quinta-feira, 24 de julho de 2025

Lula deve confirmar Alckmin como vice e se prepara para eleição sem aliança com o centrão

Presidente discute composição da chapa de 2026 e articulações estaduais com o PSB, enquanto afasta possibilidade de acordo nacional com partidos do centrão

O presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, durante o Fórum Empresarial (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caminha para confirmar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como seu companheiro de chapa na eleição de 2026 e já admite que não contará com o centrão na aliança nacional. A informação foi revelada pela colunista Vera Rosa, do jornal O Estado de S. Paulo. Embora avalie atrair setores isolados de alguns partidos, Lula não trabalha com a hipótese de uma coalizão formal com os blocos liderados por partidos como PP, Republicanos e PSD.

As discussões sobre o novo projeto de reeleição foram aprofundadas durante um almoço nesta quarta-feira (23), no Palácio da Alvorada, com a presença de Alckmin, do prefeito do Recife e presidente do PSB, João Campos, e dos ministros Márcio França (Empreendedorismo) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). O encontro serviu para alinhar estratégias nacionais e palanques estaduais prioritários.

Ao longo dos últimos meses, Alckmin ganhou protagonismo dentro do governo, especialmente ao assumir a coordenação do comitê interministerial que tenta minimizar os impactos do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A sobretaxa, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, ainda não foi revista pela Casa Branca, apesar das tentativas diplomáticas. O governo prepara um plano de contingência com concessão de crédito a setores afetados pela medida.

Hoje ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin consolidou sua posição como figura de confiança de Lula. De antigo adversário político, quando era filiado ao PSDB, tornou-se um dos aliados mais próximos do presidente. Lula considera o ex-governador de São Paulo como “o vice ideal” e só cogita mudar a composição da chapa em caso de necessidade tática de última hora.

Durante a conversa com João Campos, Lula também tratou das disputas regionais em estados-chave como São Paulo, Pernambuco, Maranhão e Paraíba. O PT já decidiu apoiar Campos ao governo de Pernambuco. Em São Paulo, o partido ainda busca uma candidatura viável para enfrentar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), favorito à reeleição segundo pesquisas. O nome de Márcio França, que deve deixar o ministério em abril, é cogitado como alternativa, embora ainda não haja definição.

Nos bastidores do governo, há uma avaliação de que Tarcísio dificilmente deixará São Paulo para enfrentar Lula em uma disputa nacional, especialmente enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro — hoje réu no Supremo Tribunal Federal por envolvimento na tentativa de golpe — ainda exerce influência decisiva sobre o futuro da direita. Caso Tarcísio não entre na corrida, o nome do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), aparece como possibilidade, ancorado por sua popularidade regional e pela imagem pública do pai, o apresentador Ratinho.

Alckmin chegou a ser citado como possível candidato ao governo de São Paulo, mas já indicou que não pretende voltar a disputar o Palácio dos Bandeirantes. Uma candidatura ao Senado não está descartada, caso não permaneça na vice, mas esse não é o cenário com o qual Lula trabalha no momento.

As movimentações no MDB também refletem o clima de incerteza: uma ala defende o apoio à reeleição de Lula, outra flerta com candidaturas de direita e há ainda um grupo que aposta em nome próprio para a disputa presidencial. O ministro dos Transportes, Renan Filho, chegou a ser mencionado como possível vice de Lula, mas é mais provável que tente voltar ao governo de Alagoas, que administrou por dois mandatos, entre 2015 e 2022.

Com a provável recondução de Alckmin e o distanciamento em relação ao centrão, Lula traça um caminho político mais claro para 2026: reforçar alianças estratégicas com partidos de centro-esquerda, garantir palanques robustos nos principais estados e evitar dependência de blocos fisiológicos que, embora importantes no Congresso, não oferecem lealdade no plano eleitoral nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Moraes descarta prisão e diz que Bolsonaro cometeu “irregularidade isolada”

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (24) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu uma “irregularidade isolada” ao descumprir medida cautelar, mas decidiu não converter as restrições em prisão preventiva.

Segundo o magistrado, não há registros de reincidência, e a defesa alegou “ausência de intenção de descumprir” as ordens judiciais.

Na última segunda-feira (21), Moraes havia cobrado explicações dos advogados de Bolsonaro após o ex-capitão conceder entrevista, o que gerou suspeitas de violação da proibição do uso de redes sociais, direta ou indiretamente.

Em sua decisão desta quinta, o ministro declarou: “Por se tratar de irregularidade isolada, sem notícias de outros descumprimentos até o momento, […] deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo ao réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata”.

Moraes reforçou que Bolsonaro não está proibido de dar entrevistas nem de discursar em eventos, públicos ou privados, mas deve seguir rigorosamente os horários determinados pelas restrições judiciais.

“Não será admitida a utilização de subterfúgios para a manutenção da prática de atividades criminosas, com a instrumentalização de entrevistas ou discursos públicos como ‘material pré-fabricado’ para posterior postagem nas redes sociais de terceiros previamente coordenados”, escreveu o ministro.
Resposta do ministro Alexandre de Moraes às alegações da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o suposto descumprimento de medidas cautelares. Foto: Reprodução
Fonte: DCM

Tarifaço de Trump esconde ação da CIA em conjunto com Bolsonaro para 2ª tentativa de golpe contra Lula

Segundo Jamil Chade, inteligência brasileira vê atuação dos EUA para desestabilizar Lula com apoio de Eduardo Bolsonaro e bolsonaristas no exterior

Lula e um ato contra Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert / PR I Paulo Pinto / Agência Brasil)

Agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão em alerta diante de indícios de que ações recentes do bolsonarismo não são apenas iniciativas isoladas de grupos extremistas nacionais, mas parte de um plano articulado com apoio direto do governo dos Estados Unidos. Segundo Jamil Chade, do Vero Notícias, cresce a convicção dentro da inteligência brasileira de que a estratégia para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com envolvimento da CIA e aval da Casa Branca, sob o comando do presidente Donald Trump.

O sinal mais evidente dessa ofensiva seria o chamado “tarifaço” imposto ao Brasil por Trump, acompanhado de uma retórica agressiva contra o governo brasileiro e do fechamento de canais diplomáticos. Para analistas, essas medidas seriam apenas a face pública de uma operação mais profunda, com raízes no serviço secreto norte-americano e execução via personagens-chave do bolsonarismo.

“Trata-se de um típico roteiro elaborado pela CIA, alimentando atores nacionais para justificar um interesse estratégico estrangeiro”, afirmou um agente da Abin lotado no exterior.

◉ Eduardo Bolsonaro radicaliza sob proteção - Entre os principais sinais de que algo maior está em curso, a Abin destaca o comportamento cada vez mais hostil e desafiador do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nas últimas semanas, ele intensificou ataques à Polícia Federal, a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao próprio Congresso, adotando um discurso de enfrentamento e desinformação sem demonstrar receio de punições.

Segundo integrantes do serviço de inteligência, essa postura indica a percepção de proteção internacional. O paralelo com o movimento trumpista é claro: nos EUA, Trump e seus apoiadores se movem sob o discurso da “liberdade contra o sistema”, e agora aplica-se ao Brasil o mesmo enredo, com os Bolsonaro no papel de mártires de um suposto regime autoritário.

De acordo com os analistas, a narrativa construída segue um roteiro clássico: um ex-presidente supostamente “amado pelo povo” (Jair Bolsonaro), “exilados” perseguidos politicamente (como Eduardo, Allan dos Santos e Paulo Figueiredo) e “ditadores” que usurpam o poder (nas figuras de Lula e Alexandre de Moraes).

A palavra-chave é desestabilização”, alertou um experiente agente da inteligência. O objetivo, segundo ele, é fragilizar o governo brasileiro e preparar o terreno para que, em 2026, os EUA tenham um aliado incondicional no poder em Brasília.

◉ Alerta ignorado pelo governo - Ainda em agosto de 2024, antes das eleições norte-americanas, diplomatas brasileiros elaboraram um mapeamento dos nomes influentes em um eventual segundo governo Trump. A recomendação era abrir canais com esses interlocutores para conter possíveis choques futuros.

A Abin sugeriu inclusive traçar um perfil psicológico de Trump, visando identificar traços de personalidade e vulnerabilidades que pudessem ser exploradas diplomaticamente. Mas essas propostas ficaram paradas em gavetas do Itamaraty e do Palácio do Planalto, sem implementação prática.

Agora, com os primeiros sinais concretos de uma operação em curso, integrantes da diplomacia avaliam que o país poderá enfrentar um longo ciclo de instabilidade. O uso de sanções econômicas, campanhas de desinformação e manipulação de redes sociais serve para construir, aos poucos, a narrativa de ilegitimidade de um governo eleito.

“Falta apenas um Juan Guaidó brasileiro para se consolidar a existência de uma tentativa de golpe”, disse um diplomata experiente, fazendo referência ao líder opositor venezuelano apoiado pelos EUA.

Fonte: Brasil 247 com informações do Vero Notícias 

Rejeição a Trump avança no Brasil, e Bolsonaro é desaprovado por 60% da população após tarifaço, aponta pesquisa

Levantamento Pulso Brasil/Ipespe revela que resposta de Tarcísio à sobretaxa é mal avaliada por 46%; Lula é aprovado 50%

     Trump e Bolsonaro na Flórida, EUA - 07/03/2020 (Foto: REUTERS/Tom Brenner)

A rejeição ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump, registrou um novo aumento no Brasil, segundo pesquisa Pulso Brasil/Ipespe realizada entre os dias 19 e 22 de julho. O levantamento, divulgado pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, mostra que a desaprovação de Trump subiu de 55% em maio para 61% em julho, após o anúncio de tarifas contra produtos brasileiros. A aprovação caiu de 39% para 33% no mesmo período.

A pesquisa ouviu 2.500 pessoas em todo o país e revela ainda que a proximidade com Trump pode ser um fardo para candidatos à Presidência em 2026: 53% dos entrevistados acreditam que a associação com o líder americano prejudicará as campanhas.

Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é desaprovado por 60% dos brasileiros em sua reação à crise com os EUA (ante 32% de aprovação), o governo Lula tem avaliação mais equilibrada: 50% aprovam sua postura, contra 45% que a criticam.

A decisão de Trump de revogar os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como pressão para encerrar o processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe também é rejeitada pela maioria: 57% discordam da medida, enquanto 37% a apoiam.

Sobre a possível taxação de grandes empresas de tecnologia como retaliação aos EUA, 55% dos entrevistados são favoráveis, e 40% se opõem. O tema ganhou destaque após Lula afirmar que a medida está em estudo.

No ranking de avaliação de lideranças, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aparece quase empatado com o pai, sendo desaprovado por 59% (27% de aprovação). Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem 46% de rejeição e 32% de apoio por sua atuação na crise.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Brasil é hostilizado por Trump e se torna único alvo da tarifa máxima de 50%

Presidente dos EUA diz que tarifas de 50% é aplicada contra países com quem EUA 'não têm se dado bem'

    Donald Trump na Casa Branca (Foto: REUTERS/Nathan Howard)

Em um discurso durante a Cúpula de Inteligência Artificial em Washington nesta quarta-feira (23), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou sua política de tarifas comerciais agressivas, indicando que as taxas impostas a países parceiros não ficarão abaixo de 15% e poderão chegar a 50% para nações com as quais os EUA "não têm se dado bem". A declaração reforça a postura dura do governo americano às vésperas do prazo de 1º de agosto para a implementação das sobretaxas.

"Teremos uma tarifa direta e simples de algo entre 15% e 50%", disse Trump. "Alguns — temos 50% porque não temos nos dado muito bem com esses países." O Brasil foi o único a receber a tarifa máxima no último anúncio, medida que Trump vinculou à sua aliança com o ex-presidente golpista Jair Bolsonaro, externando sua insatisfação com o que chamou de "caça às bruxas" do STF, informa o jornal Folha de S.Paulo.

A fala de Trump marca uma mudança em relação à proposta inicial de tarifas universais de 10%, anunciadas em abril. Agora, o piso sobe para 15%, com possibilidade de redução apenas para países que fecharem acordos comerciais favoráveis aos EUA. Nesta semana, o governo americano celebrou entendimentos com Japão, Indonésia e Filipinas. O Japão, por exemplo, teve sua tarifa reduzida de 24% para 15% após liberar restrições a produtos americanos e anunciar um investimento de US$ 550 bilhões nos EUA.

No entanto, o Brasil segue sem canais formais de negociação. Fontes do Planalto afirmam que as tratativas dependem de uma autorização direta de Trump, que ainda não sinalizou abertura. Enquanto isso, outros parceiros comerciais, como Coreia do Sul, Índia e União Europeia, correm contra o tempo para fechar acordos antes do prazo final.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Em meio a ataques de Trump, Pix permite que brasileiros paguem em reais nos EUA

Sistema de pagamentos instantâneos poderá ser usado diretamente em maquininhas americanas por meio de acordo entre PagBrasil e Verifone

     (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, deu um passo inédito nos Estados Unidos: turistas brasileiros já podem fazer compras no país e pagar diretamente em reais, com conversão cambial em tempo real e sem a necessidade de cartão de crédito. As informações são do jornal O Globo.

A nova funcionalidade é resultado de uma parceria entre a fintech brasileira PagBrasil e a empresa americana de tecnologia de pagamentos Verifone, que lançaram o chamado Pix Internacional. A solução permite que lojistas dos Estados Unidos aceitem pagamentos via Pix diretamente nas maquininhas — algo inédito até então.

Antes, o Pix só podia ser utilizado em território americano de forma indireta, por meio de chaves vinculadas a empresas brasileiras. Agora, comerciantes nos EUA podem digitar o valor da compra em dólares, e o terminal gera um QR Code. O cliente brasileiro escaneia o código com o aplicativo de seu banco no Brasil e visualiza o valor convertido para reais, já com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 3,5% incluso. A transação é confirmada em poucos segundos.

De acordo com a PagBrasil, os lojistas também saem ganhando: a taxa cobrada por transações via Pix Internacional gira em torno de 2%, enquanto pagamentos com cartão de crédito variam entre 2% e 3%, além de envolverem tarifas fixas. Como o Pix é uma transferência bancária instantânea, o risco de contestações de pagamentos é praticamente eliminado, o que reduz custos operacionais.

“Trata-se de um divisor de águas para comerciantes americanos em destinos turísticos como Nova York e Flórida. Só a Verifone oferece essa solução integrada no ponto de venda hoje, o que representa um diferencial importante para atrair e atender turistas brasileiros, que gastam mais de US$ 4,1 bilhões por ano nos Estados Unidos”, afirmou Madhu Vasu, vice-presidente sênior da Verifone.

A tecnologia foi desenvolvida para funcionar com qualquer sistema de pagamento já instalado, utilizando a API de métodos alternativos da Verifone, sem necessidade de trocar o equipamento. A empresa está presente em 75% dos maiores varejistas dos EUA e opera em 165 países.

Para o CEO da PagBrasil, Ralf Germer, a novidade responde a uma demanda crescente de consumidores brasileiros por métodos de pagamento mais rápidos e econômicos durante viagens.

“Essa parceria não só amplia o alcance internacional do Pix como oferece uma experiência familiar e eficiente para os brasileiros fora do país — e uma nova fonte de receita para o varejo americano”, afirmou Germer.

A implementação da solução ocorre em um momento estratégico. Com eventos como a Copa do Mundo de Clubes de 2025 e a Copa do Mundo de 2026 marcados para ocorrer nos Estados Unidos, a expectativa é de aumento expressivo no número de visitantes brasileiros, que já ultrapassa 2 milhões por ano — um crescimento superior a 17% entre 2023 e 2024.

Apesar da expansão internacional, o Pix tem enfrentado resistência por parte do governo dos EUA. O Escritório do Representante do Comércio dos Estados Unidos (USTR) abriu uma investigação alegando que o sistema brasileiro pode prejudicar empresas americanas do setor de pagamentos eletrônicos. Segundo o relatório, o modelo do Pix favoreceria tecnologias desenvolvidas pelo governo brasileiro, o que poderia elevar custos, restringir a atuação de concorrentes estrangeiros e afetar a competitividade no mercado digital.

Além disso, o relatório menciona multas aplicadas a redes sociais americanas por descumprirem decisões judiciais no Brasil, sugerindo que essas práticas também afetam o ambiente de negócios para empresas dos EUA.

Desde seu lançamento em novembro de 2020, o Pix transformou o sistema bancário brasileiro. Em 2023, movimentou mais de R$ 26 trilhões, reduzindo a participação de meios tradicionais como TED, DOC e até carteiras digitais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Haddad diz que plano de contingência sobre tarifas foi concluído e alfineta governadores

Ministro afirmou ser positivo que os governadores que, inicialmente, criticaram a posição do governo brasileiro frente às tarifas "caíram na real"

       Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 10/07/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que as áreas técnicas de sua pasta e dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e das Relações Exteriores concluíram detalhes do plano de contingência para as tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros, destacando ainda a mudança de posição de governadores em relação ao tema.

Em entrevista a jornalistas na Fazenda, em Brasília, Haddad afirmou que deve apresentar o plano ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana. Além disso, afirmou ser positivo que os governadores que, inicialmente, criticaram a posição do governo brasileiro frente às tarifas "caíram na real".

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Gleisi: Brasil tem apoio internacional contra Trump e traidores do país estão isolados

Ministra destaca apoio de 40 países ao posicionamento do Brasil contra os ataques dos EUA na OMC

      Gleisi Hoffmann (Foto: GIL FERREIRA / SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), destacou nesta quinta-feira (24) o apoio de 40 países ao posicionamento do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a política de tarifas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a ministra, o movimento mostra que o países não está isolado, ao contrário de quem defende as ações de Trump.

“Muito importante o apoio que quarenta países deram ao posicionamento do Brasil em reunião da Organização Mundial do Comércio. É uma prova de que o Brasil não está isolado na defesa do multilateralismo e mais equilíbrio nas relações comerciais. Isolados estão os traidores que defendem as sanções de Trump contra nosso país”, afirmou Gleisi em publicação nas redes.

O posicionamento do Brasil na OMC foi apresentado na última quarta-feira (23) pelo embaixador Philip Fox-Drummond Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty. Sem citar diretamente os EUA, ele condenou o uso de tarifas arbitrárias e alertou para os riscos econômicos e geopolíticos dessas práticas.

“As negociações como jogos de poder são um atalho perigoso para a instabilidade e a guerra”, afirmou o diplomata. “Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas em forma de caos estão desestruturando as cadeias globais de valor e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, completou.

O Brasil também destacou que tais medidas violam os princípios fundamentais da OMC e expressou preocupação com o uso de sanções econômicas como instrumento de interferência em assuntos internos de outros países.

“Como uma democracia estável, o Brasil tem firmemente enraizados em nossa sociedade princípios como o Estado de Direito, a separação de poderes, o respeito às normas internacionais e crença na solução pacífica de controvérsias”, disse Gough.

A fala brasileira foi endossada por blocos e países como os Brics, União Europeia e Canadá. A delegação dos Estados Unidos, presente na reunião, respondeu sem citar diretamente o Brasil, mas afirmou estar preocupada com “condições desiguais” no comércio internacional.

Fonte: Brasil 247

Eduardo Bolsonaro exige "anistia ampla" para diálogo com os EUA, após críticas de Temer

Deputado reage à defesa de diálogo feita por Temer e diz que, sem “anistia ampla”, não haverá negociação com os EUA após sanções e cancelamento de vistos

      Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução )

Em resposta ao ex-presidente Michel Temer (MDB), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que não há possibilidade de diálogo com os Estados Unidos enquanto não houver “anistia ampla, geral e irrestrita”. A reação veio após Temer divulgar, nesta quarta-feira (23), um vídeo em que condena as recentes medidas do governo norte-americano contra o Brasil, mas defende o diálogo como solução para a crise. As informações são do Metrópoles.

A publicação de Temer na rede social X criticou a elevação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e o cancelamento de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), classificando as ações como “injustificáveis e inadmissíveis” e advertindo contra “bravatas ou agressões”. Para o ex-presidente, “eventuais respostas devem respeitar os tratados internacionais e a Constituição brasileira”, ressaltando que “devemos agir e reagir como a nação livre e soberana que somos, sem excessos de ambas as partes”.

A fala, contudo, encontrou resistência no campo bolsonarista. Também por meio da plataforma X, Eduardo Bolsonaro rebateu Temer com tom desafiador: “Para haver diálogo com quem prende velhinhas inocentes, o regime tem que recuar. O primeiro passo é a anistia ampla, geral e irrestrita. Sem isso, não haverá diálogo”, escreveu o deputado, em referência direta à prisão de apoiadores de seu pai após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Além da polêmica, Eduardo Bolsonaro é alvo de investigação da Polícia Federal, no âmbito de inquérito que tramita no STF. O processo, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, envolve suspeitas de coação no curso do processo, obstrução de investigação sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O deputado é acusado de ter incentivado o governo dos EUA a aplicar sanções contra autoridades brasileiras, alegando perseguição política.

Por decisão de Moraes, Eduardo teve o celular apreendido, está impedido de usar redes sociais, não pode deixar Brasília, precisa permanecer em casa à noite e utiliza tornozeleira eletrônica. A investigação inclui ainda seu período nos Estados Unidos, onde o parlamentar se afastou da Câmara e atuou na defesa de medidas de retaliação contra integrantes do STF, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal.

A crise diplomática se intensificou no início deste mês, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A decisão foi formalizada em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que prometeu reagir com base na Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada recentemente. O dispositivo autoriza o Brasil a adotar contramedidas em casos de ações unilaterais que prejudiquem a competitividade nacional.

Em seu apelo por moderação, de acordo com a reportagem, Temer declarou que “quando a tempestade se forma, o caminho para encontrarmos uma saída é procurando abrigo no porto seguro do diálogo”. Apesar da tentativa de apaziguamento, o discurso do ex-presidente não encontrou eco entre aliados de Jair Bolsonaro (PL), que seguem insistindo em discursos de enfrentamento institucional e exigências de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Empresas ligadas a políticos receberam R$ 773 milhões em emendas desde 2018

Levantamento revela que recursos destinados a emendas parlamentares custearam negócios de parlamentares, questionando transparência

      (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Um levantamento publicado nesta quinta-feira (24) no portal UOL revelou que empresas controladas ou ligadas a políticos receberam, entre 2018 e 2025, impressionantes R$ 773 milhões em emendas parlamentares.

Os dados apontam para um fluxo consistente de dinheiro público direcionado a negócios privados com vínculos políticos, levantando preocupações sobre conflitos de interesse e moralidade na alocação de recursos federais.

De acordo com a investigação, o valor considerável foi pago a dezenas de empresas, muitas delas registradas em nome de familiares ou sócios de deputados e senadores. O levantamento detalha os principais beneficiários, o montante recebido por cada grupo empresarial e os parlamentares que mantêm ligação direta ou indireta com essas empresas.

A reportagem destaca que a prática, embora legal em alguns casos, questiona os limites éticos da atividade parlamentar: "Não é ilegal que um parlamentar indique recursos para municípios que possuam empresas ligadas a ele, mas é inegável que isso gera uma aparência de uso eleitoral do dinheiro público".

Entre os segmentos mais favorecidos, estão obras de infraestrutura, saúde e educação. Em muitos casos, as emendas pareceram contrabalançar contratações diretas por parte da administração pública, impulsionando o faturamento dos negócios dos próprios parlamentares. Documentos públicos analisados pelo jornalista mostram que alguns desses contratos se tornaram recorrentes em determinados municípios, independente de gestão ou concorrência aberta.

O levantamento conclui com um alerta aos órgãos de controle: apesar das transparências legais já previstas, é preciso avançar na regulamentação das emendas parlamentares, especialmente sobre o destino desses recursos em empresas com relação direta com os parlamentares. A CGU e o TCU foram citados como possíveis agentes fiscalizadores que podem contribuir para coibir esse tipo de relação entre poder político e interesses econômicos individuais.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Governo começa a devolver valores a vítimas de fraude no INSS nesta quinta-feira

Primeiro lote vai beneficiar 400 mil aposentados e pensionistas que contestaram descontos indevidos e não obtiveram resposta das entidades

Dinheiro e fachada da Previdência Social (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

A partir desta quinta-feira (24), o governo federal inicia a devolução dos valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas vítimas de fraudes relacionadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o g1, a autarquia afirmou que o primeiro lote de reembolsos atenderá 400 mil beneficiários.

O processo de ressarcimento seguirá a ordem de adesão: quem solicitou primeiro, receberá primeiro. Depois da liberação inicial, os pagamentos acontecerão em dias úteis, com lotes diários de até 100 mil pessoas. O pedido de ressarcimento pode ser feito diretamente pelo aplicativo Meu INSS ou em agências dos Correios.

Segundo dados divulgados pelo governo, cerca de 1 milhão de beneficiários já aderiram ao plano de devolução, o que corresponde a quase metade dos 2,05 milhões de segurados elegíveis. Estão aptos a participar os que contestaram os descontos e não receberam resposta das associações envolvidas. O prazo para contestar os débitos indevidos se encerra em 14 de novembro de 2025. No entanto, a adesão ao acordo continuará disponível mesmo após esse prazo.

De acordo com o INSS, o reembolso será feito na mesma conta em que o benefício é depositado regularmente, com correção monetária pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Não há necessidade de informar dados bancários adicionais. Todo o procedimento é realizado administrativamente, sem que o beneficiário precise recorrer à Justiça.

Ao aceitar o acordo, o segurado concorda com a via administrativa de ressarcimento e abre mão de ações judiciais contra o INSS. No entanto, ainda é possível processar as entidades responsáveis pelos descontos. A autarquia reforça que não envia links por WhatsApp, e-mail ou SMS.

A adesão ao acordo é gratuita e está disponível exclusivamente pelo aplicativo Meu INSS e nas agências dos Correios. Só podem participar os beneficiários que contestaram os débitos e não obtiveram resposta em até 15 dias úteis.

Passo a passo para aderir:

  1. Acesse o app Meu INSS com seu CPF e senha.
  2. Vá até “Consultar Pedidos” e clique em “Cumprir Exigência”.
  3. Leia o comentário mais recente.
  4. No campo “Aceito receber”, selecione “Sim”.
  5. Clique em “Enviar” e aguarde o pagamento.

Ainda conforme a reportagem, o processo se inicia com a contestação do desconto, feita via aplicativo, Central 135 ou Correios. A entidade responsável tem até 15 dias úteis para responder. Caso não haja retorno, o sistema libera a opção de adesão ao acordo.

Se a associação apresentar resposta, os documentos entram em análise. O segurado, então, pode:

  • Aceitar a justificativa
  • Contestar por suspeita de falsidade ideológica
  • Declarar que não reconhece a assinatura

Em caso de nova contestação, a entidade terá cinco dias úteis para efetuar o pagamento. Se ainda assim não devolver o valor, o caso será submetido a auditoria, e o beneficiário poderá contar com apoio das Defensorias Públicas Estaduais para buscar reparação judicial.

O INSS informou ainda que iniciará, por conta própria, a contestação dos descontos em casos específicos, mesmo que o beneficiário não tenha solicitado reembolso. A chamada “contestação de ofício” abrange:

  • Idosos com mais de 80 anos que começaram a ter descontos após março de 2024
  • Indígenas
  • Quilombolas

Essa medida, segundo o instituto, beneficiará diretamente cerca de 209 mil idosos, 17 mil indígenas e 38 mil quilombolas. Para pessoas que vivem em regiões de difícil acesso, o INSS promete realizar ações de busca ativa, com intensificação prevista a partir de agosto.

O presidente do INSS, Gilberto Waller, informou que os casos em negociação com as entidades estão sendo monitorados. “Quando ele [o beneficiário] não concordar, é gerado uma GRU [Guia de Recolhimento da União] para a instituição fazer o pagamento administrativamente. Vencido esse prazo, estamos fazendo uma auditoria para saber se é caso para pagamento ou não, para verificar se há fraude da fraude”, explicou.

Waller também destacou que quem entrou na Justiça ainda pode desistir da ação para aderir ao acordo. Já os que acionaram o Judiciário antes da operação da Polícia Federal, terão direito à Requisição de Pequeno Valor, além de honorários advocatícios fixados em 5%.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Maioria dos brasileiros rejeita revogação de vistos de ministros do STF pelos EUA, aponta pesquisa

Levantamento do Ipespe mostra que 57% desaprovam medida adotada após operação da PF contra Bolsonaro

      Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Antonio Augusto/STF)

De acordo com levantamento da pesquisa Pulso Brasil/Ipespe divulgado nesta quinta-feira (24), a maioria dos brasileiros discorda da decisão do governo dos Estados Unidos de revogar os vistos de entrada de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a CNN Brasil, a pesquisa revelou que 57% dos entrevistados se opõem à medida. Em contrapartida, 37% manifestaram apoio, enquanto 6% disseram não saber ou preferiram não responder.

O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 22 de julho, com 2.500 entrevistados em todo o país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95,45%.

A polêmica envolvendo os vistos teve início na última sexta-feira (18), quando o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, usou sua conta na rede social X para anunciar que os vistos do ministro Alexandre de Moraes e de seus aliados seriam revogados. A declaração foi feita após a deflagração de uma operação da Polícia Federal que atingiu diretamente air Bolsonaro (PL).

Segundo fontes do Palácio do Planalto ouvidas pela reportagem, a medida não se restringiu a Moraes. Além do ministro, outros sete integrantes do STF teriam sido afetados pela decisão do governo dos Estados Unidos, bem como o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

STF interroga Silvinei Vasques e outros acusados de organizar golpe e espalhar fake news

Réus dos núcleos 2 e 4, ligados à tentativa de golpe e à propagação de desinformação, prestam depoimento nesta quinta por videoconferência

     Fachada do STF (Foto: Wallace Martins/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta quinta-feira (24) uma nova rodada de interrogatórios no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado articulada por aliados de Jair Bolsonaro (PL), informa o Metrópoles

Serão ouvidos, por videoconferência, os acusados que integram os núcleos 2 e 4 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Os depoimentos ocorrerão no âmbito da ação penal conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, ou por juízes auxiliares de seu gabinete.

Núcleo 2: articulação para manter Bolsonaro no poder - Segundo a PGR, o chamado núcleo 2 seria responsável por organizar ações que visavam garantir a permanência ilegítima de Jair Bolsonaro na Presidência da República, após as eleições de 2022. Os seis réus dessa frente são apontados como articuladores de medidas como a elaboração da “minuta do golpe”, o monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes e o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o acesso de eleitores — especialmente no Nordeste — às urnas, no segundo turno da eleição.

Entre os nomes mais conhecidos está o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, acusado de mobilizar efetivos da corporação para operações que teriam interferido na votação. Também serão ouvidos:

  • Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais;
  • Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do DF;
  • Mário Fernandes, general da reserva do Exército, conhecido pelo apelido de “Kid Preto”.
Núcleo 4: propagadores de desinformação e ataques às instituições - Já os réus do núcleo 4 são acusados de disseminar fake news e incitar ataques às instituições democráticas e seus representantes. O grupo é composto por militares da reserva, agentes públicos e integrantes de entidades civis. Estão entre os interrogados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva do Exército;
  • Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército;
  • Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal.

Acusações e crimes investigados - Todos os réus dos dois núcleos respondem por cinco crimes previstos no Código Penal e em legislação específica: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

As investigações fazem parte do esforço do STF para responsabilizar os envolvidos nos atos golpistas que marcaram o período eleitoral e os ataques de 8 de janeiro de 2023. Os depoimentos desta quinta representam mais um passo no processo judicial que busca esclarecer o papel de militares e ex-agentes do governo na tentativa de ruptura democrática.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

quarta-feira, 23 de julho de 2025

VÍDEO: Malafaia descarta Michelle como grande nome do futuro do bolsonarismo

     Silas Malafaia em entrevista ao Metrópoles. Foto: reprodução


Em entrevista ao programa “Contexto Metrópoles” nesta quarta-feira (23/7), o pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não será a grande representante do público conservador. Segundo ele, embora ela tenha conquistado espaço próprio na política, há diversas outras vozes relevantes na direita.

“Não acredito que a Michelle vai ser a grande voz do público conservador, porque tem várias vozes. A Michelle conseguiu capilaridade por ela mesma. As pessoas, no mundo político, conquistam seu espaço pelas ações e atitudes”, afirmou Malafaia.

O líder religioso citou nomes como os deputado federais do PL Nikolas Ferreira, Gustavo Gayer, e Sóstenes Cavalcante, líder do partido na Câmara, além dos senadores Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, também da sigla de extrema-direita, como figuras igualmente influentes no cenário conservador.

“Você tem o Nikolas, que é uma voz poderosa, tem o Gayer, o deputado Sóstenes, que cresceu muito a partir da liderança, o Flávio, o Eduardo… várias vozes, que incluem a Michelle Bolsonaro”.

A declaração de Malafaia ocorre em um momento em que parte da oposição defende Michelle Bolsonaro como principal liderança da direita, especialmente diante das medidas cautelares que atingem o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do Bloco Vanguarda, afirmou na terça-feira (22/7) que a oposição deveria se unir em torno da ex-primeira-dama e revelou que pretende conversar com Bolsonaro sobre o assunto.

A fala do pastor também reflete a incerteza sobre quem será o candidato apoiado por Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2026. Com o ex-presidente inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há uma disputa por espaço entre as lideranças conservadoras, enquanto movimentos de base pressionam por uma definição.

Malafaia, no entanto, minimizou a urgência da escolha. Ele criticou o que chamou de “cobrança injusta” sobre Bolsonaro e destacou que é comum que apoios políticos sejam definidos em cima da hora.

Enquanto o cenário nacional permanece indefinido, Michelle Bolsonaro aparece como forte candidata ao Senado pelo Distrito Federal em 2026. Pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, realizada em março com 1.600 eleitores, mostrou a ex-primeira-dama liderando com 42,9% das intenções de voto.

Para Malafaia, a vitória dela é certa: “A Michelle, se ela for candidata ao Senado, ela vai ser senadora, ela vai ganhar”, afirmou.

Veja a entrevista na íntegra:

Fonte: DCM