domingo, 20 de julho de 2025

Governo Lula trata tarifas de Trump como irreversíveis e prepara retaliação

Brasil vê caráter explicitamente político das tarifas e não espera um recuo de Donald Trump

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Diante da aproximação do prazo de 1º de agosto para o início da cobrança de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já trata a medida como praticamente irreversível. Segundo reportagem da BBC News Brasil, membros do núcleo mais próximo do Planalto avaliam que dificilmente o presidente norte-americano Donald Trump voltará atrás, como ocorreu em episódios anteriores envolvendo países como China e União Europeia.

Embora a diplomacia brasileira siga apostando em uma saída negociada, fontes ouvidas pela reportagem em caráter reservado revelam que as sinalizações mais recentes da Casa Branca reforçam o entendimento de que a imposição tarifária deve ser mantida. Entre os indícios estão postagens de Trump atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) e a revogação de vistos de ministros da Corte, como Alexandre de Moraes, e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

☆ Tarifa com motivação política - Um dos pontos mais sensíveis identificados por auxiliares de Lula é o caráter explicitamente político das sanções. Segundo um interlocutor do presidente ouvido pela BBC, ao atrelar as tarifas ao julgamento de Jair Bolsonaro pelo STF, Trump abandona qualquer justificativa econômica. “A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”, escreveu Trump em carta enviada na semana passada.

Apesar do histórico de recuos da atual gestão norte-americana em relação a outros países — como no caso da China, onde tarifas chegaram a ser reduzidas após negociações bilaterais —, a percepção no Palácio do Planalto é de que, com o Brasil, o cenário é diferente. Um dos fatores seria a tentativa de interferência na eleição presidencial de 2026, na qual Bolsonaro, atualmente inelegível, poderia ter sua reabilitação judicial pressionada por meio de medidas econômicas.

☆ Estratégia tripla: negociação, mobilização e retaliação - Mesmo diante da dificuldade de comunicação com o governo Trump, o Brasil mantém canais formais abertos com o USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA), sob a liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Além disso, o governo tem reforçado ações em duas outras frentes: sensibilização de políticos e empresários norte-americanos e preparação de retaliações.

Uma missão parlamentar liderada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS) viajará a Washington nos próximos dias com o objetivo de convencer congressistas e membros do governo norte-americano a reavaliar os impactos das tarifas. Internamente, o Planalto também orienta empresários brasileiros a mobilizarem seus parceiros comerciais nos EUA para exercerem pressão contrária à medida.

“Queremos mostrar que as tarifas vão afetar diretamente o consumidor norte-americano médio, encarecendo itens do cotidiano como café e suco de laranja”, explicou um assessor do governo.

Em paralelo, técnicos da Presidência, do Ministério da Fazenda e do MDIC estudam opções legais e econômicas para uma eventual retaliação. Em pronunciamento em rede nacional, Lula classificou a medida como "chantagem inaceitável" e garantiu que o Brasil usará "todos os instrumentos legais" para reagir, incluindo a Lei da Reciprocidade e ações na Organização Mundial do Comércio (OMC).

☆ Divergência sobre medidas contra empresas americanas - Em evento da UNE em Goiânia, Lula sinalizou que o governo avalia ampliar a taxação de empresas digitais dos EUA. “Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e vai cobrar impostos das empresas americanas digitais”, disse o presidente. No entanto, no dia seguinte, o Ministério da Fazenda publicou nota oficial negando que o governo avalie controlar dividendos ou adotar medidas mais rigorosas de retaliação.

Fontes do Planalto afirmam que qualquer decisão nesse sentido só será anunciada após o aval direto de Lula, justamente para evitar exposição prematura de estratégias em um cenário ainda imprevisível. Nos bastidores, especula-se que as represálias brasileiras poderiam envolver a quebra de patentes de medicamentos e direitos autorais de produtos culturais.

☆ Interferência bolsonarista nos EUA - O governo brasileiro também vê com preocupação a atuação de figuras próximas a Bolsonaro no processo de articulação das tarifas, especialmente o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se mudou para os Estados Unidos no início do ano. Segundo uma fonte do governo, as decisões estariam sendo tomadas fora dos canais institucionais habituais, com forte influência do entorno político do ex-presidente.

Esse alinhamento entre bolsonarismo e trumpismo, avaliam interlocutores de Lula, representa mais do que um embate comercial: é um capítulo da disputa geopolítica e ideológica entre os dois líderes e suas respectivas visões de mundo.

Fonte: Brasil 247 com reportagem da BBC News Brasil

Nas redes, 59% apoiam operação da PF contra Bolsonaro, aponta pesquisa Quaest

Levantamento mostra maioria a favor das medidas de Moraes

Bolsonaro concede entrevista coletiva após prestar depoimento à Polícia Federal em Brasília - 05/06/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Levantamento da consultoria Quaest aponta que 59% das publicações em redes sociais foram favoráveis à operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto 41% demonstraram críticas à ação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A análise considerou 1,3 milhão de menções em redes e sites de notícias até as 17h da sexta-feira (18). Segundo a consultoria, o pico de engajamento ocorreu por volta das 10h, com mais de 150 mil menções ao tema em curto intervalo de tempo.

Em grupos públicos de mensagens identificados como alinhados à direita, 32 mil de cada 100 mil mensagens monitoradas tinham críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes. Também se destacaram publicações sobre o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro (12 mil a cada 100 mil) e críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (4 mil a cada 100 mil).

Na sexta-feira (18), Moraes autorizou operação da PF que incluiu busca e apreensão em endereços ligados a Bolsonaro. Foram apreendidos um celular, um pen drive e cerca de US$ 14 mil em espécie na casa do ex-presidente.

Além das buscas, Moraes determinou medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana. A justificativa apresentada foi o risco de fuga. Bolsonaro é réu em ação penal que apura plano de golpe de Estado e também investigado, ao lado do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por suposto atentado à soberania nacional.

Em entrevista após a operação, Jair Bolsonaro negou que tivesse intenção de sair do país e chamou as medidas de “suprema humilhação”.

Fonte: Brasil 247

"O Eduardo Bolsonaro acabou. Ninguém no PL o quer candidato a presidente", diz dirigente do partido

Deputado atuou nos bastidores do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a todas as importações que vierem do Brasil

      Eduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A rejeição ao nome de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como possível candidato à Presidência da República em 2026 vem se consolidando inclusive dentro do próprio Partido Liberal. Em declaração publicada neste sábado (19) pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, um dirigente da legenda foi direto ao comentar os planos do deputado federal, atualmente licenciado do cargo:

"O Eduardo Bolsonaro acabou. Ele quer se candidatar de qualquer maneira. Mas ninguém no partido o quer candidato", disse, em off.

A fala escancara o desgaste político do filho "03" de Jair Bolsonaro. A principal causa do incômodo mais recente foi sua atuação nos bastidores do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a todas as importações que vierem do Brasil. O episódio repercutiu mal entre setores empresariais e foi interpretado como sabotagem política contra o governo Lula, com impacto direto sobre a indústria nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Licença de Eduardo Bolsonaro chega ao fim neste domingo; deputado pode perder mandato por ausências

A Constituição determina que o deputado que faltar a um terço das sessões ordinárias da Casa, sem justificativa, pode ter o mandato cassado

     Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução )

A licença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chega ao fim neste domingo (20), e, a partir desta data, eventuais ausências em sessões da Câmara dos Deputados passarão a ser oficialmente contabilizadas, informa o portal g1. O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, pode ter o mandato ameaçado caso não justifique as faltas ou não encontre uma saída regimental para se manter afastado.

Eduardo tirou 120 dias de licença sem remuneração e teve outros dois dias justificados por “tratamento de saúde”. Tal movimentação se deu às vésperas da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado. Embora Eduardo não seja formalmente acusado nesse caso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já investiga sua atuação nos Estados Unidos sob suspeita de crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Durante o período nos EUA, Eduardo Bolsonaro fez reiteradas críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito contra Jair Bolsonaro. O parlamentar também promoveu tentativas de articulação internacional contra autoridades brasileiras e instituições democráticas, resultando em um anúncio de que os EUA tarifariam todas as importações brasileiras em 50%.

Com o fim do afastamento, Eduardo enfrenta o desafio de justificar sua permanência fora do país. Uma das alternativas estudadas por aliados, ainda segundo o g1, seria propor mudanças no regimento da Câmara para permitir um novo período de licença ou a manutenção do mandato mesmo com residência no exterior, medida que, caso prosperasse, abriria um perigoso precedente institucional.

A Constituição determina que o deputado que faltar a um terço das sessões ordinárias da Casa, sem justificativa, pode ter o mandato cassado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

sábado, 19 de julho de 2025

Pedro Serrano defende prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro: "ilícitos gravíssimos"

Jurista avalia que decisão do STF contra Bolsonaro é correta, mas critica ausência de prisão preventiva para Eduardo, acusado de articular sanções

   Pedro Serrano, na TV 247 (Foto: Reprodução Youtube)

O jurista Pedro Serrano criticou duramente, em entrevista concedida à TV 247 no YouTube, a conduta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e defendeu a decretação de sua prisão preventiva. Para o professor de Direito Constitucional, as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente do ministro Alexandre de Moraes, estão corretas e respaldadas pela lei, mas ainda aquém da gravidade dos crimes atribuídos ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Não vejo juridicamente motivo para não decretar a prisão preventiva dele”, afirmou Serrano, destacando o comportamento do parlamentar no exterior, onde tem atuado para pressionar o governo dos Estados Unidos a interferir nas decisões do Judiciário brasileiro. “Ele já declarou publicamente que não volta ao Brasil com medo de ser preso, ou seja, querendo se evadir da jurisdição penal”, apontou.
Risco de fuga e ataque à ordem econômica

Serrano lembrou que Jair Bolsonaro também foi alvo de medidas cautelares por determinação do STF, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se aproximar de embaixadas, em razão do risco de fuga. O jurista frisou que as normas internacionais obrigariam o Brasil a conceder salvo-conduto caso o ex-presidente solicitasse asilo político em alguma embaixada estrangeira.

No entanto, para Serrano, a situação de Eduardo Bolsonaro é ainda mais grave: “Ele atenta contra a ordem econômica nacional, comete ilícitos penais gravíssimos e deveria estar preso preventivamente”, disse, reforçando que a legislação brasileira prevê essa possibilidade não só diante do risco de fuga, mas também em casos de ameaça à ordem econômica e à eficácia do processo penal.

O jurista também criticou o silêncio da mídia tradicional sobre o aspecto econômico: “Ninguém está dizendo que a ordem econômica foi atacada. Houve um ataque imenso contra o Brasil, provocando inclusive sanções econômicas, com apoio do presidente Donald Trump”, destacou.
Conluio familiar e proibição de contato

Durante a análise, Serrano foi questionado sobre a proibição de Jair Bolsonaro manter contato com o filho Eduardo, medida imposta por Alexandre de Moraes. O jurista explicou que a proibição não se dá pela relação de parentesco, mas porque ambos são suspeitos de atuarem em conjunto para obstruir a Justiça.

“Eu posso falar com meu filho a hora que eu quiser. O que não posso é combinar crime com ele”, ironizou Serrano, acrescentando que a regra também se estende a qualquer outro investigado no mesmo processo.

Ele lembrou ainda que há fortes indícios de que o ex-presidente financiou atividades ilegais do filho nos Estados Unidos, inclusive com o envio de R$ 2 milhões. “Quando se configura o financiamento de atividade criminosa, qualquer um que mandar dinheiro para ele poderá ser investigado”, alertou.
Comparações internacionais e crítica à hipocrisia

Serrano fez um contraponto contundente entre a situação brasileira e o sistema jurídico norte-americano. “Nos Estados Unidos, jamais alguém que fez o que Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro fizeram estaria solto. Lá, jornalista é preso por não entregar fonte. Aqui, temos um respeito muito maior aos direitos civis”, afirmou.

Ele também ironizou as reações de aliados de Bolsonaro, classificando como “lamuriência” a narrativa de vitimização do ex-presidente e de seu filho. “Esses sujeitos querem o privilégio de não serem processados, algo que não existe em uma República”, comentou.

O jurista ainda mencionou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como exemplo de dignidade. Ao recordar falas do petista sobre sua prisão injusta, Serrano destacou a diferença de caráter: “Lula foi preso inocente e não usou tornozeleira porque não admitia ser tratado como criminoso. Bolsonaro, com provas abundantes contra si, está solto com tornozeleira, um luxo que Lula não teve.”
Defesa da soberania nacional

Para Serrano, as ações do STF estão amparadas na defesa da soberania nacional, princípio fundamental da Constituição brasileira. Ele considerou “única” a decisão de Alexandre de Moraes ao enfrentar ataques externos contra a autonomia do Judiciário.

“É inédita a situação de um deputado federal e de um ex-presidente irem ao exterior pedir sanções contra o próprio país para obter privilégios pessoais. Isso é traição à pátria”, denunciou.

O jurista concluiu defendendo o aprofundamento das investigações, incluindo outros aliados da família Bolsonaro, e sugeriu a adoção de ações cíveis para responsabilizar economicamente os envolvidos pelos prejuízos causados ao Brasil.

“O povo brasileiro não pode pagar pelos crimes e pela covardia de quem não quer enfrentar a Justiça”, concluiu Pedro Serrano. Assista:
Fonte: Brasil 247

Tarcísio e Zema são cúmplices dos crimes de Bolsonaro, diz Amôedo

De acordo com o empresário, os dois governadores deixaram claro que não têm condições de presidir o Brasil

     João Amoedo, Tarcísio de Freitas e Romeu Zema (Foto: Divulgação I Reprodução)

O empresário João Amoêdo afirmou nesta sexta-feira (18) que os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se “comportam como cúmplices dos crimes" de Jair Bolsonaro (PL) e deixam claro” não ter “condições de ocupar a Presidência do Brasil”.

Especulados como possíveis presidenciáveis em 2026, os dois governadores defenderam o ex-mandatário após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinar medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro é réu no inquérito da trama golpista conduzido pelo STF, faz articulações com o governo Donald Trump para que os Estados Unidos anunciem sanções contra o Brasil por conta da ação judicial na Corte brasileira e também apresenta risco de fuga para o exterior.

Segundo o empresário, “as medidas cautelares impostas a Bolsonaro são acertadas e bem fundamentadas”. “Mesmo sendo réu por tentativa de golpe de Estado e com o julgamento em curso, o ex-presidente, seus aliados e familiares continuam atuando contra o bom andamento do processo e contra as instituições brasileiras”, escreveu Amoêdo na rede social X.

O governador Tarcísio de Freitas também usou as redes sociais para demonstrar seu apoio a Bolsonaro. “Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça. Não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio. Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas. A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”, publicou o chefe do Executivo paulista.

“Coragem é um atributo que quem conhece Jair Bolsonaro sabe que nunca lhe faltou. Não faltou quando atentaram contra a sua vida. Não faltou para lidar com as crises sem precedentes que este país passou quando ele era presidente. Não faltou para defender a liberdade, valores, ideais e combater injustiças. E não vai faltar agora, pois ele sabe que estamos e seguiremos ao seu lado. Não conheço ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa, quanto Jair Bolsonaro”.

O governador Romeu Zema afirmou que a decisão de Moraes é um “ato absurdo de perseguição política a Jair Bolsonaro”. “Censuraram suas redes, proibiram de falar com o filho e obrigaram a usar tornozeleira eletrônica. Tudo isso num processo cheio de abusos e ilegalidades. Não existe democracia quando a Justiça é politizada”.

No STF, Bolsonaro responde a cinco crimes. São penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão - golpe de Estado, danos a bens patrimoniais protegidos, crimes contra o patrimônio com agravante de violência, ameaça ao Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.

☆ Entenda

As decisões tomadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro, no inquérito sobre a trama golpista, estão relacionadas a acusações de obstrução da Justiça e coação durante o andamento do processo penal. A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontaram risco de fuga, além da suspeita de que esteja incentivando sanções internacionais contra autoridades brasileiras.

No último dia 9, o presidente Donald Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras e citou o inquérito do plano golpista como justificativa para o início da guerra comercial contra o Brasil.

Em sua decisão sobre as medidas cautelares contra Bolsonaro, Moraes afirmou que ex-mandatário e seu filho Eduardo cometeram uma "confissão flagrante" dos crimes de coação processual e obstrução da Justiça. O deputado licenciado pelo PL-SP mora nos Estados Unidos desde março e alega perseguição política. A sua licença do mandato de deputado federal acaba no próximo domingo (20).

O ministro Alexandre de Moraes também mencionou possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito e a soberania nacional, porque Bolsonaro e seu filho teriam vinculado o arquivamento do processo golpista à retirada de tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

No STF, Jair Bolsonaro responde por cinco crimes, cujas penas acumuladas podem exceder 30 anos de prisão: organização criminosa armada, ameaça ao Estado Democrático de Direito, dano a bens patrimoniais protegidos, tentativa de golpe de Estado e crimes contra o patrimônio com agravante de violência.

Os EUA, além de citarem o caso de Bolsonaro para justificar aumento de tarifas, iniciaram uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil por meio do USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA). Em reação, o governo brasileiro já destacou que responderá à guerra tarifária norte-americana.

☆ Defesa de Bolsonaro

Após receber a tornozeleira na Secretaria de Administração Penitenciária do DF, Bolsonaro disse à imprensa que a medida visava sua "suprema humilhação" e negou querer deixar o país para evitar uma possível condenação.

A defesa do político emitiu uma nota expressando "surpresa e indignação" com as medidas cautelares, afirmando que Bolsonaro sempre cumpriu todas as determinações judiciais até então

Fonte: Brasil 247

Aeroportos do Brasil têm melhor junho desde 2000 com 10,4 milhões de passageiros

Movimentação cresce pelo quarto mês seguido e bate recorde histórico em voos domésticos e internacionais, segundo dados da Anac

      Aeroporto movimentado (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Pelo quarto mês consecutivo, os aeroportos brasileiros registraram recorde de movimentação de passageiros, refletindo o momento de retomada robusta da aviação civil no país. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mais de 10,4 milhões de pessoas passaram pelos terminais em junho de 2025, número que representa um crescimento de 11,5% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

O levantamento, publicado no relatório de demanda e oferta da Anac, mostra que tanto os voos domésticos quanto os internacionais apresentaram desempenho expressivo. No mercado interno, 8,2 milhões de passageiros foram transportados, alta de 11,2% em relação a junho de 2024. Já os voos internacionais somaram 2,2 milhões de viajantes, com aumento de 12,8%. Trata-se do melhor resultado mensal para ambos os segmentos desde o início da série histórica, em 2000.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, atribuiu os números positivos aos investimentos do governo federal no setor. “Estamos inaugurando terminais, modernizando nossos aeroportos, ampliando a capacidade de receber mais passageiros, para oferecer mais conforto e bem-estar às pessoas. Esses números só demonstram o dinamismo e a força do setor aéreo brasileiro”, afirmou.

☆ Crescimento consistente no semestre - O desempenho de junho consolida uma tendência verificada ao longo de 2025. Nos seis primeiros meses do ano, 61,8 milhões de passageiros utilizaram os aeroportos brasileiros, o que representa aumento de cerca de 10% em relação ao primeiro semestre de 2024. Desse total, 48 milhões foram transportados em voos domésticos e 13,8 milhões em rotas internacionais.

☆ Demanda e oferta em alta - Além da movimentação de passageiros, os indicadores de demanda e oferta também avançaram no mês de junho. A demanda, medida pela quantidade de passageiros por quilômetro transportado (RPK, na sigla em inglês), cresceu 14,5% no mercado doméstico e 11,6% no internacional.

A oferta de assentos por quilômetro (ASK) também teve variação positiva: 16,9% no Brasil e 12,4% em voos internacionais. No total, somando os dois mercados, a demanda teve aumento de 12,8%, enquanto a oferta subiu 14,2%.

☆ Transporte de cargas recua - Diferente do movimento de passageiros, o transporte de cargas aéreas apresentou retração em junho. Foram movimentadas 108,8 mil toneladas no total, uma queda de 5,8% na comparação com o mesmo período de 2024. O transporte doméstico foi o mais impactado, com redução de 12,2%, totalizando 35,1 mil toneladas. Já o internacional registrou queda menor, de 2,4%, com 73,6 mil toneladas processadas.

Fonte: Brasil 247

Sonho de consumo: os 10 carros usados mais pesquisados no Brasil


      Honda Civic, o carro usado mais procurado no Brasil. Foto: reprodução

O Honda Civic foi o carro usado mais procurado pelos brasileiros no primeiro semestre de 2025, segundo levantamento da Webmotors. Apesar de atualmente ser vendido apenas na versão híbrida (com preço inicial de R$ 265.990), o modelo respondeu por 17% das buscas na plataforma quando somados os 10 mais pesquisados. O Toyota Corolla, sedã médio mais vendido do país, ficou em segundo lugar com 14% das buscas.

A lista revela o interesse dos consumidores por modelos consagrados no mercado nacional. Entre os 10 mais buscados, aparecem ainda carros como Chevrolet Onix (9%), VW Gol (9%) e Hyundai HB20 (8%).

Veja a lista completa:

1°- Honda Civic – 17%
2° – Toyota Corolla – 14%
3° – Chevrolet Onix – 9%
4° – Honda HR-V – 9%
5° – VW Polo – 9%
6° – VW Gol – 9%
7° – Hyundai HB20 – 8%
8° – Honda Fit – 8%
9° – Jeep Compass – 8%
10° – VW Jetta – 8%

Fonte: DCM

Governo vê ação dos EUA contra Moraes como ingerência e pode chamar embaixadora

 

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O governo brasileiro estuda convocar a embaixadora em Washington, Maria Luiza Viotti, como forma de protesto contra a decisão do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes e a outras autoridades do Judiciário, conforme informações do colunista Jamil Chade, do UOL.

Para o Palácio do Planalto, a medida é vista como “ingerência em assuntos domésticos” e um ataque direto às instituições brasileiras.

Rubio anunciou a revogação imediata dos vistos de Moraes, de seus familiares e de “aliados no tribunal”, acusando o magistrado de liderar uma “caça às bruxas política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Portanto, ordenei a revogação de vistos para Moraes e seus aliados no tribunal, bem como para seus familiares imediatos, com efeito imediato”, escreveu no X. A medida veio após a Polícia Federal (PF) determinar o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro, sob suspeita de planejar fuga para os EUA.



O gesto norte-americano é considerado inédito na relação bilateral, nem mesmo registrado durante a ditadura militar. A convocação da embaixadora brasileira para consultas é vista como provável, principalmente porque os EUA estão sem embaixador em Brasília.

Segundo o governo, isso nivelaria a diplomacia entre os dois países. “Temos linhas vermelhas na questão de ingerência sobre soberania”, disse um interlocutor do Planalto.

A escalada de tensão entre os dois países começou com uma diretriz de Rubio, no fim de junho, que previa sanções contra autoridades estrangeiras acusadas de censurar cidadãos ou empresas americanas — com impacto também sobre familiares.

Fonte: DCM com informações do colunista Jamil Chade, do UOL

Gleisi condena suspensão de visto de Moraes: “Afronta”

 

A ministra Gleisi Hoffmann – Foto: Reprodução
A ministra Gleisi Hoffmann se pronunciou a respeito do anúncio feito pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, sobre a revogação do visto de entrada nos EUA do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares. Para a presidente nacional do PT, a medida é uma “afronta à soberania nacional”. A deputada classificou a ação como uma “retaliação agressiva”.

No post, a parlamentar mencionou, além de Moraes, nomes de outros ministros que poderiam ser alvo de sanções semelhantes. Rubio afirmou que a revogação se estenderia a “aliados no tribunal”, mas não citou outros magistrados até o momento.

“A revogação do visto de entrada nos EUA dos ministros do STF Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes é uma afronta ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional. Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do Tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país”, escreveu Gleisi.

“Não se envergonham do vexame internacional que provocaram no desespero de escapar da Justiça e da punição pelos crimes que cometeram. Ao contrário do que planejaram, a Suprema Corte do Brasil se engrandece nesse momento, cumprindo o devido processo legal, defendendo a Constituição e o Direito, sem jamais terem se dobrado a sanções e ameaças de quem quer que seja. O Brasil está com a Justiça, não com os traidores. O Brasil é do povo brasileiro”.


A decisão do governo dos EUA é vista como parte de uma ofensiva trumpista contra autoridades brasileiras e de intervenção no sistema judiciário do Brasil. Rubio, por outro lado, defende suas ações, afirmando que as medidas de Moraes violam a liberdade de expressão.

A ação ocorreu no mesmo dia em que endereços ligados a Bolsonaro foram alvo de mandado de busca.

Após a operação, o ex-presidente passou a usar tornozeleira eletrônica por ordem do STF, sob acusação de articular ações com autoridades estrangeiras para interferir no Judiciário brasileiro. Bolsonaro também está proibido de se aproximar de embaixadas e de manter contato com diplomatas.

Fonte: DCM

Mais sete ministros do STF terão vistos cancelados pelos EUA junto com Moraes

 

O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Reprodução
Além de Alexandre de Moraes, outros sete ministros do Supremo Tribunal Federal terão seus vistos de entrada nos Estados Unidos revogados pelo governo de Donald Trump.

A decisão, que também atinge familiares próximos, inclui Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

Os magistrados, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo, são os “aliados no tribunal”, frase mencionada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, no post feito nesta sexta-feira (18), onde anunciou a medida contra Moraes.

Segundo Rubio, a medida tem efeito imediato e foi tomada em resposta ao que ele classificou como uma “caça às bruxas política” conduzida pelo magistrado contra Jair Bolsonaro.

Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA – Foto: Reprodução

“Essa perseguição criou um complexo de censura tão abrangente que atinge não apenas os brasileiros, mas também os americanos”, escreveu. Ainda de acordo com o político, Trump quer responsabilizar autoridades estrangeiras acusadas de, supostamente, violar a liberdade de expressão.

Apenas os ministros André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques ficarariam de fora das sanções impostas pelo governo dos EUA.

A revogação do visto de Moraes ocorre no mesmo dia em que ele determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro, além de restrições como recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com diplomatas e outros investigados.

A decisão judicial foi baseada em pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou risco de fuga e articulação internacional para influenciar o Judiciário brasileiro.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro celebra suspensão de visto de Moraes: “Tem muito mais por vir”

 

Eduardo Bolsonaro com boné de Trump, sério, em close, sem olhar para a câmera
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comemorou a decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos do ministro Alexandre de Moraes e de seus “aliados” no STF (Supremo Tribunal Federal). A medida, anunciada nesta sexta-feira (18) por Marco Rubio, secretário de Estado do governo Trump, foi celebrada pelo deputado licenciado nas redes sociais.

“Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA também […] De garantido, só posso falar uma coisa: tem muito mais por vir!”, escreveu no X.



A ação americana ocorre após meses de articulação de Eduardo em Washington, onde o parlamentar pressionou por sanções e ataques contra Moraes.

A decisão do governo dos EUA é vista como parte de uma ofensiva trumpista contra autoridades brasileiras e de intervenção no sistema judiciário do Brasil. Rubio, por outro lado, defende suas ações, afirmando que as medidas de Moraes violam a liberdade de expressão. “Ordenei a revogação de visto para Moraes e seus aliados na corte, assim como para familiares diretos, imediatamente”, declarou o secretário pouco antes.

O político também afirmou que o Supremo brasileiro promove uma “caça às bruxas política” contra Jair Bolsonaro e que isso atinge tanto brasileiros quanto americanos.

A decisão ocorreu no mesmo dia em que endereços ligados a Bolsonaro foram alvo de mandado de busca.

Após a operação, o ex-presidente passou a usar tornozeleira eletrônica por ordem do STF, sob acusação de articular ações com autoridades estrangeiras para interferir no Judiciário brasileiro. Bolsonaro também está proibido de se aproximar de embaixadas e de manter contato com diplomatas.

Fonte: DCM