histórica reforça vantagem de Lula sobre adversários - A evolução temporal dos índices de imagem mostra que Lula mantém uma liderança relativamente estável na percepção pública ao longo dos últimos meses. Os dados da série histórica revelam que, desde outubro de 2024, o presidente tem oscilado entre 51% e 60% de avaliação positiva, sempre à frente dos seus concorrentes diretos, como Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, cujas avaliações negativas são superiores às positivas em praticamente todo o período analisado.

☆ Aprovação do governo se divide, mas Lula segue com leve vantagem - No mesmo levantamento, a taxa de aprovação pessoal do presidente ficou em 50,2%, ligeiramente acima da reprovação, que foi de 49,7%. Embora a margem seja apertada, ela indica um equilíbrio entre apoiadores e críticos do atual governo. Já a avaliação do desempenho da gestão federal mostra um cenário ainda mais polarizado: 48,2% classificaram o governo como "ruim/péssimo", contra 46,6% que o consideraram "ótimo/bom" e 5,1% como "regular".

☆ Comparações com Bolsonaro favorecem Lula em áreas sociais - Quando comparado ao governo anterior de Jair Bolsonaro, Lula se saiu melhor na avaliação de políticas sociais e ambientais. Para 51% dos entrevistados, o atual governo tem desempenho superior na área de direitos humanos e igualdade racial. Outras áreas bem avaliadas incluem moradia, meio ambiente e cultura. No entanto, Lula foi considerado pior do que Bolsonaro nos temas ligados à política econômica e tributária, como impostos, investimentos e responsabilidade fiscal.

☆ Avaliação dos acertos e erros do governo Lula - A pesquisa também identificou a percepção sobre decisões específicas do governo. Entre os destaques positivos, os entrevistados apontaram como principais acertos a gratuidade de medicamentos no Farmácia Popular, a sanção da lei das passagens com tarifa zero e o retorno do programa Minha Casa, Minha Vida. Já medidas como a taxação de apostas e a tributação de compras internacionais foram vistas majoritariamente como erros.

A pesquisa ouviu 7.334 brasileiros entre 25 e 28 de julho de 2025 por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de um ponto percentual e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: Brasil 247

Lula é convencido de que tarifa de Trump pode ajudar governo; entenda

Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) foi convencido por aliados de que o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil pode ter efeitos políticos positivos para o governo — ao menos no curto prazo, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

A avaliação, feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de que a medida dos EUA, apesar do impacto comercial, pode ajudar o Planalto a enfrentar uma de suas maiores dores de cabeça: a inflação dos alimentos.

De acordo com os ministros, itens como café e carne, que foram sobretaxados em 50% e devem perder mercado nos Estados Unidos, terão de ser escoados internamente, o que pode reduzir seus preços no Brasil. Isso pode aliviar a alta nos alimentos, um dos fatores que puxam para baixo a popularidade de Lula nas pesquisas.

Já produtos como suco, celulose, petróleo e aviões ficaram de fora da sanção, o que minimiza o impacto sobre empregos e empresas brasileiras.

Lula cobra Alckmin e Haddad, e diz que política é para quem gosta
O presidente Lula conversa com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Reprodução

Aliados avaliam ainda que a postura firme do presidente petista frente a Trump pode trazer dividendos políticos. Lula tem adotado um tom de enfrentamento calculado com os EUA, sem escalar a tensão, mas também sem recuar.

“Em nenhum momento o Brasil vai negociar como se fosse um país pequeno diante de um país grande” e “Estamos preocupados, mas não com medo” são frases que Lula disse em entrevista ao The New York Times, publicada sob o título: “Ninguém desafia Trump como o presidente do Brasil”.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Lula lidera com folga no 1º turno e vence todos os adversários no 2º em 2026, diz Atlas


O presidente Lula, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas – Foto: Reprodução

Nova pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quarta-feira (31) mostra que o presidente Lula (PT) lidera com folga as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026 em todos os cenários simulados.

