sexta-feira, 13 de junho de 2025

Gilson Machado estava com Bolsonaro horas antes de ser preso pela PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro do Turismo Gilson Machado em encontro com aliados em Natal (RN), nesta quinta (12). Foto: Reprodução


Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta quinta (12), às vésperas de ser preso pela Polícia Federal. Ele foi detido pela Polícia Federal nesta sexta (13) por suspeita de tentar atrapalhar as investigações sobre a trama golpista.

Segundo o jornal O Globo, Machado recepcionou Bolsonaro no aeroporto de Natal (RN) e depois almoçou com ele e aliados na capital. Ele chegou a registrar o encontro nas redes sociais e disse que o ex-presidente está “recuperado”.

O ex-ministro disse que Bolsonaro vai iniciar a “rota 22” pelo Nordeste, buscando eleitores para sua candidatura em 2026, ignorando que o ex-presidente está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução
A Polícia Federal apura se Machado tentou facilitar uma possível saída do ex-ajudante de ordens Mauro Cid do país. Ele tentou obter um passaporte português para o tenente-coronel junto do consulado em Recife (PE), onde mora.

A corporação reuniu indícios de que o ex-ministro tentou conseguir o documento mas não conseguiu. A suspeita é de que ele poderia procurar outras embaixadas ou consulados com o mesmo objetivo.

Machado nega que tenha procurado o consulado para tentar beneficiar Cid. “Estou surpreso. Nunca fui atrás de nada a respeito de Mauro Cid. Tratei do passaporte para o meu pai”, alegou.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que o episódio pode configurar obstrução de investigações, além de favorecimento pessoal, e considera que é necessário aprofundar a apuração. O órgão diz que há “elementos sugestivos” de que ele tentou atrapalhar os inquéritos.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Após se acovardar, Bolsonaro sobe o tom contra STF: “Chega dessa farsa”

Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes durante a posse do magistrado na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a subir o tom contra o Supremo Tribunal Federal (STF) após se acovardar durante depoimento à Corte na última terça (10). Em post no Instagram, ele chamou o processo da trama golpista de “farsa”.

A ‘trama golpista’ é uma farsa fabricada em cima de mentiras. Um enredo montado para perseguir adversários políticos e calar quem ousa se opor à esquerda”, escreveu o ex-presidente. Ele compartilhou uma publicação da revista Veja sobre mensagens de Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.

Segundo a reportagem da revista, Cid disse a um interlocutor não identificado que Bolsonaro não participou da trama golpista e “não iria fazer nada” em 2022, quando perdeu as eleições para o presidente Lula. Por isso, o ex-presidente pede a anulação de sua delação.

“Isso não é justiça. É perseguição. É uma caça às bruxas contra mim e contra os milhões de brasileiros que eu represento. Um processo movido por vingança, não por verdade. Essa delação deve ser anulada. Braga Netto e os demais devem ser libertados imediatamente. E esse processo político disfarçado de ação penal precisa ser interrompido antes que cause danos irreversíveis ao Estado de Direito em nosso país”, prosseguiu.

Ele ainda pede a liberação do general Walter Braga Netto, preso desde o ano passado. “É um processo movido por vingança, não por verdade”, acrescentou.

“Apelo à consciência dos brasileiros, das instituições, dos parlamentares e da imprensa séria: reflitam sobre o preço dessa escalada autoritária. Chega dessa farsa. Não se constrói um país sobre mentiras, vingança e arbítrio”, completou.


No depoimento sobre a trama golpista, Bolsonaro tentou minimizar seu papel na trama e minimizar alguns episódios, como reuniões com os então comandantes das Forças Armadas e a criação de uma minuta que previa ruptura institucional.

Ele chegou a pedir desculpas ao ministro Alexandre de Moraes e fazer um convite, em tom de brincadeira, para que o magistrado fosse seu vice em 2026. O ex-presidente foi chamado de “frouxo” pelos próprios apoiadores após a oitiva.

