sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Silvinei foi preso com carta sobre câncer no cérebro e remédio para HIV


        Silvinei Vasques na Direção Nacional de Migração do Paraguai. Foto: Reprodução

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) preso no Paraguai nesta sexta (26), carregava uma carta que alegava estar indo para El Salvador para tratamento médico de câncer. Ele foi detido no Aeroporto Internacional de Silvio Pettirossi, em Assunção, com um passaporte falso.

A carta que Silvinei levava consigo detalhava sua alegada condição médica, com o diagnóstico de Glioblastoma Multiforme – Grau IV, um câncer no cérebro. No documento, o bolsonarista informava que não podia se comunicar verbalmente e que passou por tratamento em Foz do Iguaçu (PR).

“Tenho diagnóstico de Glioblastoma Multiforme – Grau IV, câncer localizado na cabeça (cérebro), doença oncológica de prognóstico grave, motivo pelo qual não posso me comunicar verbalmente nem compreender instruções orais. Por esse motivo, não posso responder a perguntas de forma falada. Se necessário, a comunicação pode ser realizada por escrito”, diz o texto.

Ele também mencionava ter passado por radioterapia e quimioterapia, mas afirmou que os tratamentos causaram lesões no crânio. O nome do médico citado no documento não corresponde ao número de registro no Conselho Regional de Medicina.

Apesar das condições citadas na carta, ele dizia estar “lúcido, consciente e em condições clínicas adequadas” para a viagem. O documento também citava o uso de remédios para controle de colesterol, hipertensão, depressão, insônia e até mesmo para HIV.

Veja o documento:

Carta apreendida com Silvinei Vasques cita câncer no cérebro e uma série de medicamentos. Foto: Reprodução
O ex-diretor da PRF foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo envolvimento na trama golpista. Durante as eleições, ele deu ordens à PRF para dificultar o trânsito de eleitores favoráveis ao então candidato Lula, utilizando a máquina pública para sustentar o projeto golpista, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Sua prisão preventiva foi decretada após a PF constatar que ele havia deixado sua residência em Santa Catarina, fugindo para o Paraguai com documentos falsificados.

A prisão ocorreu depois que a Polícia Federal identificou o rompimento de sua tornozeleira eletrônica e a falta de sinal GPS, o que gerou um alerta para sua captura.

Fonte: DCM

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