No primeiro turno, o atual mandatário aparece com 48,5% das intenções de voto em dois cenários distintos: um contra Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outro contra Michelle Bolsonaro (PL).

No cenário com Tarcísio, o governador de São Paulo tem 33%, enquanto os demais candidatos somam 15,7%. Apenas 2,8% dos entrevistados afirmaram não saber em quem votar ou disseram que votariam branco ou nulo. A vantagem de Lula nesse caso é de 15,5 pontos percentuais, crescimento de 4,9 pontos em relação à pesquisa anterior.

Intenção de voto para presidente em cenário com Lula – Foto: AtlasIntel

Contra Michelle Bolsonaro, Lula mantém os mesmos 48,5%, enquanto a ex-primeira-dama aparece com 29,7%. Outros candidatos somam 20,5% e 1,6% dos eleitores não souberam responder ou declararam voto branco ou nulo.
Lula lidera intenções de voto para presidente em 2026 com 48,5%, seguido por Michelle Bolsonaro (29,7%) – Foto: AtlasIntel
Já em um cenário sem Lula, com Fernando Haddad (PT) como candidato, o ministro da Fazenda empata tecnicamente com Tarcísio: 34,2% contra 33,8%. Ciro Gomes (PDT) surge com 8,5% e os demais candidatos somam 14%. Indecisos ou votos brancos e nulos chegam a 9%.
Intenção de voto em cenário sem o presidente Lula – Foto: AtlasIntel
Nos cenários de segundo turno, Lula também vence todos os possíveis adversários, incluindo Jair Bolsonaro. Contra o ex-presidente, o petista tem uma vantagem de 3,8 pontos percentuais, que cresceu 2,3 pontos entre junho e julho, segundo o levantamento.
Lula lidera em todos os cenários de 2º turno na disputa pela Presidência em 2026 – Foto: AtlasIntel
A pesquisa AtlasIntel ouviu 7.334 adultos no Brasil entre 25 e 28 de julho de 2025, por meio de recrutamento digital aleatório (RDR), que garante anonimato e reduz vieses. A margem de erro é de ±1 ponto percentual, com 95% de confiança. A amostra é representativa por sexo, renda e região.

Fonte: DCM

VÍDEO – Sarney sai em defesa de Moraes e critica sanções dos EUA: “Injustiça”


O ex-presidente José Sarney e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O ex-presidente José Sarney saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a aplicação da Lei Magnitsky pelo governo de Donald Trump. A declaração foi feita durante o XVI Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre).

“Eu quero apresentar a minha solidariedade à Justiça, na pessoa do ministro Alexandre de Moraes, pelas injustiças que ele está sofrendo, e que são coisas absolutamente inacreditáveis que nós presenciamos”, disse Sarney nesta quarta-feira (30).

“Meu avô dizia: nunca corra atrás de um doido, porque você não sabe para onde ele vai”, afirmou. “Hoje, nós temos a função de verificar e não correr atrás de um doido. Devemos manter a crença no regime democrático. Ele deve ser defendido pela Justiça e por todos nós, para que se multiplique e esteja sempre assegurando a cidadania e a liberdade do Brasil.”

Ministros do STF estão monitorando os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. A legislação é usada para punir graves violações de direitos humanos e permite o congelamento de bens e ativos de seus alvos nos Estados Unidos.

A medida foi publicada no site oficial do Departamento do Tesouro dos EUA, que anunciou a inclusão do nome de Alexandre de Moraes na lista de sanções da Ofac, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, ligado ao Tesouro americano.

Com isso, o governo Trump determinou o congelamento de qualquer bem ou ativo de Moraes nos Estados Unidos. A sanção também proíbe que entidades financeiras americanas façam operações em dólares que beneficiem o ministro, o que inclui o uso de cartões de crédito internacionais de bandeiras como Mastercard e Visa.

Essa é a primeira vez que a Lei Magnitsky é usada contra uma autoridade brasileira. Em outros episódios, os Estados Unidos já haviam adotado a mesma sanção contra magistrados da Venezuela.

Fonte: DCM

Governadores bolsonaristas se calam diante do tarifaço e das sanções a Moraes


     O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) – Reprodução

Após os Estados Unidos anunciarem sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, e confirmarem tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, governadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optaram pelo silêncio nas redes sociais. Com informações da Folha de S.Paulo.

As medidas, consideradas duras, intensificaram as tensões diplomáticas entre Brasil e EUA, mas não foram comentadas por nomes importantes da direita brasileira.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro de Bolsonaro e cotado para as eleições presidenciais de 2026, preferiu compartilhar, nesta quarta-feira, um vídeo sobre a reabertura de leitos hospitalares no estado. Nos comentários, bolsonaristas cobraram posicionamento sobre as sanções. “Até quando vai ficar em silêncio sobre esse dia histórico (Moraes e Magnitsky)?”, questionou uma seguidora.

Governadores e ex-presidente reunidos para proteger golpistas: Zema, Jorginho, Tarcísio, Bolsonaro, Caiado, Wilson Lima, Ratinho e Mauro Mendes. Foto: Vile Santos

Outro escreveu: “Nem uma palavra, Governador? A maior democracia do mundo puniu um membro do nosso STF por desrespeito aos Direitos Humanos, e o Sr não fala NADA? Onde está a cobrança ao nosso Poder Judiciário? Onde está a pressão aos Senadores para pautarem impeachment de Ministros do STF?”.

Outros governadores da base bolsonarista também evitaram comentar o episódio. Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, fez apenas uma publicação anterior criticando as tarifas impostas pelos EUA, dizendo que seu governo trabalhava “para minimizar o prejuízo causado pelo governo federal via tarifaço”.

Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, não se manifestaram sobre as sanções ou tarifas. Já Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, publicou conteúdos sobre segurança pública no estado.

O silêncio dos governadores foi criticado pelo pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, que publicou vídeos reprovando a ausência de posicionamento de Tarcísio, Caiado e Ratinho Júnior. Em uma gravação anterior, Malafaia também havia criticado Zema, mas recuou.

“Ele (Zema), sim, já fez críticas a esse inquérito, que é uma farsa, fazendo críticas ao Alexandre de Moraes e ao STF. Tem vídeos da fala dele, então eu retiro o Zema dessa lista”, declarou. O pastor reforçou: “Eu não sou inimigo deles. Eu estou fazendo uma constatação real, que eles omitem qualquer crítica ao Moraes e também ao apoio do STF às aberrações desse ditador”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Idealizador da Lei Magnitsky critica sanções de Trump e diz que Moraes não deveria ser punido


         O investidor americano William Browder, idealizador da Lei Magnitsky. Foto: Reprodução

O investidor americano William Browder, idealizador da Lei Magnitsky, afirmou nesta quarta-feira (30) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não se encaixa em nenhuma das categorias previstas na legislação dos Estados Unidos.

“Passei anos lutando pela aprovação da Lei Magnitsky para acabar com a impunidade contra violadores graves dos direitos humanos e cleptocratas. Pelo que sei, o juiz brasileiro Moraes não se enquadra em nenhuma dessas categorias”, escreveu Browder no X.

A sanção foi imposta pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), ligado ao Departamento do Tesouro dos EUA, com base na acusação de que Moraes teria usado sua posição para autorizar prisões arbitrárias, censurar opositores e perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de jornalistas e empresas ligadas a ele.

Essa é a primeira vez que a Lei Magnitsky é usada contra uma autoridade brasileira. Em outros episódios, os Estados Unidos já haviam adotado a mesma sanção contra magistrados da Venezuela.

Lei Magnitsky

Browder é fundador da Hermitage Capital Management, fundo de investimento que operava na Rússia até ser expulso por Vladimir Putin, após denunciar corrupção entre oligarcas ligados ao Kremlin. O advogado Sergei Magnitsky, que trabalhava com ele, morreu em 2009 em uma prisão russa, após denunciar um esquema bilionário de desvio de recursos públicos.

A partir da morte de Magnitsky, Browder liderou a campanha internacional que resultou na criação da lei que leva o nome do advogado, sancionada por Barack Obama em 2012. A lei também inspirou versões semelhantes em outros países, como Canadá, Reino Unido e membros da União Europeia.

Desde então, a legislação passou a ser usada para punir indivíduos envolvidos em violações graves de direitos humanos em diversos países. Segundo Browder, esse não é o caso de Moraes.

Fonte: DCM

Bolsonarista Paula Toller cobra dívida de R$ 67 mil e pede despejo em bairro de luxo no Rio


A cantora bolsonarista Paula Toller – Foto: Reprodução

Paula Toller entrou com uma ação de despejo na Justiça contra a empresa Drei Comercial LTDA, que ocupa um imóvel de sua propriedade no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. Segundo informações do Globo, a loja de roupas femininas, em funcionamento desde 2024, acumula uma dívida de R$ 67 mil em aluguéis não pagos.

No processo, a cantora bolsonarista solicita a rescisão do contrato de locação devido ao atraso nos pagamentos. A artista, conhecida também por atuar como proprietária de imóveis na cidade, optou por acionar a Justiça após tentativas frustradas de resolução amigável. O valor devido já se refere a aluguéis vencidos e não quitados ao longo dos últimos meses.

A ação corre na Vara Cível da capital fluminense e pede o despejo imediato da empresa. Até o momento, não houve manifestação pública da loja sobre o caso.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Folha diz que “Eduardo Bolsonaro é inimigo do Brasil”


         O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

Em editorial publicado nesta quarta-feira (30), a Folha de S.Paulo afirmou que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é inimigo do Brasil por atuar deliberadamente para prejudicar o país em nome dos interesses particulares de sua família. Para o jornal, ele se consolidou como o principal rosto político da crise diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos com o tarifaço de Donald Trump:

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) transformou-se em inimigo do Brasil. Perdido no labirinto de seus delírios, ele faz de tudo para defender a própria família e não se importa de mandar às favas os interesses nacionais.

Em seu horizonte desponta um único propósito: livrar o pai da cadeia. Como se sabe, tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) o processo em que Jair Bolsonaro (PL) responde por tentativa de golpe contra as instituições democráticas, entre outros crimes.

Eduardo não demonstra pudores nesse mister. Tal qual um bufão aos pés de trono estrangeiro, adula o presidente Donald Trump e, alheio aos abusos cometidos contra sua própria pátria, comemorou o tarifaço de 50% que o americano prometeu impor ao Brasil se o Supremo não arquivasse o julgamento de Bolsonaro. (…)

Tarcísio, que a princípio hesitou diante da inaceitável chantagem de Trump, passou a procurar maneiras de atenuar os prejuízos. Outros governadores, como Ratinho Junior (PSD), do Paraná, também adotaram iniciativas nesse sentido —e, por óbvio, não fizeram mais que a obrigação.

E o que fez Eduardo? Disparou críticas contra eles, como se tentar proteger a população brasileira constituísse um defeito, não uma qualidade. Logo se vê que o deputado fugitivo inverteu a escala de valores e não consegue mais distinguir o certo do errado.

Nesse mundo de ilusões, ele considerou apropriado, por exemplo, misturar bravata com retórica miliciana para dizer que Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, podem sofrer sanções americanas se não agirem em prol de Jair Bolsonaro.

De todo modo, a sombra do tarifaço já afetou diversos setores. Uma crise tão complexa nunca tem um único culpado, mas ninguém está mais associado a ela do que Eduardo Bolsonaro —cuja estratégia delirante, como se evidencia a cada dia, mais atrapalha do que ajuda seu pai.

Eduardo é Jair. Jair é Eduardo | VEJA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
Fonte: DCM

VÍDEO: Deputado golpista arma barraco em defesa de Trump na Jovem Pan

 

O comentarista Fabio Piperno e o deputado federal bolsonarista Marcel van Hattem (Novo-RS). Foto: Reprodução

O deputado federal bolsonarista Marcel van Hattem (Novo-RS) armou um barraco em defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após se irritar com uma pergunta feita pelo comentarista Fabio Piperno durante o programa “3 EM 1”, da Jovem Pan, na quarta-feira (30).

“O senhor é um apoiador de longa data das ideias do presidente Trump. O senhor, inclusive, esteve presente à posse dele… Então, gostaria de saber se o senhor está arrependido de ter apoiado o presidente Trump e se o senhor aprova a elevação das tarifas aos produtos brasileiros”, questionou Piperno.

Van Hattem reagiu com indignação: “Eu esperava mais seriedade de sua pergunta e não esse ar de deboche”. O parlamentar não respondeu diretamente sobre o apoio a Trump, mas fez questão de atacar o comentarista: “Eu acho que a Jovem Pan pode tratar melhor os seus convidados por meio de perguntas feitas de forma mais séria”.

Em seguida, disse que nunca foi apoiador incondicional do norte-americano e se definiu como liberal contrário a taxações. “Eu sou contra a política de taxações… Eu fui crítico da política de taxação de Donald Trump”, afirmou.

Apesar da negativa, o bolsonarista foi flagrado dançando com aliados durante a comemoração da posse de Trump. No vídeo, ele é chamado para o centro da pista pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa na Itália. Os dois aparecem dançando ao som de “Balada”, do cantor bolsonarista Gusttavo Lima.



Van Hattem, medroso, desviou o foco da pergunta original e passou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Lula, o PT e até Joe Biden, acusando-os de perseguirem conservadores. “O que o Alexandre de Moraes fez contra cidadãos americanos agrediu a Constituição americana”, disse.

“O Biden financiou organizações para interferir no processo eleitoral brasileiro… O escândalo do USA está aberto”, completou o bolsonarista, em tom conspiratório, sugerindo interferência internacional no Brasil.

O bate-boca terminou com o clima ainda mais tenso entre os dois. Após ser acusado de apoiar a anistia para golpistas do 8 de janeiro, Van Hattem deu chilique: “O senhor não vai fazer fake news ao vivo, não vai mentir ao meu respeito, não vai me difamar e não vai dizer que eu defendi ato golpista. O senhor se retrate”.

Fabio Piperno, por sua vez, recusou: “Eu não vou me retratar com o senhor, porque o senhor defende anistia pra golpista. Pra quem estava lá acampado. Pra quem ficou setenta dias acampado”.

Assista abaixo:


Fonte: DCM

Fiesp lamenta tarifas a produtos brasileiros exportados para os EUA

Entidade diz que não há razões para justificar a medida

       Fiesp (Foto: Egil Fujikawa/Wikimedia)

Agência Brasil - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lamentou a oficialização da cobrança de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. A medida foi assinada nesta quarta-feira (30) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em nota, a Fiesp lamenta a imposição da tarifa de 50% sobre uma parte das exportações brasileiras para os EUA, "sem razões econômicas que a justifiquem".

“Acreditamos que o continuado diálogo entre as autoridades dos dois países levará à eliminação da sobretaxa e ao aproveitamento das inúmeras oportunidades em benefício de nossas populações”, diz ainda o comunicado divulgado pela principal entidade representativa das indústrias de São Paulo.

O texto acrescenta que a Fiesp trabalhará junto ao governo pela adoção de medidas eficazes para reduzir os impactos econômicos das tarifas sobre as empresas brasileiras.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Eduardo Bolsonaro "queima" Tarcísio com Trump e tenta isolar governador nos EUA

Deputado articula desgaste de Tarcísio de Freitas junto à Casa Branca por recuo no apoio ao tarifaço e disputa interna pela sucessão de Jair Bolsonaro

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apoia agressão de Donald Trump ao Judiciário brasileiro (Foto: Reprodução )

A tensão entre os principais nomes do bolsonarismo voltou a escalar, agora com foco nos bastidores da diplomacia entre Brasil e Estados Unidos. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, integrantes da comitiva do Senado brasileiro que esteve em Washington identificaram uma operação articulada pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para minar a imagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), junto ao governo do presidente estadunidense Donald Trump.

O pano de fundo é a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, medida apoiada inicialmente por Tarcísio, que recuou diante da pressão do agronegócio e da indústria paulista. Esse reposicionamento, no entanto, teria provocado forte irritação no entorno de Trump. Segundo dois senadores que participaram da missão diplomática, Tarcísio passou a ser tratado nos EUA como “traidor” de Jair Bolsonaro (PL), sob influência direta de Eduardo, que age para consolidar seu nome como herdeiro político do pai.

Ainda de acordo com a reportagem, um aliado próximo ao deputado, ressaltou que o mal-estar está relacionado aos recuos do governador e às críticas públicas que fez ao tarifaço. Tarcísio chegou a apagar um vídeo de sua posse como apoiador de Trump, onde aparecia com o boné “Make America Great Again”. Mais tarde, defendeu publicamente a busca por uma solução negociada com o governo estadunidense.

“Essa história de tarifaço foi um tiro no pé pro Tarcísio e pros governadores, quem vai apoiar isso? O Eduardo começa a se posicionar contra o Tarcísio para tentar manter o patrimônio do pai, mas não vai conseguir”, afirmou, sob condição de anonimato, um dos parlamentares que esteve na capital dos EUA.

As exportações de São Paulo para os EUA correspondem a 19% do total do estado, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A guerra interna ganhou corpo desde o anúncio do tarifaço por Trump em 3 de julho. Em resposta às investidas de Tarcísio por uma saída diplomática, Eduardo Bolsonaro chegou a chamá-lo de “servil” e o acusou de “desrespeitá-lo” ao se reunir com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar.

Jair Bolsonaro tentou intervir no embate e orientou o filho a aliviar as tensões com Tarcísio. Eduardo e chegou a fazer gestos públicos de aproximação nas redes sociais, mas as divergências em torno da atuação contra o Supremo Tribunal Federal (STF), sobretudo a respeito da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, seguem latentes.

A trégua durou pouco. Na última semana, o deputado voltou a ironizar declarações de Tarcísio durante evento da XP Investimentos, onde o governador defendeu a abertura de diálogo para mitigar os efeitos das tarifas.

Assessores de Tarcísio confirmaram à reportagem, que já perceberam a movimentação orquestrada por Eduardo para isolá-lo no cenário internacional. Apesar das críticas, o governador tem adotado discurso público de distanciamento da disputa presidencial. “Eduardo colocou na cabeça dele que ele é o candidato a presidente. Todo esse movimento é porque ele tem certeza disso”, confidenciou um interlocutor próximo ao governador.

Em entrevista à Veja em junho, Eduardo Bolsonaro admitiu pela primeira vez a intenção de concorrer ao Planalto caso Jair Bolsonaro continue inelegível até 2030, como determinou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde então, tem reiterado esse desejo em falas nos EUA e transmissões ao vivo nas redes sociais. Seu aliado Steve Bannon, ideólogo da extrema direita dos EUA, tem apresentado o parlamentar como o “próximo presidente do Brasil” no podcast War Room.

Já Tarcísio reafirma a intenção de buscar a reeleição em São Paulo. Apesar disso, tem sido pressionado por setores do mercado financeiro e da elite empresarial para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)em 2026. Esses movimentos, aliados à sua postura moderada, incomodam setores do bolsonarismo mais radical. A presença em eventos como a Brazil Week em Nova York e o silêncio diante de ataques ao STF liderados por Jair Bolsonaro são vistos por aliados do ex-mandatário como sinal de infidelidade.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo