
O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) tentará reduzir o tempo de suspensão de seu mandato após ser alvo de uma representação da Mesa Diretora da Câmara. O pedido, assinado pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), solicita seis meses de afastamento por dois motivos.
O primeiro diz respeito às ofensas proferidas pelo parlamentar bolsonarista contra a ministra Gleisi Hoffmann (PT). Durante uma audiência com o ministro Ricardo Lewandowski, o deputado citou apelidos da planilha da Odebrecht e, ao mencionar a ministra, afirmou que ela “deveria ser uma prostituta do caramba”.
A Mesa Diretora classificou as declarações como “insinuações abertamente ultrajantes” e destacou que o comportamento do deputado poderia levar à cassação. O requerimento foi acordado em reunião de líderes realizada no dia 30 de abril e já foi protocolado no Conselho de Ética. Aliados próximos confirmam que Gilvan já foi informado de que não passará sem punição.
Gilvan aposta em uma estratégia para amenizar a penalidade. A ideia é se antecipar ao julgamento e apresentar argumentos que reduzam a suspensão de seis para três meses. Segundo interlocutores, ele reconhece que a punição será inevitável, mas busca evitar um afastamento prolongado que possa prejudicar sua base eleitoral. A articulação nos bastidores visa manter sua presença política mesmo durante o período de afastamento.
O segundo motivo do pedido de punição foi o embate com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ocorrido na terça-feira (2). Na ocasião, os dois trocaram ofensas durante sessão da Comissão de Segurança Pública – a mesma em que Gilvan atacou Gleisi Hoffmann.
O deputado também tentará alegar que o episódio foi isolado e motivado pelo acirramento dos debates políticos. No entanto, a repercussão negativa e o histórico de confrontos anteriores podem pesar contra ele. A decisão do Conselho de Ética deve ser tomada nas próximas semanas.
Vale lembrar que Gilvan da Federal é o mesmo que desejou a morte de Lula (PT). O deputado disse que gostaria que o presidente fosse “para os quintos dos infernos”.
Fonte: DCM
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