domingo, 20 de julho de 2025

Articulação de Eduardo Bolsonaro nos EUA termina como tiro no pé, avaliam aliados do deputado

Parlamentar produziu provas contra si e se indispôs com sua própria base eleitoral ao articular o tarifaço de Trump

     Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi alvo de críticas de seus próprios aliados após protagonizar um movimento considerado precipitado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo Paulo Cappelli, do Metrópoles, integrantes próximos ao parlamentar avaliaram que ele cometeu um erro estratégico ao assumir publicamente a articulação de sanções contra Moraes e a economia brasileira junto ao governo dos Estados Unidos, presidido por Donald Trump.

A leitura nos bastidores é de que o erro de Eduardo Bolsonaro foi 'aparecer demais'. Para esses aliados, ele deveria ter optado por um comportamento mais discreto: "depois que o governo Trump começou a discutir as sanções, Eduardo deveria ter adotado um perfil mais ‘low profile’, em vez de dar publicidade a cada uma de suas ações na Casa Branca”.

A superexposição do parlamentar nas redes sociais acabou sendo usada contra ele. Alexandre de Moraes passou a considerar o conteúdo das publicações como prova de tentativa de coação no curso do processo e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa, tanto por parte de Eduardo quanto de Jair Bolsonaro (PL).

Outro ponto sensível e criticado por aliados do deputado foi o anúncio de sanções que afetam economicamente o Brasil, em especial o setor agropecuário — historicamente alinhado à base bolsonarista. Para esses aliados, a movimentação acabou por produzir um efeito contrário ao desejado: minar apoios no campo conservador.

Na visão de parlamentares próximos, a ofensiva internacional de Eduardo deveria ter mirado exclusivamente em autoridades públicas — como o próprio Moraes — sem atingir setores econômicos estratégicos para o bolsonarismo. A tentativa de ampliar o desgaste do ministro do STF resultou, segundo essas fontes, em mais prejuízos políticos do que ganhos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Eduardo Bandeira de Mello, sobre emendas orçamentárias: “dinheiro público é para ser usado de modo responsável”

Deputado foi pioneiro na preocupação do uso indevido do dinheiro público. Assista na TV 247

Eduardo Bandeira de Mello (Foto: Agência Câmara)

Por Denise Assis
Em seu primeiro mandato como deputado federal, Bandeira conta que usou sua trajetória de 40 anos como gestor no BNDES, para encomendar, em 2023, ao Ipea, o levantamento do bom e do mau uso das emendas. Segundo ele, a experiência o ajudou tanto para sanear as contas do Flamengo, que presidiu, como para orientá-lo no uso correto das emendas

O deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ) falou ao “Denise Assis Convida”, deste domingo (20), sobre um estudo que encomendou ao Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada (Ipea), para aferir o efeito do carreamento de emendas parlamentares, de forma opaca, a redutos eleitorais de todo o país.

Bandeira tomou a providência, ainda no ano de 2023, quando não havia eclodido o escândalo identificado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que na época ainda era ministro da Justiça. O deputado foi, portanto, pioneiro na preocupação do uso indevido do dinheiro público, ao mesmo tempo que, em primeiro mandato, queria se organizar para saber como usar de modo responsável, os recursos das emendas que lhe cabiam, pois constatou que, se todos os deputados tinham direito às emendas, as suas ele queria direcionar para o seu estado, para projetos que dessem retorno social, “melhorando a vida das pessoas. É para isso que trabalhamos”, frisou.

Na ocasião, Bandeira de Mello havia acabado de deixar a presidência do Flamengo, onde saneou as contas do clube, que encontrou encalacrado em dívidas consideradas “impagáveis”.

“O Flamengo vinha tendo práticas que só prejudicavam o clube, era preciso colocar a casa em ordem, estancando aqueles gastos e desvios. Começamos a ter uma atitude de austeridade, que criou ansiedade na torcida, mas ao mesmo tempo, ao fazer o meu discurso de posse, dizendo que iria cessar com os abusos e para isso eu contava com a compreensão de todos, pois iria honrar os compromissos com os fornecedores, recebi apoio. Os torcedores entenderam o discurso e tiveram paciência comigo e com o clube. O resultado foi muito positivo”, comemora.

Ele conta que os salários estavam atrasados três meses, a situação era muito difícil, e requereu dele toda a experiência trazida dos 40 anos como gestor da área social do BNDES, onde foi responsável não só por essa área, como também a voltada para o meio ambiente. “Acompanhei, como gestor, a criação do Fundo Amazônia, o que me dá muito orgulho”, relembra.

O compromisso com o dinheiro público o levou a ter também todo o cuidado com o dinheiro privado, levando-o à gestão vitoriosa que possibilitou a reeleição para a presidência do clube. Ao sair, tentou eleger um sucessor, mas não conseguiu. “O poder é assim, você tem que entender a alternância de poder”, justificou.

Sobre as conclusões do estudo encomendado ao Ipea, apontou que as conclusões são preliminares, mas que já constatou três pontos: “O estudo, feito pelos pesquisadores Acir Almeida e Maria Dominguez, ambos doutores e pesquisadores ligados à instituição, foca em três pontos principais: o papel político das emendas, os critérios de alocação dos recursos e o impacto desse tipo de gasto sobre o bem-estar social. Considera, também, que as emendas se enquadram em políticas distributivas não programáticas, isto é, recursos direcionados sem regras formais e transparentes de alocação. Ele vai virar livro, ainda este ano”, anunciou.

O relatório, que analisa os gastos do Ministério da Saúde provenientes de emendas parlamentares entre 2014 e 2023, também do setor de Trabalho e Renda e Educação, atestou que houve um crescimento significativo desses valores no período, especialmente de emendas individuais e de relator, com destaque para a atenção primária e especializada à saúde. A execução orçamentária dessas emendas tem sido elevada, mas há preocupações quanto ao uso desses recursos sem critérios técnicos claros.

Para se ter uma ideia, as emendas parlamentares no Trabalho, Emprego e Renda entre 2014 e 2023 tiveram um crescimento das despesas para esse setor, de R$ 2,7 milhões (2014) para R$ 125 milhões (2023).

Nesse mapeamento de Estudos sobre Gastos Públicos e Emendas Parlamentares ficou constatado que foi de R$ 35,9 bilhões a média anual das emendas empenhadas no biênio 2022–2023 (valor 4,6 vezes maior que o biênio 2014–2015, que foi de R$ 7,8 bilhões).

As emendas parlamentares passaram a representar 21% das despesas discricionárias em 2023 (em 2014–2015, eram 4,7%). Por exemplo, na Educação, de (2014 -2023), houve um crescimento de 385% nas despesas por emendas parlamentares. Passou de R$ 360,2 milhões (2014) para R$ 1,75 bilhão (2023). Em saúde o crescimento foi de R$ 4,9 bilhões (2014) para R$ 23 bilhões (2023). O que significa que a participação das emendas nas despesas discricionárias do Ministério da Saúde saltou de 18,6% para 52,5% no mesmo período. no Trabalho, Emprego e Renda (2014–2023) houve um crescimento das despesas de R$ 2,7 milhões (2014) para R$ 125 milhões (2023).

Outro aspecto trazido à tona pelo estudo é que, apesar de aumentarem o volume de recursos carreados ao SUS, as emendas parlamentares na saúde podem desorganizar o sistema ao não respeitarem a lógica de regionalização da oferta de serviços e ao contribuírem para a ampliação das desigualdades na distribuição dos recursos, principalmente entre municípios pequenos e grandes.

Embora o volume total de recursos ainda seja pequeno em comparação com outras áreas, sua participação nas despesas discricionárias da função trabalho aumentou. Os principais beneficiários foram os municípios e entidades privadas sem fins lucrativos, com foco em ações de qualificação profissional e economia solidária. Esse ponto foi um dos que, mais tarde, ao ser observado pelo ministro do STF, Flávio Dino, despertou suspeitas. Bandeira, porém, disse que é preciso apurar e esperar o resultado das investigações, para que não se cometa injustiça. “Existem ONGs que prestam ótimo serviço. Eu mesmo, na época do BNDES, trabalhei com ONGs em alguns projetos sociais com excelentes resultados”, ressaltou.

O deputado se pronunciou também sobre a crise vivida pelo Brasil em função das tarifas de 50% impingidas aos produtos brasileiros, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Disse que “a hora é de união de todos os brasileiros. Eu ficaria muito feliz, por exemplo, vendo a torcida do Flamengo, de forma espontânea, como fizeram na questão do racismo contra o Vini Júnior, abraçar a causa da soberania”.

A torcida do time carioca tem tradição no apoio às causas nacionais. Na transição democrática, fundou a “Flanistia”, pedindo anistia e o retorno dos exilados e presos políticos. Quem sabe?

Fonte: Brasil 247

Flávio Bolsonaro levanta suspeita de fuga para a Europa para não ser preso

 

O senador Flávio Bolsonaro. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A viagem de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Europa, confirmada por sua assessoria, repercutiu fortemente nas redes sociais e no meio político. O senador deixou o Brasil na quinta-feira (17), um dia antes de a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ausência do senador durante a operação levantou suspeitas de tentativa de fuga.

O embarque de Flávio ocorreu no voo TP58, que partiu de Brasília às 17h10 com destino a Lisboa, onde ele desembarcou na sexta-feira (18). A assessoria do parlamentar afirmou que ele está em recesso, mas não revelou o itinerário ou o objetivo da viagem.

O deputado federal André Janones (Avante-MG) acusou Flávio de ter deixado o país para evitar uma eventual prisão. “Mais um covarde foge como um rato para não ser preso!”, escreveu nas redes. Janones sugeriu que o senador teria “entrado em desespero” ao saber da ofensiva judicial contra o núcleo bolsonarista.

André Janones (Avante-MG). Foto: Reprodução
Em resposta, Flávio Bolsonaro ironizou os críticos. Usando o X (antigo Twitter), ele escreveu: “Já que me deram o trabalho de vir aqui dizer que esses ZORATES são dois ALDRABÕES, vou dar trabalho pra vocês também! Vão pesquisar no Google o que é ‘zorate’ e ‘aldrabão’ e respondam aqui nos comentários, por obséquio”. O tom de deboche foi mantido mesmo após a operação, quando ele publicou nova mensagem de apoio ao pai: “Fica firme, pai, não vão nos calar!”.



Enquanto Flávio circula pela Europa, Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos, onde intensificou sua agenda com parlamentares republicanos. Eduardo já afirmou que não pretende retornar ao Brasil “até que a liberdade volte a existir” e vem denunciando o que chama de “ditadura disfarçada de democracia”. Além disso, tem criticado diretamente o ministro Alexandre de Moraes, relator dos principais inquéritos contra o ex-presidente.

A operação da Polícia Federal resultou na imposição de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com investigados, inclusive Eduardo. Também foi proibido o uso de redes sociais e o recebimento de diplomatas. A PF ainda apreendeu documentos, dólares e um pen drive na residência do ex-presidente.

A movimentação dos filhos de Bolsonaro no exterior ocorre em um contexto de crescente pressão jurídica sobre o bolsonarismo. Além das investigações no Brasil, os vínculos internacionais dos filhos de Bolsonaro levantam suspeitas sobre possíveis articulações para escapar da Justiça brasileira ou buscar respaldo político fora do país.

Fonte: DCM

Entenda por que Fux ainda não votou sobre restrições a Bolsonaro no STF

 

Os ministros do STF Luis Fux e Alexandre de Moraes. Foto: Fellipe Sampaio /STF
Deve ser concluído até segunda-feira (21), o julgamento virtual da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, que analisa as sanções impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Luiz Fux, último a votar, ainda não se manifestou. Ele afirmou a colegas que está gripado, mas garantiu que registrará seu voto dentro do prazo, conforme o colunista Guilherme Amado para o Platobr.

A análise ocorre em meio a um conflito diplomático envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, além da cassação do visto americano do ministro Alexandre de Moraes. As decisões tomadas por Moraes contra Bolsonaro também motivaram uma resposta do governo americano.

Três ministros já acompanharam o relator Alexandre de Moraes: Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O placar está em 4 a 0, consolidando maioria pela manutenção das restrições ao ex-presidente. Caso Fux não vote até o fim do prazo, será considerado ausente, conforme o regimento interno do STF.

Moraes determinou buscas em endereços ligados a Bolsonaro e a instalação de tornozeleira eletrônica na última sexta-feira (18). Também proibiu o ex-presidente de manter contato com seu filho Eduardo Bolsonaro, de sair de casa à noite e aos fins de semana e de se aproximar de representações diplomáticas estrangeiras.

Jair Bolsonaro sendo conduzido pela Polícia Federal após dois mandados de busca e apreensão em sua residência. Foto: Wilton Junior/Estadão
Segundo o relator, Bolsonaro e Eduardo estariam tentando atrapalhar a ação penal em andamento no STF e articulando com autoridades estrangeiras medidas que poderiam pressionar o Judiciário brasileiro e violar a soberania nacional. As restrições foram remetidas para validação da 1ª Turma.

A decisão gerou reação imediata dos Estados Unidos. O secretário de Estado, Marco Rubio, suspendeu o passaporte do ministro, de familiares e de aliados no STF. A medida aumentou a tensão entre os dois países.

Em seu voto de 13 páginas, Flávio Dino concordou com os argumentos de Moraes sobre os riscos de uma eventual fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos. Cristiano Zanin seguiu o mesmo entendimento, e Cármen Lúcia considerou “adequadas” as providências impostas.

Desde o início da ação penal contra Bolsonaro e outros 30 réus, a 1ª Turma tem confirmado de forma unânime as decisões do ministro relator Alexandre de Moraes. Luiz Fux, no entanto, tem se posicionado em alguns momentos como voz divergente em julgamentos relacionados aos atos de 8 de Janeiro.

Fonte: DCM com informação do site PlatôBR

Carro usado compensa? Veja as manutenções ignoradas que podem custar caro


    Mecânico com veículo durante conserto. Foto: Divulgação / Fonte: iCarros

Manutenções negligenciadas em carros usados continuam sendo um problema recorrente no Brasil em 2025. Muitos proprietários ainda se orgulham de dizer que apenas trocam o óleo do motor, mesmo em veículos com mais de 100 mil km rodados. Essa prática, comum entre quem pretende vender o carro, indica descuido e pode trazer dores de cabeça ao próximo dono.

Especialistas alertam que qualquer automóvel exige cuidados além das trocas de óleo e filtros. O manual do fabricante traz cronogramas que, se ignorados, podem gerar reparos caros, como os do câmbio automático, cujos consertos podem ultrapassar R$ 10 mil. Trocas preventivas do lubrificante, recomendadas entre 40 mil e 100 mil km dependendo do uso, evitam falhas na transmissão.

Por exemplo, a correia dentada deve ser substituída não apenas pela quilometragem, mas também pelo tempo de uso, já que a borracha resseca. Em um carro de 2020 com apenas 50 mil km, é necessário seguir a recomendação do fabricante, mesmo que o manual indique substituição apenas após 120 mil km ou cinco anos. Negligenciar esse item pode causar danos graves ao motor.

Outros serviços essenciais incluem descarbonização de motores com injeção direta, inspeção do líquido de arrefecimento e ajuste das folgas de válvulas em motores com tuchos mecânicos. Essas manutenções, muitas vezes ignoradas em oficinas particulares, garantem desempenho e consumo corretos, além de evitarem problemas recorrentes em veículos com quilometragens acima dos 50 mil km.

Fonte: DCM

“Preta do cabelo duro”: Erika Hilton processa Antônia Fontenelle após ataque racista e transfóbico

 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e a apresentadora Antônia Fontenelle. Fotomontagem: Câmara dos Deputados/Youtube

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) acionou a Justiça para pedir uma indenização de R$ 50 mil contra a apresentadora Antônia Fontenelle. A parlamentar afirma ter sido alvo de comentários ofensivos com teor racista e transfóbico em um vídeo publicado no YouTube na última quinta-feira, 17.

O processo aponta que Fontenelle usou termos pejorativos ao falar da aparência de Erika, referindo-se a ela como “preta do cabelo duro” e ironizando o tamanho do nariz. O vídeo permanece disponível e já acumulava mais de 34 mil visualizações até a noite do dia 19.

As declarações surgiram durante críticas da apresentadora ao voto de parlamentares contrários ao projeto de lei 1.112/23, do deputado Alfredo Gaspar (União-AL). O texto prevê que condenados por crimes hediondos cumpram ao menos 80% da pena em regime fechado antes de pedir progressão. Erika Hilton se posicionou contra a proposta, o que motivou os ataques.

No registro, Fontenelle disse que a deputada “quer ser uma branca loira” e que “nunca será”. Também afirmou: “Vocês são pretos, do cabelo duro, como todos os pretos são” e completou com outro ataque: “Parem de querer ser brancos e loiros porque vocês não são”.

Em tom de provocação, a apresentadora chegou a ameaçar Erika. “Se vier para cima de mim, eu puxo a peruca e te deixo careca”, declarou. Para a defesa da parlamentar, essas falas violam sua honra e identidade e evidenciam discriminação por raça e gênero.

Com a repercussão, Fontenelle publicou em suas redes sociais um trecho do mesmo vídeo alegando que estava sendo injustamente acusada de racismo. Segundo ela, o conteúdo mostraria o “contexto real” de suas falas.

O processo, protocolado em São Paulo, apresenta transcrições das falas como provas. Os advogados de Erika Hilton afirmam que os ataques foram amplamente disseminados nas redes e configuram danos morais pela violência simbólica das expressões usadas. A apresentadora não se justificou sobre a repercussão do caso até o momento.

Veja o vídeo:

Fonte: DCM

Lula viaja ao Chile e reúne frente de esquerda contra extremismo e tarifaço de Trump

 

Lula no BRICS. Foto: Reprodução
O presidente Lula chegou neste domingo (20) a Santiago, no Chile, para participar do encontro “Democracia Sempre”, que reunirá chefes de Estado progressistas para discutir estratégias contra o avanço global do extremismo e da desinformação.

A reunião, marcada para segunda-feira (21), será realizada no Palácio La Moneda, sede do governo chileno, e contará com a presença de Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai) e Pedro Sánchez (Espanha). O encontro ocorre em meio à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos após o tarifaço imposto por Donald Trump a produtos brasileiros.

O governo Lula pretende tratar no encontro sobre o uso de tarifas como arma política por Trump, que condicionou a retirada de sanções econômicas ao fim de investigações judiciais que envolvem Jair Bolsonaro.

O Palácio do Planalto enxerga a ofensiva americana como uma tentativa explícita de ingerência na soberania brasileira e um ataque ao próprio regime democrático do país. O Brasil também busca apoio para regulamentar o funcionamento das redes sociais e criar regras internacionais para a inteligência artificial, temas que preocupam pela capacidade de fomentar o extremismo político.

Os presidentes Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução
Além de discutir o enfrentamento à extrema direita e às fake news, os líderes progressistas vão propor soluções para o fortalecimento do multilateralismo e a redução das desigualdades sociais, pilares apontados como essenciais para conter o avanço do radicalismo. A diplomacia brasileira teme que as eleições presidenciais de 2026 possam ser contaminadas por interferências externas via manipulação digital, favorecendo o retorno da extrema direita ao poder.

O evento no Chile é uma continuidade dos debates iniciados por Lula e Sánchez na Assembleia-Geral da ONU em 2024. Na época, o presidente brasileiro alertou que o avanço da ultradireita é consequência de uma crise democrática mundial e que “recuar não apazigua ânimos violentos”. O objetivo agora é criar uma resposta coordenada e permanente entre os países que defendem valores democráticos, justiça social e governança global responsável.

As propostas debatidas em Santiago serão levadas à 80ª Assembleia-Geral da ONU, em setembro, em Nova York. A expectativa é reunir líderes de outros países além do campo progressista, para fortalecer um pacto global em defesa da democracia.

Mesmo sem confirmação de uma declaração específica sobre Trump, o governo brasileiro espera que o encontro consolide um eixo de resistência política à ofensiva autoritária e econômica do atual governo dos Estados Unidos.

Fonte: DCM

Felipe Neto manda Carluxo para a “pqp” após queixa de perseguição ao inelegível

Felipe Neto e Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O influenciador Felipe Neto respondeu uma publicação do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), feita após a Polícia Federal realizar uma operação que atingiu Jair Bolsonaro. Em sua resposta, Felipe Neto lembrou que sua mãe precisou deixar o Brasil em 2019, após ameaças de morte que recebeu.

Felipe Neto não poupou críticas e recordou quando Carlos Bolsonaro o denunciou com base na Lei de Segurança Nacional por ter chamado Jair Bolsonaro de “genocida” durante a pandemia. Em tom agressivo, Neto escreveu: “Você acionou a Lei de Segurança Nacional contra mim e mandou beijos debochados pra minha mãe quando ela teve que sair do Brasil por ameaças de morte. Vá pra puta que te pariu, seu desgraçado”.

Carlos Bolsonaro, por sua vez, demonstrou indignação com a operação da PF, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele afirmou estar revoltado com o que chamou de perseguição ao seu pai e criticou as prisões de apoiadores do ex-presidente após os ataques de 8 de janeiro.

Fonte: DCM

Tarifaço de Trump põe em risco 77 mil toneladas de frutas brasileiras; entenda

Mangas separadas para o comércio. Foto: Reprodução/Cezar Augusto Libório

A sobretaxa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, ameaça 77 mil toneladas de frutas brasileiras destinadas ao mercado norte-americano. A medida entra em vigor em 1º de agosto e já provocou a suspensão de embarques de frutas, pescados, grãos e carnes.

Segundo levantamento do canal GloboNews, o setor de frutas concentra o maior risco: 36,8 mil toneladas de manga, 18,8 mil de frutas processadas, principalmente açaí, 13,8 mil de uva e 7,6 mil de outras variedades. Cerca de 2,5 mil contêineres estão prontos para exportação, mas dependem de solução diplomática.

De acordo com a Abrafrutas, o volume armazenado seria suficiente para abastecer, por um ano, capitais como Salvador, Manaus e Recife. Se convertido em suco, renderia 38,5 milhões de litros, o equivalente a um copo para mais de 192 milhões de pessoas. O segundo semestre, responsável pelo maior faturamento da fruticultura, pode sofrer um colapso.

A manga é o item mais afetado, já que o período de exportação, entre agosto e outubro, coincide com o início da sobretaxa. O presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, afirma que não há mercado interno ou logística para redirecionar os produtos e alerta para risco de desemprego. O governo brasileiro tenta negociar com Washington o adiamento da tarifa por 90 dias.

Fonte: DCM com informações da GloboNews

Moraes ordena inclusão de entrevistas e posts de Eduardo Bolsonaro em ação no STF

 

O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Reprodução
Neste sábado (19), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que entrevistas e postagens feitas por Eduardo Bolsonaro (PL) sejam anexadas ao Inquérito 4.995, que investiga o deputado licenciado por suposta tentativa de obstruir investigações sobre a trama golpista. A decisão ocorre após o endurecimento das medidas contra Jair Bolsonaro (PL).

O magistrado argumenta que Eduardo aumentou seus ataques ao STF após a imposição de medidas cautelares contra o pai. “O investigado intensificou as condutas ilícitas objeto desta investigação, por meio de diversas postagens e ataques ao STF nas redes sociais”, afirmou o ministro na decisão.

Uma das postagens anexadas mostra Alexandre de Moraes com orelhas do Mickey Mouse, ironizando as sanções aplicadas pelos Estados Unidos.

Na legenda, Eduardo escreveu: “Talvez o Moraes não sabe se o Filipe Martins foi ou não aos EUA, mas agora todo mundo sabe que o Moraes não vai”. A imagem foi publicada após o anúncio da suspensão do visto americano do ministro.

Post de Eduardo Bolsonaro no X – Foto: Reprodução

O senador norte-americano Marco Rubio afirmou que os vistos de Moraes, de membros do STF e de seus familiares foram suspensos em resposta à “caça às bruxas política” contra Jair Bolsonaro.

Rubio declarou que a decisão foi tomada para proteger direitos básicos e interesses dos cidadãos americanos diante do que chamou de perseguição judicial no Brasil.

A medida foi justificada pelo Departamento de Estado com base na Lei de Imigração e Nacionalidade, que permite barrar a entrada de estrangeiros considerados prejudiciais à política externa dos EUA.

Moraes foi o responsável por aplicar a Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica e restringir o acesso dele às redes sociais, medidas que desencadearam as manifestações de Eduardo e as ações retaliatórias por parte do governo de Donald Trump.

Fonte: DCM

José Maria Marin, ex-presidente da CBF, morre aos 93 anos em São Paulo

Nos últimos anos, o ex-dirigente enfrentava problemas de saúde. Em 2023, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que o levou à internação em São Paulo

     José Maria Marin, ex-presidente da CBF (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, morreu neste fim de semana aos 93 anos, informa o jornal O Globo. A causa da morte ainda não foi informada oficialmente.

Nos últimos anos, Marin enfrentava problemas de saúde. Em 2023, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que o levou à internação em São Paulo. Desde então, seu estado era considerado delicado, exigindo acompanhamento médico constante.

Marin presidiu a CBF entre 2012 e 2015, período que coincidiu com investigações de corrupção no futebol internacional. Ele foi preso nos Estados Unidos em 2015, acusado de lavagem de dinheiro e outros crimes. Foi condenado, cumpriu parte da pena em território americano e, posteriormente, retornou ao Brasil, onde permaneceu em prisão domiciliar.

Marin também tem trajetória na política institucional, fora do esporte. Foi deputado estadual por São Paulo, vice-governador do estado e chegou a ocupar temporariamente o cargo de governador na década de 1980.

Fonte: Brasil 247 com informação do jornal O Globo

Grupo Prerrogativas denuncia “chantagem escancarada” de Trump contra o Brasil

Entidade condena sanções dos EUA a ministros do STF e taxação de exportações; novas retaliações podem ser anunciadas nos próximos dias

       Donald Trump na Casa Branca (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

O grupo jurídico Prerrogativas divulgou neste sábado (19) uma nota pública conclamando a sociedade brasileira a reagir às sanções impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o Brasil. O conteúdo foi publicado após a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, informar que novas medidas punitivas estão sendo preparadas e poderão ser anunciadas a partir da segunda-feira (21).

Na sexta-feira (18), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, comunicou a suspensão dos vistos de entrada nos EUA do ministro Alexandre de Moraes e de outros integrantes do STF. Além disso, Trump determinou a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, com vigência a partir de 1º de agosto, em resposta à suposta perseguição judicial contra Jair Bolsonaro.

Na avaliação do Prerrogativas, que mantém alinhamento com o governo Lula, a decisão representa “um ato sem precedentes de violação do respeito mútuo que as instituições de Estado de países independentes devem resguardar em suas relações bilaterais”.

O grupo também acusa o governo norte-americano de tentar interferir de forma ilegítima no funcionamento da Justiça brasileira, com objetivo de proteger aliados políticos. “A aplicação de tais sanções, confessadamente, traduz uma insólita tentativa de interferência em procedimentos legais regularmente conduzidos em nosso país, com objetivos espúrios de favorecimento pessoal e político de agentes devidamente identificados”, diz o texto.

A nota ressalta que esses agentes têm atuado como “fomentadores de atos lesivos à soberania e aos interesses econômicos do Brasil”, o que, segundo o grupo, “evidencia a gravidade da subversão praticada”.

O Prerrogativas conclui pedindo uma resposta firme da população: “Que a sociedade brasileira ofereça uma altiva e contundente resposta à insensata escalada de pronunciamentos, ameaças e ataques protagonizados pelo governo do presidente Donald Trump contra as instituições e os interesses do nosso país”. Segundo o coletivo, os atos do governo dos EUA configuram “ações desleais, antipatrióticas e traiçoeiras”, com o objetivo de “beneficiar, por meio de escancarada chantagem, pessoas e segmentos que atentaram contra o Estado de Direito e a Democracia no Brasil e agora pretendem escapar da sua correspondente responsabilização criminal”.

A perspectiva de novas retaliações, revelada pela coluna Painel, envolve interlocutores do governo norte-americano que estariam em contato direto com lideranças bolsonaristas. Esses contatos indicam que outras sanções podem ser anunciadas já nos próximos dias.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas querem sanções mais duras dos EUA para “linchar” Alexandre de Moraes

Aliados de Bolsonaro esperam que punições econômicas e restrições internacionais façam opinião pública se voltar contra ministro do STF

        Ministro Alexandre de Moraes, do STF 09/06/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

Bolsonaristas estão apostando em um novo pacote de sanções internacionais liderado pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, como uma estratégia para ampliar a pressão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e reverter o atual cenário de opinião pública, que majoritariamente apoia a atuação do magistrado em defesa da ordem democrática e da soberania nacional.

De acordo com o Painel da Folha de S.Paulo, os bolsonaristas acreditam que novas punições — especialmente se atingirem a economia, o funcionamento de satélites e sistemas GPS, ou ainda impuserem restrições a viagens internacionais de cidadãos brasileiros — poderão gerar uma reação popular contrária ao ministro do STF. “Se vierem essas sanções, o povo vai querer linchar o Moraes — no sentido figurado, é claro”, afirmou, sob condição de anonimato, um dirigente bolsonarista citado pela coluna.

Ainda segundo o Painel, diplomatas e funcionários do Departamento de Estado dos EUA informaram interlocutores bolsonaristas que novas medidas punitivas estão previstas para os próximos dias, intensificando a ofensiva contra Moraes. A escalada inclui não apenas sanções individuais, mas também restrições que podem impactar amplamente setores estratégicos e a vida cotidiana dos brasileiros.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

Tarifaço de Trump e possível de fuga enterram chance de pena mais branda para Bolsonaro, avaliam juristas e ministros do STF

Agora, além de responder por tentativa de golpe, Bolsonaro está sob suspeita de obstrução de Justiça, coação no curso do processo e atentado à soberania

          Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Uma nova frente de investigação aberta contra Jair Bolsonaro (PL) — envolvendo sua suposta articulação para que os Estados Unidos pressionassem o Supremo Tribunal Federal (STF) — agravou ainda mais o cenário jurídico do ex-presidente. Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo, ministros da Corte, integrantes da Polícia Federal (PF) e especialistas em Direito veem nos novos elementos uma barreira para qualquer tentativa de suavizar a eventual pena no julgamento da trama golpista, previsto até setembro.

A operação da PF na última sexta-feira (18), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, culminou na apreensão do celular de Bolsonaro, de um pen drive escondido em um banheiro e de US$ 14 mil em espécie. Ele também passou a usar tornozeleira eletrônica, deve permanecer em casa no período noturno e está proibido de manter contato com autoridades estrangeiras e demais investigados, incluindo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho. A Procuradoria-Geral da República (PGR) considera que as medidas são necessárias para garantir a aplicação da lei penal e evitar fuga do réu.

☆ Pressão internacional e sanções como retaliação - De acordo com a PF, Bolsonaro teria atuado para que o governo dos Estados Unidos adotasse sanções contra o Brasil, caso o processo no STF contra ele não fosse arquivado. A articulação teria contado com a ajuda de Eduardo Bolsonaro e se concretizado parcialmente quando o presidente dos EUA, Donald Trump — atualmente no exercício de seu segundo mandato —, declarou que o julgamento de Bolsonaro deveria ser “interrompido imediatamente”.

Após a fala de Trump, Bolsonaro e seu filho passaram a defender abertamente a tese de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, como condição para o fim das sanções. Para membros do STF e da PGR, a manobra foi interpretada como tentativa clara de coação institucional e interferência estrangeira em um processo conduzido por instâncias legítimas da Justiça brasileira.

☆ Risco de aumento da pena e novo entendimento - A nova investigação reduziu as chances da defesa de Bolsonaro conseguir uma pena menor. Até então, aliados especulavam sobre a possibilidade de o ex-presidente obter um voto divergente na Primeira Turma do STF ou até mesmo uma condenação menos severa — especialmente depois de ele adotar um tom mais ameno em depoimento recente ao ministro Moraes.

Agora, além de responder por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro também está sob suspeita de obstrução de Justiça, coação no curso do processo e atentado à soberania nacional. Para uma ala do STF, a hipótese de pena branda se tornou remota, ainda que a possibilidade de prisão domiciliar não esteja descartada por razões humanitárias, devido à idade do ex-presidente (70 anos) e problemas de saúde.

A decisão de Moraes que autorizou a operação da última sexta classificou as ações do ex-presidente como “expressos atos executórios e flagrantes confissões”.

Discussão penal: concurso de crimes - Outro ponto relevante diz respeito à possibilidade de Bolsonaro ser condenado por dois crimes previstos na Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito — a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Embora relacionados, a PGR sustenta que são crimes distintos e que devem ser punidos separadamente.

A interpretação é de que o crime de abolição violenta protege a estrutura institucional da República, enquanto o de golpe de Estado tem como alvo a derrubada do governo de plantão, ainda que as instituições continuem existindo. Com isso, abre-se margem para o concurso material das penas, ou seja, a soma das condenações.

Até o momento, o entendimento majoritário no STF, no âmbito dos processos relacionados aos atos de 8 de janeiro, é o de aplicar as penas de forma conjunta. No entanto, com os fatos recentes, a tendência é de que esse posicionamento seja mantido, reforçando a gravidade das acusações e o risco real de Bolsonaro enfrentar uma condenação severa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo