segunda-feira, 5 de maio de 2025

VÍDEO: Marinha Americana explode veleiro brasileiro que transportava cocaína

 

Marinha Americana abate veleiro brasileiro com três toneladas de cocaína em alto-mar. Foto: Reprodução

Imagens divulgadas mostram um veleiro brasileiro sendo abatido pela Marinha dos Estados Unidos em alto-mar, nas proximidades do continente africano. A embarcação estava envolvida no tráfico internacional de drogas e transportava cerca de três toneladas de cocaína, segundo informações da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.

O episódio ocorreu em fevereiro de 2023 e marcou o início da Operação Narco Vela, deflagrada pela Polícia Federal na última semana.

A interceptação e apreensão da droga foram conduzidas pela Marinha norte-americana, mas outras remessas também foram localizadas e confiscadas em águas internacionais por forças de segurança de diferentes países, como a Guarda Civil da Espanha e a Marinha da França.

Nas imagens, é possível ver o veleiro sendo alvejado por diversos disparos, seguido de uma explosão que atinge parte da embarcação.


◉ Operação da PF

De acordo com o delegado federal Osvaldo Scalezi Júnior, a organização criminosa desmantelada pela operação recrutava pescadores para transportar drogas até o alto-mar, onde os entorpecentes eram transferidos para embarcações de maior porte com destino ao exterior.

A ação, realizada na última terça-feira (29), resultou na prisão de mais de 20 pessoas. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 mandados de busca e apreensão, em uma operação coordenada que se estendeu por cinco estados brasileiros e três países: Estados Unidos, Itália e Paraguai.

◉ O esquema

O esquema de tráfico tinha como destinos principais os continentes europeu e africano, utilizando equipamentos de rastreamento por satélite e embarcações de longo curso, como barcos e veleiros. O núcleo principal da organização estava localizado na Baixada Santista.

De acordo com o delegado, a PF descobriu que muitos dos envolvidos já possuíam experiência no tráfico internacional de drogas. Eles recrutavam pescadores, oferecendo grandes quantias financeiras em troca de participação no esquema. “Eram cooptados pelo tráfico com a promessa de ganho de valores altos”, explicou o delegado.

A organização mantinha um ponto de armazenamento no litoral da Baixada Santista, onde as drogas eram acondicionadas em lanchas rápidas. Essas embarcações transportavam os entorpecentes até o alto-mar, onde eram transferidos para barcos maiores, como pesqueiros e veleiros, que realizavam as travessias transoceânicas.

No alto-mar, conforme detalhado pelo delegado, os entorpecentes eram transferidos para embarcações menores, que realizavam o transporte até as costas africanas ou as Ilhas Canárias, onde outras lanchas rápidas faziam o resgate da droga, levando-a até o continente.

“Chegando-se próximo à costa africana ou da parte ali das Ilhas Canárias, elas se encontraram com outras embarcações menores, lanchas rápidas que realizavam o resgate dessa droga e levavam até o continente”, concluiu Scalezi.

◉ Empresário preso

O empresário Rodrigo Morgado, investigado na Operação Narco Vela, teve mandados de busca e apreensão cumpridos em diversos endereços em Santos, Bertioga e São Paulo. Ele foi preso na capital paulista após a Polícia Federal encontrar uma arma dentro de sua Lamborghini.


Rodrigo Morgado foi preso pela PF durante uma operação contra o tráfico internacional e teve veículos apreedidos — Foto: Reprodução/Instagram e divulgação PF

Rodrigo Morgado foi preso pela PF durante uma operação contra o tráfico internacional e teve veículos apreendidos. Foto: Reprodução/Instagram e divulgação PF

Em depoimento à PF, Morgado justificou a presença da arma no veículo, alegando “falta de atenção”. Segundo ele, a arma estava no carro porque ele teve que ir a São Paulo às pressas, na madrugada de segunda-feira (28), para internar seu filho no Hospital Albert Einstein.

Após ser preso, Morgado teve a prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada na quarta-feira (30), no Fórum da Barra Funda. Na decisão, o juiz Antônio Balthazar de Mato destacou que o empresário está envolvido em investigações relacionadas a tráfico internacional de drogas, ameaça e vias de fato, considerando-o um risco à sociedade.

Fonte:  DCM com informações da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo

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