domingo, 17 de agosto de 2025

Bolsonaro ignorava propositalmente restrições impostas por Moraes, aponta PF


             O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) concluiu a análise dos dois celulares apreendidos de Jair Bolsonaro (PL) nos últimos 30 dias e afirma ter encontrado provas de que o ex-presidente desrespeitava de forma consciente as restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

De acordo com os investigadores, o ex-mandatário tinha plena ciência dos limites determinados, mas seguia utilizando aliados, familiares e perfis alternativos para burlar as regras.

O primeiro celular foi apreendido em 21 de julho, quando Moraes determinou que o ex-presidente utilizasse tornozeleira eletrônica. Já o segundo aparelho foi recolhido em 4 de agosto, durante nova operação autorizada pelo ministro, motivada pelo descumprimento das cautelares.

Na ocasião, Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro, após concluir que ele havia voltado a usar as redes sociais de forma indireta, mesmo proibido.

O ministro do STF Alexandre de Moraes durante discurso na 23ª Semana Jurídica do TCE-SP – Foto: Reprodução
Na época, o ministro classificou o comportamento de Bolsonaro como “completo desrespeito” às ordens do STF e reforçou a necessidade de medidas mais rígidas. As restrições, que já incluíam uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e proibição de contato com outros investigados, foram ampliadas diante da insistência do ex-presidente em se manter ativo politicamente.

Segundo a PF, Bolsonaro participava de articulações e mobilizações políticas por meio de mensagens de vídeo enviadas a manifestações públicas, como a realizada na orla de Copacabana, posteriormente divulgada no Instagram por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.

Flávio Bolsonaro publicou uma mensagem em nome do pai, mas apagou logo em seguida. Foto: Divulgação
Para Moraes, essas ações demonstram que a conduta do ex-presidente era “dolosa” e com o objetivo de instigar seus apoiadores contra as instituições democráticas.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

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