quinta-feira, 5 de junho de 2025

Lula empata com Bolsonaro e vence todos os outros adversários no 2° turno de 2026, diz Quaest


O presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

A pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5), mostra que o presidente Lula (PT) está empatado com Jair Bolsonaro (PL) e à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Jr. (PSD) e Eduardo Leite (PSD) em um possível segundo turno nas eleições presidenciais de 2026.

Na pesquisa anterior, divulgada em abril, mesmo considerando a margem de erro, o petista vencia todos os outros concorrentes e empatava somente com ex-presidente. Agora, Lula e Bolsonaro aparecem com os mesmos 41%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Além disso, a pesquisa estimulada, na qual os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados, apresenta outros sete cenários de possíveis confrontos no segundo turno. Lula, no entanto, segue à frente em todos eles.

Lula aparece tecnicamente empatado com Tarcísio (governador de São Paulo), a ex-primeira-dama Michelle, Ratinho Jr. (governador do Paraná) e Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul). Também foram colocados como concorrentes do atual presidente: o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Cenário 1 – Lula e Bolsonaro

No confronto direto entre Lula e Jair Bolsonaro (PL), ambos têm 41% das intenções de voto. O ex-capitão, no entanto, está inelegível até 2030 e não poderá se candidatar na próxima eleição. Indecisos somam 5%, e 13% indicam que votarão em branco, nulo ou não irão votar.

Confira os números:

  • Lula (PT): 41% (eram 44% em abril)
  • Jair Bolsonaro (PL): 41% (eram 40%)
  • Indecisos: 5% (eram 3%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 13% (eram 13%)
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    Pesquisa Quaest: Intenção de voto para presidente – 2º turno – Cenário 1. Foto: Reprodução

Cenário 2 – Lula e Tarcísio


No cenário em que Lula disputaria com Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, o petista mantém 41% das intenções de voto, enquanto Tarcísio soma 40%. Ambos estão tecnicamente empatados, com 5% de indecisos e 14% de votos em branco, nulos ou que não seriam válidos.

Confira os números:

  • Lula (PT): 41% (eram 43% em abril)
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 40% (eram 37%)
  • Indecisos: 5% (eram 4%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 14% (eram 16%)
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Pesquisa Quaest: Intenção de voto para presidente – 2º turno – Cenário 2. Foto: Reprodução

Cenário 3 – Lula e Michelle Bolsonaro


Em uma disputa contra Michelle Bolsonaro (PL), Lula aparece com 43%, enquanto a ex-primeira-dama registra 39%. A diferença entre eles está dentro da margem de erro, sendo que 4% dos entrevistados ainda estão indecisos, e 14% indicam que votariam em branco, nulo ou não votariam.

Confira os números:

  • Lula (PT): 43% (eram 44% em abril)
  • Michelle Bolsonaro (PL): 39% (eram 38%)
  • Indecisos: 4% (eram 3%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 14% (eram 15%)
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Pesquisa Quaest: Intenção de voto para presidente – 2º turno – Cenário 3. Foto: Reprodução

Cenário 4 – Lula e Ratinho Jr.



Com Ratinho Jr. (PSD) na disputa, Lula soma 40% e o governador do Paraná tem 38%. O empate técnico se mantém, com 5% de indecisos e 17% de votos nulos, brancos ou que não seriam válidos.

Confira os números:

  • Lula (PT): 40% (eram 42% em abril)
  • Ratinho Júnior (PSD): 38% (eram 35%)
  • Indecisos: 5% (eram 4%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 17% (eram 19%)
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Pesquisa Quaest: Intenção de voto para presidente – 2º turno – Cenário 4. Foto: Reprodução

Cenário 5 – Lula e Eduardo Leite


Em uma possível disputa contra Eduardo Leite (PSD), Lula tem 40% das intenções de voto, enquanto o governador gaúcho soma 36%. Ambos estão empatados no limite da margem de erro, com 5% de indecisos e 19% de votos nulos, brancos ou que não seriam válidos.

Confira os números:

  • Lula (PT): 44%
  • Eduardo Leite (PSD): 35%
  • Indecisos: 4%
  • Branco/nulo/não vai votar: 17%

Cenário 6 – Lula e Eduardo Bolsonaro


Lula teria 44% dos votos em um eventual segundo turno contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que registra 34% das intenções de voto. Indecisos somam 5%, e 17% não sabem ou escolheriam votos nulos ou brancos.

Confira os números:
  • Lula (PT): 44% (eram 45% em abril)
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 34% (eram 34%)
  • Indecisos: 5% (eram 4%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 17% (eram 17%)
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Pesquisa Quaest: Intenção de voto para presidente – 2º turno – Cenário 6. Foto: Reprodução

Cenário 7 – Lula e Romeu Zema


Contra o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Lula soma 42% das intenções de voto, contra 33% de Zema. O levantamento também aponta 6% de indecisos e 19% de votos nulos, brancos ou que não seriam válidos.

Confira os números:

  • Lula (PT): 42% (eram 43% em abril)
  • Romeu Zema (Novo): 33% (eram 31%)
  • Indecisos: 6% (eram 5%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 19% (eram 21%)
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Pesquisa Quaest: Intenção de voto para presidente – 2º turno – Cenário 7. Foto: Reprodução

Cenário 8 – Lula e Ronaldo Caiado


No cenário contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), Lula tem 43%, enquanto Caiado soma 33%. Indecisos representam 5%, e 19% dos entrevistados indicam que não votariam ou escolheriam votos nulos ou brancos.

Confira os números:

  • Lula (PT): 43% (eram 44% em abril)
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 33% (eram 30%)
  • Indecisos: 5% (eram 4%)
  • Branco/nulo/não vai votar: 19% (eram 22%)
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

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Pesquisa Quaest: Intenção de voto para presidente – 2º turno – Cenário 8. Foto: Reprodução


Fonte: DCM

Bolsonaristas preferem Michelle a Tarcísio e Eduardo em cenário sem o ex-presidente, diz Quaest

O deputado Eduardo Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, governador de SP – Foto: Reprodução

Em um cenário de disputa eleitoral sem Jair Bolsonaro (PL), Michelle lidera a preferência entre os bolsonaristas. Os dados são da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5).

Para 44% dos que se identificam como apoiadores do ex-chefe de Estado, Michelle deve ser apoiada pelo ex-presidente, superando com folga Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem 17%, e Eduardo Bolsonaro (PL), com 10%.

Pesquisa sobre quem Jair Bolsonaro deve apoiar na próxima eleição para Presidência da República – Foto: Quaest

Outros candidatos e avaliação geral

Na avaliação do eleitorado bolsonarista, os demais nomes da direita ficam bem atrás: Pablo Marçal tem 6% da preferência, seguido pelos governadores Ratinho Júnior e Eduardo Leite, com 5% cada, e Ronaldo Caiado, com 4%. Romeu Zema aparece com apenas 1% entre esse grupo.

Entre os eleitores que se consideram “mais à direita”, mas não bolsonaristas, Tarcísio lidera com 32%, enquanto Michelle soma 24%. Eduardo tem apenas 5% nesse segmento, seguido por Ratinho Júnior, Marçal, Ronaldo Caiado, Zema e Eduardo Leite, todos com percentuais inferiores a 10%.

No geral, Michelle e Tarcísio aparecem à frente na preferência dos brasileiros como possíveis substitutos do ex-mandatário como candidatos da direita. Eles estão empatados tecnicamente com 17% e 16%, respectivamente.

Pesquisa sobre quem deveria suceder Jair Bolsonaro caso ele não se candidate – Foto: Quaest

Apesar da inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro insiste em afirmar que pretende lançar sua candidatura, mesmo que não possa concluir o processo, e posteriormente substituir o nome na chapa.

A pesquisa ouviu presencialmente 2.004 pessoas entre 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Fonte: DCM

Amoêdo diz que Zema abraçou o “vale-tudo” para tentar o voto bolsonarista

Fundador do Partido Novo critica postura de Romeu Zema, acusa-o de oportunismo e afirma que ele representa o oposto da oposição necessária ao país

       João Amoêdo (Foto: Divulgação)

O ex-presidente e fundador do Partido Novo, João Amoêdo, fez duras críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), após declarações do mineiro relativizando a ditadura militar e prometendo conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (5), Amoêdo acusou Zema de agir de forma oportunista e sem princípios para conquistar o eleitorado bolsonarista.

“Zema, a cada dia que passa, se mostra mais oportunista e sem qualquer princípio. Para conquistar votos bolsonaristas, vale tudo: comer banana com casca, ignorar os fatos e ser vassalo de Bolsonaro. O governador de MG é exatamente o oposto do tipo de oposição que o Brasil precisa”, escreveu Amoêdo em sua conta no X (antigo Twitter).

A crítica veio no contexto da entrevista de Zema à Folha de S.Paulo, na qual o governador classificou a existência da ditadura militar como uma “questão de interpretação” e afirmou que concederia perdão presidencial a Bolsonaro, caso seja eleito presidente em 2026. As declarações repercutiram negativamente entre figuras que participaram da fundação do Novo e defendem uma oposição liberal e institucional ao bolsonarismo e ao governo Lula.

João Amoêdo, que se afastou do partido após divergências internas justamente em torno da aproximação com o bolsonarismo, representa uma ala do Novo que critica duramente essa guinada conservadora. Em contraste, Zema tem buscado consolidar seu nome como presidenciável da direita, aproximando-se do discurso de figuras como Bukele e Javier Milei, além de se alinhar politicamente ao entorno de Bolsonaro.

A crítica de Amoêdo amplia a tensão dentro do campo da direita liberal brasileira, evidenciando o racha entre os que buscam manter distância do bolsonarismo e os que tentam capitalizar seu eleitorado. Ao abraçar um discurso mais radical, Romeu Zema parece ter deixado para trás a agenda técnica e liberal que deu origem ao Novo — algo que, para Amoêdo, representa uma traição aos princípios fundadores da legenda.

Fonte: Brasil 247

Zema nega ditadura e promete indulto a Bolsonaro

Governador de Minas relativiza regime militar, elogia políticas de Bukele e Milei e diz que concederia perdão ao ex-presidente caso eleito

       Romeu Zema. Foto: Divulgação

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que a existência da ditadura militar no Brasil é uma “questão de interpretação” e prometeu conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso seja eleito para o Palácio do Planalto. A declaração foi dada em entrevista publicada nesta quarta-feira (5) pela Folha de S.Paulo.

Ao relativizar o regime autoritário que durou de 1964 a 1985, Zema afirmou: “Acho que tudo é questão de interpretação”, esquivando-se de reconhecer explicitamente a existência de uma ditadura. “Os historiadores é que têm de debater isso”, acrescentou. Questionado diretamente sobre conceder indulto a Bolsonaro, respondeu: “Sim, daria”.

Zema tem se movimentado como pré-candidato à Presidência e busca consolidar um discurso voltado ao eleitorado conservador. Recentemente, visitou El Salvador, onde elogiou a política de segurança do presidente Nayib Bukele, amplamente criticada por organizações de direitos humanos. “Conversei com dezenas de pessoas e todas falaram que a vida mudou da água para o vinho”, disse o governador. Para ele, a experiência salvadorenha pode ser “totalmente” replicada no Brasil.

Além disso, Zema defendeu uma política econômica inspirada no presidente argentino Javier Milei. “A Argentina está trilhando o caminho que vai colocá-la novamente na prosperidade”, declarou, embora tenha dito que o Brasil não precisa de um “choque”, e sim de “gradualismo corretamente feito”.

Durante a entrevista, Zema também evitou firmar compromissos eleitorais em cenários envolvendo aliados da direita. Disse que não se candidataria contra Bolsonaro, mas não descartou entrar na disputa caso o candidato da direita seja um dos filhos ou a esposa do ex-presidente. “Está tudo muito verde ainda. Acho que nós temos que esperar”, afirmou.

Zema ainda criticou duramente o governo Lula, acusando-o de ineficiência. “Esse governo não entrega nada a não ser inflação, aumento de juros, de impostos e eventos demais”, afirmou, criticando também o que chamou de “entupimento” da população com auxílios. “O brasileiro está cansado de viver de esmola do Estado.”

Pré-candidato pelo partido Novo, Zema tenta construir uma imagem de gestor austero e linha-dura. Em defesa de sua viagem a El Salvador com recursos públicos, disse que trouxe aprendizados importantes, como a lei que impede o sinal de celular em presídios. “Se eu fui, foi para melhorar a segurança pública de Minas.”

