segunda-feira, 7 de julho de 2025

Quem são as mães dos filhos de Neymar? Atleta já é pai de quatro crianças

        Neymar e Bruna Biancardi posam com as filhas, Mavie e Mel – Foto: Reprodução/Instagram

Neymar Jr. agora é pai de quatro filhos, fruto de relacionamentos com três mulheres diferentes. A filha mais nova, Mel, nasceu na madrugada de sábado (5), em São Paulo, e é a segunda filha do jogador com a influenciadora Bruna Biancardi, com quem Neymar está junto desde 2021, entre idas e vindas. Mel se junta à irmã Mavie, de 1 ano e 8 meses, também filha do casal. Nas redes sociais, Neymar comemorou: “Nossa Mel chegou, pra completar e adoçar ainda mais as nossas vidas”.

O primeiro filho de Neymar é Davi Lucca, de 13 anos, com Carol Dantas. O menino nasceu em 2011, quando o jogador ainda atuava pelo Santos. Carol e Davi vivem em São Paulo e mantêm uma relação próxima com Neymar, frequentemente compartilhando momentos em família. Já a terceira mulher a ter uma filha com o craque é a modelo Amanda Kimberlly, mãe de Helena, de 3 meses. Helena nasceu em 2024 e chegou antes de Mel, tornando-se a filha caçula do jogador por pouco tempo.

Amanda declarou que, na época do relacionamento com Neymar, todos estavam solteiros. “Foi esclarecido que TODOS os envolvidos estavam SOLTEIROS”, escreveu nas redes. A irmã de Neymar, Rafaella Santos, apoia Amanda desde a gestação.

Fonte: DCM

VÍDEO – Vice de Nunes manda indireta a Tarcísio: “Estão virando as costas para Bolsonaro”

 

O vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL), criticou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou que muitos estão “virando as costas” para ele nas articulações para a eleição presidencial de 2026. Segundo o coronel, políticos que se “elegeram nas costas” de Bolsonaro estão “tratando ele com descaso”.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Mello Araújo reclamou das conversas que circulam nos bastidores sobre a busca de um novo nome para disputar a Presidência, já que Bolsonaro está inelegível até 2030.

“O nosso presidente está vivo, em condições de participar da eleição. Tá errado, é um descaso o que estão fazendo. Nosso presidente tem que estar no jogo em 26”, disse. “É um absurdo.”

O vice também criticou a presença de políticos ligados à direita no XIII Fórum de Lisboa, apelidado de “Gilmarpalooza”, evento promovido pelo ministro do STF Gilmar Mendes. E, pelo que parece, mandou uma indireta a Tarcísio de Freitas (Republicanos), embora não tenha citado o nome do governador.

“E as coisas estão acontecendo, tá todo mundo enxergando o que tá acontecendo. Encontros acontecendo, reuniões, jantares, viagem agora em Portugal mesmo. Vários políticos do Brasil inteiro lá. E as tramas, as artimanhas, as coisas estão acontecendo. Quanta hipocrisia, quanta hipocrisia!”, disse.

“Sabe o que vai acontecer depois? […] Vai ser aquelas postagens que, se nada fizermos, se nada for feito, daqui a pouco, o presidente vai caminhar pra uma prisão.”

E concluiu: “O povo quer o presidente no jogo, as pesquisas demonstram isso. Cobrem dos seus deputados, dos seus políticos, prefeitos, de todos os vereadores, todo mundo que se elegeu nas costas do presidente. Vamos cobrar e vamos mudar esse jogo. A gente tem que se movimentar.”

Assista abaixo:

Fonte: DCM

Mistura de 15% de biodiesel: expectativa é de 1,2 milhão de toneladas de CO2 a menos por ano

Este e outros benefícios ainda podem ser significativamente ampliados com a implementação do B20 até 2030

                      Bomba de combustível (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A nova mistura de 15% de biodiesel no diesel convencional (B15) que entra em vigor a partir de 1 de agosto deve atrair R$ 5,2 bilhões em investimentos, gerar mais de 4 mil empregos diretos e indiretos, diminuir a dependência de importação do combustível fóssil e cortar a emissão de 1,2 milhão de toneladas de CO2eq/ano. São benefícios socioeconômicos e ambientais apontados pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que podem ser significativamente ampliados com a implementação do B20 até 2030.

Essas e outras considerações foram apresentadas pela professora titular da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), Suzana Borschiver e pelo professor titular de engenharia química da UFRJ e consultor técnico da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donato Aranda, durante a 14ª edição da série de lives ‘Conexão SCA Brasil’, apresentada ao vivo na quinta-feira (3) pelos canais da SCA Brasil no YouTube e no LinkedIn.

“Nossas análises mostram que se o mercado do biodiesel continuar crescendo em média 3% nos próximos 12 meses, a partir de agosto o B15 deverá acrescentar um volume de 1 bilhão de litros aos 9,3 bilhões de litros comercializados em 2024”, afirmou o head de biodiesel da SCA Brasil, Filipe Cunha, em sua participação abrindo o programa. Ele destacou a disponibilidade de soja para atender a nova especificação, lembrando que a soja responde por 74% das matérias primas utilizadas na produção brasileira de biodiesel.

Além de dados de mercado, Donato Aranda, da UFRJ, ressaltou as externalidades positivas do uso do B10 e agora do B15 para a qualidade do ar nos grandes centros urbanos, citando estudos da Universidade de São Paulo (USP) que revelam queda significativa no número de internações e óbitos por doenças respiratórias e cardiovasculares. “Eram 240 mortes evitadas por ano graças ao B10. Com o B15, serão salvas 348”, observou Aranda.

Segundo Suzana Borschiver, que também é coordenadora do Núcleo de Estudos Industriais e Tecnológicos (NEITEC) da UFRJ, o B14, disponível nos postos de abastecimento até o final de julho, já mitigou a emissão de 5 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, além de reduzir a importação de 2,4 bilhões de litros de diesel fóssil por ano.

Impactos externos - Com relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China, Cunha comentou que no caso de um acirramento da crise entre os dois países, a China poderá direcionar uma parte adicional da sua compra da soja para o Brasil, maior produtor mundial, o que poderia diminuir a quantidade do grão disponível para as plantas de esmagamento no mercado interno.

Outro ponto de atenção destacado pelo especialista da SCA Brasil foram as baixas margens no processamento da soja o que poderia levar a uma antecipação da manutenção da indústria, o que geralmente acontece entre os meses de novembro e dezembro. Outro impacto das baixas margens seria a redução no ritmo de esmagamento, levando a uma produção menor de óleo de soja que o estimado pela Abiove.

“Mesmo diante destes fatores, não vemos riscos para o abastecimento do B15, se considerarmos a estimativa de produção de 170 milhões de toneladas de soja para a safra 2024-2025”, avaliou.

B20 - Os participantes da 14ª edição da Live “Conexão SCA Brasil” são uníssonos na crença de que com a implementação do B15 a partir de agosto, o Brasil abre um leque de oportunidades para elevar ainda mais o teor de biodiesel no diesel fóssil. Donato Aranda apontou a expectativa em relação aos próximos passos da Lei do Combustível de Futuro, que determina um “percentual obrigatório de adição de biodiesel superior a 15% desde que constatada a viabilidade técnica de 20% até março de 2030, aumentando 1% a cada ano.”

Ele citou exemplos de outros países onde a mistura de biodiesel vigora há mais tempo, inclusive com especificações técnicas menos rigorosas do que as brasileiras. “Nos Estados Unidos, o B20 é utilizado há dez anos e nunca houve qualquer problema nos motores de veículos pesados. E, ao contrário do que se pode imaginar, o biodiesel brasileiro apresenta parâmetros superiores de qualidade, como a presença de menor umidade no produto e a exigência de uma estabilidade oxidativa maior”, explicou.

Outro exemplo bem sucedido que vem da Ásia. “A Indonésia usa o B35 há muito tempo e pretende avançar para o B40. Trata-se de uma política fundamental para a busca por maior sustentabilidade nos transportes em um país onde, por ano, são vendidos aproximadamente 300 mil caminhões, mais do que o dobro registrado no Brasil”, pontuou Aranda.

Do ponto de vista da oferta de matéria-prima para a produção de mais biodiesel, Suzana Borschiver ressalta que o Brasil reúne expertise técnica e outras fontes complementares à soja, entre elas a canola, o girassol, o dendê, a macaúba e o algodão. “Nós temos competência e matéria-prima para isso, embora ainda sejam necessários estudos mais aprofundados que comprovem a viabilidade do B20, assim como foi feito recentemente com o B15”, afirmou.

Borschiver lembrou que o biodiesel, juntamente com outros biocombustíveis como o etanol, o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), o biogás e o biometano, desempenha um papel crucial na transição energética nacional. “O Brasil, onde 48,4% da energia produzida vêm de fontes renováveis, enquanto a média global é de 15%, já é o sexto país que mais recebe investimentos voltados à bioeconomia. Em 2023, de acordo com levantamento da Bloomberg, foram aportados US$ 34,8 bilhões em projetos sustentáveis, ficando atrás somente de China, com US$ 675,9 bi, os Estados Unidos com US$ 303,1 bi, a Alemanha com US$ 95,4 bi, Reino Unido com US$ 73,9 bi e a França, que recebeu US$ 55,5 bi”, revelou.

Ela também citou outra vantagem a ser observada com o aumento da fabricação de biodiesel: a glicerina, subproduto que pode ser mais bem aproveitado pela indústria química. “É um insumo que pode ajudar o setor industrial a reduzir o déficit anual de US$ 48 bilhões, mitigando custos de produção relacionados a aditivos oxigenados para o setor de combustíveis ou ácido acrílico destinado aos plásticos, por exemplo”, afirmou.

Fiscalização - A não conformidade acentuada na adição de biodiesel ao diesel permanece um tema preocupante para o setor de biocombustíveis e foi lembrada durante o programa. A nova legislação referente ao B15 tem gerado o temor de que ocorram mais casos de adulteração.

“O B15 exigirá uma fiscalização cada vez mais atuante e célere na identificação e punição para empresas que aplicam misturas fora dos padrões estabelecidos por lei, praticando uma concorrência desleal no mercado Neste sentido, a tecnologia terá um papel preponderante, como é o caso do espectrofotômetro, que permite avaliar rapidamente em campo se o percentual de biodiesel está correto”, frisou Borschiver.

Segundo Cunha, o equipamento dará agilidade na punição de agentes desonestos. “Antes da introdução destes modelos, as análises demoravam até sete dias para serem concluídas. Ou seja, quando a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) voltava ao estabelecimento para emitir o ato de infração, muitas vezes o produto irregular já havia sido comercializado”, complementou o executivo da SCA Brasil.

Na tarde da quarta-feira (2), entidades do segmento de biodiesel doaram cinco espectrofotômetros para auxiliar a ANP na fiscalização de combustíveis, incluindo o etanol acrescido à gasolina. A ação, idealizada pela Ubrabio e o Instituto Combustível Legal (ICL), associação sem fins lucrativos que tem por objetivo fomentar boas práticas no setor de combustíveis, teve como parceiros o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio).

A 14ª. edição da série ‘Conexão SCA Brasil’ foi apresentada pelo jornalista Adhemar Altieri, da MediaLink Comunicação Corporativa, com produção técnica da Propano Filmes.

Fonte: Brasil 247

Lula: Sul Global tem condições de liderar o novo paradigma de desenvolvimento

Países em desenvolvimento, reunidos no BRICS, já são “os mais afetados pelas mudanças do clima”, alertou o presidente

      Cúpula do BRICS (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Durante a Sessão Plenária “Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global” do BRICS, realizada nesta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o papel central do Sul Global na construção de um novo modelo de crescimento sustentável. A fala foi marcada por duras críticas ao negacionismo climático e à concentração de emissões de carbono em grandes corporações.

A cobertura é do Brasil 247, que acompanhou a participação de Lula no encontro com os demais líderes dos países que integram o bloco. “Já somos os mais afetados pelas mudanças do clima”, alertou Lula, enfatizando que a degradação ambiental agrava desigualdades e compromete o futuro dos países em desenvolvimento.

☆ Críticas ao negacionismo e à lógica do mercado - Lula advertiu que o negacionismo e o unilateralismo vêm corroendo as conquistas ambientais do passado, ao mesmo tempo em que sabotam os esforços globais por um futuro viável. Ele observou que o aquecimento do planeta avança de forma mais rápida do que o previsto pela ciência, e apontou que biomas como as florestas tropicais já se aproximam de pontos de irreversibilidade.

“O oceano está febril”, disse o presidente, numa metáfora que resume os sinais alarmantes do colapso climático.

Na avaliação de Lula, os países em desenvolvimento enfrentam as piores consequências desse cenário — ao mesmo tempo em que dispõem de menos recursos para realizar a transição energética e climática. Ele reiterou que uma “transição justa e planejada” é essencial para construir um novo ciclo de prosperidade global.

☆ Justiça climática e protagonismo do Sul Global - O presidente brasileiro defendeu que a justiça climática precisa estar ligada ao combate à fome e às desigualdades socioambientais. Para isso, é necessário reconhecer e remunerar os serviços ecossistêmicos prestados por comunidades locais e povos indígenas. Lula afirmou:

“Ao proteger, conservar e restaurar nossos territórios, criamos também oportunidades para as comunidades locais e povos indígenas.”

Segundo ele, o Sul Global tem as condições necessárias para liderar um novo paradigma de desenvolvimento sustentável, sem repetir as distorções do modelo explorador do passado:

“Não seremos simples fornecedores de matérias-prima”, assegurou.

☆ Emissões concentradas e financiamento climático - Lula denunciou a concentração das emissões de carbono em um pequeno grupo de corporações altamente poluentes. De acordo com ele, “80% das emissões de carbono são produzidas por menos de 60 empresas”, concentradas principalmente nos setores de petróleo, gás e cimento.

Ao criticar a lógica de mercado, o presidente apontou que, apenas em 2024, os 65 maiores bancos do mundo destinaram US$ 869 bilhões ao financiamento de combustíveis fósseis, conforme levantamento da organização Oxfam. “Os incentivos dados pelo mercado vão na contramão da sustentabilidade”, lamentou.

Como resposta, Lula anunciou a Declaração sobre Finanças Climáticas aprovada pelos países do BRICS, que propõe fontes alternativas e modelos inovadores de financiamento verde. Ele também antecipou o lançamento do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre, previsto para a COP30 em Belém:

“Esse fundo irá remunerar os serviços ecossistêmicos prestados ao planeta.”

Fonte: Brasil 247

'Renda, escolaridade, gênero, raça e origem determinam quem adoece', critica Lula em sessão do BRICS

Presidente cobra investimentos estruturais e solidariedade para superar desigualdades que impactam diretamente a saúde dos povos

Sessão plenária do BRICS (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante a sessão do BRICS dedicada ao “Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global”, realizada nesta segunda-feira (7) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) denunciou as desigualdades que moldam o acesso à saúde no Brasil e no mundo. Segundo ele, fatores como renda, escolaridade, gênero, raça e local de nascimento ainda determinam quem adoece e quem morre, revelando um cenário de injustiça persistente nas políticas públicas de saúde.

A declaração foi feita no âmbito da Cúpula do BRICS, destacando o compromisso do bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul com uma abordagem mais equitativa e solidária no enfrentamento das emergências sanitárias.

“No Brasil e no mundo, a renda, a escolaridade, o gênero, a raça e o local de nascimento determinam quem adoece e quem morre”, afirmou Lula em discurso.

Pobreza e unilateralismo comprometem o direito à saúde - Para o presidente, apesar de a saúde ser um direito humano fundamental, ela continua sendo profundamente impactada por desigualdades estruturais, pela pobreza e pelo avanço do unilateralismo nas relações internacionais. Ele alertou que, se certas doenças tropicais afetassem países do Norte Global, já teriam sido erradicadas:

“Muitas das doenças que matam milhares em nossos países, como o mal de Chagas e a cólera, já teriam sido erradicadas se atingissem o Norte Global”, criticou.

Lula também defendeu o fortalecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) como fórum legítimo para coordenar o combate a pandemias e preservar o direito universal à saúde. A recente aprovação do Acordo de Pandemias foi vista por ele como um avanço nesse sentido.

★ BRICS investe em ciência e solidariedade - Na avaliação do presidente, o BRICS tem mostrado protagonismo ao apostar na ciência, na transferência de tecnologia e na solidariedade como princípios para a construção de um sistema global de saúde mais justo.

Lula destacou a iniciativa da Parceria pela Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas, anunciada durante a sessão, que visa enfrentar as causas estruturais da doença com ações voltadas para infraestrutura física e digital, bem como o fortalecimento de capacidades institucionais nos países do bloco.

Além disso, ele ressaltou a consolidação da Rede de Pesquisa de Tuberculose — com apoio da OMS e do Novo Banco de Desenvolvimento — e o avanço da cooperação regulatória em produtos médicos como exemplos de conquistas concretas dessa estratégia multilateral.

★ Investimento social é condição para garantir saúde - Lula enfatizou que alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3), que trata da promoção da saúde e do bem-estar, exige investimentos consistentes:

“Não há direito à saúde sem investimento em saneamento básico, alimentação adequada, educação de qualidade, moradia digna, trabalho e renda".

Por fim, o presidente reforçou que o BRICS tem liderado pelo exemplo, colocando a dignidade humana no centro das decisões:

“Estamos liderando pelo exemplo. Cooperando e agindo com solidariedade em vez de indiferença. Colocando a dignidade humana no centro de nossas decisões".

Fonte: Brasil 247

Lula resiste à pressão e decide não sancionar projeto que amplia número de deputados

Presidente deve vetar ou apenas não decidir sobre o assunto, devolvendo o desgaste ao Congresso Nacional

Luiz Inácio Lula da Silva e a Câmara dos Deputados (Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara I Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não sancionará o projeto de lei complementar aprovado pelo Congresso Nacional em junho que eleva de 513 para 531 o número de deputados federais, de acordo com três ministros ouvidos pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Com a decisão de não sancionar a proposta, Lula estuda agora dois caminhos possíveis: vetar integralmente o texto ou permitir que ele seja promulgado pelo próprio Congresso, sem manifestação do Executivo. O tema provocou divisões internas no governo e intensa pressão política.

No entorno do presidente, há conselheiros que o incentivam a vetar a medida, apontando a elevada rejeição popular à proposta. Segundo levantamento do instituto Datafolha, 76% dos brasileiros são contrários ao aumento no número de parlamentares. Um veto de Lula, portanto, reforçaria sua sintonia com a opinião pública e poderia ser visto como um gesto de responsabilidade com os gastos públicos.

Entretanto, auxiliares ponderam sobre o custo político da decisão. Caso opte pelo veto, Lula deverá enfrentar uma reação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defensor da proposta e articulador da aprovação do texto no Legislativo. O veto presidencial obrigaria o Congresso a mobilizar uma votação para derrubá-lo, aumentando o clima de tensão entre os Poderes.

Por outro lado, ao simplesmente não sancionar o projeto e deixar que o Congresso o promulgue, Lula evitaria um embate direto com a cúpula do parlamento, mas perderia a oportunidade de liderar o debate público contra o aumento de cadeiras na Câmara. A omissão, nesse cenário, poderia ser interpretada como sinal de fraqueza.

Fontes do governo relatam que Lula está ouvindo conselhos divergentes. Um dos ministros próximos ao presidente disse que, se a decisão fosse pessoal, ele vetaria o projeto. Outro interlocutor afirmou que “o povo está esperando o veto”, mas reconhece que o presidente precisa ponderar os riscos políticos envolvidos.

"Se ele não vetar, pode parecer um presidente frouxo, sem coragem de tomar a decisão certa de acordo com a própria consciência", avaliou um ministro. Já a base aliada no Congresso se movimenta e parlamentares do PT pressionam pelo veto ao projeto. “Lula deveria vetar. Não é o caso de se omitir”, defendeu o deputado Rui Falcão (PT-SP). “O povo depois julga quem está com a razão.”

Na mesma linha, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, considerou essencial que Lula vete o projeto para iniciar um “amplo debate sobre o assunto”. “O presidente Lula tem muita sensibilidade. Sabe capturar o sentimento do povo. E, neste caso, não há dúvida alguma. O sentimento é de repulsa. Com o veto, abre-se um espaço importante para reflexão”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

STF já condenou mais de 600 pessoas envolvidas nos atos golpistas do 8/1

Outros 555 envolvidos assinaram acordos para evitar processo, com penas alternativas e multa de R$ 5 milhões

       (Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) responsabilizou até o momento 1.198 pessoas pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O balanço foi divulgado na última sexta-feira (4) pelo Ministério Público Federal (MPF), órgão responsável por apresentar as denúncias contra os envolvidos e por negociar os acordos de não persecução penal.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Do total, 643 investigados foram condenados por participarem dos ataques às sedes dos Três Poderes — Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. Outros 555 acusados, enquadrados por crimes considerados de menor gravidade, firmaram acordos que substituem o processo judicial por medidas alternativas, como prestação de serviços comunitários.

Ainda segundo o MPF, 270 das pessoas condenadas foram identificadas como participantes diretos da invasão e depredação das instalações públicas. A apuração utilizou diversos recursos, como imagens divulgadas pelos próprios radicais nas redes sociais, câmeras de segurança, identificação por DNA e outros métodos de investigação.

Aos 643 réus condenados diretamente pelos ataques, o STF impôs uma multa coletiva de R$ 30 milhões, a título de indenização por danos morais coletivos. As penas aplicadas variam de três a 17 anos de prisão, conforme a gravidade da conduta. Entre os crimes atribuídos aos condenados estão associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado.

Já entre os 555 que assinaram acordos de não persecução penal estão apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que permaneceram acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, clamando por intervenção militar após a derrota eleitoral de 2022. Neste grupo, os crimes imputados foram de associação criminosa e incitação. A pena fixada foi de um ano de prisão, convertida em medidas alternativas.

Como parte do acordo, os condenados devem cumprir uma série de exigências, como a realização de um curso online sobre democracia e a proibição de uso das redes sociais por um período de 12 meses. Além disso, os integrantes desse núcleo também foram condenados a dividir o pagamento de uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 5 milhões.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Mercado aumenta previsão do PIB para 2,23%, diz Boletim Focus

Analistas revisam para baixo previsão da inflação pela sexta semana consecutiva

          Sede do Banco Central, em Brasília - 17/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


Por Felipe Moreira, do Infomoney - As projeções do mercado para a inflação em 2025 recuaram pela sexta semana seguida, segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (7). A estimativa para o IPCA no ano passou de 5,20% para 5,18%.

Já a mediana para o câmbio em 2025 ficou em R$ 5,70.

A projeção do PIB, por sua vez, subiu de 2,21% para 2,23%.

Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano ficou em 15%.

☆ Inflação - A projeção para inflação no próximo ano permaneceu em 4,50%. A projeção para 2027 ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa caiu de 3,83% para 3,80%.

Para o IGP-M, as projeções para 2025 caíram de 2,37% para 2,25%, enquanto a estimativa para 2026 ficou em 4,50%. Para 2027 e 2028, a projeção de inflação ficou em 4%.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 subiu de 4,30% para 4,36%. As projeções para 2026 ficou em 4,30%. Para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa caiu de3,80% para 3,79%.

☆ Câmbio - Para 2026, a estimativa caiu de R$ 5,79 para R$ 5,75, enquanto a projeção permaneceu em R$ 5,75. Para 2028, a projeção permaneceu em R$ 5,80.

☆ PIB - Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 recuou de 1,87% para 1,85%. A projeção permaneceu ficou em 2,00% em 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 69 semanas.

☆ Selic - A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por 28 semanas.

Fonte>: Brasil 247 com Infomoney

PT quer reforçar presença digital para manter narrativa nas redes

Cúpula do partido quer ampliar produção de conteúdo com foco em inteligência artificial e engajamento para defender o governo Lula

      (Foto: Alessandro Dantas)

O PT planeja reforçar seu gabinete digital, independentemente de quem estiver à frente da legenda nos próximos dois anos. A avaliação interna é de que, pela primeira vez, o partido conseguiu dominar a narrativa nas redes sociais diante das críticas ao Congresso Nacional. As informações são da CNN Brasil.

A direção nacional da sigla acredita que o bom desempenho recente nas plataformas digitais — em especial nas discussões sobre a taxação dos super ricos — mostra que é hora de intensificar a produção de conteúdo. Para isso, o partido quer contar com especialistas em inteligência artificial e comunicação digital.

Nas últimas semanas, perfis de esquerda ganharam destaque nas redes sociais ao promover críticas contundentes ao Congresso e defender medidas como a taxação de grandes fortunas. O tema chegou às primeiras posições entre os assuntos mais comentados na rede social X (antigo Twitter), consolidando uma frente digital em apoio ao governo federal.

O nome mais cotado para assumir a presidência do PT, Edinho Silva, já declarou que a atuação nas redes será uma das prioridades da legenda. Embora ainda não tenha assumido o comando da sigla, ele tem se posicionado publicamente sobre a importância do ambiente digital para o partido.

A avaliação da cúpula petista é de que não se pode deixar o engajamento esfriar. A estratégia é aproveitar o momento para manter a militância ativa, com foco na defesa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Palácio do Planalto, esse crescimento no engajamento da esquerda — inclusive alcançando perfis de centro — é visto hoje como a principal ferramenta para aumentar a popularidade do governo.

Fonte: Brasil 247 com informaçlões da CNN Brasil

Embraer negocia com até 10 países venda de cargueiro militar KC-390

“Não posso falar nomes... (mas negociamos) com 5, 10 (países). É bastante”, disse o presidente-executivo da empresa, Francisco Gomes Neto

KC-390, avião para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo desenvolvido pela Embraer, na Base Aérea de Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Reuters - A fabricante brasileira de aeronaves Embraer está em negociações com até 10 países para a venda do cargueiro militar KC-390, afirmou o presidente-executivo da empresa, Francisco Gomes Neto.

O executivo não revelou os países envolvidos nas negociações, mas destacou que o projeto tem avançado de forma positiva. “Não posso falar nomes... (mas negociamos) com 5, 10 (países). É bastante”, disse ele à Reuters às margens do Fórum Empresarial dos BRICS no fim de semana.

Recentemente, a Lituânia anunciou a escolha do KC-390 como sua próxima aeronave de transporte militar, somando-se a países como Portugal, Hungria, Áustria e Coreia do Sul, entre outros.

Neto também afirmou que a Embraer segue com o objetivo de expandir sua presença no mercado de defesa dos EUA, uma vez que a empresa ainda não conseguiu vender o KC-390 para a Força Aérea dos EUA.

“A gente está lá tentando convencer a Força Aérea Americana sobre o KC-390”, afirmou. “Até agora não temos um KC-390 lá. Só levamos para demonstração, mas não vendemos nenhum”.

O executivo também reiterou que a empresa projeta alcançar um faturamento anual de US$10 bilhões até 2030, impulsionado pelas encomendas de cargueiros e jatos comerciais. “A gente fala até 2030, e claro que nosso interesse é puxar para antes”, disse Neto.

Em 2024, a Embraer registrou receita recorde de US$6,4 bilhões, com previsão de atingir entre US$7 bilhões e US$7,5 bilhões em 2025.

As entregas de aeronaves também têm mostrado crescimento significativo. A empresa prevê um aumento de 17% em 2025 em relação a 2024, após registrar incremento de 40% nas entregas no primeiro semestre de 2025 comparado ao mesmo período do ano anterior.

“Esse crescimento grande é porque a gente está nivelando a produção, que antes era concentrada no fim do ano. Estamos distribuindo melhor”, explicou Neto.

Em 2025, a Embraer anunciou importantes vendas, incluindo 45 jatos para uma companhia aérea escandinava e 15 aeronaves para uma empresa japonesa, com potencial de novos pedidos. Outras comercializações incluem negócios com a Airlink, da África do Sul, e SkyWest, dos EUA. “Essas vendas vão mexer com os 10 bilhões previstos lá pra frente”, avaliou o presidente.

O desempenho positivo da empresa tem refletido no mercado financeiro, com as ações superando R$83 na última semana, um recorde histórico.

“A gente vem entregando bons resultados ano a ano. Em 2020, fizemos um plano até 2025, e nosso foco era fazer o básico bem feito. Olhamos custo, venda de avião, redução de estoque, cultura, e a gente vem entregando. O mercado está vendo isso e se sente seguro”, concluiu Neto.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

"O maior medo da elite é que o pobre acorde", diz Felipe Neto

Em meio à ofensiva do governo pela taxação das grandes fortunas, YouTuber expõe hipocrisia do discurso contra a polarização

Felipe Neto (Foto: Reprodução/X/@felipeneto)

Em meio ao avanço da pauta pela taxação das grandes fortunas no Brasil, o youtuber Felipe Neto voltou a provocar a elite econômica do país ao comentar o velho discurso de que a polarização seria o principal mal a ser combatido. “O discurso de nós contra eles é ruim pro país”, ironizou Felipe Neto, ao compartilhar a frase frequentemente usada por setores da mídia e do empresariado. Em seguida, rebateu: “Mentira. Esse discurso é ruim pra ELITE. Eu sei, eu estou nela, conheço essa gente toda. O maior medo da elite é que o pobre acorde. Que realmente perceba que a história humana é a história da LUTA DE CLASSES. Esse é o pânico.”

A fala do youtuber viralizou nas redes justamente no momento em que o governo federal coloca no centro do debate a criação de mecanismos para taxar grandes fortunas, heranças bilionárias e movimentações financeiras de super-ricos. A proposta, tratada como uma das principais bandeiras da gestão Lula em 2025, enfrenta resistência no Congresso Nacional, tradicionalmente alinhado aos interesses de bancos e grandes empresários.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados impôs um revés ao Planalto ao manter o veto que impede a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em aplicações financeiras de milionários no exterior, uma medida que, na prática, beneficia diretamente as camadas mais ricas da população.

★ "Luta de classes escancarada"

Felipe Neto, que tem se posicionado de forma contundente em temas políticos nos últimos anos, afirmou conhecer de perto o funcionamento da elite brasileira e o verdadeiro motivo do incômodo com a narrativa de "nós contra eles".

“O medo da elite não é a polarização. É que a classe trabalhadora perceba que a desigualdade não é uma fatalidade, é um projeto”, completou ele em outra postagem.

★ Governo endurece discurso

Enquanto isso, o governo Lula tem endurecido o tom ao defender mudanças tributárias que ataquem o coração da concentração de renda no Brasil. Segundo dados recentes do IBGE e do Credit Suisse, o país segue entre as nações mais desiguais do mundo, com cerca de 1% da população concentrando quase 50% da riqueza nacional.

Lula, que já declarou que “não é possível continuar aceitando que bilionários paguem menos impostos do que um trabalhador comum”, pretende enviar ao Congresso um pacote de medidas voltado a tributar grandes fortunas e movimentações financeiras internacionais, além de reformular impostos regressivos que penalizam os mais pobres.

Fonte: Brasil 247

Emendas parlamentares atendem a "interesses particulares" e "objetivos eleitorais", aponta estudo do Ipea

Estudo do Ipea conclui que impacto real das emendas parlamentares na vida da população é incerto e de “qualidade duvidosa”

        Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que as emendas parlamentares, utilizadas por deputados e senadores para direcionar recursos públicos, não apresentam conexão clara com políticas públicas estruturadas. A principal função desses repasses, segundo o instituto, tem sido garantir apoio eleitoral em determinadas regiões, servindo a interesses individuais dos parlamentares.

Segundo a Folha de S. Paulo, a informação está baseada em um estudo solicitado pelo deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ). A pesquisa surge no contexto de tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em meio a debates sobre a legalidade e a transparência do chamado "orçamento secreto", mecanismo que ampliou o uso político das emendas a partir dos últimos anos.

De acordo com a análise do Ipea, há “evidência robusta” de que as emendas influenciam diretamente o comportamento eleitoral, beneficiando parlamentares que controlam a liberação de verbas públicas em seus redutos. No entanto, o estudo destaca que essas emendas não estão vinculadas a áreas específicas da política pública, como saúde, educação ou infraestrutura, o que compromete sua efetividade como instrumento de planejamento e desenvolvimento.

“O que se observa é o uso das emendas como uma forma de atender interesses particulares dos parlamentares, com foco no retorno eleitoral”, aponta o estudo. Tal constatação reforça críticas já recorrentes sobre o uso clientelista dos recursos públicos, muitas vezes alocados de maneira discricionária, sem critérios técnicos ou planejamento estratégico.

O debate sobre a função das emendas parlamentares ganhou força desde que o “orçamento secreto” — nome informal dado às emendas de relator (RP9) — veio à tona, revelando a falta de transparência na distribuição de recursos e favorecimento político em detrimento da gestão pública baseada em evidências.

A conclusão do estudo do Ipea pode impulsionar novas discussões sobre a reformulação do sistema orçamentário brasileiro, pressionando por mais controle, transparência e critérios técnicos na destinação de verbas via emendas parlamentares. A expectativa é de que o relatório fortaleça iniciativas que visam coibir o uso eleitoral desses recursos e contribuir para uma melhor governança pública.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Aliado de Nikolas, presidente da Fiemg é detonado após dizer que todo trabalhador com carteira assinada é um “idiota”

Flávio Roscoe atacou trabalhadores e beneficiários do Bolsa Família em entrevista; dados oficiais desmentem empresário e web reage com indignação

       Flávio Roscoe e Nikolas (Foto: Reprodução)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, gerou indignação nas redes sociais após fazer declarações ofensivas contra trabalhadores e beneficiários de programas sociais durante entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Roscoe, que é aliado político do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), chamou de “idiota” o trabalhador que possui carteira assinada e associou, de forma preconceituosa e sem embasamento, o Bolsa Família à suposta falta de mão de obra no setor industrial.

Segundo o empresário, há mais vantagens em “ficar desempregado por vinte anos, preso ao Bolsa Família, para aposentar-se aos 45 anos”, do que trabalhar formalmente e contribuir com a Previdência. Ele ainda afirmou: “O idiota é quem trabalha com carteira assinada, porque ganha R$ 2 mil, paga imposto, e ainda vai se aposentar com a regra até os 65 anos.”

As falas, além de provocativas, foram amplamente rebatidas por especialistas e dados oficiais, que desmentem o discurso de Roscoe. Em um ano marcado pela retomada do emprego formal no Brasil, levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que 98,87% das vagas criadas em 2024 foram preenchidas por pessoas cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico), o banco de dados de beneficiários de programas sociais.

“O Caged mostra, na prática, que as pessoas do Bolsa Família e do Cadastro Único querem trabalhar, estão empregadas, mas buscam empregos decentes”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Peço que observem essa realidade para evitar qualquer forma de preconceito contra os mais pobres”, acrescentou.

Os números reforçam o papel dos beneficiários de programas sociais na economia formal. Do total de 1,69 milhão de empregos gerados em 2024, 1,27 milhão (75,5%) foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, enquanto outros 395 mil (23,4%) foram preenchidos por cadastrados que, embora inscritos no CadÚnico, não recebem o benefício. Em 2025, essa tendência se mantém: até abril, 75% das vagas foram ocupadas por pessoas de baixa renda beneficiadas por programas sociais.

A fala de Roscoe foi rapidamente associada ao discurso elitista de Nikolas Ferreira, de quem o empresário é aliado estratégico. Os dois frequentemente aparecem juntos em vídeos nas redes sociais, onde compartilham críticas a políticas sociais e discursos contra trabalhadores organizados.

Nas redes, o presidente da Fiemg foi duramente criticado. Internautas apontaram o preconceito contra os mais pobres e a desconexão de Roscoe com a realidade do país.

Veja:


Fonte: Brasil 247