quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Lula vence todos os adversários e lidera 1º e 2º turno de 2026, diz AtlasIntel


      O presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira (18) aponta que o presidente Lula (PT) lidera todos os cenários de primeiro e segundo turnos das eleições de 2026, vencendo todos os adversários testados caso o pleito fosse realizado hoje.

A pesquisa simulou cinco cenários com Lula candidato à reeleição. Em todos, o presidente aparece na liderança. No cenário com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Lula registra 48,1%, contra 29,3% de Flávio e 7,2% do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

Em uma simulação ampliada que inclui o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula marca 47,9%, Flávio 21,3%, Tarcísio 15% e Caiado 4,4%.

Quando o confronto é direto entre Lula e Tarcísio, sem Flávio Bolsonaro, o presidente tem 48,8%, enquanto o governador paulista soma 28,3% e Caiado, 5,5%.

Em outro cenário, contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), Lula aparece com 48,8%, Michelle com 30% e Caiado com 7,5%.

Já em uma simulação sem nenhum membro do clã Bolsonaro ou Tarcísio, Lula pontua 48,8%, seguido por Caiado com 16,3%, Romeu Zema (Novo) com 11,7% e Ratinho Júnior (PSD) com 9%.

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Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg – Cenários de 1° turno. Foto: Reprodução

O instituto também testou um cenário sem Lula, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como candidato do PT. Nesse caso, Haddad teria 43,9%, Tarcísio 28,5%, Caiado 6,1% e Ratinho Júnior 4,1%.

Disputas de segundo turno

Nos cenários de segundo turno, Lula vence todos os adversários testados. Contra Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, o placar é de 50% a 46%.

O presidente também superaria Tarcísio de Freitas por 49% a 45%, Michelle Bolsonaro por 50% a 45% e Flávio Bolsonaro por 53% a 41%.

Nas simulações contra governadores, Lula aparece com 49% frente a 39% de Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Júnior, além de vencer Eduardo Leite (PSD) por 49% a 24%.

A AtlasIntel ouviu 18.154 pessoas em todo o país, por meio de questionários online, entre os dias 10 e 15 de dezembro. A margem de erro é de um ponto percentual.

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Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg – 2° turno. Foto: Reprodução
Fonte: DCM

Lula é aprovado por 48,8% e desaprovado por 50,7%, diz AtlasIntel

Pesquisa mostra estabilidade na avaliação do presidente em comparação ao mês anterior

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A mais recente pesquisa do instituto AtlasIntel revela que os índices de aprovação e desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permaneceram praticamente inalterados entre novembro e dezembro, reforçando um cenário de forte divisão na opinião pública brasileira. Os dados mostram que 50,7% dos entrevistados desaprovam a atual gestão, enquanto 48,8% afirmam aprová-la, diferença considerada estatisticamente irrelevante diante da margem de erro de um ponto percentual.

Em relação ao mês anterior, houve apenas uma leve oscilação positiva entre os que aprovam o governo: em novembro, esse grupo representava 48,6%. Já o percentual de desaprovação permaneceu exatamente o mesmo no período.

Apesar da estabilidade nos índices de aprovação, a avaliação geral do governo apresentou uma mudança sutil, porém relevante. Cresceu o número de brasileiros que classificam a gestão Lula como “boa” ou “ótima”, passando de 44,4% em novembro para 46,5% em dezembro. No sentido oposto, a parcela que considera o governo “ruim” ou “péssimo” oscilou dentro da margem de erro, indo de 48,6% para 48,9%.

Segundo os pesquisadores do AtlasIntel, o movimento observado na avaliação do governo “sugere interrupção do processo de deterioração observado anteriormente e abre espaço para ganho de fôlego ao longo de 2026”. O instituto avalia que esse possível alívio no desgaste pode estar associado à expectativa em torno de novas políticas públicas com impacto direto na população, como a proposta de isenção do Imposto de Renda e o fim da obrigatoriedade das autoescolas.

A pesquisa ouviu 18.154 pessoas em todo o país entre os dias 10 e 15 de dezembro, por meio do método de Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR). O nível de confiança do levantamento é de 95%, o que confere robustez estatística aos resultados apresentados.

Fonte: Brasil 247

PF faz buscas contra empresária Roberta Luchsinger em apuração sobre fraudes no INSS

Operação autorizada pelo STF mira Roberta Moreira Luchsinger, investigada por transações financeiras com Antônio Carlos Antunes, o Careca do INSS

     Roberta Moreira Luchsinger (Foto: Reprodução/YouTube/DCM TV)

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (18) uma operação de busca e apreensão contra a empresária Roberta Moreira Luchsinger, no bairro de Higienópolis, região central de São Paulo, informa Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. A ação integra a operação Sem Desconto, que apura possíveis irregularidades envolvendo repasses financeiros e alcançou também autoridades públicas ligadas à área previdenciária.

Roberta Luchsinger é apontada pelos investigadores como ligada a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", após o recebimento de valores financeiros provenientes dele. Segundo a apuração, esse vínculo financeiro motivou a inclusão do nome da empresária no conjunto de medidas judiciais autorizadas no âmbito da operação.

A empresária sustenta que as transferências não têm relação com o Instituto Nacional do Seguro Social. De acordo com sua versão apresentada às autoridades, os valores estariam associados a um projeto de canabidiol que ela desenvolvia em parceria com Antunes, sem conexão com atividades no INSS.

A operação Sem Desconto também cumpriu medidas contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Adroaldo Portal, ampliando o alcance das investigações sobre eventuais esquemas envolvendo recursos e influência na área previdenciária.

Embora o ministro do STF André Mendonça tenha determinado que o cumprimento dos mandados ocorresse de forma discreta, moradores da rua onde Luchsinger reside relataram movimentação intensa no local. Segundo esses relatos, houve interrupção do trânsito e presença ostensiva de agentes policiais, o que chamou a atenção de quem vive na região.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

A escala 6x1 e o cansaço do país devem pautar a eleição de 2026, diz Felipe Nunes, da Quaest

Cientista político aponta que flexibilização da jornada, segurança e preço dos alimentos tendem a influenciar o voto em 2026

        Mobilização contra a escala 6x1 (Foto: Letycia Bond/Ag. Brasil)

Cientista político Felipe Nunes aponta que flexibilização da jornada, segurança e preço dos alimentos tendem a influenciar o voto e a disputa entre proteção social e renda

A discussão sobre o fim da escala 6x1 e a flexibilização da jornada de trabalho deve ganhar centralidade na corrida eleitoral de 2026, impulsionada por um sentimento disseminado de exaustão, frustração e desejo de mais autonomia sobre o tempo. Na avaliação do cientista político Felipe Nunes, sócio-fundador da Quaest, o tema dialoga com mudanças profundas na forma como os brasileiros enxergam trabalho, renda e expectativas de futuro.

A análise foi apresentada em entrevista à BBC News Brasil, a partir de resultados de uma pesquisa com quase 10 mil brasileiros, realizada entre novembro e dezembro de 2023 e encomendada pela TV Globo, que embasa o livro O Brasil no Espelho - Um guia para entender o Brasil e os brasileiros (Globo Livros). No debate público, o governo federal tem buscado sinalizar apoio ao fim da escala: em 2 de dezembro, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que a gestão Lula tem “compromisso em defesa do fim da jornada de trabalho 6x1 sem redução de salário”.

Nove "tribos" e um país dividido em identidades

No livro, Nunes descreve o Brasil a partir de nove perfis identitários, com valores e preferências políticas distintas: conservadores cristãos (27%), dependentes do Estado (23%), agro (13%), progressistas (11%), militantes de esquerda (7%), empresários (6%), liberais sociais (5%), empreendedores individuais (5%) e extrema direita (3%). Segundo ele, o objetivo foi olhar além das segmentações tradicionais e identificar bolhas de valores e atitudes: “eu peguei toda essa bateria de valores que a gente estudou, atitudes e preferências e rodei uma análise estatística que me deu quais são as bolhas, as tribos que a gente vive”.

O cientista político sustenta que, mesmo num ambiente de forte polarização, há pontos de convergência que atravessam os grupos. Para ele, o primeiro eixo de união é a religiosidade: “O brasileiro acredita muito em Deus, independentemente da sua religião”. O segundo é a importância atribuída à família — numa definição que, segundo o pesquisador, vem se ampliando: “O que define família para o brasileiro é o amor, mais do que o laço sanguíneo”.

◉ Agro, consumo e símbolos de pertencimento

Um dos recortes que mais chamam atenção na tipologia apresentada é a consolidação do “agro” como terceira maior identidade, com 13% dos brasileiros. Nunes afirma que a homogeneidade do grupo não está apenas na atividade econômica, mas em padrões culturais e de consumo: “o agro hoje tem um modo de se comportar, tem consumo muito parecido. O tipo de carro que ele compra, o tipo de comida que ele gosta, o churrasco é muito importante, o tipo de bebida, a cerveja”.

◉ Jovens da periferia e a frustração que vira ressentimento

Ao tratar dos empreendedores individuais — descritos como filhos das classes D e E —, Nunes aponta um sentimento de expectativa rompida, que pode influenciar escolhas políticas em 2026. Ele relata que esse público viu políticas públicas beneficiarem suas famílias, mas não percebeu a mesma ascensão prometida a partir do esforço individual e do estudo: “esse público de empreendedor individual tem uma frustração muito grande, porque a ele foi prometida uma melhora depois da universidade e essa grande expectativa produziu neles uma frustração gigantesca”. E completa: “Essa frustração, para alguns, acabou se transformando em ressentimento. E esse ressentimento afasta esse público”.

Segundo Nunes, esse deslocamento ajuda a explicar por que parte desse segmento passa a rejeitar a ideia do Estado como solução e migra para valores ligados à iniciativa individual: “Eles acabaram passando a acreditar que o Estado não é o solucionador do problema”.

◉ "A eleição de 2026 vai ser uma eleição sobre o mercado de trabalho"

Para o pesquisador, o tema do trabalho tende a funcionar como eixo organizador da próxima disputa, justamente por condensar o mal-estar social. Em uma das passagens centrais da entrevista, ele afirma: “Pouca gente se deu conta de que a eleição de 2026 vai ser uma eleição sobre o mercado de trabalho. O Brasil está cansado”. Nunes descreve uma realidade de múltiplas ocupações, renda insuficiente e ampliação do desejo por flexibilidade: “As pessoas estão muito cansadas, trabalhando demais, frustradas e querendo uma vida mais flexível. Por isso, a escala 6x1 é um debate que, na minha visão, vai ser fundamental para a eleição de 26”.

Nunes também vincula o tema a pressões distintas sobre homens e mulheres. Sobre elas, ele reforça o peso da dupla (ou tripla) jornada: “Para as mulheres que, como eu disse aqui, têm que cuidar da casa, cuidar da família, ir trabalhar, flexibilidade é importantíssimo”. E, ao falar da expectativa social que recai sobre as brasileiras, resume: “há uma palavra que define bem o que se espera das mulheres no Brasil: coragem. Coragem ao quadrado”.

◉ Segurança pública: país "punitivista", mas não "armamentista"

O pesquisador afirma que o medo é um fator com potencial de reorganizar o voto e pressionar por respostas mais duras do Estado, sem que isso signifique, necessariamente, apoio à liberação ampla de armas. “O Brasil, por exemplo, é um país punitivista do ponto de vista da violência”, diz. Ao mesmo tempo, ressalta: “Mas nós não somos um país armamentista. A gente não acredita que a solução para os problemas da violência está em armar a população de maneira generalizada”.

Nunes também avalia que, caso o eleitor chegue às urnas inseguro, a tendência é votar por mudança: “Quanto mais inseguro o eleitor for, mais ele vai buscar outro tipo de postura, uma postura mais forte, de mais combate a essa dinâmica”. E observa que a preocupação com violência ultrapassa fronteiras ideológicas e atinge até regiões onde Lula costuma ter maior força: “mesmo na base eleitoral do Lula, onde ele é mais forte, que é a região Nordeste, a preocupação com a violência chegou em níveis muito altos”.

◉ O "supermercado" como termômetro de continuidade ou mudança

Além do trabalho e da segurança, Nunes aponta um terceiro eixo decisivo para o humor eleitoral: a comida. “O supermercado”, resume, ao explicar que o custo dos alimentos pesa desproporcionalmente sobre os mais pobres: “Boa parte da renda dos brasileiros é utilizada para comprar alimentos. Isso é ainda mais forte quanto mais pobre se é”. Na lógica apresentada por ele, preços controlados aliviam o orçamento e aumentam a chance de avaliação positiva do governo; preços altos apertam o caixa e alimentam o mau-humor nas urnas.

◉ Redes sociais, WhatsApp e a "ilusão do conhecimento"

No campo informacional, Nunes descreve um país dividido em bolhas que se retroalimentam. “As redes são fundamentais para entender esse novo processo de disputa informacional”, afirma, defendendo que elas tendem menos a deslocar pessoas de um lado para outro e mais a reforçar convicções já existentes.

Ele também relata um dado preocupante sobre desinformação e autopercepção: “42% dos brasileiros não acertaram nenhuma dessas quatro questões. Quase metade dos brasileiros não tinha ideia do que estava acontecendo à sua volta”. Em seguida, destaca o descompasso entre desconhecimento e confiança: “70% dos brasileiros superestima o que sabe”. Para o cientista político, essa combinação amplia conflitos e radicaliza o debate público, alimentando o que ele chama de “ilusão do conhecimento”.

◉ Terceira via e outsiders: demanda existe, mas o sistema limita

Ao discutir a possibilidade de uma alternativa fora dos polos, Nunes diz que existe “demanda social” por uma terceira via, mas que a mecânica de dois turnos tende a empurrar o eleitor ao voto estratégico: “Quando a gente tem um jogo que é jogado em dois turnos, o eleitor é chamado, de alguma maneira, a fazer um movimento estratégico”. Na mesma linha, ele afirma ver espaço para candidaturas de fora da política tradicional, impulsionadas por fadiga com o sistema: “eu vejo, sim, espaço para um outsider. Exatamente por esse cansaço, exatamente por essa fadiga da visão política”.

Ao final, Nunes sustenta que a eleição de 2026 deve condensar dilemas centrais do Brasil contemporâneo — trabalho, renda, proteção social, medo e custo de vida — com disputas que não se limitam à polarização clássica, mas atravessam identidades, valores e expectativas sobre o futuro do país.

Fonte: Brasil 247 com informações da BBC News Brasil

Rejeição ao PL da Dosimetria chega a 63%, diz AtlasIntel

34% dos brasileiros são favoráveis à proposta, aprovada no Senado nesta quarta

      Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)

A aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria no Senado Federal, ocorrida na noite de quarta-feira (17), enfrenta forte resistência da opinião pública. Levantamento nacional indica que mais de seis em cada dez brasileiros se posicionam contra a proposta, que altera regras para a definição de penas em condenações criminais, incluindo casos relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Os dados constam de pesquisa divulgada nesta quinta-feira (18) pela AtlasIntel. Segundo o levantamento, 63,3% dos entrevistados afirmaram ser contrários ao projeto, enquanto 34% declararam apoio à iniciativa aprovada pelos senadores.

O PL da Dosimetria tem como principal efeito a redução das penas aplicadas a réus condenados por mais de um crime cometido no mesmo contexto, ao vedar a soma dessas punições. Na prática, a proposta modifica critérios tradicionais utilizados pela Justiça para calcular o tempo total de prisão em sentenças criminais.

Além disso, o texto estabelece o menor prazo possível para progressão de regime em crimes contra o Estado Democrático de Direito, sem considerar fatores como reincidência ou a existência de violência e grave ameaça. Essas mudanças têm sido apontadas por críticos como um abrandamento excessivo das punições previstas na legislação atual.

O projeto foi construído como alternativa à proposta de anistia defendida por setores da oposição para os condenados por atos antidemocráticos, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A iniciativa, no entanto, também gerou reações políticas, com partidos de esquerda acionando o Supremo Tribunal Federal contra a medida.

A pesquisa ouviu 18.154 pessoas entre os dias 10 e 15 de dezembro. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O estudo integra o Latam Pulse, iniciativa conjunta da AtlasIntel e da Bloomberg voltada ao acompanhamento da opinião pública na América Latina.

Fonte: Brasil 247

Zezé Di Camargo teve R$ 2,5 milhões em isenções no governo Lula e recebeu R$ 20 milhões em dinheiro público em 2025

Além das isenções fiscais, Zezé Di Camargo também foi destaque por ter recebido quase R$ 20 milhões em verbas públicas ao longo de 2025

      Cantor Zezé Di Camargo (Foto: Reprodução / Instagram)

O cantor sertanejo Zezé Di Camargo foi beneficiado com R$ 2,47 milhões em isenções fiscais após a prorrogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, ao longo de 2025, o artista recebeu quase R$ 20 milhões em recursos públicos por meio de contratos para shows financiados por prefeituras de diferentes regiões do país.

As informações sobre as isenções constam no relatório de acompanhamento do Perse divulgado em junho pela Receita Federal, conforme levantamento do Metrópoles, que revelou os valores obtidos por empresas ligadas ao cantor no período entre abril de 2024 e março de 2025.

◎ Empresas do cantor foram isentas de impostos

Na prática, duas empresas de Zezé Di Camargo foram beneficiadas com a prorrogação do programa. A Classical Holding Intermediação de Negócios Ltda deixou de pagar cerca de R$ 1,9 milhão em tributos, enquanto a MAC Produções Ltda foi isentada de aproximadamente R$ 571,4 mil.

O Perse previa a redução a zero das alíquotas de IRPJ, CSLL, Cofins e PIS/Pasep sobre receitas e resultados de empresas do setor de eventos, um dos mais impactados pela pandemia da Covid-19.

Criado em 2021, durante o governo Jair Bolsonaro, o programa foi pensado como medida emergencial para socorrer o setor. Em 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou encerrar o benefício por meio de Medida Provisória, alegando impacto fiscal. O Congresso, no entanto, reagiu e aprovou a manutenção do Perse, que passou a vigorar até atingir o teto de R$ 15 bilhões em renúncias fiscais — limite alcançado em abril de 2025, quando o programa foi oficialmente extinto.

◎ Críticas a Lula e polêmica com o SBT

Os benefícios recebidos contrastam com a postura pública do cantor. Recentemente, Zezé Di Camargo esteve no centro de uma polêmica ao criticar o SBT e as filhas de Silvio Santos após a emissora receber o presidente Lula e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no evento de lançamento do SBT News, novo canal de notícias do grupo.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o sertanejo afirmou que o SBT estaria “se prostituindo” ao promover a presença das autoridades no evento institucional, declaração que gerou forte repercussão e críticas.

Dias depois, Zezé pediu desculpas públicas à emissora, reconhecendo o excesso nas declarações.

◎ R$ 20 milhões em shows pagos com dinheiro público

Além das isenções fiscais, Zezé Di Camargo também foi destaque por ter recebido quase R$ 20 milhões em verbas públicas ao longo de 2025 segundo levantamento do Metrópoles, confirmado pelo Splash.