Empresário e natural de Araxá, Zema foi reeleito governador em 2022 no primeiro turno e, aos 60 anos, busca se projetar nacionalmente como uma alternativa da direita para 2026. Ao flertar com pautas revisionistas sobre a ditadura e defender Bolsonaro, sinaliza seu alinhamento com o núcleo duro do bolsonarismo — ainda que diga desejar “mais opções” à direita.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

BNDES bloqueia mais de R$ 800 milhões a produtores rurais envolvidos com desmatamento ilegal

“O tempo do crédito para o agro que desmata já passou”, disse o presidente do BNDEs, Alozio Mercadante

       (Foto: ABR)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já bloqueou R$ 806,3 milhões em financiamentos solicitados por produtores rurais responsáveis por desmatamento ilegal. A iniciativa faz parte de uma cooperação firmada com o MapBiomas, projeto que utiliza imagens de satélite para monitorar alterações nos biomas brasileiros.

Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o levantamento, divulgado durante a Semana do Meio Ambiente, revela que, desde fevereiro de 2023, foram identificados 3.723 alertas de desmatamento em áreas vinculadas a pedidos de crédito rural junto ao BNDES. Embora esses alertas representem apenas 1% das 337,2 mil solicitações recebidas no período, o impacto financeiro das negativas chega a quase R$ 1 milhão por dia.

As operações vetadas envolvem linhas de financiamento com juros subsidiados pelo governo federal, além de créditos agrícolas registrados no Banco Central e financiamentos diretos como o BNDES Crédito Rural.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel das ferramentas tecnológicas no controle de financiamentos com impacto ambiental. “A tecnologia e uma governança rígida nos permitem atuar com agilidade e precisão na análise do crédito e atender a urgente agenda de enfrentamento das mudanças climáticas”, afirmou.

Mercadante informou ainda que, apenas em abril deste ano, o volume de crédito negado a produtores associados a áreas desmatadas ilegalmente chegou a R$ 25 milhões. Segundo ele, o BNDES está ao lado do agronegócio, mas não tolera práticas predatórias. “O BNDES é um grande parceiro do agronegócio e da pecuária, mas não é complacente com o agronegócio que destrói o meio ambiente. O banco acredita e apoia a agropecuária que tem o meio ambiente como aliado, que inova e é sustentável. O tempo do crédito para o agro que desmata já passou”, concluiu.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo

Moraes notifica Hugo Motta para suspender salário de Carla Zambelli

Ministro do STF determinou ainda o bloqueio de contas e verbas do gabinete após a parlamentar, condena a 10 anos de prisão, fugir do país

Carla Zambelli. Foto: Pablo Valadares / Agência Câmara

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão do salário e de todos os repasses de verba destinados ao gabinete da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Segundo a CNN Brasil, o despacho com a determinação foi encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), na noite da quarta-feira (4). A decisão acompanha a ordem de prisão preventiva expedida contra a parlamentar após ela deixar o país.

A medida faz parte de um conjunto de sanções impostas após Zambelli ter anunciado, na terça-feira (3), que havia saído do Brasil. A deputada disse estar nos Estados Unidos e declarou que pretende se mudar para a Itália, país do qual também é cidadã. Segundo a própria parlamentar, a cidadania italiana a protegeria de um eventual processo de extradição.

Zambelli foi condenada em maio pela Primeira Turma do STF a uma pena de 10 anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A sentença também prevê a perda do mandato e a inelegibilidade da deputada, mas essas punições ainda dependem de decisão definitiva (trânsito em julgado). O tribunal também aplicou multa de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.

Após a declaração da parlamentar sobre sua saída do país, a Procuradoria-Geral da República (PGR) classificou o ato como tentativa de fuga da jurisdição brasileira. A PGR solicitou a prisão preventiva, e o pedido foi prontamente acolhido por Moraes que também determinou o bloqueio das contas bancárias, perfis em redes sociais, salário e bens da parlamentar.

A Polícia Federal já encaminhou solicitação para incluir o nome de Carla Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol. Ainda de acordo com a reportagem, a organização internacional recebeu o pedido, que agora será analisado. Caso seja aceito, a deputada poderá ser considerada foragida em até 196 países, incluindo Estados Unidos e Itália.

Com o agravamento da situação, o Supremo Tribunal Federal marcou uma sessão extraordinária para esta sexta-feira (6). O objetivo é acelerar a análise do segundo recurso interposto pela defesa da deputada contra a condenação de maio. Se os ministros rejeitarem o pedido e confirmarem a sentença, Carla Zambelli poderá ser obrigada a iniciar imediatamente o cumprimento da pena, o que inclui a cassação automática do mandato.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Governo Trump cogita barrar extradição de Zambelli

Bolsonaristas nos EUA dizem que Trump não atenderá a eventual pedido do Brasil, enquanto Zambelli avalia desistir da Itália

Carla Zambelli (Foto: Reprodução/Twitter)

Integrantes do governo de Donald Trump indicaram a aliados bolsonaristas que um eventual pedido de extradição de Carla Zambelli deverá ser rejeitado pelas autoridades norte-americanas. A informação foi publicada pela coluna Painel da Folha de S.Paulo.

Diante dessa sinalização, Zambelli estaria reconsiderando seus planos de desistir de ir para a Itália, onde pretendia se estabelecer e buscar refúgio nos Estados Unidos. A mudança de rota seria motivada pela avaliação de que o governo Trump tende a garantir proteção política a bolsonaristas. A Itália, por outro lado, mantém tratados de extradição com o Brasil que se aplicam inclusive a cidadãos com dupla nacionalidade.

A decisão final de Zambelli, contudo, ainda não foi tomada. Até agora, ela mantém oficialmente o plano de viajar para a Itália. A mudança só será concretizada se houver garantia mais clara por parte das autoridades norte-americanas de que ela poderá permanecer no país sem riscos de ser entregue ao governo brasileiro, após sua recente condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Zambelli foi condenada pelo STF sob acusações relacionadas a ações ilegais durante as eleições de 2022, incluindo porte ilegal de arma de fogo em via pública, quando perseguiu e ameaçou um cidadão em São Paulo. O episódio gerou forte repercussão nacional e consolidou sua imagem como um dos símbolos da ala mais radical do bolsonarismo. A sentença recente impulsionou seus planos de fugir do Brasil.

Por ora, a deputada segue em local não revelado, longe dos holofotes e sem manifestações públicas recentes. Seu entorno segue discreto, evitando declarações oficiais sobre a decisão final do destino da parlamentar.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ministros do STF minimizam risco de fuga de Bolsonaro: "bom réu"

Magistrados avaliam que Bolsonaro não seguirá exemplo de Zambelli

Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Augusto / STF)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não consideram que Jair Bolsonaro (PL) pretenda deixar o país, mesmo diante da recente fuga da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Segundo o jornal O Globo, a avaliação de integrantes da Corte é de que Bolsonaro é um “bom réu”.

Segundo os magistrados, Bolsonaro tem adotado uma postura considerada respeitosa em relação ao trâmite judicial, em contraste com a decisão de Zambelli de deixar o Brasil após sua condenação. A deputada foi sentenciada pelo próprio STF, em maio, a dez anos de prisão e já se encontra inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Apesar da condenação, os recursos ainda não foram esgotados.

◉ Participação ativa nas audiências - Um dos elementos usados para sustentar a avaliação favorável a Bolsonaro é sua participação nas audiências da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, nas quais ele é réu. De acordo com ministros do STF, o ex-presidente acompanhou praticamente todas as oitivas das testemunhas de acusação e defesa, realizadas por videoconferência ao longo de duas semanas.

As imagens dessas sessões, com a presença de Bolsonaro diante da câmera, foram divulgadas nesta terça-feira (3) pela Corte. Também estavam presentes os advogados e o Ministério Público, conforme prevê o rito processual.

◉ Fuga de Zambelli e reação do STF - Em contraste, Carla Zambelli confirmou, em entrevista à Rádio Auriverde, que deixou o Brasil. Inicialmente, alegou que viajou para tratar um problema de saúde, mas também afirmou ser vítima de “perseguição judicial”. Segundo sua assessoria, a deputada está na Flórida, nos Estados Unidos.

Investigadores apontam que Zambelli saiu por via terrestre, passando por Foz do Iguaçu (PR) e cruzando a fronteira até Puerto Iguazú, na Argentina. Dali, teria seguido para o aeroporto de Ezeiza, próximo a Buenos Aires, embarcando então rumo aos EUA.

Diante da fuga, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva da parlamentar. Nesta quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes acolheu o pedido, afirmando que o “intuito criminoso” de Zambelli “permanece ativo e reiterado”. Na decisão, Moraes ressaltou que a deputada “insiste, mesmo que de modo atabalhoado e confuso, em divulgar notícias falsas e atacar o Poder Judiciário”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Interpol já recusou incluir bolsonaristas na lista vermelha mesmo após pedidos do STF

Organização rejeitou mandados contra Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio; decisão sobre Carla Zambelli seguirá análise semelhante

        Allan dos Santos (à esq.) e Oswaldo Eustáquio (Foto: Divulgação I Reprodução)

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal encaminhou à Interpol o pedido de inclusão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na chamada lista vermelha de procurados internacionais. No entanto, como lembrou a Folha de S. Paulo, esse tipo de solicitação já foi negado em outras ocasiões, mesmo com ordens do próprio ministro.

Ao longo dos últimos anos, a Interpol recusou dois pedidos semelhantes relacionados a bolsonaristas investigados ou processados no Brasil: os influenciadores Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio. As recusas ocorreram após análise interna da organização, que avalia se os mandados de prisão são compatíveis com as normas internacionais da entidade, incluindo a proibição de interferência em assuntos de cunho político.

◉ Casos anteriores - Allan dos Santos deixou o Brasil em 2020, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL). No ano seguinte, Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva por suspeitas de crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação ao crime.

Em resposta, a Polícia Federal solicitou à Interpol a inclusão de Allan na difusão vermelha — instrumento que permite a comunicação da condição de foragido a todos os 196 países-membros da organização, buscando apoio na captura. Contudo, ainda em 2021, a Interpol questionou a clareza das informações enviadas pelas autoridades brasileiras, principalmente no que se referia à acusação de lavagem de dinheiro.

“A Secretaria-Geral considera que a descrição das atividades criminosas de Allan Lopes dos Santos não é clara, notadamente no que diz respeito à acusação de lavagem de dinheiro. Assim, para permitir que a Secretaria-Geral conclua sua análise do caso, reiteramos nosso pedido de algumas informações adicionais”, comunicou a chefia da Interpol à PF, por e-mail.

Mesmo após o envio de novas informações, em dezembro de 2022 a Interpol negou a inclusão de Allan dos Santos na lista vermelha.

Outro nome rejeitado pela organização internacional foi o de Oswaldo Eustáquio, também ligado ao bolsonarismo. Em 2023, após a decretação de sua prisão pelo STF sob a acusação de incitar os atos de vandalismo ocorridos em Brasília em 12 de dezembro de 2022, a PF solicitou sua inserção na difusão vermelha. Naquela ocasião, bolsonaristas incendiaram ônibus e tentaram invadir a sede da Polícia Federal após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante. O influenciador Bismark Fugazza, sócio de Eustáquio, foi detido.

Contudo, a Interpol voltou a negar o pedido. Segundo ofício enviado ao gabinete de Moraes pelo coordenador-geral de Cooperação Policial Internacional da PF, Fábio Mertens, a organização não inclui nomes de pessoas que tenham solicitado refúgio ou asilo político em outros países. O critério se baseia no artigo 3º da constituição da Interpol, que proíbe expressamente a entidade de se envolver em assuntos “de caráter político, militar, religioso ou racial”.

A situação de Eustáquio também teve desdobramentos judiciais na Europa. Em abril deste ano, a Espanha negou sua extradição, decisão fundamentada na ausência de garantias sobre o respeito ao princípio da reciprocidade. Como resposta, Moraes suspendeu a extradição de um cidadão búlgaro condenado pela Justiça espanhola.

◉ O caso de Carla Zambelli - Agora, Carla Zambelli pode ter o mesmo destino dos dois influenciadores. Na quarta-feira (4), Moraes determinou que a Polícia Federal reunisse os documentos relativos à condenação da parlamentar e desse início ao trâmite para inseri-la na lista vermelha da Interpol.

Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma do STF por ter acessado ilegalmente os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do hacker Walter Delgatti. A ação teve como objetivo a criação de falsos mandados de prisão e de soltura com o intuito de gerar confusão institucional.

A ordem de prisão preventiva foi justificada pelo ministro do STF com base no argumento de que a deputada teria fugido do Brasil para evitar o cumprimento da pena. Atualmente, Zambelli está nos Estados Unidos e teria manifestado desejo de se mudar para a Itália.

Com o material já enviado à Secretaria-Geral da Interpol, em Lyon (França), caberá agora ao conselho da organização analisar a documentação e decidir se o pedido atende aos critérios exigidos. Pela primeira vez, a Interpol é comandada por um brasileiro: Valdecy Urquiza, delegado da Polícia Federal.

A possível inclusão de Zambelli na lista vermelha não tem prazo determinado e poderá levar dias ou semanas. Até que a análise seja concluída, não há impedimentos legais para que a deputada se desloque entre países.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Meta diz ao STF que cumpriu suspensão de perfis de Zambelli

Segundo os advogados, ordem do ministro Alexandre de Moraes foi "devidamente processada" e as publicações foram preservadas, conforme a determinação

        Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/EBC)

André Richter, repórter da Agência Brasil - Os advogados da plataforma Meta, que opera as redes sociais Facebook, Instagram e Facebook, informaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que cumpriram a determinação do ministro Alexandre de Moraes para suspender perfis ligados à deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Segundo os advogados, a ordem do ministro foi "devidamente processada" e as publicações foram preservadas, conforme a determinação.

Mais cedo, Moraes determinou a prisão da deputada, a inclusão do nome da parlamentar na lista de procurados da Interpol e a suspensão das redes sociais.

A prisão foi determinada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar a medida ao Supremo. Para a PGR, ela fugiu do Brasil para evitar o cumprimento da condenação.

Ontem, em entrevista a uma rádio do interior de São Paulo, Zambelli disse que saiu do país para fazer um tratamento de saúde e que vai pedir licença do mandato. A deputada está nos Estados Unidos e afirmou que pretende ir para a Itália por ter cidadania italiana.

A fuga ocorreu menos de um mês após a deputada ser condenada pelo Supremo a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrido em 2023. A deputada também terá que pagar R$ 2 milhões em danos coletivos. O processo está em fase de recurso.

De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.

Defesa

Após Zambelli informar que saiu do Brasil, o advogado Daniel Bialski deixou a defesa da deputada. Moraes determinou que o trabalho seja feito pela Defensoria Pública da União (DPU).

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Youtuber “descobre” localização de Zambelli e avisa PF: “Para prender em flagrante”


A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) em Fort Lauderdale, na Flórida (EUA). Foto: Reprodução


O youtuber brasileiro Geo Pasch divulgou, nas redes sociais, a localização exata da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) em um vídeo publicado na última terça-feira (3). A parlamentar fugiu para os Estados Unidos após a decretação de sua prisão preventiva.

Zambelli, que teve a prisão preventiva ordenada nesta quarta-feira (4) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, está nos EUA. Ela anunciou que vai se licenciar do cargo e se mudará para a Itália, alegando ter cidadania italiana.

Geo Pasch é conhecido pelo conteúdo relacionado ao jogo Geoguessr, no qual o objetivo é adivinhar coordenadas precisas a partir de referências visuais limitadas. Ele tem 17 milhões de visualizações só no YouTube, onde já publicou 1.138 vídeos, além de 295 mil seguidores no TikTok.

No vídeo, Pasch “adivinhou” que Zambelli estava na porta de um centro comercial em Fort Lauderdale, na Flórida. “Coordenadas para a polícia prender ela em flagrante”, escreveu Pasch no X, acompanhando o post com as referências geográficas. A deputada confirmou que estava na Flórida, mas não detalhou sua localização exata.


A parlamentar foi identificada diante de uma farmácia de uma rede americana tradicional, localizada na Galt Ocean Drive. Ao redor, há vários condomínios residenciais, semelhantes aos que aparecem nas transmissões ao vivo feitas por Zambelli na terça-feira. A principal via da região é o North Ocean Boulevard, que percorre a orla de Fort Lauderdale, nos arredores de Miami.

Para descobrir a localização precisa, Pasch analisou detalhes como a placa de um carro visível no vídeo, que seguia um padrão comum nos EUA, e as palmeiras ao longo da rua, sugerindo uma cidade litorânea, possivelmente em Miami.

Ele também observou o formato dos prédios – um maior com sacadas grandes e um menor com formato semelhante à letra “K”. Para refinar ainda mais sua análise, Pasch inverteu o vídeo, que estava espelhado, e utilizou o Google Earth para “passear” pela costa da Flórida até encontrar a correspondência.

Local na Flórida em que Carla Zambelli gravou vídeo publicado na terça-feira (3) — Foto: Reprodução/Google
Local na Flórida em que Carla Zambelli gravou vídeo publicado na terça-feira (3). Foto: Reprodução/Google

No vídeo, Zambelli refutava o pedido de prisão preventiva da Procuradoria-Geral da República (PGR), que ela chamou de “inconstitucional”. O pedido foi acatado por Moraes.

A deputada bolsonarista foi condenada em maio pelo STF a dez anos de prisão e à perda do mandato, por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto com o hacker Walter Delgatti. A condenação a tornou inelegível por oito anos, mas ela ainda pode recorrer.

Zambelli afirmou que, após sua estadia nos EUA, planeja viajar para a Itália e iniciar uma campanha contra o STF, seguindo os moldes de outro fujão, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Fonte: DCM

Perfil de Zambelli banido de rede social tinha apenas um vídeo pornô; entenda


A deputada Carla Zambelli (PL-SP) – Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que oito plataformas digitais removam perfis associados à deputada Carla Zambelli (PL-SP). Um detalhe, porém, é que uma das contas apontadas pelo magistrado não tinha seguidores e continha apenas uma publicação, que consiste em um vídeo pornográfico da cantora MC Mirella. Com informações do jornal O Globo.

Internautas já haviam notado que o antigo nome de usuário (o @) da parlamentar estava sendo reutilizado por outro usuário antes mesmo da decisão do STF. No total, 11 links foram listados por Moraes como perfis que devem ser retirados do ar. As plataformas citadas incluem Facebook, Instagram, X, TikTok, LinkedIn, Telegram, YouTube e a rede social Gettr, associada à base conservadora nos Estados Unidos.

As redes sociais tiveram um prazo de até duas horas para realizar o bloqueio dos perfis, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. A decisão acompanha o decreto de prisão preventiva de Carla Zambelli e a inclusão do nome da bolsonarista na lista de difusão vermelha da Interpol, após sua condenação a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Bolsonaro presta depoimento à PF nesta quinta sobre atuação de Eduardo nos EUA


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento nesta quinta-feira (5) na sede da Polícia Federal em Brasília. Ele é investigado por envolvimento nas ações de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, com o objetivo de atacar o STF e interferir nos processos nos quais Bolsonaro é réu.

A investigação foi autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu dez dias para o depoimento do ex-presidente. A PGR (Procuradoria-Geral da República) também solicitou outras diligências. Segundo o procurador Paulo Gonet, há indícios de que Bolsonaro “seria diretamente beneficiado pelas ações do filho”.

A Procuradoria aponta ainda que o ex-capitão chegou a declarar que ajudaria a bancar a permanência de Eduardo nos EUA, onde o deputado anunciou, em março, que ficaria licenciado do mandato. Desde então, o “bananinha” vem atuando em articulações com aliados do presidente Donald Trump, com o objetivo de pressionar Moraes.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante encontro na Casa Branca, em 2019. Foto: Reprodução

A estratégia de Eduardo inclui reuniões com congressistas republicanos e integrantes da gestão Trump. O governo americano chegou a anunciar a intenção de cassar o visto de estrangeiros que promovam “censura” contra cidadãos dos EUA — medida que foi vista por aliados como uma tentativa de retaliar Moraes.

Segundo Gonet, Eduardo Bolsonaro tenta “interferir no andamento regular dos procedimentos de ordem criminal” que envolvem o pai e aliados. Ele menciona crimes como obstrução de investigação, coação no curso do processo e atentado à soberania nacional.

A PGR sustenta ainda que Eduardo estaria pressionando o STF ao buscar sanções dos EUA contra Moraes, como proibição de abrir contas bancárias, usar cartões de crédito e realizar transações financeiras.

Moraes é o relator das ações contra Bolsonaro no Supremo, incluindo a que acusa o ex-presidente de comandar uma organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado em 2022.

Fonte: DCM