Autoridades desmantelam ameaças em Caracas e Maturín; María Corina Machado é apontada como líder das conspirações
A Venezuela anunciou, no último sábado (9), que conseguiu desmantelar duas ameaças terroristas consideradas de alto nível. A informação foi divulgada pelo Ministério do Interior, Justiça e Paz e confirmada pelo ministro Diosdado Cabello. Segundo reportagem da Telesur, as ações coordenadas resultaram na apreensão de armamento pesado, de explosivos e na prisão de dezenas de suspeitos ligados à oposição de extrema direita e a atores estrangeiros.
Uma das tentativas mais elaboradas foi frustrada em 23 de junho, quando um explosivo seria detonado na Plaza Venezuela, em Caracas, às 11h32 (horário local). O alvo era o Monumento à Vitória da Grande Guerra Patriótica contra o Nazismo, local de grande valor simbólico e de intensa circulação de pessoas e veículos.
De acordo com as autoridades, o artefato era composto por três quilos de TNT escondidos em uma mochila. O método de acionamento remoto usava um telefone celular analógico, projetado para escapar das redes digitais e dificultar o rastreamento imediato.
A investigação identificou José Daniel García Ortega como principal executor do plano, contratado por US$ 20 mil para plantar o explosivo. Graças a informações vazadas por figuras da própria oposição, a inteligência venezuelana monitorou os movimentos de García Ortega, desativou a bomba antes da explosão e o prendeu no estado de Táchira, quando ele tentava fugir para a Colômbia.
Até agora, 13 pessoas foram detidas por envolvimento no complô, incluindo “El Titi”, cidadão colombiano e membro do Cartel de La Guajira. Segundo o governo, há vínculos desses grupos com o narcotráfico colombiano e a máfia albanesa-equatoriana.
Operação em Maturín
Em 9 de agosto, Cabello também anunciou a neutralização de uma base logística em Maturín, no estado de Monagas, no leste do país. Ao todo, 21 suspeitos foram presos.
Segundo o ministro, a estrutura desmantelada estava preparada para coordenar ataques com explosivos contra infraestruturas estratégicas, como energia, transporte e comunicações. O arsenal incluía munição de alto calibre e fuzis de longo alcance, o que indicaria intenção de realizar operações prolongadas ou até de ocupar áreas específicas.
Cabello foi categórico ao apontar os responsáveis: “Essas conspirações estão ligadas à oposição de extrema direita e são sempre, sempre dirigidas pelo governo dos Estados Unidos”, declarou.
Ele acusou diretamente a líder da extrema direita María Corina Machado de dirigir as tramas, organizando unidades violentas clandestinas com apoio de setores extremistas ligados à administração do presidente dos EUA, Donald Trump.
As autoridades ressaltaram ainda que o narcotráfico e gangues internacionais participam desse “ecossistema criminoso global” que, segundo o governo, tenta usar a Venezuela como palco de desestabilização política.
O Executivo venezuelano reiterou seu compromisso de combater o crime organizado e o terrorismo, destacando que operações antinarcóticos e ações de inteligência seguirão sendo prioridade para garantir paz e segurança no país diante de ameaças internas e externas.
Fonte: Brasil 247
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