sexta-feira, 2 de maio de 2025

Francisco estancou sangria católica no Brasil e 42% querem outro papa progressista, diz Atlas Intel

 

Papa Francisco em sua visita ao Brasil em 2013
Pesquisa feita pela consultoria Atlas Intel avaliou a popularidade do Papa Francisco com os brasileiros. Morto em 21 de abril em decorrência de problemas respiratórios, Francisco conquistou o coração do Brasil: 66% avaliaram o pontificado do argentino como ótimo ou bom. Apenas 15,2% consideraram seu mandato no Vaticano como ruim ou péssimo.

O pontificado de Francisco teve duas outras consequências: os brasileiros querem outro papa progressista e sua gestão à frente da Igreja Católica ajudou a estancar a sangria da perda de fieis pela instituição para as igrejas evangélicas no Brasil.

De acordo com 42% dos entrevistados, o próximo chefe da igreja de Roma deve ser progressista. Para 31%, o sucessor de Francisco deve ser conservador; para 18%, ele deve ter um postura intermediária e outros 9% não souberam responder.

Também por conta do primeiro pontífice sul-americano, a Igreja Católica percebeu queda no ritmo de perda de fieis. Com o crescimento das igrejas evangélicas a partir de 1980, a Igreja Católica perdia 1% dos fieis a cada ano. Nos 12 anos de pontificado de Francisco, essa queda foi de apenas 0,5% ao ano.

Papa Francisco beijando a imagem de Nossa Senhora da Aparecida, padroeira do Brasil, em 2013. Reprodução
Essa perda de espaço é sentida pelos fieis: 57% acham que a Igreja Católica perdeu influência no Brasil nos últimos anos e 18% acham que a entidade ganhou espaço no país. Já para 19%, a influência da Igreja Católica permaneceu inalterada em nosso país.

Conforme 50% dos entrevistados pela Atlas Intel, a religião, independente de qual seja, não deve influenciar as decisões políticas no país. 24% dizem que as decisões devem ser influenciadas pela religião e outros 25% acreditam que isso depende do contexto do tema a ser discutido.

Quando o assunto é a religiosidade em si, 42% acham que o Brasil ficou menos religioso. Outros 35% acham que há mais religiosidade no pais e 17% acham que o cenário permaneceu inalterado. Já 5% dos entrevistados não opinaram.

Fonte: DCM

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