A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou, nesta sexta-feira, uma mensagem no X anunciando um incentivo temporário para brasileiros em situação migratória irregular que optarem pela saída voluntária do país. Segundo o post, o benefício é válido “por tempo limitado” e integra uma campanha oficial do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
De acordo com a divulgação, quem decidir realizar a chamada “autodeportação” até o fim do ano, utilizando o aplicativo oficial CBP One, poderá receber US$ 3 mil e uma passagem aérea gratuita de retorno ao Brasil. A publicação orienta os interessados a realizar o procedimento dentro do prazo estipulado para ter acesso ao incentivo.
A iniciativa amplia um programa já existente e ocorre em meio ao endurecimento das políticas migratórias nos Estados Unidos. O governo de Donald Trump tem adotado medidas para intensificar deportações e acelerar processos de retirada de estrangeiros em situação irregular, além de buscar a redução de custos administrativos ligados ao tema.

Desde que Donald Trump reassumiu a Presidência dos Estados Unidos, o governo adotou medidas mais rígidas na área migratória. As ações incluem expansão de operações de fiscalização interna, aumento de prisões administrativas e reforço na aplicação de ordens de deportação já existentes. Também houve mudanças em regras de concessão de asilo e fortalecimento do controle na fronteira, com prioridade para remoções rápidas de pessoas sem documentação.
No caso dos brasileiros, o impacto é direto. O número de deportações cresceu ao longo do novo mandato, com voos fretados partindo regularmente dos Estados Unidos para o Brasil levando imigrantes em situação irregular. Muitos desses brasileiros foram detidos após abordagens em residências, locais de trabalho ou durante checagens migratórias, sendo posteriormente incluídos em processos de remoção.
O cenário recente também envolve relatos de viagens com escolta e uso de equipamentos de contenção durante o transporte, o que motivou manifestações de autoridades brasileiras em diferentes ocasiões. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano mantém o argumento de que as medidas fazem parte do cumprimento da legislação migratória vigente e da política de reforço das deportações adotada desde o início do novo mandato.
Fonte: DCM
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