A defesa do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada deste sábado (27), que ele cumpra prisão em Santa Catarina, preferencialmente nos municípios de São José ou Florianópolis.
Silvinei passou a noite de sexta-feira (26) na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, após ser preso no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador com documentos falsos. Com informações da UOL.
Na petição, os advogados argumentam que a permanência em Santa Catarina preserva a integridade física do ex-dirigente e garante o exercício da ampla defesa, devido aos vínculos familiares e profissionais que mantém no estado. Até dezembro deste ano, Silvinei ocupava o cargo de secretário municipal em São José, na Grande Florianópolis. “A manutenção da custódia de Silvinei Vasques no Estado de Santa Catarina, preferencialmente nos municípios de São José ou Florianópolis, mostra-se medida adequada, proporcional e juridicamente recomendável”, afirmam os defensores.
A defesa também sustenta que o encarceramento em presídios comuns oferece riscos objetivos à segurança do ex-policial militar. Segundo os advogados, durante o período em que ficou preso na Papuda, em Brasília, foram registradas “intercorrências consistentes em assédio e ameaças no ambiente prisional”. De forma alternativa, caso o STF determine a custódia no Distrito Federal, os advogados pedem que Silvinei seja encaminhado à unidade conhecida como “Papudinha”, que possui estrutura voltada a casos de maior exposição institucional.
Conforme a Polícia Federal, Silvinei foi preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, e levado algemado e com um capuz até Cidade do Leste, onde foi entregue às autoridades brasileiras na aduana. Ele passou a noite na sede da PF em Foz do Iguaçu e deve ser transferido para Brasília na manhã deste sábado, para audiência de custódia. Até a última atualização, não havia confirmação do horário da chegada ou da audiência.
Silvinei Vasques foi condenado pelo STF, em 16 de dezembro, a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento em cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. Segundo a acusação, ele integrou o chamado “núcleo 2” da organização criminosa e atuou para dificultar a votação de eleitores, especialmente no Nordeste, durante o segundo turno das eleições. No mesmo dia da condenação, ele pediu exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José.
Fonte: DCM
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