segunda-feira, 16 de junho de 2025

Congresso trava revisão de privilégios e barra aumento de impostos enquanto exige disciplina fiscal do governo

Congresso Nacional empareda o governo federal forçando corte de gastos com benefícios sociais

       Hugo Motta e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Enquanto o Congresso Nacional impõe ao governo federal a exigência de reduzir despesas e manter uma política de austeridade sem elevar impostos, projetos que tratam justamente do enxugamento de gastos — sem qualquer impacto tributário — continuam bloqueados pelos próprios parlamentares. A postura revela uma contradição crescente: cobra-se disciplina fiscal, mas se evita enfrentar privilégios consolidados nos Três Poderes.

Segundo reportagem do Metrópoles, entre os exemplos mais claros desse impasse estão o projeto que combate os chamados “supersalários” no serviço público e a proposta do governo Lula que muda regras da aposentadoria dos militares. Nenhum dos dois textos propõe aumento de tributos, mas ambos seguem travados no Legislativo, sem perspectiva de avanço.

O projeto que visa combater os salários que ultrapassam o teto constitucional do funcionalismo público tramita no Congresso desde 2016. Aprovado pela Câmara dos Deputados em 2021, o texto encontra-se parado no Senado Federal. A proposta define critérios para limitar os “penduricalhos” — gratificações e benefícios que inflacionam os contracheques de servidores — e impõe a obediência ao teto salarial em todos os Três Poderes.

Mesmo sendo uma medida de ajuste fiscal sem impacto tributário, a proposta enfrenta forte resistência de setores organizados do Judiciário, Legislativo e Executivo. A falta de avanço revela a dificuldade de o Congresso abrir mão de privilégios internos, mesmo diante da exigência de austeridade imposta ao Executivo.

Outra iniciativa emperrada é o projeto do governo que altera as regras da previdência dos militares. Atualmente, integrantes das Forças Armadas não têm idade mínima para aposentadoria — bastam 35 anos de serviço. Para corrigir essa distorção, o Planalto propôs, em dezembro de 2024, a fixação da idade mínima de 55 anos. Apesar de fazer parte do pacote de ajuste fiscal, a medida segue sem qualquer despacho na Câmara dos Deputados há mais de seis meses.

Reunião com Lula expõe impasse sobre aumento de tributos - O presidente Lula foi alertado por lideranças do Congresso, no sábado (14), de que não há “clima político” para aprovar aumento de impostos, relata Valdo Cruz, do g1. O aviso foi dado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-PA), que indicaram disposição para colaborar com o ajuste fiscal, mas sem mexer em tributos.

A sinalização de endurecimento da base aliada veio na esteira da repercussão negativa do decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Medida Provisória que aumentou o Imposto de Renda sobre aplicações financeiras. Ambos os atos do Ministério da Fazenda causaram reação imediata dos líderes partidários, que agora pressionam o governo a revogar os dispositivos.

Mesmo governistas admitem que não há ambiente político para votar qualquer majoração de tributos no ano pré-eleitoral. A expectativa é que o debate sobre o mérito da proposta que anula o aumento do IOF só volte após o recesso de São João, enquanto os líderes defendem que o governo aprove esse tempo para rever gastos.

Nos bastidores, a equipe econômica já alerta que, sem a arrecadação prevista pelas novas medidas, será necessário adotar novos contingenciamentos, inclusive em emendas parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Autoridades brasileiras iniciam retirada de Israel rumo à Jordânia, diz Carlos Viana

Segundo o senador, há a expectativa de que nove integrantes do grupo cheguem à Jordânia e, de lá, sigam viagem para a Arábia Saudita

Prefeitos brasileiros abrigam-se em bunker em Tel Aviv, na última sexta-feira - 13/06/2025 (Foto: reprodução/X)

Parte da delegação de prefeitos e autoridades brasileiras que está atualmente em Israel iniciou a retirada em direção à fronteira com a Jordânia. O deslocamento acontece em meio ao conflito entre Israel e o Irã. A informação, segundo o g1, foi divulgada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, nesta segunda-feira (16).

O parlamentar relatou que a missão era composta por 13 pessoas, mas uma delas desistiu de prosseguir após os bombardeios registrados ao longo do trajeto. Por motivos de segurança, tanto os horários quanto os itinerários do deslocamento estão sendo mantidos em sigilo.

Ainda de acordo com Viana, há a expectativa de que nove integrantes do grupo cheguem à Jordânia e, de lá, sigam viagem para a Arábia Saudita. Paralelamente, a embaixada de Israel teria assumido o compromisso de garantir a entrega dos brasileiros em segurança até a fronteira jordaniana. A diplomacia israelense também estaria conduzindo negociações para uma possível retirada via Egito.

Atualmente, estima-se que ao menos 47 representantes do Brasil estejam em solo israelense. O ritmo da retirada, no entanto, depende diretamente do agravamento ou da estabilização do conflito na região.

Viana afirmou ainda que há preocupação com os turistas que estão no país. Segundo a reportagem, o grupo parlamentar solicitou à embaixada de Israel um levantamento detalhado do número de brasileiros que permanecem no país com visto de turismo, com o objetivo de avaliar a necessidade de uma operação de resgate com aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Jornalista presa por homofobia em shopping foi apresentadora na Globo

Adriana Ramos, que passou por emissoras como EPTV, Record e TV Cultura, foi detida após insultar publicitário com ofensas homofóbicas em São Paulo

Agressora de 61 anos foi detida em flagrante após chamar a vítima de "bicha nojenta" em cafeteria do shopping Iguatemi (Foto: Reprodução)

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, foi presa em flagrante neste sábado (14) após proferir ofensas homofóbicas contra o publicitário Gabriel Galluzzi Saraiva, de 39 anos, durante uma discussão em um café do Shopping Iguatemi, em São Paulo. As informações são do Metrópoles.

Adriana tem um longo histórico na televisão brasileira, com passagens por emissoras como EPTV, afiliada da TV Globo em Campinas, TV Cultura, Record, RIT TV e Globo São Paulo. Durante as décadas de 1980 e 1990, atuou como repórter e apresentadora de telejornais regionais da Globo em São José do Rio Preto. Atualmente, segundo suas redes sociais, trabalha na área de assessoria de imprensa.

O episódio que levou à prisão ocorreu quando, de acordo com a vítima, Adriana discutia em tom exaltado com uma funcionária do café. Gabriel, que presenciou a cena, relatou ter tentado intervir pedindo que a jornalista se acalmasse. "Era por volta de 15h30. Uma senhora sentada na mesa do lado começou a pedir pela conta, descontrolada, falando bem alto ‘eu quero minha conta’, ‘eu quero ir embora’. A moça fez um sinal de que já iria. Daí intervi, falei ‘calma, ela já virá, já deu o sinal’. Então, ela se descontrolou, começou a me atacar diretamente”, afirmou Gabriel à TV Globo.

Durante a confusão, Adriana foi filmada ofendendo Gabriel com termos homofóbicos, chamando-o de "bicha nojenta". O vídeo, que circulou nas redes sociais, registra o momento em que a jornalista, visivelmente alterada, profere as ofensas. Em seu depoimento à polícia, Gabriel disse ainda que a agressora o chamou de "pobre" e até mesmo de "assassino".

A testemunha Giulia Podgaic, que também estava no local, confirmou a versão do publicitário: “Ouvi a mulher gritar com a funcionária do café, pedindo a conta, falando que queria ir ao banheiro, gritando. Aí, a vítima pediu para a senhora se acalmar, disse ‘se acalma, ela já vai vir’, e aí ela começou a falar um monte, ofender ele de todos os jeitos, falar ‘pobre’, ‘bicha’, todas as palavras de baixo calão possíveis... ‘bicha nojenta’, ‘pobre’, ‘você não deveria estar aqui’”. Giulia ainda descreveu a situação como "horrível" e "constrangedora".

Já em entrevista à TV Globo, Adriana apresentou uma versão diferente dos fatos, afirmando que, no momento da confusão, estava ao telefone e se sentiu provocada: “Eu estava ao telefone, eu vou ser operada no dia 27 do joelho, vou colocar uma prótese [...]. Estou muito ansiosa, muito nervosa, comecei a chorar ao telefone. E esse grupo que estava ao lado começou a rir. Quando eles começaram a rir, eu desliguei o telefone, levantei o braço e pedi a conta. Falei 'por favor, traz a conta, eu quero ir embora'".

A jornalista também alegou ter sido vítima de etarismo: "Eles estavam rindo de mim, falaram que eu tinha que ser anestesiada [...] Aí, ele se manifestou, disse 'fala baixo', 'cala a boca'. [...]. Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de 'boiola'. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de 'velha'. [...] Sim, me arrependo."

A Polícia Militar foi acionada e conduziu a jornalista ao 14º Distrito Policial de Pinheiros, onde o caso foi registrado como injúria. A Secretaria da Segurança Pública confirmou a prisão em flagrante: “Uma mulher de 61 anos foi presa em flagrante na tarde de sábado (14), em um shopping na Avenida Brigadeiro Faria Lima, zona sul da capital. Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, no local, constataram que a mulher havia proferido ofensas homofóbicas a um homem, de 39 anos.”

Em nota oficial, o Shopping Iguatemi lamentou o episódio: “O shopping lamenta a ocorrência entre os dois clientes em uma das suas operações, esclarece que prestou todo o apoio necessário e segue à disposição das autoridades competentes. O empreendimento reforça que o respeito à diversidade — em todas as suas formas — é um valor inegociável e repudia qualquer ato de discriminação e intolerância.”

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Brasil recicla 410 mil toneladas de embalagens pets

Pesquisa revela aumento de 14% na reciclagem de pets em 2024, mas setor ainda está distante de atingir sua capacidade plena

       Reciclagem de garrafas pet (Foto: Agência Brasil )

A indústria brasileira de reciclagem de Polietileno Tereftalato (PET) registrou o reaproveitamento de cerca de 410 mil toneladas de embalagens em 2024, conforme dados do Censo da Reciclagem do PET no Brasil, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet).

O volume representa um crescimento de 14% em relação às 359 mil toneladas registradas no censo anterior, em 2022, e reforça a tendência de evolução da cadeia, impulsionada por políticas de circularidade, avanços tecnológicos e aumento da conscientização ambiental. O PET pós-consumo continua a ser o material plástico mais reciclado do país, com um índice de reaproveitamento que ultrapassa os 56%, conforme a associação.

Apesar do avanço, o resultado ainda está longe do potencial total de reaproveitamento. A indústria de reciclagem de PET instalada no país opera, em média, com 23% de ociosidade. A Abipet afirma que o percentual pode chegar a picos de até 40% em algumas regiões.

Para a associação, essa limitação está diretamente relacionada à baixa eficiência da coleta seletiva no Brasil, que cobre apenas uma parcela restrita dos centros urbanos. O presidente executivo da entidade, Auri Marçon, alerta que a cadeia produtiva já opera “no seu limite” diante da escassez de matéria-prima reciclável, mesmo com toneladas de embalagens ainda sendo descartadas em aterros ou no meio ambiente.

◎ Gargalos produtivos podem ser sanados com gestão - Para atingir novos patamares de eficiência, a indústria de reciclagem precisa avançar na gestão de processos. A automação industrial com ERP é apresentada como alternativa para superar gargalos produtivos.

De acordo com informações da Nomus, empresa que atua no desenvolvimento de softwares para indústrias, a introdução desses sistemas ajuda a otimizar a operação, reduzir perdas e também permite o planejamento da demanda.

Esse tipo de sistema também facilita o cumprimento das exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), como a obrigatoriedade de reciclagem de ao menos 30% das embalagens até o final de 2025 e 50% até 2040.

Além da tecnologia, ferramentas comuns do dia a dia seguem como necessárias para a operação. É aí que se entende, na prática, para que serve a planilha de controle de produção: ela funciona como um instrumento básico para registrar volumes processados, calcular perdas, identificar gargalos e acompanhar a produtividade diária.

◎ Políticas públicas e incentivos fortalecem a logística reversa - O avanço da reciclagem de PET no Brasil ocorre em meio a um arcabouço regulatório que busca criar condições para que mais embalagens sejam coletadas e reaproveitadas. A PNRS estabelece a logística reversa como instrumento para assegurar o fluxo adequado de materiais pós-consumo.

Essas metas não se limitam ao papel. As portarias publicadas em 2024, como GM/MMA nº 1.011 e 1.102, impõem critérios mais rigorosos para a qualificação de entidades gestoras e verificadores. Também exigem presença nacional progressiva, capacidade técnica comprovada e sistemas eletrônicos de informação.

Além disso, o Decreto nº 11.413/2023 criou os Certificados de Crédito de Reciclagem de Logística Reversa (CCRLR), os Certificados de Estruturação e Reciclagem de Embalagens (CERE) e os Certificados de Crédito de Massa Futura, instrumentos que atribuem valor econômico direto ao material reciclado. O objetivo é tornar a venda de PET pós-consumo mais atrativa, sobretudo para catadores e cooperativas.

◎ Inovação tecnológica e parcerias impulsionam o setor - O cenário brasileiro de reciclagem de PET também se beneficia de investimentos em tecnologia e de parcerias que visam elevar a qualidade e a escala da produção de resina reciclada (rPET). A Valgroup, maior recicladora de plásticos da América Latina, processa atualmente 145 mil toneladas de RPET anualmente no Brasil, México e Espanha.

Em 2024, a empresa adquiriu a operação de reciclagem de 3 Rios Fibras e Resinas, em Poços de Caldas (MG), com o compromisso de ampliar sua capacidade de produção de RPET de grau alimentício por meio do sistema bottle-to-bottle, que já responde por 37% do PET reciclado no país.

A aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso desse rPET em contato direto com alimentos, obtida pela Valgroup em 2008, garante às indústrias de bebidas a confiança necessária para reduzir a dependência de resina virgem.

No mesmo ritmo, o ALPLA Group anunciou, em janeiro deste ano, a ampliação de sua unidade brasileira para incluir processamento de HDPE, somando esforços para diversificar o leque de materiais recicláveis no país. A empresa conta com capacidade instalada de reciclagem de, aproximadamente, 389 mil toneladas de PCR (plástico pós-consumo) em sua rede internacional.

Fonte: Brasil 247

IGP-10 passa a cair 0,97% em junho com recuo de matérias-primas brutas

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência

      Supermercado. Foto: Divulgação

Reuters - O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) passou a recuar 0,97% em junho, em resultado puxado pelo recuo dos preços de matérias-primas brutas, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

Analistas consultados pela Reuters esperavam uma baixa de 1,06% na base mensal, após variação negativa de 0,01% em maio. Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 5,62%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 1,54% em junho, depois de cair 0,17% no mês anterior.

"Com o avanço das colheitas e os resultados positivos da safra, os preços do milho em grão registraram forte recuo neste mês – movimento que impactou diretamente o IPA, levando-o a uma queda significativa", disse Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

Na análise por grupos, a queda no IPA veio na esteira do recuo dos preços de Matéria-Primas Brutas, que tiveram deflação de 2,98% em junho, depois de caírem 1,09% no mês anterior.

Entre os itens com as maiores quedas no mês no IPA, estavam o milho em grão (-16,21%, de -5,36% antes), bovinos (-4,50%, de +3,27% antes), café em grão (-5,79%, de -0,41% antes) e farelo de soja (-8,35%, de +4,36% antes).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, teve alta de 0,28% no mês, desacelerando em relação ao avanço de 0,42% em maio.

"No varejo, o grupo alimentação desacelerou, com destaque para a queda nos preços de ovos, tomate e arroz", apontou Dias.

No IPC, houve decréscimo em cinco das oito classes que compõem o índice: Alimentação (0,53% para 0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,08% para 0,44%), Despesas Diversas (1,15%para 0,14%), Vestuário (0,66% para 0,51%) e Transportes (-0,07% para -0,08%).

O tomate e os ovos foram os itens de maior destaque para a desaceleração do IPC em junho, caindo 8,25% e 6,87%, respectivamente, ante a alta de 4,10% e a baixa de 1,99% no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), por sua vez, passou a subir 0,87% em junho, depois de um avanço de 0,43% em maio.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Bolsa Família chega a 20,5 milhões de lares a partir desta segunda

Valor médio do repasse é de R$ 666, a partir de um investimento de R$ 13,6 bilhões

      (Foto: Lyon Santos/MDS )

O pagamento do Bolsa Família referente ao mês de junho de 2025 tem início nesta segunda-feira (16), alcançando 20,49 milhões de famílias em todo o país. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o valor médio do benefício neste mês é de R$ 666. O investimento total do governo federal no programa chega a R$ 13,64 bilhões.

O repasse segue o calendário tradicional, conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS), e se estende até o dia 30 de junho. Em situações emergenciais, 30 municípios de seis estados — São Paulo, Paraná, Sergipe, Amazonas, Roraima e Alagoas — recebem o valor integral logo no primeiro dia. Nesses locais, afetados por enchentes, secas e outros desastres, 175 mil famílias serão beneficiadas com a antecipação do pagamento.

◆ Auxílio Gás e complementos - O governo federal também garante o pagamento do Auxílio Gás a 5,3 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. O valor de R$ 108, correspondente a um botijão de 13 quilos de gás GLP, será repassado seguindo o mesmo cronograma do Bolsa Família, com investimento total de R$ 579 milhões.

Além do benefício principal, o programa inclui complementos voltados para públicos prioritários. Neste mês, mais de 8,7 milhões de crianças de zero a seis anos recebem o adicional de R$ 150 por meio do Benefício Primeira Infância, totalizando R$ 1,23 bilhão em recursos. Outros adicionais de R$ 50 são destinados a 678 mil gestantes, 260 mil nutrizes (mães que amamentam) e 15,3 milhões de crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. O valor reservado para essas três faixas é de R$ 738 milhões.

◆ Atenção a grupos específicos - O Bolsa Família também foca em grupos sociais específicos e historicamente vulneráveis. Em junho, o programa contempla: 

    ● 242 mil famílias indígenas
    ● 283 mil famílias quilombolas
    ● 380 mil famílias de catadores de materiais recicláveis
    ● 238 mil famílias com pessoas em situação de rua
   61 mil famílias com integrantes resgatados de trabalho análogo à escravidão

Esses grupos estão entre os prioritários na nova estrutura do programa.

◆ Perfil dos beneficiários - Os dados mostram que a maioria dos responsáveis familiares é composta por mulheres: 17,1 milhões de titulares, o equivalente a 83,7%. Ao todo, 31,3 milhões de mulheres são atendidas em junho, o que representa 58,3% dos beneficiários. A população preta e parda é predominante, somando 39,2 milhões de pessoas, ou 73% do total.

Outro destaque é a chamada Regra de Proteção, que garante a permanência de famílias no programa por até dois anos mesmo após o ingresso no mercado formal de trabalho. Nesse caso, o valor do benefício é reduzido à metade. Em junho, essa regra atende 3 milhões de famílias.

◆ Distribuição regional e por estado - O Nordeste concentra a maior parcela de beneficiários em junho: 9,4 milhões de famílias e um investimento de R$ 6,24 bilhões. Em seguida aparecem o Sudeste (5,92 milhões de famílias; R$ 3,86 bilhões), o Norte (2,62 milhões; R$ 1,83 bilhão), o Sul (1,44 milhão; R$ 947,4 milhões) e o Centro-Oeste (1,10 milhão; R$ 738,33 milhões).

Entre os estados, a Bahia lidera com 2,46 milhões de famílias contempladas, seguida por São Paulo com número equivalente. Outros estados com mais de um milhão de beneficiários são Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará e Maranhão.

◆ Maiores valores médios - Roraima apresenta o maior valor médio por família em junho: R$ 732. Amazonas (R$ 722) e Acre (R$ 714) aparecem na sequência. Já no recorte por município, Uiramutã (RR) lidera com R$ 1.016 de valor médio para suas 2.218 famílias atendidas. Em seguida vêm Campinápolis (MT), Santo Antônio do Içá (AM) e Santa Rosa do Purus (AC), com valores que superam os R$ 880.

Fonte: Brasil 247

Lula viaja hoje ao Canadá para a Cúpula do G7 com foco em segurança energética e COP-30

Presidente brasileiro participará da sessão ampliada do encontro com líderes do Sul Global e discutirá temas estratégicos para a conferência do clima
          Geraldo Alckmin e Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca nesta segunda-feira (16) para o Canadá, onde participará, na terça (17), da 51ª Cúpula do G7 — o grupo das sete economias mais industrializadas do planeta. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os debates deste ano darão destaque ao tema da segurança energética, com ênfase em tecnologia, inovação e o fortalecimento de cadeias produtivas de minerais críticos, destaca reportagem da Agência Brasil.

Além dos países membros do G7 — Estados Unidos, Itália, França, Reino Unido, Japão, Canadá e Alemanha —, a cúpula contará com uma sessão ampliada, reunindo líderes convidados de nações como Brasil, África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.

O secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, embaixador Mauricio Lyrio, ressaltou que os assuntos tratados no encontro do G7 têm forte conexão com os temas centrais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que será realizada em novembro deste ano, na cidade de Belém, no Pará.

“A participação do presidente Lula será uma oportunidade para que o presidente possa falar também da organização da COP-30 e possa convidar outros países (para o evento)”, afirmou Lyrio

O diplomata explicou que a agenda energética no G7 deverá abordar a diversificação de fontes, o financiamento de infraestrutura sustentável e a integração de tecnologias limpas às cadeias produtivas — temas que estarão igualmente no centro das discussões da COP-30.

A presença de Lula no evento ocorre a convite do primeiro-ministro canadense Mark Carney, que assumiu recentemente o cargo após eleições antecipadas no país. Está prevista uma reunião bilateral entre os dois chefes de Estado no dia 17, à margem da cúpula.

A participação brasileira ganha importância estratégica, tanto pela relevância dos temas tratados como pela projeção internacional da próxima COP. O Itamaraty vê a presença de Lula como uma ocasião valiosa para reforçar a liderança do Brasil na agenda ambiental e climática global, além de aprofundar o diálogo com potências industriais e economias emergentes sobre transição energética justa e desenvolvimento sustentável.

Ao lado de outros países do Sul Global, o Brasil busca ampliar sua voz em fóruns multilaterais como o G7, especialmente em debates que tratam de financiamento climático, acesso a tecnologias e equidade na transição ecológica. A expectativa é que o encontro sirva também para articular compromissos em comum entre os países em desenvolvimento na preparação para a COP-30.

Entre os pontos centrais das discussões estarão também a geopolítica dos recursos energéticos e os desafios colocados pela instabilidade internacional, que afeta diretamente os fluxos de investimento em energia limpa. Nesse contexto, a presença do presidente dos EUA, Donald Trump, adiciona um componente geopolítico de peso às negociações multilaterais do G7.

O Brasil, segundo assessores do governo, pretende reafirmar sua posição em defesa de uma governança ambiental inclusiva, que leve em conta os diferentes níveis de desenvolvimento dos países e reconheça os esforços históricos das nações do Sul na preservação ambiental.

Ao se colocar como anfitrião da próxima grande conferência climática, o país busca demonstrar capacidade de liderança e de articulação diplomática em meio a um cenário global fragmentado e polarizado.
Fonte: Brasil 247

Mercado reduz previsão de inflação para 2025, diz Boletim Focus

A projeção do PIB, por sua vez, subiu de 2,18% para 2,20%

Sede do Banco Central, em Brasília 22/02/2022 REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO)

Por Felipe Moreira, do Infomoney - As projeções dos analistas para a inflação neste ano foram revisadas para baixo pela terceira semana consecutiva, conforme divulgado no Relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira (16). A estimativa caiu de 5,44% para 5,25%.

A projeção do PIB, por sua vez, subiu de 2,18% para 2,20%.

A mediana para o câmbio em 2025 recuou de R$ 5,80 para R$ 5,77.

Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano permaneceu em 14,75% pela sexta semana consecutiva.

◎ Inflação

A projeção para inflação no próximo ano permaneceu em 4,50%. A projeção para 2027 ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa ficou em 3,85%.

Para o IGP-M, as projeções para 2025 caíram de 4,16% para 3,86%, enquanto a estimativa para 2026 caiu de 4,55% para 4,50%. Para 2027 e 2028, a projeção de inflação ficou em 4%.

As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 caiu de 4,55% para 4,34%. As projeções para 2026 subiram de 4,31% para 4,32%. Para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa ficou em 3,80%.

◎ Câmbio

Para 2026, a estimativa caiu de R$ 5,89 para R$ 5,80, enquanto a projeção para 2027 permaneceu em R$ 5,80. Para 2028, a projeção permaneceu em R$ 5,80.

◎ PIB

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 subiu de 1,81% para 1,83%. A projeção permaneceu ficou em 2,00% em 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 66 semanas.

◎ Selic

A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por 25 semanas.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Trama golpista: defesas de Bolsonaro e aliados têm até hoje para pedir novas diligências

Defesas podem perícias, acareações e imagens de segurança

         Paulo Gonet, Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro no STF - 10/06/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

Os advogados de Jair Bolsonaro e dos outros sete réus na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 têm até esta segunda-feira (17) para apresentar pedidos de diligências complementares ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a rádio CBN,entre as medidas que devem ser solicitadas pelas defesas estão acareações entre investigados, perícias em documentos e provas colhidas, além do acesso a novas imagens de segurança dos locais apontados pelo tenente-coronel Mauro Cid — delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — como cenário de reuniões entre os envolvidos na trama. Caberá ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, decidir se autoriza ou não as diligências. Caso acolha os pedidos, o andamento do julgamento poderá ser adiado.

A movimentação ganhou força após revelação publicada pela Veja, segundo a qual Cid teria usado um perfil no Instagram em nome de sua esposa para trocar mensagens com um aliado de Bolsonaro e vazar informações sobre o conteúdo de sua delação premiada. O militar, no entanto, nega que tenha feito uso do perfil. Moraes já determinou a apuração da autenticidade das mensagens.

Caso seja comprovada a veracidade das postagens, Cid pode perder os benefícios garantidos pelo acordo de colaboração, uma vez que se comprometeu a manter sob sigilo o teor dos depoimentos prestados. Apesar disso, os dados e elementos colhidos por meio da delação continuam válidos para o processo.

Ainda de acordo com a reportagem, a defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, avalia solicitar diligências para reforçar a tese de que a minuta do golpe encontrada em sua posse não corresponde à versão mencionada por comandantes militares. Outras defesas também planejam pedir acesso às imagens do circuito interno do Palácio da Alvorada, onde Bolsonaro teria se reunido com membros das Forças Armadas.

Caso o ministro Alexandre de Moraes rejeite as diligências, será aberto prazo para a apresentação das alegações finais, em três etapas: primeiro, o Ministério Público Federal; em seguida, a defesa do delator Mauro Cid; e por fim, os advogados dos demais réus. A expectativa é de que o julgamento na Primeira Turma do STF aconteça entre os meses de setembro e outubro.

Fonte: Brasil 247 com informações da rádio CBN

Polícia italiana já sabe o paradeiro de Carla Zambelli. Burocracia atrasa prisão

Deputada bolsonarista foi incluída na lista da Interpol e pode ser presa a qualquer momento

       Carla Zambelli (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

As autoridades italianas já identificaram o local onde a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está escondida na Itália, mas sua prisão ainda depende de trâmites judiciais naquele país. A informação foi divulgada por Lauro Jardim, do jornal O Globo, e reforça o que disse o embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca, durante entrevista à GloboNews na última sexta-feira (13).

Zambelli está foragida desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou sua prisão no início de junho. Ela foi condenada a 10 anos de reclusão por envolvimento na invasão do sistema de mandados de prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com um hacker. Em 5 de junho, seu nome foi incluído na chamada “difusão vermelha” da Interpol — uma notificação internacional usada para localizar e prender pessoas procuradas.

Na entrevista à GloboNews, o embaixador Renato Mosca afirmou que “ela poderia ser presa a qualquer momento”, o que indica que o governo brasileiro considera a prisão iminente. No entanto, ainda são necessárias autorizações da Justiça italiana para que a ação seja efetivamente executada.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Justiça reconhece perseguição a metalúrgicos na ditadura

Os sindicatos foram ocupados pelos “pelegos”, seus dirigentes perseguidos e muitos tiveram seus direitos políticos cassados, foram presos ou perseguidos

Militares ocupam as ruas após golpe de 1964 (Foto: Reprodução/TV Brasil)


Por Denise Assis (247) - Notícia veiculada em um informativo voltado para a área militar, dá conta de que a Justiça reconheceu perseguição a metalúrgicos durante a ditadura (1964/1985), obrigando à União a uma indenização por danos morais calculada em R$ 493 mil, por danos morais após reconhecimento da repressão a que foram submetidos e demissões arbitrárias nos anos de 1980.

A decisão foi homologada pelo Gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (Gabcon/TRF3) que estabeleceu acordos entre a União e dois metalúrgicos que foram perseguidos durante o regime militar, com despachos da coordenadora substituta do Gabcon, desembargadora federal Ana Iucker. Ambos os processos foram encaminhados em abril de 2025 ao gabinete para tentativa de conciliação.

Na época, o final da década de 1970, a repressão que atingiu os movimentos armados revolucionários, grupos radicais de esquerda e estudantes universitários que ousaram se rebelar contra os generais presidentes no período entre 1964 e 1985, se voltou também contra os movimentos sindicais.

Já quase no ocaso, no final do último governo, (João Figueiredo - de 1979 a 1985), quando os controles começavam a afrouxar, os metalúrgicos foram perseguidos e demitidos por participar de movimentos subversivos no final da década de 1970, e início dos anos de 1980. Nesse período, o do regime militar, os movimentos sindicais sofreram forte repressão e controle estatal, configurando um sindicalismo de Estado marcado pela intervenção direta do governo nas organizações dos trabalhadores.

Assim que houve a tomada do poder, com a deposição do presidente eleito democraticamente, João Goulart, em 1º de abril de 1964, o regime militar decretou a intervenção em centenas de sindicatos, federações e confederações, substituindo lideranças eleitas por interventores ligados ao governo, o que eliminou a autonomia sindical e restringiu severamente as atividades reivindicatórias e políticas dos sindicatos.

Os sindicatos foram ocupados pelos “pelegos”, seus dirigentes perseguidos e muitos tiveram seus direitos políticos cassados, foram presos ou perseguidos pela polícia política, especialmente pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), que monitorava e reprimia qualquer resistência sindical. A organização de greves foi proibida, e o direito de greve eliminado, com repressão violenta especialmente após o Ato Institucional nº 5 (AI-5).

De acordo com o boletim, “um dos processos chegou ao Judiciário em 2022. A ação foi ajuizada pela viúva de um metalúrgico que teria sofrido perseguição durante o regime militar, sob acusação de “participar de atividades subversivas”. Na década de 1980, o homem teve participação ativa em movimentos grevistas encabeçadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema/SP.

Segundo a viúva, a atuação sindical do falecido acarretou monitoramento político pelos órgãos oficiais do Estado e, em 1988, demissão arbitrária da empresa automobilística onde trabalhava”.

Ela solicitou indenização por danos morais devido ao trauma psicológico e graves problemas para a recolocação do esposo no mercado de trabalho, constrangimento ilegítimo e depreciação da sua imagem perante terceiros. Naquele período era comum a elaboração das “listas negras”, distribuídas nas empresas, o que impedia a recolocação.

Reconhecimento judicial da condição de anistiado político e pagamento de indenização - Ainda conforme a matéria do informativo, que não traz o nome dos metalúrgicos beneficiados com a decisão, “no ano de 2023, a Justiça Federal julgou improcedente o pedido e não reconheceu a condição de perseguido político do metalúrgico. A viúva recorreu ao TRF3. Após novos recursos, o processo foi encaminhado ao Gabcon.

Em 21 de maio deste ano, foi homologado o acordo em que a União se compromete a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 93 mil, mediante a imediata expedição de requisição de pequeno valor, reconhecendo a condição de anistiado político ao falecido”.

A outra ação foi proposta em 2023. O autor argumentou que atuava na antiga estatal Mafersa, fabricante de material ferroviário, em São José dos Campos/SP. O requerente relatou que, em meados de 1985, participou de movimento grevista, em defesa de direito dos trabalhadores, tendo sido por isso, monitorado e repreendido pelos órgãos governamentais no regime militar.

Alegou que foi vítima de sistemática perseguição, sumariamente demitido do emprego e incluído na “Lista Negra” das indústrias metalúrgicas, documento que dificultaria a recolocação de militantes sindicais no mercado de trabalho. Em 2012, foi declarado anistiado político pelo Ministério da Justiça e obteve pensão prevista na legislação.

No ano de 2024, a Justiça Federal julgou procedente o pedido para condenar a União ao pagamento de indenização por danos morais, acrescidos de correção monetária e juros moratórios. O ente federal recorreu ao TRF3. Após novos recursos, o processo foi encaminhado ao Gabcon.

Em 21 de maio deste ano, foi homologado acordo. A União se comprometeu a pagar indenização moral de R$ 400 mil, mediante a imediata expedição de requisição de pequeno valor ou precatório, encerrando o litígio.

“Considerando os dados constantes dos autos e ausente impedimento legal à celebração do acordo pelas partes quanto ao objeto pleiteado na ação, homologo as transações, e resolvo o mérito com fundamento no artigo 487, inciso III, alínea b, do Código de Processo Civil, prejudicados os recursos interpostos”, concluiu a desembargadora federal Ana Iucker.

Fonte: Brasil 247

Antigo trauma do STF faz governo apostar em prisão domiciliar para Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por golpismo no STF – Reprodução

Integrantes do governo Lula próximos ao Judiciário e conhecedores dos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que, se Jair Bolsonaro (PL) for condenado por tentativa de golpe, a pena deverá ser cumprida em prisão domiciliar, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O principal motivo seria o estado de saúde do ex-presidente, considerado frágil após a facada sofrida em 2018 e múltiplas cirurgias no intestino.

A possibilidade de repetição do caso do ex-deputado Nelson Meurer — que morreu em 2020 por Covid-19 após o STF negar a prisão domiciliar — é vista como um “trauma” entre ministros da Corte. Meurer, condenado na Lava Jato, tinha 77 anos, e sua morte é considerada um precedente que os magistrados preferem não reviver, especialmente com um ex-presidente.

Falecimento: ex-deputado Nelson Meurer deixa legado ao agro paranaense
O ex-deputado federal Nelson Meurer. Foto: Reprodução

Aliados de Bolsonaro, segundo a jornalista Andréia Sadi, já trabalham com a certeza da condenação e atuam para preparar o caminho para uma pena mais branda, como a domiciliar. Essa estratégia explicaria o tom mais conciliador adotado por Bolsonaro no depoimento à Polícia Federal, quando chegou a pedir desculpas ao ministro Alexandre de Moraes.

A defesa do ex-presidente também tem explorado as novas mensagens atribuídas ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, como parte da tentativa de descredibilizar o processo.

Nos diálogos divulgados pela revista Veja, Cid critica o STF, a Polícia Federal (PF) e o andamento de sua delação. No entanto, mesmo com essas novas revelações, aliados de Bolsonaro não acreditam que o material seja suficiente para impedir uma condenação — apenas reforçar o argumento para que ele cumpra a pena em casa.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Governador de SC propõe separação do Sul do país


Jorginho Mello, governador de Santa Catarina, durante fala separatista no “Construa Sul 2025”, em Curitiba. Divulgação

Na abertura do Construa Sul 2025, evento realizado na quinta-feira (12), em Curitiba (PR), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), defendeu em discurso a separação da região Sul do restante do Brasil.

A fala ocorreu na presença dos também governadores Ratinho Jr. (PSD), do Paraná e Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul, que aplaudiram. Tratava-se de um encontro voltado à integração dos estados do Sul com o Mato Grosso do Sul, especialmente em áreas como infraestrutura, proteção e defesa civil.

“Sul tá conosco, né? Vamos fazer o país do Sul aqui”, disse Mello. “Daqui um pouco nós chegamos lá, né? Tem dois candidatos a presidente da República aqui, né? Pode ser que daqui um pouco, se o negócio não funcionar muito bem lá pra cima, nós passamos uma trena pro lado de cá, né? E fazemos o Sul é nosso país, né?”

Desde 2021, incitar a separação de parte do território nacional é crime previsto no artigo 359-R do Código Penal, incluído pela Lei nº 14.197/2021, que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional.

O artigo estabelece pena de reclusão de 2 a 6 anos para quem “tentar desmembrar parte do território nacional para constituir país independente”.

Fonte: DCM