Fonte: DCM

Moraes determinou que prisão de Cid fosse cumprida sem espetacularização

Ministro do STF pediu discrição à PF ao determinar prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mas revogou a medida minutos depois

          Alexandre de Moraes (Foto: Gustavo Moreno / STF)

Ao autorizar a prisão preventiva do tenente-coronel Mauro Cid, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a medida fosse cumprida com total discrição e sem qualquer tipo de exposição pública. A decisão, no entanto, foi revogada pouco tempo depois. As informações são da CNN Brasil.

“A autoridade policial responsável pelo cumprimento do mandado deverá evitar a exposição indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática”, escreveu Moraes no documento.

Mesmo com a revogação da prisão, Cid foi conduzido à sede da Polícia Federal, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (13), para prestar novo depoimento no âmbito das investigações que apuram uma suposta tentativa de fuga do país. A suspeita é de que o militar, que é delator na investigação sobre tentativa de golpe de Estado, tenha tentado obter cidadania portuguesa com apoio do ex-ministro do Turismo Gilson Machado.

Segundo apurações da PF, Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal no Recife, em maio de 2025, para viabilizar a emissão de um passaporte português em nome de Mauro Cid. O ex-ministro foi preso nesta sexta-feira, também por ordem de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Moraes cobrou explicações de Cid sobre documentação portuguesa em fevereiro

O militar negou a intenção de deixar o país

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, em fevereiro deste ano, que a defesa de Mauro Cid esclarecesse o motivo de o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro ter solicitado um passaporte português. No despacho assinado no dia 19 de fevereiro, Moraes intimou os advogados do tenente-coronel para explicarem, no prazo de 24 horas, o motivo do pedido. As informações são do g1.

O magistrado também requisitou informações sobre a possível emissão de cédula de identidade portuguesa para Cid. "Intimem-se os advogados regularmente constituídos por Mauro Cid para que, no prazo de 24 horas, esclareçam por qual razão o colaborador solicitou passaporte português e informem se [Cid] já recebeu a cédula de identidade portuguesa que foi solicitada", escreveu Moraes no documento.

A nova ofensiva das autoridades culminou, nesta sexta-feira (13), com uma operação da Polícia Federal que levou Mauro Cid à sede da corporação em Brasília para prestar esclarecimentos. A ação apura uma possível tentativa de fuga do militar para o exterior com apoio de aliados políticos.

De acordo com a Polícia Federal, os indícios apontam que o plano contaria com a ajuda do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que chefiou a pasta durante o governo Bolsonaro. Segundo os investigadores, Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio deste ano, para facilitar a emissão do passaporte português a Cid. A PF suspeita que a medida visava viabilizar a saída de Mauro Cid do país.

Também nesta sexta-feira, Gilson Machado foi preso preventivamente em Recife no âmbito da mesma investigação. A defesa de Cid nega qualquer tentativa de fuga e afirma que a solicitação de documentos não tinha caráter ilícito.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Família de Mauro Cid, suspeito de planejar fuga, está nos EUA

Ação da PF nesta sexta contra o ex-ajudante de ordens ocorreu após PGR identificar risco de fuga do militar, réu por tentativa de golpe

      Mauro Cid - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma representação na qual solicitou a prisão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e do ex-ministro do Turismo Gilson Machado. O pedido de prisão do militar foi expedido, segundo o g1, após seus familiares deixarem o Brasil.

Nesta sexta-feira (13), agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão contra Cid. Ele, porém, não chegou a ser preso porque o mandado foi revogado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Gilson Machado, contudo, foi preso no Recife no início da manhã pela suspeita de que tenha tentado ajudar Mauro Cid a obter um passaporte português.

Ainda de acordo com a reportagem, a medida foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após a saída do país de familiares de Mauro Cid, o que levantou suspeitas sobre uma possível tentativa de obstrução das investigações.