O montante corresponde a contratos firmados com prefeituras para apresentações em festas municipais, aniversários de cidades e eventos culturais, realizados tanto em carreira solo quanto em parceria com o irmão Luciano.

As contratações foram feitas por meio da Classical Holding Intermediação de Negócios Ltda, empresa que representa o artista nos acordos com o poder público. Os cachês pagos variaram entre R$ 350 mil e R$ 600 mil por show, conforme documentos oficiais de acesso público.

Há registros de contratos em estados como Paraná, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Sergipe.

◎ Contradição em evidência

A soma dos valores — R$ 2,5 milhões em isenções fiscais e R$ 20 milhões em contratos públicos — expôs uma contradição entre o discurso crítico de Zezé Di Camargo em relação ao governo federal e os benefícios financeiros obtidos por meio de políticas públicas e recursos estatais.Todos os contratos e isenções citados são legais, públicos e previstos em lei, mas reacenderam o debate sobre o uso de dinheiro público para financiar artistas que se posicionam politicamente contra a gestão responsável pelos recursos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Justiça da Itália julga extradição de Zambelli nesta quinta

No governo brasileiro, a expectativa é de que o Judiciário italiano dê aval à extradição da ex-deputada

       Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

A Corte de Apelação de Roma analisa nesta quinta-feira (18) o pedido de extradição da ex-deputada federal Carla Zambelli, que deixou o cargo no último sábado (13) depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a perda de seu mandato. Nos bastidores, a avaliação é de que a Justiça italiana tende a autorizar a entrega da ex-parlamentar ao Brasil, diante do conjunto de elementos apresentados no processo, informa Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Há convergência de expectativas tanto entre integrantes do governo brasileiro quanto entre aliados de Zambelli sobre o desfecho do julgamento. Um interlocutor próximo à ex-deputada afirmou que a audiência não deve ser favorável. “Vai ser um fuzilamento. Não vai ser uma boa audiência”, disse.

Do lado do governo brasileiro, fontes que acompanham o caso indicam que a Justiça italiana não demonstra disposição para sustentar a defesa da ex-parlamentar. Para um integrante do Executivo, os magistrados não parecem “interessados em defender uma criminosa que disse ser intocável na Itália”.

Para responder a questionamentos levantados pelo relator do caso, o governo brasileiro encaminhou às autoridades italianas informações detalhadas sobre o sistema prisional do país e sobre o local onde Zambelli ficaria detida caso a extradição seja confirmada. O objetivo foi demonstrar que não há risco à integridade física da ex-deputada no cumprimento da pena.

Segundo a documentação enviada, Zambelli deverá cumprir eventual prisão na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. O material destaca que internas dos regimes fechado, semiaberto e presas provisórias são mantidas em “blocos distintos, assegurando a não convivência entre internas de regimes diversos”.

O relatório da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal também enfatiza o histórico da unidade. “Registra-se que nunca houve rebelião na PFDF. No sistema prisional destinado ao público masculino, o último episódio de rebelião data de 2001 — o que evidencia a capacidade de controle e atuação técnica da Polícia Penal do Distrito Federal”, afirma o documento. Ainda segundo o texto, a Colmeia “adota rotinas institucionais de monitoramento e prevenção de violação de direitos, com inspeções periódicas dos órgãos de controle e mecanismos internos de supervisão”.

Independentemente do resultado desta quinta-feira, a legislação italiana prevê a possibilidade de recurso à Corte de Cassação, última instância do país.

Zambelli deixou o Brasil em junho, após comunicar sua saída do país numa tentativa de evitar o cumprimento da pena de dez anos de prisão imposta por unanimidade pela Primeira Turma do STF. A condenação se refere ao envolvimento da ex-parlamentar na invasão hacker dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O pedido de extradição conta com parecer favorável do Ministério Público italiano, que concluiu estarem preenchidos todos os requisitos legais. Para o MP, não houve perseguição política nem cerceamento do direito de defesa no processo que levou à condenação no Brasil.

No entendimento do procurador Erminio Carmelo Amelio, Zambelli “de forma livre, consciente e voluntária, ordenou a invasão dos sistemas do CNJ por meio do planejamento, contratação e gestão operacional de uma pessoa, o hacker Walter Delgatti Neto, que possuía as habilidades técnicas e os meios necessários para executar o plano, com a intenção de alterar informações”.

O parecer também minimiza o vínculo da ex-deputada com a Itália. Segundo o procurador, Zambelli é “apenas formalmente cidadã italiana”. “Ela não reside na Itália, não está integrada ao tecido social, não tem seu centro de interesses de qualquer espécie na Itália (muito pelo contrário: ela é deputada federal no Brasil)”, afirma o documento.

A trajetória de fuga teve início em 24 de maio, quando Zambelli deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina, em Foz do Iguaçu (PR), região sem controle migratório. De Buenos Aires, seguiu para a Flórida, nos Estados Unidos, em voo comercial. Em entrevista concedida no país ao canal do influenciador de direita Paulo Figueiredo, afirmou que pretendia ir para a Itália e disse que faria no exterior uma campanha semelhante à de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o ministro Alexandre de Moraes, o que não se concretizou.

Posteriormente, a ex-deputada viajou para Roma, onde declarou se considerar “intocável” por possuir cidadania italiana. A avaliação não se confirmou, e Zambelli acabou presa em 29 de julho.

O caso é acompanhado de perto pelo governo brasileiro. A administração federal decretou sigilo de cinco anos sobre os documentos enviados pela Advocacia-Geral da União às autoridades italianas e à embaixada do Brasil em Roma.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Ministro exonera secretário da Previdência preso em operação da PF

Wolney Queiroz anunciou Felipe Cavalcante e Silva como substituto de Adroaldo Portal no cargo de secretário-executivo da pasta

      Prédio do INSS (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Ministério da Previdência Social confirmou nesta quinta-feira (18) a exoneração de Adroaldo Portal do cargo de secretário-executivo da pasta. A decisão foi tomada após a prisão do então dirigente em uma nova fase da operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal, que investiga supostas irregularidades em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. A exoneração de Portal ocorreu no mesmo dia em que ele foi alvo da ação policial.

De acordo com o governo, a saída de Adroaldo Portal foi determinada diretamente pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. Para ocupar o posto deixado vago, o ministério anunciou o procurador-federal Felipe Cavalcante e Silva, que atualmente exerce a função de consultor jurídico da pasta, como novo secretário-executivo.

Até a última atualização das informações divulgadas oficialmente, a exoneração de Portal e a nomeação de Felipe Cavalcante e Silva ainda não haviam sido publicadas no Diário Oficial da União. O ministério informou que os atos administrativos estão em processo de formalização.

Fonte: Brasil 247

Partidos de esquerda recorrem ao STF para barrar PL que reduz pena de Bolsonaro

 

Câmara dos Deputados. Foto: Divulgação
Líderes de quatro bancadas da Câmara dos Deputados acionaram o Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (17) para tentar interromper a tramitação de um projeto de lei que reduz penas e flexibiliza regras de progressão de regime. A proposta pode atingir réus investigados por participação na trama golpista, com processos ainda em andamento no STF.

O Mandado de Segurança é assinado pelos deputados Lindbergh Farias (PT), Pedro Campos (PSB), Renildo Calheiros (PCdoB) e Talíria Petrone (PSOL). Na ação, os parlamentares apontam falhas formais no procedimento adotado pelo Senado Federal, com menção à violação ao princípio do bicameralismo e ao devido processo legislativo previstos na Constituição.

De acordo com o pedido enviado ao Supremo, uma emenda apresentada e aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado foi enquadrada como “emenda de redação”, apesar de promover mudanças substanciais no texto. Os autores sustentam que a alteração atingiu critérios de execução penal e retirou centenas de tipos penais do alcance da norma.

Carmén Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes, André Mendonça e Flávio Dino no STF. Foto: Gustavo Moreno/STF
Os deputados afirmam que essa classificação foi utilizada para evitar o retorno do projeto à Câmara dos Deputados. Com isso, uma fase obrigatória da tramitação teria sido suprimida, limitando a participação da Casa iniciadora na análise do conteúdo aprovado pelos senadores.

A ação também questiona a condução dos trabalhos na CCJ, especialmente a supressão do prazo regimental de vista. Segundo os parlamentares, a medida foi adotada sem decretação formal de urgência e sem apresentação de justificativa objetiva durante a deliberação.

Na avaliação dos autores, o conjunto das irregularidades compromete a legalidade do processo legislativo e pode interferir em julgamentos penais em curso no STF. Por esse motivo, pedem que o Supremo intervenha para assegurar o cumprimento das regras constitucionais, a separação de poderes e o regular funcionamento das instituições.

Fonte: DCM

Projeto que atenua pena de Bolsonaro é aprovado pelo Senado e segue para provável veto de Lula

 

Davi Alcolumbre, presidente do Senado. Reprodução YT/TV Senado
O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (17) o Projeto de Lei da Dosimetria, que altera critérios para a aplicação de penas e pode reduzir condenações de Jair Bolsonaro e de outros envolvidos em crimes ligados à tentativa de golpe. A proposta foi aprovada com 48 votos favoráveis, 25 contrários e uma abstenção.

Mais cedo, o texto havia recebido parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como a matéria já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados em 8 de dezembro, o projeto segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O projeto estabelece novas regras para a progressão de regime de condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito e prevê redução de pena para envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, com percentuais que podem chegar a dois terços, a depender do caso.


Relator da proposta no Senado, o senador Esperidião Amin (PP-SC) promoveu ajustes no texto e classificou as mudanças como de redação, estratégia que evitou o retorno do projeto à Câmara. As alterações restringiram o alcance dos benefícios aos crimes contra a democracia.

Durante a tramitação, senadores discutiram os efeitos da proposta sobre outros tipos penais. Em resposta, o relator acolheu sugestão para limitar a aplicação das novas regras exclusivamente aos crimes relacionados à tentativa de golpe e à abolição do Estado Democrático de Direito.

Com a aprovação no plenário, o PL da Dosimetria conclui sua tramitação no Congresso Nacional e aguarda decisão do presidente da República, que poderá sancionar ou vetar o texto.

Fonte: DCM

Alvo da PF, Weverton Rocha comprou fazenda de R$ 15 milhões e multiplicou patrimônio

Senador investigado por fraudes no INSS adquiriu imóvel rural que supera em mais de duas vezes os bens declarados em 2022

       Weverton Rocha (Foto: Divulgação)

Alvo de uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (18) pela Polícia Federal, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) registrou uma expressiva ampliação de seu patrimônio recenetemente. Meses antes da ofensiva policial, o parlamentar adquiriu uma fazenda avaliada em R$ 15 milhões no interior do Maranhão, valor muito superior ao total de bens que declarou à Justiça Eleitoral nas eleições de 2022.

A operação da PF, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), investiga um esquema de fraudes envolvendo descontos ilegais aplicados diretamente sobre aposentadorias e pensões do INSS.

De acordo com a Polícia Federal, esta fase da Operação Sem Desconto cumpre 16 mandados de prisão preventiva e 52 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em seis estados: São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão. O objetivo é aprofundar as apurações sobre crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, estelionato previdenciário, organização criminosa e ocultação de patrimônio.

A fazenda atribuída ao senador está localizada no município de Matões do Norte, no interior maranhense. O imóvel é cortado por um igarapé, possui um casarão de dois andares e tem extensão equivalente a cerca de 2 mil campos de futebol. Ao lado da propriedade, foi construída uma pista de pouso. Embora não haja aeronaves registradas em seu nome, o senador utiliza jatinhos com frequência no estado.

O Metrópoles teve acesso à escritura que formaliza a compra de parte da área, no valor de R$ 7 milhões, realizada em setembro de 2024. A área negociada corresponde a 837 hectares e foi adquirida pela DJ Agropecuária, Comércio e Prestação de Serviços Ltda, empresa pertencente a Weverton Rocha. O documento indica que o pagamento foi feito por transferência bancária e que o senador recolheu cerca de R$ 140 mil em ITBI. O restante da fazenda deverá ser escriturado conforme a conclusão dos pagamentos.

Nas eleições de 2022, quando disputou o governo do Maranhão, Weverton declarou patrimônio total de R$ 4,2 milhões, incluindo R$ 500 mil em espécie. O valor total da fazenda, portanto, representa um aumento de 257% em relação a todos os bens informados pelo parlamentar à época.

Em nota enviada anteriormente à imprensa, o senador afirmou que “todas as minhas atividades econômicas e empresariais estão, e estarão, devidamente declaradas nas minhas declarações anuais de renda ou das empresas das quais faço parte, dentro da lógica financeira e legalidade fiscal”.

Além da fazenda, Weverton adquiriu, em abril deste ano, um apartamento de R$ 1,2 milhão no Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo. O imóvel tem 250 metros quadrados e foi comprado em três parcelas, conforme registro em escritura pública. Atualmente, o senador recebe salário bruto de R$ 46.366,19, o equivalente a R$ 29.170,24 líquidos.

A empresa DJ Agropecuária, responsável pela compra da fazenda, possui capital social declarado de R$ 10 mil, sendo 20% em nome do senador e 80% vinculados à Rocha Holding Patrimonial Ltda, holding familiar. A administração formal da empresa está a cargo do contador Rodrigo Martins Corrêa, que também foi responsável por empresas ligadas a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, informação revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pelo Metrópoles.

O valor do imóvel rural contrasta com a realidade econômica de Matões do Norte, município com cerca de 18 mil habitantes e um dos mais pobres do país em termos de PIB per capita, estimado em R$ 5.737,04. Em 2024, a cidade gastou R$ 13,8 milhões com saúde pública, segundo dados do Tesouro Nacional, montante inferior ao preço total da fazenda atribuída ao senador.

Fonte: Brasil 247 

PF faz buscas contra Weverton Rocha e prende filho do Careca do INSS


      O senador Weverton Rocha (PDT-MA). Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca contra o senador Weverton Rocha (PDT-MA) nesta quinta-feira (18), em uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em descontos ilegais sobre aposentadorias e pensões do INSS.

A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e inclui 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão em sete estados. A residência de Weverton Rocha está entre os endereços-alvo, mas não houve diligências no gabinete do parlamentar no Senado. Ele é líder do PDT na Casa.

Nesta etapa, a PF prendeu o atual número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, que ficará detido preventivamente em regime domiciliar. Portal já atuou no gabinete de Weverton Rocha e ocupou cargos no Congresso Nacional ligados a políticos do PDT.

Não há explosão de gastos com auxílio-doença, diz secretário
O número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Foto: Reprodução
Também foi preso Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos operadores do esquema e detido desde setembro. As investigações estimam que os desvios, ocorridos entre 2019 e 2024, possam chegar a R$ 6,3 bilhões.

Além disso, o advogado Éric Fidelis também é alvo de mandados de busca. Ele é filho do ex-diretor do INSS André Fidelis, preso na etapa anterior da operação.

Churrasco na casa do senador

Weverton passou a ser citado nas apurações após assessores e pessoas ligadas ao seu entorno aparecerem nas investigações da PF e da CGU. Segundo os investigadores, o “Careca do INSS” já esteve com o senador.

Em depoimento à CPI do INSS, Antunes afirmou ter participado de um churrasco na casa de Weverton, ocasião em que teria tratado apenas da regulação do mercado de derivados de cannabis, sem relação com descontos previdenciários.

Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, durante seu depoimento à CPI do INSS. Foto: Pedro Ladeira

O operador também disse que esteve no gabinete do senador em outras ocasiões, mas que não conversou diretamente com ele. Segundo Antunes, o contato teria sido com Adroaldo da Cunha Portal, hoje secretário-executivo do Ministério da Previdência e, à época, assessor de Weverton, novamente para tratar do mercado de cannabis.

As investigações alcançaram ainda Gustavo Gaspar, ex-assessor do senador, que teria assinado uma procuração para movimentação de contas bancárias entregue a Rubens Oliveira, apontado como operador dos descontos irregulares.

A Polícia Federal afirma que a operação busca aprofundar a apuração de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, estelionato previdenciário, organização criminosa e ocultação de patrimônio.

Fonte: DCM

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Comissão define prioridades e cronograma do programa municipal de desenvolvimento para impulsionar investimentos em Apucarana

Reunião estratégica alinha áreas técnicas, jurídicas e administrativas para dar mais agilidade e segurança aos processos de desenvolvimento econômico em Apucarana ao longo de 2026


Membros da Comissão Municipal de Desenvolvimento Econômico (CMDE) realizaram nesta quarta-feira (17/12), na Prefeitura de Apucarana, uma reunião estratégica quando trataram de pedidos relacionados ao Programa de Desenvolvimento Econômico de Apucarana (PRODEA). Segundo pontua o prefeito Rodolfo Mota, o crescimento da cidade precisa ser gerido com planejamento, responsabilidade e segurança jurídica.

“A atuação dessa comissão é fundamental para garantir que os incentivos públicos cumpram seu papel de atrair investimentos, gerar empregos e promover o crescimento ordenado de Apucarana. Estamos organizando o município para 2026, com regras claras, processos mais ágeis e decisões técnicas bem fundamentadas. Quando o poder público trabalha de forma integrada, ouvindo as áreas técnicas e respeitando a legislação, quem ganha é a cidade, os empresários que querem investir aqui e, principalmente, a população, com mais oportunidades e renda. Esse é o caminho para um desenvolvimento sustentável, sólido e duradouro”, diz o prefeito.

Segundo o presidente da comissão, engenheiro civil Mateus Franciscon Fernandes, além de avançar na construção do cronograma de ações para o ano de 2026, o encontro desta quarta-feira também alinhou informações técnicas, jurídicas e administrativas visando garantir maior agilidade, transparência e segurança nos processos que envolvem o apoio a empresas. “Este trabalho conta com a participação do setor jurídico, que contribuiu com orientações importantes para assegurar que todas as decisões estejam em conformidade com a legislação vigente”, informa Fernandes, que também é secretário municipal de Obras.

Segundo o secretário Especial de Assuntos Estratégicos e interino da pasta da Indústria, Comércio e Serviços, Emerson Toledo Pires, a atuação integrada entre as secretarias e órgãos envolvidos é fundamental para fortalecer o ambiente de negócios, estimular novos investimentos e garantir que os incentivos públicos cumpram seu papel de promover o desenvolvimento econômico sustentável de Apucarana. “O prefeito Rodolfo Mota nos delegou uma missão bastante clara, que é trabalhar para que Apucarana amplie oportunidades para geração de empregos e que o desenvolvimento econômico aconteça com crescimento ordenado da cidade. E neste encontro afinamos ações que vamos colocar em prática ao longo do próximo ano”, esclareceu Toledo.

Estiveram presentes na reunião técnica Rafael Coutinho, representante do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), Maurinei Nunes, do setor de Patrimônio; Neno Leiroz, superintendente do Trabalho; além do procurador-geral do município, Dr. Rubens de França, e da procuadora-jurídica, Dra. Polyane Denobi.

Fonte: Prefeitura de Apucarana