sexta-feira, 25 de julho de 2025

Recolhimento de pneus em Apucarana agora é exclusivo para pequenos geradores



O recolhimento de pneus inservíveis para descarte em Apucarana irá atender exclusivamente os pequenos geradores, incluindo pessoas físicas e borracharias, que deverão seguir regras específicas. Os grandes geradores, como fabricantes, importadores, distribuidores e estabelecimentos comerciais, não terão mais seus pneus recolhidos pelo município devido à falta de espaço físico.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMA), anunciou as novas diretrizes para o descarte de pneus inservíveis no município, com vigência a partir de 23 de julho de 2025, com base em recomendações do Ministério Público e na legislação ambiental vigente.

Novas Regras para Pequenos Geradores:

Pessoas Físicas: Poderão descartar até 20 pneus por ano, diretamente no barracão do IBC, sem a necessidade de cadastro prévio.

Borracharias: Terão um limite de até 150 pneus por mês, mas precisarão realizar um cadastro prévio e obter uma autorização obrigatória emitida pela SEMA. Esta autorização especificará a quantidade permitida e os dados do responsável, sendo indispensável para o descarte.

Esta atualização das diretrizes surgiu após provocação do Ministério Público, expressa no Ofício n.º 0598/2025 da 2ª Promotoria de Justiça de Apucarana, que solicitou informações sobre a logística reversa de pneus no município, como o número de pneus acumulados, a existência de acordos com fabricantes e comerciantes e as condições do local de armazenamento. Além disso, a medida está em conformidade com a Resolução nº 416/2009 do CONAMA, que estabelece a responsabilidade de fabricantes, importadores e comerciantes pela destinação ambientalmente adequada de pneus inutilizados. Além disso, o município não possui espaço físico para armazenar a grande quantidade de pneus que eram trazidos por empresas da cidade e até de outros municípios.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Diego da Silva, enfatizou que a logística reversa é uma obrigação legal dos grandes geradores e que o município não pode assumir integralmente essa responsabilidade, especialmente diante das limitações de espaço e recursos. “Estamos cumprindo a legislação e se antecipando em responder as preocupações trazidas pelo Ministério Público. A destinação correta dos pneus evita impactos ambientais e precisa ser feita de forma responsável e compartilhada”, pontua o secretário.

Mais Informações:

Para dúvidas ou mais detalhes sobre as novas diretrizes, entrem em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMA):

• Endereço: Av. Jaboti, 1715 – Jardim Menegazzo

• Telefone:

(43) 3423-0142

• E-mail: meioambiente@apucarana.pr.gov.br

• Horário de Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Fuga de Marcos do Val reforça necessidade de prisões preventivas, diz Lindbergh

Senador viajou aos Estados Unidos com passaporte diplomático, desafiando ordem do STF; líder do PT cobra ação firme contra obstruções da Justiça

        Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que a fuga do senador Marcos do Val (Podemos-ES) para os Estados Unidos reforça a necessidade da prisão preventiva de investigados que descumprem medidas cautelares. Do Val, que está com o passaporte bloqueado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), viajou nesta semana para Miami.

“Primeiro Eduardo, depois Zambelli… agora Marcos do Val”, escreveu Lindbergh. “O senador descumpriu medida cautelar imposta pelo STF, que havia determinado o bloqueio e apreensão de seus passaportes, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado. Ignorando a ordem judicial, embarcou para os EUA no dia 23 de julho, ostentando o passaporte diplomático, num claro desafio à autoridade do Supremo Tribunal Federal”.

Do Val é investigado por participação direta na tentativa de golpe de Estado de janeiro de 2023. As acusações incluem divulgação de documento confidencial, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa. O Ministério Público também apura sua articulação com militares e aliados bolsonaristas para deslegitimar o resultado das eleições.

Segundo Lindbergh, o STF não pode tolerar a violação de medidas cautelares. “O caso reforça o debate sobre a necessidade de decretação de prisão preventiva, juridicamente plausível diante da reiteração de condutas ilícitas, da fuga internacional e da obstrução de justiça. O STF não pode tolerar que investigados em liberdade tratem medidas cautelares como meras recomendações”, completou.

 

Fonte: Brasil 247

Trump veta negociações com o Brasil sobre tarifaço

Senadores embarcam para os EUA para tentar adiar tarifaço, mas enfrentam silêncio da Casa Branca e sabotagem de bolsonaristas

       O presidente dos EUA, Donald Trump - 27/06/2025 (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)

Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que estão nos Estados Unidos relataram ao g1 que o presidente Donald Trump não autorizou o governo norte-americano a abrir diálogo com o Brasil sobre as tarifas de 50% que entram em vigor em agosto. Na quinta-feira (24), o próprio presidente Lula afirmou que Trump não quer negociar.

Uma comissão de senadores embarca nesta sexta-feira (25) para os Estados Unidos, com a missão de tentar abrir um canal de negociações diretas em território americano sobre o tema. A viagem, no entanto, é vista com apreensão por diplomatas brasileiros e sofre boicote do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do blogueiro Paulo Figueiredo.

Embora existam contatos com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick — como relatou o vice-presidente Geraldo Alckmin —, o recado que os negociadores têm ouvido é de que tudo está centralizado na Casa Branca.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, que está em missão na ONU, também comentou com interlocutores que teve várias conversas nos Estados Unidos e ouviu que realmente Trump não está permitindo a reabertura de negociações com o Brasil. Segundo ele relatou, há um “clima de medo e apreensão” nos EUA. Tudo estaria centralizado em Trump e ninguém tem coragem de desafiá-lo.

Geraldo Alckmin revelou que, no último sábado (19), voltou a conversar por telefone com o secretário Howard Lutnick. A ligação durou cerca de 50 minutos, mas o vice-presidente não quis divulgar o conteúdo do diálogo.

Mesmo diante do cenário adverso, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), defende a ida dos parlamentares. Para ele, a viagem é necessária para tentar ao menos adiar a entrada em vigor do tarifaço e abrir espaço para uma retomada das negociações.

“Queremos também esclarecer o que o governo americano exatamente quer negociar, como eles não retomaram oficialmente as negociações, ninguém sabe exatamente os limites de Trump. Se ele realmente emperrou por questões políticas, de Bolsonaro, se tem a questão da nova moeda dos Brics, Irã”, afirmou Trad.

A primeira reunião de trabalho da comissão está marcada para domingo (27). Os senadores já foram informados de que Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estariam trabalhando para dificultar as reuniões em Washington e até impedir encontros com representantes do governo Trump.

A maioria dos senadores embarca nesta sexta-feira (25), e os demais no sábado (26). Na segunda-feira (28), eles terão reunião na embaixada do Brasil nos EUA e um encontro com empresários da Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil). Na terça-feira (29), a comissão irá ao Capitólio para reuniões com parlamentares americanos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

USP realiza ato contra ingerência dos EUA no Judiciário brasileiro

Faculdade de Direito recebe manifestação nesta sexta (25) em repúdio às sanções impostas por Washington a magistrados brasileiros

Ato em defesa da sobeania nacional, convocado pela Faculdade de Direito da USP, para sexta-feira (25) (Foto: Divulgação)

A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) realiza nesta sexta-feira (25), às 11h, um ato público em defesa da soberania nacional e do sistema de Justiça brasileiro. A convocação foi feita pelo diretor da instituição, Celso Campilongo, e pela vice-diretora, Ana Elisa Bechara. O evento acontece no Salão Nobre do Largo São Francisco e reúne autoridades, juristas, representantes da sociedade civil e defensores dos direitos humanos.

O objetivo do encontro é manifestar repúdio às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a integrantes do Poder Judiciário brasileiro, incluindo familiares, com a suspensão de vistos de entrada no país. A iniciativa da faculdade ocorre em meio a um cenário de crescente tensão diplomática, provocado por medidas norte-americanas que têm sido interpretadas como tentativas de interferência no funcionamento da Justiça no Brasil.

Durante o evento, será lida uma carta pública com fundamentos jurídico-sociais em defesa da soberania nacional. Estão previstas falas de representantes de diversas instituições do sistema de Justiça, entre elas o Ministério Público, a Defensoria Pública e a advocacia, além de entidades da sociedade civil comprometidas com o Estado Democrático de Direito.

Em declaração oficial, Campilongo afirmou: "como uma instituição vigilante da defesa do Estado de Direito e formadora do pensamento jurídico do Brasil, a Faculdade de Direito da USP convoca esse ato para fortalecer os pilares democráticos do Brasil diante de ameaças à soberania nacional. Nenhum outro país tem autoridade para interferir no sistema de Justiça nacional. Muito menos, constranger decisões tomadas pelo Judiciário, por contrariar interesses de empresas estrangeiras”.

Fonte: Brasil 247

Confiança do consumidor brasileiro volta a subir em julho, diz FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês avanço de 0,8 ponto, para 86,7 pontos

      (Foto: Pexels)

Reuters - A confiança dos consumidores brasileiros voltou a subir em julho, após queda no mês anterior, sendo impulsionada por melhoras tanto no indicador sobre a situação atual quanto na medida de expectativas para os próximos meses, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta sexta-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês avanço de 0,8 ponto, para 86,7 pontos.

"Após queda no mês anterior, a confiança do consumidor retoma, em julho, a trajetória de alta iniciada em março deste ano. O aumento modesto do ICC refletiu uma melhora também moderada das avaliações sobre o presente e o futuro", disse Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, em nota.

Os dados mostraram que o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,5 ponto, para 83,4 pontos em julho.

Já o Índice de Expectativas (IE) teve variação positiva de 0,7 ponto, para 89,4 pontos em julho.

Entre os quesitos que avaliam o momento atual, o indicador de situação econômica local atual teve alta de 0,7 ponto, para 94,3 pontos, enquanto a medida de situação financeira atual da família subiu 0,3 ponto, a 72,8 pontos.

Nos quesitos que medem as expectativas para os próximos meses, o resultado foi carregado pelo ganho de 10,8 pontos do indicador de compras previstas de bens duráveis, para 86,9 pontos em julho, maior nível desde dezembro de 2024 (91,0 pontos).

Na contramão, houve fortes quedas nos indicadores de situação econômica local futura e de situação financeira futura da família, com perdas de 2,4 e 6,2 pontos, respectivamente, para 100,5 e 82,4 pontos.

Entre as faixas de renda, o grupo que recebe até R$2.100,00 mensais teve um salto de 7,4 pontos na confiança, a 81,7 pontos, impulsionando o resultado geral de julho.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Produtor é demitido da TV Câmara após queixa de Janaína Paschoal sobre vídeos sensuais

Jeldêam Álves atuava há 12 anos na Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura

     Janaína Paschoal (Foto: Reprodução)

Um editor-chefe da Rede Câmara, vinculada à TV Cultura, foi demitido após a vereadora Janaína Paschoal (PP) relatar desconforto com postagens feitas por ele em suas redes sociais privadas. A informação foi publicada originalmente pelo portal Metrópoles.

Jeldêam Álves atuava há 12 anos na Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura, que mantém contrato com a Câmara Municipal de São Paulo para produzir conteúdos institucionais. Ele afirma que não foi informado oficialmente sobre os motivos da demissão, comunicada em abril, e só compreendeu a razão após declarações públicas da parlamentar nesta quinta-feira (24), durante reunião do recém-criado Conselho Editorial da Rede Câmara.

“Obviamente que não vou dizer nomes, não vou expor pessoas. Mas eu preciso pedir que aqueles funcionários que estejam na atividade aqui na Casa tenham cautela com a sua vida pessoal”, afirmou Janaína. “Todos nós temos a nossa liberdade, nossa vida, mas não dá para ter alguém numa TV pública, por exemplo, fazendo striptease nas redes, ou se exibindo. ‘Ah, mas é na rede privada, no canal privado’. Desculpa, não dá.”

A vereadora reforçou que o comportamento em questão não configura crime, mas que considera “incompatível” com a atuação em uma emissora pública. “Sendo uma pessoa adulta, que não está atuando em redes infantis, não é crime. Mas é um comportamento incompatível. Então, quero deixar avisado antes. Se isso eventualmente acontecer, eu vou ter que pedir para a TV Cultura retirar a pessoa aqui”, declarou.

Em suas redes sociais, Jeldêam Álves costuma publicar vídeos e fotos de sunga ou cueca, com poses sensuais — sem nudez explícita. Ele também trabalha com divulgação de marcas de roupas íntimas masculinas. Segundo o ex-funcionário, o afastamento foi comunicado por meio de um ofício assinado pelo presidente da Câmara, vereador Ricardo Teixeira (União Brasil), e que trazia como parte interessada a própria Janaína Paschoal.“Ela criou esse conselho editorial e fez esse pedido. Não imaginava muito bem o que poderia ter sido, mas como ela expôs isso na reunião, algumas pessoas ligaram meu nome e acabou me expondo. Agora, juntando os pontos, acredito que tenha sido uma questão moral mesmo. Não sei, homofobia, alguma ideologia que ela não tenha visto compatível com a minha, além desse preconceito com o meu outro trabalho”, declarou Álves ao Metrópoles.

Ele diz que pretende entrar na Justiça contra a demissão: “Estou desempregado há algum tempo, com medo de isso prejudicar minha carreira, de conseguir voltar a trabalhar”.

Procurada pela reportagem, Janaína negou ter solicitado formalmente o desligamento do funcionário, mas confirmou que levou o caso à Presidência da Câmara. “Foi um caso específico, isolado, e já foi solucionado. Não posso falar nada além disso. Só achei importante registrar, para que não se repita. Não era funcionário da Câmara. Apenas prestava serviços aqui e foi afastado da Casa.” A assessoria da Presidência da Câmara afirmou que, como contratante, a Casa pode “solicitar à Fundação Padre Anchieta a substituição de qualquer profissional, a qualquer momento, de acordo com seus critérios”.

Já a Fundação Padre Anchieta, por meio de nota, informou que o colaborador foi desligado durante a gestão anterior, em maio, como parte de uma “reestruturação do quadro funcional”. A entidade, no entanto, não mencionou qualquer relação com a queixa da vereadora.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Encarregado da embaixada dos EUA defende adiamento do tarifaço como 'solução mais viável'

Em conversa com empresários brasileiros, Gabriel Escobar admitiu, no entanto, não saber da disposição da Casa Branca para adiar a medida

     Gabriel Escobar (Foto: Felipe Menezes - U.S. Embassy Brasilia)

Durante encontro com empresários do setor mineral, realizado no Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, afirmou que, neste momento, a alternativa mais realista para evitar prejuízos ao Brasil seria conseguir postergar a entrada em vigor do tarifaço anunciado por Washington.

Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz do g1, Escobar disse que o tempo para uma resposta é escasso porque não houve reabertura das negociações entre os dois governos. Por isso, afirmou que o mais prudente seria buscar a postergação da medida.

Ao ser questionado por representantes do setor mineral se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria disposto a adiar o início do tarifaço, Escobar respondeu que essa é uma visão dos diplomatas, mas declarou não saber se há essa disposição por parte da Casa Branca. Neste momento, o governo brasileiro também trabalha com a expectativa de ao menos conseguir um adiamento da medida.

Escobar, que atualmente é o principal representante da diplomacia norte-americana no Brasil — já que a embaixada está sem embaixador —, sugeriu ainda que o governo brasileiro poderia colocar à mesa de negociações o acesso dos EUA a minerais críticos e terras raras.

A proposta foi bem recebida pelos empresários e, segundo relato, será levada ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A mediação foi feita pelo presidente do Ibram, Raul Jungmann.

No entanto, nesta quinta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não pretende entregar minerais críticos nem terras raras aos Estados Unidos.

O Brasil possui reservas relevantes de ao menos quatro dos 51 minerais considerados prioritários para os EUA: cobre, lítio, silício e as chamadas terras raras, insumos estratégicos para a transição energética e a indústria de alta tecnologia.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

'Se eu fosse o vice, Bolsonaro teria sido reeleito', diz Mourão

Senador afirma que, caso tivesse permanecido na chapa, não haveria investigação por tentativa de golpe contra Bolsonaro e Braga Netto

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão 23/05/2022 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, o senador e general da reserva Hamilton Mourão (Republicanos-RS) declarou que Jair Bolsonaro (PL) não enfrentaria hoje os processos por tentativa de golpe caso ele tivesse sido mantido como vice na eleição presidencial de 2022. "Se eu tivesse sido o candidato a vice dele, nós teríamos ganho", disse Mourão, que foi vice-presidente da República entre 2019 e 2022.

Segundo o parlamentar, a troca por Walter Braga Netto na chapa governista contribuiu para a derrota eleitoral e os desdobramentos judiciais que atingem tanto o ex-presidente quanto seu substituto. "Nada, não tinha acontecido nada, estava todo mundo feliz da vida, pô", respondeu, entre risos, ao ser questionado se os atuais processos não teriam ocorrido em caso de vitória bolsonarista.

Distanciamento e crítica velada a Bolsonaro - Mourão foi excluído das discussões do núcleo duro do governo ainda em 2021, após tensões públicas com Bolsonaro. “Quando o Bolsonaro escolheu, não quis mais que eu fosse o vice dele, ele deixou de me chamar para reunião ministerial, eu não participei de mais nada”, afirmou.

Em depoimento ao STF, em 23 de maio, Mourão foi arrolado como testemunha por quatro réus do processo que investiga a tentativa de golpe: Jair Bolsonaro, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto. Todos fazem parte do núcleo apontado pela PGR como liderança da organização criminosa que planejou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O senador declarou à Corte que jamais ouviu qualquer menção a medidas de ruptura institucional durante a transição. Embora tenha elogiado Braga Netto e Heleno em seu depoimento, Mourão evitou estender a mesma deferência a Bolsonaro, com quem teve uma relação marcada por atritos. Em 2021, o próprio Bolsonaro ironizou o então vice-presidente: "o Mourão faz o seu trabalho, tem uma independência muito grande. Por vezes atrapalha um pouco a gente, mas o vice é igual cunhado, né. Você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado, não pode mandar o cunhado embora".

Apoio a Braga Netto e visita no quartel - Apesar do distanciamento de Bolsonaro, Mourão mantém laços com Braga Netto, seu amigo há mais de 40 anos. Ele considera a prisão do general "injusta e absurda, porque ele não estava obstruindo a Justiça". Para Mourão, a detenção é um gesto simbólico do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF: “ele mantém um general de quatro estrelas preso”.

Em abril, o senador foi autorizado pela Justiça a visitar Braga Netto, que está detido desde dezembro de 2024 em uma unidade militar no Rio de Janeiro. Mourão relatou que conversaram por cerca de 40 minutos em uma sala próxima ao quarto onde o general está confinado. Segundo ele, a conversa foi marcada por “amenidades”, sem menções ao processo judicial. “Eu achei ele bem, mais magro, obviamente. Ele estava bronzeado, porque tem uma hora de sol para fazer ginástica todo dia.”

Como presente, o senador levou um exemplar do livro The Generals: Patton, MacArthur, Marshall, and the Winning of World War II, de Winston Groom, autor de Forrest Gump. Mourão justificou a escolha: “porque é um livro sobre liderança, bem escrito. E é um troço que levanta a moral de quem está precisando que se levante a moral”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Após briga com Neymar, torcedor do Santos diz ter medo de voltar à Vila: “Fui ameaçado”

 

Neymar discute com torcedor do Santos após derrota para o Internacional – Foto: Reprodução

Alex Sander Silva, torcedor do Santos e dono de uma hamburgueria em São Paulo, disse estar com medo de voltar à Vila Belmiro após discutir com Neymar durante a derrota do clube para o Internacional. “Aumentou o número de gente no meu Instagram, muitos me ameaçando, falando que vão botar fogo no meu comércio”, afirmou. Ele relatou que, após a briga, foi agredido com chutes, assim como seu filho e o sobrinho de 15 anos, e agora teme ir a estádios: “Tenho medo, sim”.

Segundo Silva, Neymar o reconheceu de um jogo anterior contra o Flamengo, quando eles também haviam discutido. Na última partida, o torcedor afirmou que apenas cobrou mais empenho do time e negou ter ofendido o jogador ou seus familiares: “Não pedi por favor, mas de forma alguma ofendi a família dele”. Neymar respondeu com xingamentos, prometendo encontrar Silva após o jogo, o que de fato ocorreu, conforme registrado por câmeras de TV.

Apesar do episódio, Silva declarou continuar sendo fã do craque. “Sou fã do Neymar, tenho o Neymar como um ídolo. Não vou deixar de gostar do Neymar. Seria um prazer encontrá-lo”, disse. O empresário ainda aguarda um pedido de desculpas do jogador e afirmou que nenhum representante do Santos ou do atleta entrou em contato até o momento. Alex chegou a postar um vídeo de desculpas pelo ocorrido.

Fonte: DCM

Bolsonarista George Santos, ex-deputado dos EUA, deve ser preso nesta sexta

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-deputado dos EUA George Santos. Foto: Reprodução

O ex-deputado dos Estados Unidos George Santos, filho de brasileiros, deve se entregar às autoridades americanas e ser preso nesta sexta-feira (25). Ele foi condenado em abril a sete anos de prisão por fraude eletrônica e falsidade ideológica, após admitir crimes ligados ao financiamento de sua campanha ao Congresso.

O bolsonarista perdeu o mandato em 2023, após cumprir pouco mais de um ano como deputado republicano por Nova York. No acordo judicial, aceitou pagar cerca de US$ 580 mil em multas e confessou ter roubado a identidade de pelo menos dez pessoas, incluindo familiares.

Segundo a imprensa americana, ele tem até 25 de julho, no caso hoje, para se apresentar voluntariamente. “Estou profundamente arrependido”, disse em carta enviada ao tribunal, embora tenha considerado a pena “severa demais”.

Na última quinta-feira (24), Santos publicou mensagens nas redes sociais para se despedir de seus apoiadores. Em tom sarcástico, escreveu: “Aos meus apoiadores: vocês fizeram esse cabaré político valer a pena. Aos críticos: obrigado pela publicidade gratuita. Talvez eu esteja saindo de cena (por enquanto), mas acreditem: lendas nunca se despedem de verdade”.



Quem é George Santos?

Eleito em 2022, Santos se tornou o primeiro republicano abertamente gay a ocupar uma cadeira no Congresso por um distrito que cobre partes do Queens e de Long Island, reduto tradicionalmente democrata. Desde então, seu caminho foi marcado por mentiras e acusações de corrupção.

Após a vitória, veio à tona que ele havia mentido sobre quase toda a trajetória: inventou passagens por grandes empresas, escondeu dívidas e processos de despejo, e até mentiu sobre a própria mãe.

Dentre as falsas declarações, destaca-se a alegação de que ela teria sobrevivido ao atentado às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. Documentos oficiais de imigração dos EUA desmentem essa afirmação, mostrando que a mãe do bolsonarista não estava no país na época.

Outras mentiras incluem alegações de que seus avós maternos teriam sido judeus sobreviventes do Holocausto, o que não foi comprovado. Santos também afirmou ter perdido funcionários no atentado à boate gay Pulse, em Orlando, sem evidências que respaldem essa história.

O bolsonarista, expulso do Congresso norte-americano em 2023, ficou conhecido no carnaval carioca como Kitara Ravache. Ele desfilava como drag queen em Niterói, no Rio de Janeiro.

O ativista Eula Rochard foi o responsável por relembrar a personificação de Santos no carnaval de 2008. “Eu com o deputado republicano na parada de Niterói. Como eu havia falado, ele não saía da minha casa. Está aí a prova para quem me chamou de mentirosa”, disse em uma entrevista ao Fantástico, da Globo.

No ano passado, o ex-deputado reviveu Kitara em um vídeo publicado na internet: “Aqui é Kitara, sua favorita, após 18 anos no armário. George Santos me trouxe de volta. Tanto faz! (…) Que tal colocar uma peruca, umas ‘boas’, e se divertir de verdade?”.

Fonte: DCM

Codinome misterioso para Moraes surgiu dentro do núcleo de confiança de Bolsonaro


    Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

O coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (24), que foi o tenente-coronel Mauro Cid quem criou o codinome “professora” para se referir ao ministro Alexandre de Moraes. Câmara, que é réu na investigação sobre a tentativa de golpe, disse que a expressão era usada em tom de brincadeira e negou que houvesse a intenção de esconder informações. “Partiu do tenente-coronel Cid. Eu entrei nessa brincadeira. Não tinha objetivo de esconder nada”, declarou.

A declaração foi feita durante depoimento no STF que ouviu acusados dos núcleos 2 e 4 da trama golpista. O ex-assessor buscou afastar qualquer vínculo com ações ilegais e afirmou que só repassava a Cid informações públicas, relacionadas à agenda de autoridades. “Nunca realizei nenhuma atividade ilícita. Tenho 30 anos de Exército. O que eu passava era ajuste de agenda. Se foi usado de outra forma, não era do meu conhecimento”, afirmou.

Segundo Câmara, o compartilhamento de uma imagem sobre o trajeto de Moraes no dia da diplomação do presidente Lula (PT) foi motivado por questões de logística, já que Bolsonaro havia dito que não participaria do evento. “Essa imagem era um convite, com fotos das autoridades. Era praxe no cerimonial. Quando recebi, passei para o Cid e começamos a tomar providências”, explicou

Ele negou ter tido conhecimento de qualquer plano para monitorar ilegalmente o ministro do STF.

As investigações apontam que Cid afirmou, em delação premiada, que o codinome “professora” era usado para ocultar conversas sobre Moraes e que Bolsonaro teria pedido um monitoramento como parte de uma operação chamada “Copa 2022”, com o objetivo de “neutralizar” o magistrado.

Mauro Cid enviando mensagens de áudio – Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga o uso de métodos sofisticados de espionagem e a existência de planos para eliminar Moraes e o presidente Lula.

Câmara é apontado como integrante do núcleo 2, que, segundo a PGR, atuou na elaboração de decretos golpistas e uso da Polícia Rodoviária Federal para dificultar o voto de eleitores de Lula. Também fazem parte desse grupo Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, e outros ex-membros do governo. Já o núcleo 4, segundo a acusação, era responsável por espalhar desinformação e integrar uma estrutura clandestina conhecida como “Abin paralela”.

Fonte: DCM

“Aberração”: Zema ataca STF, defende impeachment de magistrados e indulto a Bolsonaro

 

Jair Bolsonaro e Romeu Zema, governador de MG. Foto: Reprodução

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quinta-feira (24), em entrevista à CNN, que apoiará candidatos ao Senado em 2026 que defendam o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, há excessos por parte da Corte, especialmente no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Zema criticou as medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, como o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e a proibição de uso das redes sociais, alegando que decisões como essas representam uma perseguição. “É um absurdo você proibir um pai de falar com o filho, é um absurdo alguém não poder dar entrevistas. Isso me parece quase surreal”, afirmou.

Na avaliação do bolsonarista, é necessário reagir ao que classificou como uma “aberração” por parte do STF. Ele defendeu que os ministros revejam suas posturas antes que medidas mais drásticas sejam cogitadas. Para Zema, o Supremo extrapolou suas atribuições e precisa ser contido.

Zema também confirmou que concederá indulto a Bolsonaro caso seja eleito presidente em 2026. “Sim, com certeza”, respondeu, ao ser questionado sobre a possibilidade de perdoar judicialmente o ex-presidente. Ele já havia declarado que tem “muito em comum” com Bolsonaro e defende a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

O governador deve ter sua pré-candidatura à Presidência da República lançada em 16 de agosto, durante um evento do partido Novo em São Paulo. Ele aposta em uma renovação expressiva do Senado nas próximas eleições, com a eleição de dois senadores por estado, e quer formar uma bancada alinhada ao discurso de enfrentamento ao STF.

Fonte: DCM

Golpistas temem que Marcos do Val atrapalhe articulação nos EUA


     Marcos do Val

A viagem do senador Marcos do Val (Podemos-ES) para os Estados Unidos, contrariando decisão do ministro Alexandre de Moraes, provocou desconforto entre aliados de Jair Bolsonaro envolvidos em articulações no exterior.

Golpistas que atuam para convencer autoridades americanas a aplicar a Lei Magnitsky contra Moraes veem a presença de Do Val em Washington como um possível “elemento desestabilizador” dessas negociações.

O senador é considerado totalmente biruta e já deu demonstrações de confusão mental públicas em lives alopradas.

Em 2023, do Val depôs à Polícia Federal no inquérito que apurava um suposto plano para gravar Moraes, com o objetivo de anular as eleições presidenciais de 2022.

No primeiro depoimento, afirmou que a proposta foi discutida em uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro e Silveira. Segundo o senador, Bolsonaro permaneceu em silêncio durante a conversa e, em nenhum momento, demonstrou rejeição à ideia ou a desautorizou.

Desde então, Marcos do Val apresentou diferentes versões do episódio. Em abril daquele ano, reafirmou que a proposta partiu de Daniel Silveira e voltou a destacar a omissão de Bolsonaro durante o encontro.

Na semana anterior, o próprio Bolsonaro também foi ouvido pela PF. Ele confirmou que participou da reunião com Do Val e Silveira, mas negou qualquer discussão sobre tentativa de golpe ou plano contra o ministro do STF.

A defesa de Daniel Silveira reagiu afirmando que Marcos do Val carece de credibilidade para fazer acusações, citando as várias mudanças de versão. Os advogados sustentam ainda que o encontro com Bolsonaro foi solicitado pelo próprio senador, que teria pedido a Silveira para intermediar a reunião.

O senador deixou o Brasil por Manaus com passaporte diplomático, embora esteja sob medidas cautelares determinadas pelo STF, incluindo o bloqueio de seus documentos de viagem.

Ele alega que a saída foi informada ao Supremo, ao Itamaraty e ao Senado, mas documentos disponíveis não indicam autorização formal de Moraes — que, aliás, indeferiu expressamente o pedido em 16 de julho.

Sua chegada aos EUA incomoda setores da extrema direita brasileira no exterior, que vinham atuando junto a senadores republicanos e órgãos diplomáticos. Há o temor de que o senador exponha a operação liderada por Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, comprometendo a narrativa em construção.

Até o momento, nem a Polícia Federal nem o Itamaraty se manifestaram oficialmente sobre a saída do senador do país, apesar de decisão judicial em vigor. O gesto, porém, evidencia o enfraquecimento do controle sobre investigados por atos golpistas e, ao mesmo tempo, lança dúvidas sobre a articulação política do bolsonarismo em Washington.

Fonte: DCM