Segundo o documento, em maio de 2025, os pais, a esposa e as filhas do ex-ajudante de ordens embarcaram em um voo com destino a Los Angeles, nos Estados Unidos, com escala no Panamá. A ausência de registros migratórios referentes à saída de uma das filhas de Cid chamou a atenção das autoridades.

Cid é um dos 31 réus — ao lado de Jair Bolsonaro — na ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado que visava reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022 e manter o então presidente no poder. A denúncia apresentada pela PGR inclui crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

APUCARANA: Programa leva para a praça ações integradas de saúde humana, animal e ambiental



Apucarana é um dos primeiros municípios do Paraná a aderir ao Programa Saúde Única, do Ministério da Saúde. A iniciativa busca oferecer soluções integradas para a saúde humana, animal e ambiental. A primeira ação acontece neste sábado, na Praça Rui Barbosa, das 9h às 12h. O objetivo é mostrar como ratos, escorpiões, serpentes, o bicho barbeiro e o mosquito Aedes aegypti podem afetar a saúde das pessoas.

A ação é promovida pela Autarquia Municipal de Saúde, por meio dos setores de controle de endemias, vigilância em saúde e do Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa). Segundo Matheus Machado da Ponte, coordenador do controle de endemias, será montada uma barraca na Praça Rui Barbosa com mostruários desses animais. Profissionais estarão no local para orientar a população e esclarecer dúvidas.

Serão distribuídos materiais informativos sobre doenças como febre maculosa, raiva, sarna, leptospirose, leishmaniose, dengue, entre outras. “A equipe multidisciplinar da saúde estará ainda aplicando a vacina de raiva em cães e gatos, além de realizar uma feira de doação de animais juntamente com a entrega de amostras de ração”, completa Matheus.

Também está prevista a distribuição de sacos para reciclagem, visando a correta destinação de resíduos sólidos.

Saúde Única
O programa propõe integrar conhecimentos e práticas de diferentes áreas, como medicina veterinária, saúde pública e ciências ambientais. A proposta é lidar com problemas de saúde que atingem, de forma conjunta, seres humanos, animais e o meio ambiente. “Existem as doenças que pegam os animais e os humanos junto, como a sarna e a leishmaniose”, explica.

Essas doenças também se relacionam com o meio ambiente e podem ser evitadas com ações simples, como manter o quintal sempre limpo para afastar os animais peçonhentos. “Normalmente se foca na dengue e às vezes se esquece das outras situações. Deixar o seu quintal limpo, tomar as vacinas e imunizar seus animais são ações desta visão mais ampla e integrada da saúde pública”, pontua o coordenador do setor de controle de endemias.

Vertentes do Programa Saúde Única

◈ Saúde humana: Cuida da saúde das pessoas, incluindo aspectos físicos, mentais e sociais.
◈ Saúde animal: Abrange a saúde de animais domésticos, de produção e silvestres.
◈ Saúde ambiental: Refere-se à preservação dos ecossistemas, recursos naturais e fatores ambientais que influenciam a saúde de humanos e animais.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Residência Multiprofissional leva orientações de saúde à Festa em Louvor a Santo Antônio no Distrito de Pirapó

Os atendimentos ocorrerão no salão paroquial da Igreja Santo Antônio de Pádua, no sábado, das 18h às 22h, e no domingo, das 11h às 16h.


Neste fim de semana, os profissionais do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), que atuam na Unidade Básica de Saúde (UBS) Walter Lazarini, participarão da tradicional Festa em Louvor a Santo Antônio, no Distrito de Pirapó. Durante o evento, eles realizarão atendimentos em um espaço dedicado à saúde, oferecendo orientações, atividades de educação em saúde e esclarecimento de dúvidas à população.

“O objetivo desta iniciativa é divulgar os Grupos de Saúde e as diversas atividades oferecidas pela UBS Walter Lazarini, além de fortalecer os vínculos da equipe multiprofissional com a comunidade do Distrito de Pirapó”, explicou a tutora docente do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica, a cirurgiã-dentista Adriana Palú.

Os atendimentos ocorrerão no salão paroquial da Igreja Santo Antônio de Pádua, no sábado, das 18h às 22h, e no domingo, das 11h às 16h. Estarão disponíveis para o público os seguintes profissionais: Thiago Silva Sales (educador físico), Gabriel Fernando Martins (fisioterapeuta), Fernanda Adami Menuci (psicóloga), Larissa da Silva Lucindo (nutricionista) e Beatriz Ribeiro Agustinho (enfermeira).

A Festa em Louvor a Santo Antônio de Pádua contará com barracas de comidas típicas, como sukiyaki, porções de carne suína, coxinha, pastel e refrigerantes. No domingo, será servido um almoço com churrasco no espeto. Após a missa das 18h30, um show de prêmios encerrará a programação. A expectativa dos organizadores é reunir um grande número de fiéis e visitantes da região.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Bolsonaro usa contradições de Cid para pedir anulação de delação e processo da trama golpista

Bolsonaro ignora provas colhidas durante investigação para reforçar narrativa de suposta perseguição política e judicial

                 Mauro Cid depõe no STF - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)

Jair Bolsonaro (PL) se valeu das contradições do tenente-coronel Mauro Cid, reveladas pela revista Veja, para exigir a anulação do acordo de delação premiada firmado por seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, com a Polícia Federal e, consequentemente, o encerramento do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado no final de 2022. Em mensagens publicadas nas redes sociais, Bolsonaro reiterou sua versão de que é alvo de perseguição política e atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

“Essa delação deve ser anulada. Braga Netto e os demais devem ser libertados imediatamente”, escreveu Bolsonaro. E acrescentou: “apelo à consciência dos brasileiros, das instituições, dos parlamentares e da imprensa séria: reflitam sobre o preço dessa escalada autoritária”.

A reação do ex-presidente ocorreu após a publicação de reportagem da Veja revelando que Mauro Cid mentiu ao ser questionado no STF sobre o uso de perfis em redes sociais para comentar sua delação. Durante seu depoimento, o militar afirmou não utilizar redes para tratar do tema. No entanto, segundo a revista, provas demonstram que ele mantinha conversas privadas em um perfil do Instagram (@gabrielar702), onde criticava Moraes, falava das pressões da PF e revelava detalhes dos bastidores do processo.

◆ Conversas indicam omissões de Mauro Cid - De acordo com a Veja, as mensagens trocadas entre 29 de janeiro e 8 de março deste ano indicam que Mauro Cid descumpriu cláusulas centrais de seu acordo de colaboração, incluindo a proibição de manter contato com investigados e de divulgar informações sigilosas. Ele relatava incômodo com o rumo das investigações e com o que considerava uma condenação já definida pelo STF. Em uma das mensagens, escreveu: “não precisa de prova!!! Só de Narrativas!!!!”.

Em outro trecho, Cid afirma que “AM é o cão de ataque”, referindo-se a Moraes, e avalia que só haveria saída para os acusados com uma intervenção do Congresso ou com uma eventual vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, imaginando que isso poderia trazer sanções ao Brasil.

◆ Delator minimizou papel de Bolsonaro, mas confirmou reuniões golpistas - No depoimento ao STF, Mauro Cid tentou suavizar o papel de Jair Bolsonaro nos eventos de dezembro de 2022. Disse que, embora tenha participado de reuniões em que se discutiu a anulação das eleições e medidas contra o Supremo, o ex-presidente “não ia fazer nada”. O militar também classificou parte dos diálogos como “conversas de bar” e alegou não se recordar de detalhes importantes, como o local exato onde teria recebido de Braga Netto um pacote de dinheiro para financiar militares.

Ainda assim, Cid confirmou que Bolsonaro duvidava da lisura das urnas eletrônicas, discutiu medidas para impedir a posse de Lula, e que o almirante Almir Garnier teria colocado a Marinha à disposição do então presidente. Essas informações, somadas a documentos, aparelhos eletrônicos e outras testemunhas, serviram como base para a acusação formal contra o grupo que integraria o núcleo central do plano golpista.

◆ Bolsonaro reforça tese de farsa e nega responsabilidade - Na sua publicação, Bolsonaro retomou a retórica de que há uma conspiração para impedi-lo politicamente: “a ‘trama golpista’ é uma farsa fabricada em cima de mentiras. Um enredo montado para perseguir adversários políticos e calar quem ousa se opor à esquerda”. Ele alega que o processo “é uma caça às bruxas contra mim e contra os milhões de brasileiros que eu represento”.

A defesa de Bolsonaro já vinha adotando a estratégia de desqualificar a delação de Mauro Cid. Com a revelação das mensagens e a contradição durante o depoimento ao STF, os advogados do ex-presidente consideram que a credibilidade do delator está comprometida, o que poderia abrir margem para questionamentos formais ao acordo de colaboração.

◆ Futuro da delação será decidido por Alexandre de Moraes - A quebra das cláusulas do acordo coloca em risco os benefícios garantidos a Mauro Cid, que envolvem desde perdão judicial até a preservação de direitos militares e proteção policial. Caso a delação seja cancelada, ele volta a ser réu pelos mesmos crimes dos demais acusados e pode ser condenado a até 40 anos de prisão.

O perfil @gabrielar702, utilizado pelo tenente-coronel, foi deletado logo após seu interrogatório no Supremo. Agora, caberá a Moraes decidir se a delação será mantida ou rescindida — e, com ela, o destino jurídico de um dos processos mais sensíveis da história recente do Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informaçlões da revista Veja

Brasil condena ataques de Israel contra o Irã e alerta para risco de guerra generalizada

Governo brasileiro critica violação da soberania iraniana e pede fim imediato das hostilidades no Oriente Médio

Palácio do Itamaraty (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Itamaraty emitiu, na manhã desta sexta-feira (13), uma nota oficial condenando os ataques aéreos realizados por Israel contra o território do Irã nesta madrugada. "A ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã representa uma clara violação à soberania desse país e ao direito internacional", afirma o comunicado, que expressa “forte preocupação” com a escalada do conflito. A nota adverte que os ataques “ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial”.

O Brasil, que ocupa posição de destaque em organismos multilaterais e vem defendendo soluções diplomáticas para os principais conflitos globais, voltou a apelar pelo diálogo e pela contenção. “O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades”, diz o texto.

A posição brasileira é coerente com sua tradição diplomática de defesa da não intervenção, do multilateralismo e do respeito à soberania dos Estados. O governo do presidente Lula tem se posicionado sistematicamente contra ações militares unilaterais que agravam tensões geopolíticas, como ocorreu também em relação ao conflito na Faixa de Gaza e à guerra na Ucrânia.

Fonte: Brasil 247

Bolsonarista Alexandre Correa é condenado a 3 anos de prisão; saiba o motivo

Ana Hickmann e Edu Guedes, e o empresário Alexandre Correa – Foto: Reprodução

Alexandre Correa, ex-marido de Ana Hickmann, foi condenado a três anos de prisão por difamação contra Edu Guedes, atual companheiro da ex-modelo. A decisão da 4ª Vara Criminal da Barra Funda foi divulgada na quinta-feira (12). Segundo a sentença, o empresário bolsonarista teria feito acusações sem provas com o objetivo de atingir a honra de Guedes.

A juíza responsável pelo caso afirmou que Correa “extrapolou os limites da liberdade de expressão e de opinião, imputando a Edu a prática de atos criminosos”.

Ainda não há definição sobre o regime em que a pena será cumprida ou se poderá ser convertida em medidas alternativas. A defesa de Alexandre não se manifestou sobre a decisão até o momento. A condenação ainda cabe recurso.

Fonte: DCM

Ministro, médicos e empresários: quem eram as vítimas da queda da queda de avião na índia


Momento em que avião cai e explode na Índia, na quinta-feira, 12 de junho de 2025 – Foto: Reprodução

Entre as 242 pessoas a bordo do Boeing 787-8 Dreamliner da Air India, que caiu na quinta-feira (12) após decolar de Ahmedabad rumo a Londres, estavam médicos, empresários, políticos e casais em viagem. A tragédia repercutiu na Índia, no Reino Unido, em Portugal e no Canadá.

O voo AI171 perdeu altitude logo após deixar a pista e caiu nas proximidades do terminal, atingindo um prédio.

Vítimas do acidente


O casal britânico Fiongal Greenlaw e Jamie Meek, que voltava de férias na Índia, também estava a bordo. Fiongal era fundador da empresa de bem-estar The Wellness Foundry, e Jamie atuava como diretor de eventos.

Outro casal britânico, Akeel Nanabawa e Hannaa Vorajee, empresários de Gloucestershire, também morreu no desastre.

Entre as vítimas políticas, destaca-se Vijay Rupani, 68, ex-ministro-chefe de governo do estado de Gujarat. Ele liderou o governo estadual entre 2016 e 2021 pelo Partido Bharatiya Janata. Sua morte gerou homenagens de diversas autoridades indianas. Ele era o 12º nome na categoria Classe Executiva, identificado como parte da Classe Z.

Fiongal Greenlaw, Vijay Rupani e Nirali Patel: vítimas da queda da aeronave – Foto: Reprodução
A canadense Nirali Pastel, dentista que residia em Toronto, também estava no voo. Ela retornava ao país após visitar familiares na Índia.

Único sobrevivente

O britânico Vishwash Kumar Ramesh, 40, é o único sobrevivente identificado. Ele conseguiu escapar dos destroços e ligou para o pai. Está internado com ferimentos no peito, nos olhos e nos pés. Seu irmão, Ajay Kumar Ramesh, está entre as vítimas.
Vishwash Kumar Ramesh, sobrevivente do acidente aéreo ocorrido na Índia na quinta-feira, 12 de junho – Foto: Reprodução

Exclusivo: Zambelli paga esposa de ex-assessor que foi elo com Delgatti


                              Jean Hernani Vilela, ex-assessor de Carla Zambelli. Foto: reprodução

O gabinete da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), fugitiva da Justiça brasileira com mandado de prisão decretado, transferiu de outubro do ano passado a maio deste ano um total de R$ 125.140 a uma empresa de comunicação fundada em 2023 pela esposa de seu ex-assessor Jean Hernani Guimarães Vilela, que fora exonerado do cargo em agosto do ano passado, após ser alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal e de quebra de sigilo bancário e telefônico.

O motivo: foi Hernani, segundo os policiais federais, o homem responsável por pagar e negociar com o hacker Walter Delgatti, contratado pela parlamentar para inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Dias após a operação policial, Zambelli exonerou o então assessor, tentando desvencilhar-se (ao menos, publicamente) daquele que desembolsou o dinheiro e contratou o serviço de Delgatti, em nome do gabinete da congressista.

Só o que Zambelli evitou tornar público foi o fato de que, um mês após mandar embora o assessor investigado, já estava contratando a empresa de sua esposa (fundada havia pouco mais de um ano), para ser a principal agência de comunicação e gerenciamento das redes sociais da bolsonarista.

O disfarce para continuar pagando seu assessor investigado pela PF por relação com o hacker de Araraquara (SP) sem levantar suspeitas não foi dos mais brilhantes, como é marca das estratégias de Zambelli.

Não apenas porque Monica Romina Santos de Sousa, a esposa de Jean Hernani, é única proprietária da jovem empresa contratada pela deputada, mas também porque a firma que a cônjuge fundou e preside tem o nome do marido: Hernani Filmes e Marketing Digital Ltda.

De outubro de 2024 a maio deste ano, foi a Hernani Filmes quem ganhou para fazer postagens nas redes sociais de Carla Zambelli. A empresa responsável pela tarefa anteriormente era a Thj Filmes e Marketing Digital Ltda, cujo único proprietário é Thomas dos Santos Souza, irmão da esposa do ex-assessor de Zambelli. Conforme dito, os disfarces nunca chegam a ser brilhantes, é a marca da deputada.

Em outubro de 2024, Zambelli achou por bem contratar as duas empresas, a da esposa e a do cunhado de seu assessor que contratara Delgatti. Para a primeira, entregou R$ 21.100. Para a segunda, o valor foi o que ela vinha pagando todos os meses: R$ 13.100.

Quer dizer: sem qualquer aumento no volume de trabalho, Zambelli resolveu pagar para a esposa de Hernani quase o dobro do que estava acostumada a gastar com suas redes sociais.

Já em novembro de 2024, pagou R$ 21.100 à firma da cunhada do ex-assessor e outros R$ 27.500 à empresa da esposa do mesmo. De novo aumentando seu gasto com posts de redes sociais. De novo sem justificar o motivo,

A partir daí, pagou só á empresa da esposa do ex-assessor, até ter entregue mais de R$ 104 mil à cônjuge.

Veja, abaixo, algumas das notas mensais com os valores que o contribuinte brasileiro repassou para o ex-assessor de Zambelli, exonerado por estar sob investigação da Polícia Federal, por ter pago Delgatti para hackear o TSE. Ao contrário de Jair Bolsonaro (PL-RJ), Zambelli não abandona seus asseclas na rua da Amargura.

Outubro de 2024: esposa e cunhado de ex-assessor investigado de Carla Zambelli levam dinheiro público via gabinete da deputada (crédito: Câmara dos Deputados)

 

Novembro de 2024: esposa e cunhado de ex-assessor investigado de Carla Zambelli levam dinheiro público via gabinete da deputada (crédito: Câmara dos Deputados)

 

Fevereiro de 2025: esposa de ex-assessor investigado de Carla Zambelli leva dinheiro público via gabinete da deputada (crédito: Câmara dos Deputados)

Trajetória do assessor protegido de Zambelli



Jean Hernani Guimarães Vilela era auxiliar parlamentar júnior do gabinete da liderança do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso quando sua esposa, Monica Romina Santos de Sousa, em abril de 2022, abriu agência de marketing digital.

Desde então, pelo menos 13 deputados do Partido Liberal (PL) já contrataram a empresa, que lucrou mais de R$ 340 mil reais só durante as eleições de 2022, mesmo ano em que a firma havia sido fundada, segundo dados da Justiça Eleitoral. Entre os clientes, está Carla Zambelli.

No início de 2024, Jean Hernani se tornou secretário parlamentar da deputada, assumindo o posto após passagem pelo gabinete da liderança do governo de Bolsonaro. Duas semanas depois, ele foi alvo de quebra de sigilo bancário e busca e apreensão, apontado pelas investigações da Polícia Federal (PF) como um dos envolvidos nas transações financeiras com o hacker Walter Delgatti, que teria sido pago por Zambelli para inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Moraes.

A PF registra que teria partido de Hernani uma transferência de R$ 3 mil ao hacker em outubro de 2022 pelos serviços prestados — período em que ele ainda era da liderança do governo no Congresso. Para o ministro Moraes, a invasão aos sistemas do CNJ teria como objetivo “expor eventuais falsas vulnerabilidades dos sistemas do Poder Judiciário brasileiro, como forma de desacreditar o sistema eletrônico de votação”.

Fonte: DCM

DataFolha segue registrando favoritismo de Lula, diz professor e pesquisador da UFMG


         O presidente Lula – Foto: Reprodução

Apesar de registrar a pior avaliação de seus três mandatos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém um nível de aprovação que pode sustentá-lo na disputa pela reeleição em 2026.

É o que indica a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo os dados, 46% dos entrevistados afirmam aprovar o desempenho de Lula como presidente, enquanto 50% desaprovam e 4% não souberam responder.

Na avaliação sobre o governo, 28% consideram a gestão como ótima ou boa, 31% a classificam como regular e 40% avaliam como ruim ou péssima.

A margem de oscilação em relação à pesquisa anterior, de abril, é pequena: naquela ocasião, 29% consideravam o governo ótimo ou bom, e 38% o avaliavam como ruim ou péssimo.

Para o cientista político Dawisson Belém Lopes, professor e pesquisador da UFMG, os números são bons para Lula. “O Datafolha segue registrando um nível de aprovação ao governo que é compatível não apenas com a reeleição, mas também com certo favoritismo de Lula na disputa de 2026. 46% dá-lhe um respeitável patrimônio eleitoral. Não é impossível, mas é difícil de derrubar”, disse no X.

O desafio do governo, no entanto, permanece: melhorar a percepção da população sobre os resultados concretos da gestão até o próximo pleito.

Fonte: DCM

Lula sinaliza apoio a Pacheco em 2026: “MG não merece Nikolas ou Cleitinho”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – Reprodução

Durante visita a Minas Gerais nesta quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou seu apoio à possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao governo estadual nas eleições de 2026. O evento político ocorreu em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e teve forte tom eleitoral. Com informações da Folha de S.Paulo.

Em meio à cerimônia de entrega de máquinas agrícolas a municípios mineiros, Pacheco fez um discurso de 29 minutos com forte conteúdo político, algo incomum para seu perfil. A fala foi interpretada como um gesto claro em direção à pré-candidatura ao Palácio Tiradentes.

Ao final do evento, Lula afirmou publicamente que vê em Pacheco um nome viável para disputar o governo mineiro. “Depois desse governador que não vou citar o nome [referindo-se a Romeu Zema], esse estado não merece um Nikolas ou Cleitinho. Não é possível”, declarou o presidente, em crítica direta ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e ao senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), ambos cotados como adversários na disputa estadual.

Até então, a candidatura de Rodrigo Pacheco era considerada incerta, inclusive entre seus apoiadores, devido à falta de entusiasmo demonstrada pelo senador. Lula mencionou esse fator ao dizer que “chega uma hora que a gente não faz mais o que quer, a gente é empurrado pela causa”.

A fala de Pacheco empolgou prefeitos, parlamentares e lideranças políticas presentes no evento, que já vinham defendendo sua entrada na disputa. A cerimônia contou com forte presença da base aliada do governo federal em Minas Gerais.

Sem citar nomes, Rodrigo Pacheco utilizou referências históricas para enviar recados indiretos aos seus adversários. Ao lembrar o ex-presidente Tancredo Neves, o senador fez uma crítica ao governador Romeu Zema (Novo), que recentemente relativizou a ditadura militar (1964-1985) durante entrevista, dizendo que a ditadura no Brasil foi “inegável”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Bolsonaro preso? Aliados revelam expectativa sobre prisão antes do 7 de setembro; entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante interrogatório sobre a trama golpista no STF. Foto: Reprodução


O processo no STF sobre a trama golpista está chegando à reta final, após a fase de interrogatórios dos réus. Advogados de defesa e aliados próximos de Jair Bolsonaro (PL) afirmam, de forma quase unânime, que o julgamento será realizado pela Primeira Turma do STF entre agosto e setembro, com a expectativa de que o ex-presidente seja preso, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

A prisão de qualquer um dos réus, incluindo Bolsonaro, ou sua eventual absolvição, só acontecerá após o cumprimento de todos os prazos e a convocação do julgamento da ação penal. A decisão final sobre condenação ou absolvição dependerá da análise dos ministros da Primeira Turma.

No círculo próximo de Bolsonaro, acredita-se que a prisão não ocorrerá no início de setembro. Um dos aliados do ex-capitão disse: “Eles não prenderiam o Bolsonaro perto do 7 de setembro, uma data simbólica para os bolsonaristas.”

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo