sábado, 3 de maio de 2025

Ala do PDT quer usar crise do INSS para “ressuscitar” Ciro Gomes

Saída de Carlos Lupi do governo por escândalo no INSS reacende debate sobre candidatura presidencial de Ciro em 2026

Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes 29/09/2022 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

Uma corrente interna do PDT avalia que a iminente saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, do governo Lula pode abrir caminho para a retomada do protagonismo de Ciro Gomes na política nacional. A informação foi divulgada originalmente pelo portal Metrópoles, em reportagem da coluna de Igor Gadelha.

Segundo aliados de Ciro dentro do partido, a crise que envolve o escândalo dos descontos ilegais nos benefícios de aposentados pelo INSS enfraqueceu Lupi e tornou insustentável sua permanência no cargo. Com a saída de Lupi, parlamentares e dirigentes pedetistas enxergam a oportunidade de apresentar uma candidatura própria à Presidência da República em 2026, com Ciro Gomes mais uma vez à frente.

A tarefa principal será convencer Ciro a voltar ao páreo. O ex-ministro e ex-governador do Ceará, que disputou o Planalto nas últimas quatro eleições, vinha sinalizando cansaço com o processo eleitoral e mantendo distância dos holofotes. No entanto, aliados acreditam que os números de pesquisas recentes podem ser um trunfo para mudar sua posição.

No levantamento Datafolha de abril, Ciro Gomes aparece com 19% das intenções de voto em um cenário sem o presidente Lula e sem o ex-presidente Jair Bolsonaro. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), marca 16%, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), figura com 15%. Na análise dos pedetistas, o empate técnico com Tarcísio mostra que Ciro ainda tem potencial competitivo — principalmente em um ambiente sem os líderes polarizadores das últimas eleições. Apesar da turbulência, a estratégia do presidente Lula é manter o PDT em sua base aliada.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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