Ciro tem sido apontado por integrantes da oposição como o nome mais forte para liderar um bloco que reúne o União Brasil de Capitão Wagner e o PL
O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes confirmou seu retorno ao PSDB, movimento que reacendeu especulações sobre uma possível candidatura ao governo do Ceará em 2026. A informação foi divulgada pelo jornal O Povo, que apurou junto a aliados que a negociação contou com articulação direta do ex-senador Tasso Jereissati e teve aval do presidente nacional tucano, Marconi Perillo, que conversou por telefone com Ciro nesta sexta-feira (8).
Embora publicamente negue qualquer intenção de voltar a disputar cargos, Ciro tem sido apontado por integrantes da oposição como o nome mais forte para liderar um bloco que reúne o União Brasil de Capitão Wagner e o PL, partido ligado ao grupo bolsonarista no estado. O político afirma apoiar o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que deixou o PDT e deve ingressar no União Brasil, mas ainda sem oficialização.
O ex-governador encerra, assim, uma trajetória de 10 anos no PDT, legenda pela qual concorreu à Presidência da República em 2018 e 2022. Internamente, porém, parte do grupo oposicionista vê Ciro com mais chances eleitorais que Roberto Cláudio, considerado bem aceito pela direita, mas com menor potencial de vitória frente à base governista.
As tratativas para formação do bloco de oposição avançaram ao longo do primeiro semestre. Ciro chegou a receber elogios de figuras do PL, como o deputado federal André Fernandes, após sinalizar apoio à candidatura de Alcides Fernandes ao Senado. No entanto, o clima azedou há três semanas, quando o ex-ministro divulgou um vídeo criticando a família Bolsonaro, o que levou André a anunciar que o partido teria candidato próprio ao governo. Desde então, lideranças como Alcides e o deputado federal Dr. Jaziel (PL) tentam reaproximar o grupo.
A volta ao PSDB acontece em um momento de reconstrução da legenda, que recentemente descartou fusões ou incorporações a outros partidos. Ciro já havia sido filiado ao PSDB entre 1990 e 1997, período em que foi eleito governador do Ceará e, posteriormente, rompeu com a sigla durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Ao longo de sua carreira, passou por sete partidos diferentes — o retorno ao PSDB marca a oitava legenda em sua trajetória, considerando as duas passagens.
A confirmação oficial da filiação deve ocorrer nas próximas semanas e poderá redefinir o tabuleiro político cearense, com a possibilidade de uma aliança ampla entre forças que historicamente estiveram em campos opostos.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário