domingo, 4 de maio de 2025

Investigado por plano de ataque a Lady Gaga pretendia matar criança em transmissão ao vivo

Polícia Civil do RJ encontrou ameaças explícitas durante operação contra grupo extremista que promovia ódio, violência e abuso infantil na internet

Público enfrenta fila para acesso ao local do show da Lady Gaga na praia de Copacabana, Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Durante o cumprimento de mandados da Operação Fake Monster, realizada neste sábado (3), a Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou um plano ainda mais macabro do que o inicialmente descoberto: um dos investigados pretendia assassinar uma criança em tempo real por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais, informa Mirelle Pinheiro, do Metrópoles.

O suspeito, localizado no município de Macaé, no interior fluminense, integrava uma célula extremista que atuava de forma coordenada em fóruns digitais e redes sociais. Segundo os investigadores, o grupo se especializava na disseminação de conteúdos de ódio, radicalização de adolescentes e incitação à violência contra minorias, incluindo a comunidade LGBTQIA+, jovens e crianças.

De acordo com as autoridades, o material encontrado nos dispositivos eletrônicos do investigado continha postagens com ameaças diretas de assassinato infantil, além de evidências da participação no planejamento de um atentado ao show da cantora Lady Gaga. O evento, de alta visibilidade, foi um dos alvos de um chamado “desafio coletivo”, estratégia usada pelo grupo para atrair notoriedade nas redes sociais.

Além da incitação ao crime, os conteúdos analisados revelaram uma rede digital estruturada para fomentar práticas de automutilação, compartilhar pornografia infantil e instruir sobre a fabricação de armas improvisadas, como coquetéis molotov. A polícia apontou que o grupo promovia abertamente ideologias de ódio, com publicações de apologia ao nazismo, racismo e homofobia.

Ao todo, a operação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de quatro estados. Em outra frente da operação, um homem foi preso no Rio Grande do Sul, identificado como o principal articulador do grupo extremista. Já no Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenar material de abuso sexual infantil.

Mesmo com a ameaça identificada ao espetáculo da artista norte-americana, a ação policial foi conduzida com sigilo absoluto. O evento ocorreu sem intercorrências e sem que o público fosse exposto a qualquer risco.

Os envolvidos na operação Fake Monster podem responder por uma série de crimes graves, como terrorismo, incitação ao crime, apologia à violência, pedofilia e formação de organização criminosa. A análise do material apreendido continua em andamento, e novas ações não estão descartadas pelas autoridades.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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