sexta-feira, 18 de julho de 2025

MP investiga casal bolsonarista que atacou imigrantes em SC

 

O casal de influenciadores Jenifer Milbratz Stainzack e Cleiton Stainzack. Foto: Divulgação

O casal de influenciadores Jenifer Milbratz Stainzack e Cleiton Stainzack, de Santa Catarina, se tornou alvo de uma denúncia no Ministério Público após a divulgação de um vídeo com “requisitos” para morar no estado. No vídeo, eles listaram quatro “verdades” sobre o povo catarinense, incluindo uma declaração racista sobre imigração, na qual afirmaram que um grupo de pessoas “nunca deveria ter vindo” para o estado.

Em um trecho do vídeo, Jenifer e Cleiton afirmam: “Se vier com jeitinho, corpo mole, volta enquanto é tempo”, e destacam que pessoas de estados “destruídos pela esquerda” são bem-vindas se quiserem “trabalhar com dignidade”, mas rejeitam aqueles que defendem “agenda woke, ideologia de gênero e assistencialismo estatal”.

A vereadora de Florianópolis, Ingrid Sateré Mawé (PSOL), denunciou o casal ao Ministério Público, caracterizando a postagem como um “grave episódio de incitação à discriminação e xenofobia contra migrantes”, especialmente nordestinos e nortistas, historicamente marginalizados em Santa Catarina.

Relembre o vídeo:

Fonte: DCM

VÍDEO – Lula: “Não vou devolver o Brasil àquele bando de malucos em 2026”

 

Lula durante discurso nesta sexta-feira. Foto: reprodução
Em discurso no Ceará nesta sexta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou sua pré-disposição a concorrer à reeleição em 2026, com o objetivo declarado de impedir o retorno ao poder do que chamou de “bando de malucos”, em clara referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

“Não vou entregar esse país de volta àquele bando de malucos que quase destroem esse país nos últimos anos. Eles não voltarão, podem estar certos disso”, afirmou Lula durante evento em Missão Velha (CE), após visitar obras da Ferrovia Transnordestina. “Não voltarão não é porque Lula não quer, é porque vocês não vão deixar eles voltarem”.

O presidente, no entanto, ressaltou que a decisão final só será tomada em 2024: “Se tiver com a saúde que estou hoje, com a disposição que estou hoje, podem ter certeza que serei candidato outra vez para ganhar eleições nesse país”.

E completou: “Só vou decidir se vou ser candidato no ano que vem, porque tenho que conversar com minha própria consciência e conversar com vocês.”

Veja o momento da fala de Lula:



Cenário eleitoral favorável

A declaração ocorre um dia após pesquisa Genial/Quaest mostrar Lula liderando em cenários de segundo turno contra todos os potenciais adversários, com exceção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com quem tem empate técnico (41% a 37%).

Em maio, o petista aparecia empatado com Bolsonaro (41% a 41%), mas agora lidera com 43% contra 37% do ex-presidente, que está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral e agora sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

Os números refletem melhora na avaliação do governo após semanas focadas nas pautas de justiça tributária e soberania nacional, em resposta às tarifas de 50% impostas por Donald Trump a produtos brasileiros. O índice de avaliação negativa caiu de 43% para 40%, enquanto a positiva se manteve em 28%.

Lula evitou comentar a operação da Polícia Federal que impôs a Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições. O foco do discurso foi a agenda de infraestrutura, com o anúncio de novos recursos para a Transnordestina – ferrovia de 1.209 km que deve começar a operar no fim de 2025, ligando Piauí, Ceará e Pernambuco.

Acompanhado pelo governador Elmano de Freitas (PT) e ministros como Camilo Santana (Educação) e Renan Filho (Transportes), Lula destacou a importância estratégica da obra: “Estamos resgatando um projeto que vai gerar desenvolvimento para todo o Nordeste”.

Fonte: DCM

Bolsonaristas se desesperam e convocam para manifestação: “Brasil nas ruas já”

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Foto: Divulgação
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão convocando seus apoiadores nas redes sociais para manifestações, após a operação da Polícia Federal (PF) que teve Bolsonaro como alvo nesta sexta-feira (18). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua conta no X, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, pediu para seus seguidores irem protestar: “Brasil nas ruas já”.

O chamado para os protestos é uma resposta direta às medidas impostas por Moraes, que incluem a imposição de tornozeleira eletrônica e a proibição de Bolsonaro de usar suas redes sociais para se comunicar. A bancada do PL, que já demonstrou apoio ao ex-presidente, se reúne na segunda-feira (21) para definir os detalhes do movimento.

De acordo com aliados, o protesto será parte de um conjunto de ações que o partido tomará nos próximos dias. Em declarações à imprensa, Bolsonaro demonstrou indignação com a operação e as medidas cautelares.

O ex-presidente classificou as decisões de Moraes como uma “covardia” e afirmou que a imposição de uma tornozeleira eletrônica e a censura das suas redes sociais representam uma forma de “perseguição política” e “censura”. O ex-mandatário enfatizou que a medida vai contra os princípios democráticos que defendem a liberdade de expressão.

Bolsonaro dando entrevista após investigação da PF. Foto: Divulgação
A bancada do PL, que já tinha manifestado apoio a Bolsonaro em outras ocasiões, prometeu continuar a defender o ex-presidente. A reunião da bancada na segunda-feira (21) será decisiva para definir a estratégia do partido diante das decisões judiciais que têm afetado Bolsonaro nos últimos dias.

Além das manifestações nas redes sociais, parlamentares do PL já anteciparam que outras medidas serão adotadas, incluindo uma possível intensificação da pressão sobre o STF. A mobilização visa pressionar o Supremo Tribunal Federal e, especialmente, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão que resultou na operação e nas restrições impostas a Bolsonaro.

O plenário do STF, por sua vez, iniciou na mesma sexta-feira o julgamento das medidas adotadas por Moraes. A sessão, que acontece de forma virtual, tem como objetivo validar ou revogar as determinações impostas ao ex-presidente, como o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação pelas redes sociais.

O julgamento deve ser concluído até a próxima segunda-feira (21). Para aliados de Bolsonaro, a decisão do STF é uma clara tentativa de limitar a liberdade de expressão do ex-presidente, uma ação que, segundo eles, não encontra respaldo na Constituição.

Fonte: DCM

VÍDEO – “Toc, toc, toc”: Tralli tira sarro de Bolsonaro no Jornal Hoje

 

Cesar Tralli fazendo “toc, toc, toc” na bancada do “Jornal Hoje”. Foto: reprodução

Os jornalistas César Tralli, apresentador do “Jornal Hoje”, e Jacqueline Brazil tiraram sarro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a edição desta sexta-feira (18). Ao falarem sobre a previsão do tempo para o fim de semana, que está “batendo na porta”, Tralli repetiu o meme criado pela ex-bolsonarista Joice Hasselmann da onomatopeia “toc, toc, toc”, em referência à operação da Polícia Federal.

“Jacquline Brasil, fim de semana está aí”, iniciou Tralli, batendo na bancada, antes de completar: “Batendo na porta”. Segurando a risada, a “garota do tempo” respondeu: “toc, toc, toc”, tempo firme e seco em quase todo o país, Tralli”.


O meme surgiu quando a jornalista Joice Hasselmann, logo após abandonar o bolsonarismo, comentou a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Bolsonaro. “Três batidinhas na porta e do outro lado alguém pergunta: ‘Quem é?’. E a resposta é: ‘É a Polícia Federal'”, disse a ex-parlamentar em 2022. Nesta sexta, ela voltou a provocar o ex-presidente com o viral.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e fique em prisão condicional residencial, podendo sair de casa apenas entre 7h e 19h de dias úteis.

A decisão do STF ocorre em meio à tensão diplomática com os Estados Unidos. Na última semana, o presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, citando explicitamente o processo contra Bolsonaro como motivação.

O ex-presidente e seu filho Eduardo, que está nos EUA, vinham associando publicamente a revogação das tarifas à concessão de anistia – movimento que o ministro Alexandre de Moraes classificou como “atentado à soberania nacional” em sua decisão.

As medidas restritivas contra Bolsonaro, incluindo o recolhimento domiciliar e proibição de contatos com autoridades estrangeiras, foram determinadas em processo que tramita sob sigilo no STF desde 11 de julho.

A operação da Polícia Federal desta sexta-feira encontrou na residência do ex-presidente documentos relacionados a ação judicial movida nos EUA contra Moraes pela plataforma Rumble em parceria com empresa de Trump.

Fonte: DCM

Pen drive no banheiro de Bolsonaro intriga PF e levanta suspeita de esquema com criptomoedas

 


Em meio ao pântano de investigações que encurrala o clã Bolsonaro, uma peça, até então mantida na penumbra dos inquéritos, pode ser a chave para desvendar um esquema de movimentação financeira. Fontes da Polícia Federal em Brasília adiantaram ao DCM informações sobre o pen drive escondido no banheiro do ex-presidente.

A hipótese que se desenha é que o dispositivo pode ser, na verdade, uma “cold wallet” – uma carteira fria de criptomoedas.

“Uma pessoa pediu para usar o banheiro, quando voltou, estava com o pen drive na mão. Eu nunca abri um pen drive na minha vida. Eu nem tenho laptop em casa para mexer com isso. A gente fica preocupado”, declarou Bolsonaro a jornalistas. Seu filho e comparsa Eduardo fala em “evidências plantadas”.

Parecem traficantes de drogas jogando cocaína na privada durante uma batida policial.

Para o cidadão comum, um pen drive serve para guardar fotos, documentos de texto ou apresentações. No submundo das finanças ilícitas, no entanto, sua função pode ser outra. Modelos de armazenamento de criptoativos em dispositivos offline são a ferramenta predileta para quem deseja lavar dinheiro e praticar evasão de divisas.

Milhões de reais, obtidos de fontes obscuras – como as famigeradas “rachadinhas” ou supostos esquemas de corrupção –, são convertidos em criptomoedas como Bitcoin (BTC) ou Ethereum (ETH). Uma vez digitalizado, o dinheiro perde seu rastro físico. O passo seguinte é transferir esses ativos digitais para uma “cold wallet”.

Diferente das corretoras online (hot wallets), que são conectadas à internet e rastreáveis, a carteira fria é um cofre offline. O pen drive, uma vez carregado com as chaves de acesso às criptomoedas, é desconectado da rede, tornando-se um fantasma para o sistema financeiro tradicional e para a Receita Federal.

Com esse dispositivo no bolso, uma pessoa pode cruzar fronteiras transportando fortunas sem que um único dólar seja detectado em scanners de aeroporto ou em contas bancárias. Ao chegar em um paraíso fiscal ou em países com regulação frouxa, como os Estados Unidos, basta conectar o pen drive a um computador, acessar os fundos e convertê-los novamente em moeda local. É a evasão de divisas em sua forma mais pura e tecnológica, um crime perfeito para a era digital.

É bom lembrar que ainda foram encontrados 14 mil dólares e 7 mil reais em dinheiro vivo.

A suspeita ganha força quando se observa o contexto. As investigações sobre a venda de joias e presentes oficiais nos Estados Unidos, operada por figuras de confiança de Bolsonaro, como seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, levantam uma questão óbvia: como o dinheiro dessas transações retornava ao Brasil ou era utilizado no exterior sem levantar alertas?


Teria o esquema de criptoativos servido para “limpar” esses valores? Seria essa a ponta do iceberg de uma estrutura montada para financiar a vida nababesca do clã no exterior e, quem sabe, para financiar atos antidemocráticos, longe dos olhos do Coaf e do Banco Central?

O que continha, afinal, o pen drive encontrado no banheiro? Seriam apenas arquivos pessoais ou as chaves criptográficas de uma fortuna digital? Se a Polícia Federal conseguir quebrar a criptografia do dispositivo – uma tarefa notoriamente difícil –, o que revelará?

Fonte: DCM

Moraes revê decisão sobre IOF nesta sexta. Veja o que muda

De acordo com o ministro, não haverá cobrança retroativa de valores não recolhidos durante o período em que a elevação do tributo estava suspensa

     Alexandre de Moraes (Foto: Gustavo Moreno / STF)

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revisou nesta sexta-feira a decisão que validou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) feito pelo governo para estabelecer que não haverá cobrança retroativa de valores não recolhidos durante o período em que a elevação do tributo estava suspensa.

Na quarta-feira, Moraes concedeu liminar para retomar a vigência da maior parte do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevou alíquotas do IOF sobre uma série de operações de câmbio, crédito e previdência.

Na ocasião, ele definiu que o retorno da eficácia da medida teria efeito retroativo desde sua edição. Agora, ele revisou esse ponto após pedido da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

“Em respeito ao princípio da segurança jurídica, convém esclarecer que no período compreendido pela suspensão da eficácia do decreto presidencial não se aplicam retroativamente as alíquotas majoradas”, disse o ministro na nova decisão.

Segundo ele, a complexidade das operações financeiras sujeitas ao IOF é obstáculo significativo à operacionalização da cobrança, “sob risco de insegurança e aumento injustificado de litigiosidade entre fisco e agentes econômicos”.

A elevação do IOF pelo governo foi derrubada pelo Congresso no fim de junho e o caso foi levado ao Supremo pelo presidente Lula. No início de julho, Moraes suspendeu liminarmente os decretos presidenciais que elevaram o IOF, bem como a decisão do Congresso que sustou seus efeitos.

Após tentativa de conciliação entre governo e Congresso que terminou sem acordo, o ministro decidiu pela validação da medida do governo, exceto o ponto que criou uma cobrança de IOF sobre o chamado risco sacado, operação de antecipação de recebíveis feita por empresas.

Na quinta-feita, a Receita Federal já havia informado que instituições financeiras que recolheram IOF menor durante a suspensão de decreto não seriam obrigados a fazer a quitação retroativamente, mas ponderou que ainda avaliaria a situação em relação a uma eventual cobrança dos contribuintes.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Moro resolve sair em defesa de Bolsonaro e faz comparação com Lula

Para o ex-juiz suspeito, o STF abriu um “precedente perigoso” ao restringir o direito de manifestação do ex-mandatário, réu no inquérito do plano golpista

      Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado)

Blog do Esmael - O senador Sergio Moro (União-PR), ex-ministro da Justiça e pré-candidato ao governo do Paraná em 2026, criticou duramente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs o uso de tornozeleira eletrônica e restrições judiciais ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo o veto ao uso de redes sociais e a proibição de manter contato com outros investigados.

As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023. Segundo a decisão, Bolsonaro estaria tentando obstruir a Justiça e influenciar depoimentos de outros réus, o que justificaria a adoção de medidas cautelares severas. Além da tornozeleira, o ex-presidente está proibido de se ausentar do Distrito Federal, falar publicamente sobre o caso e interagir em plataformas digitais, direta ou indiretamente.

Ao comentar o caso, Moro traçou um paralelo com o processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato e afirmou que, mesmo quando condenado, Lula nunca teve cerceado seu direito de se manifestar publicamente.

“O Lula nunca foi proibido de se manifestar publicamente ou dar entrevista, ao se posicionar em rede social antes do julgamento, do caso Lava Jato. Nem por mim, nem pelo TRF, nem por qualquer corte”, argumentou o ex-juiz da Lava Jato.

Na avaliação de Moro, o STF abriu um “precedente perigoso” ao restringir o direito de manifestação de Bolsonaro antes de uma condenação definitiva. Segundo ele, “a forma como a pessoa se manifesta não pode ser controlada pelo Estado”.

Além da crítica jurídica, o senador também fez um alerta político e econômico, relacionando o episódio às recentes tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos. Para Moro, a escalada de conflitos, como as tarifas anunciadas pelo governo Trump contra produtos brasileiros, exige um diálogo mais firme por parte do governo Lula.

“Temos que sentar com firmeza, com altivez, com o governo norte-americano, para evitar que essas tarifas se concretizem. Nossas economias, inclusive a do Paraná, vão ser atingidas, e tudo tem que ser feito para que isso não ocorra.”

Moro enfatizou que não se trata de defender Bolsonaro, mas de garantir que qualquer cidadão, acusado ou não, tenha preservados os direitos fundamentais, como a liberdade de expressão.

“Nos assuntos internos de justiça, é uma questão nossa ser trabalhada. Mas nós não podemos concordar com essa restrição aos direitos de manifestação, do Bolsonaro ou de qualquer acusado.”

A fala de Sergio Moro ocorre num momento crítico da cena política brasileira, em que o STF endurece medidas contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados, enquanto o governo Lula enfrenta a crise tarifária com os Estados Unidos. Ao se posicionar, o ex-juiz sinaliza uma tentativa de reafirmar protagonismo político tanto no campo jurídico quanto eleitoral, mirando o Palácio Iguaçu.

Bolsonaro sofreu as restrições do STF sob a suspeita de continuar articulando, com apoio do governo Donald Trump, ações que comprometem a economia e a soberania nacional. Segundo os autos, as sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros seriam parte de uma retaliação política e econômica, utilizada como forma de pressão sobre o Supremo Tribunal Federal. A estratégia, segundo a Corte, seria uma tentativa de intimidar os ministros e condicionar o andamento do julgamento por tentativa de golpe de Estado a interesses externos, sob pena de prejuízos diretos ao povo brasileiro.

Fonte: Brasil 247

Lindbergh critica tentativa da oposição em reverter medidas contra Bolsonaro: 'não há chance de aprovação no Congresso'

Bolsonaristas querem o fim do recesso parlamentar para traçar estratégias com o objetivo de blindar o ex-mandatário, réu no inquérito da trama golpista

      Lindbergh Farias (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), defendeu a decisão da Polícia Federal (PF), que impôs medidas cautelares a Jair Bolsonaro (PL) como uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de acesso a redes sociais. A PF atendeu a um pedido feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista no STF, onde o político da extrema-direita é réu.

Em postagem na rede social X, nesta sexta-feira (18), o parlamentar também criticou uma proposta da oposição ao governo Lula no Congresso Nacional. Parlamentares bolsonaristas querem o fim do recesso parlamentar e a votação de algumas pautas para reverter a decisão anunciada pelo ministro do STF.

Segundo Lindbergh, “essa conversinha da oposição pedir o fim do recesso parlamentar é desespero de bolsonaristas que sabem que a casa dos golpistas caiu”. “Zero possibilidade dessa proposta ser levada a sério. O Brasil não é uma colônia dos EUA. O Brasil é um país livre e soberano. Hoje está sendo um dia importante para reafirmarmos, enquanto nação, que as nossas instituições não se intimidam com ameaças. #BrasilSoberano”.

O líder do Partido dos Trabalhadores também havia pedido ao Supremo a prisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por causa das articulações feitas pelo deputado licenciado com o governo Donald Trump (EUA).

No último dia 9 de julho, o presidente norte-americano anunciou um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras aos EUA. Em carta endereçada ao presidente Lula (PT), Trump citou o processo judicial contra Jair Bolsonaro (PL) na investigação da trama golpista.

O governo Lula já reuniu ministros e representantes de diversos setores da economia para elaborar uma resposta às medidas de Trump. A estratégia inclui fortalecer parcerias com outros mercados, como os países do BRICS, com o objetivo de evitar que a guerra comercial imposta pelos EUA cause graves prejuízos à população brasileira.

Jair Bolsonaro responde a cinco crimes perante o Supremo Tribunal Federal (STF), com penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão. As acusações incluem:

    ● Formação de organização criminosa armada
    ● Tentativa de golpe de Estado
    ● Ameaça ao Estado Democrático de Direito
    ● Danos a bens patrimoniais protegidos
    ● Crimes contra o patrimônio com agravante de violência

Após o anúncio das acusações, os Estados Unidos iniciaram uma investigação sobre práticas comerciais do Brasil, por meio do USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA). Em resposta, o governo brasileiro começou a discutir possíveis contra-medidas.

Contexto geoeconômico

A ação norte-americana vai além do caso jurídico interno do Brasil, refletindo:

    ● A ascensão do BRICS na economia global
    ● A criação de sistemas financeiros independentes do dólar
    ● O enfraquecimento gradual da dominância monetária dos EUA

A força do BRICS em números

1. Economia
    • 39% do PIB global (PPC)
    • 24% do comércio mundial

2. Recursos Naturais
    • 72% das reservas de terras raras
    • Influência sobre 36% do território global

3. Energia
    • 43,6% da produção de petróleo
    • 36% do gás natural
    • 78,2% do carvão mineral

Essa combinação de poder econômico, energético e geopolítico ajuda a explicar a postura defensiva do governo Trump contra países emergentes, posicionando o Brasil como um alvo estratégico nessa disputa pela reordenação do poder mundial.

Fonte: Brasil 247

Apucarana realiza consulta pública sobre Arborização Urbana


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da empresa de consultoria Ambiente-se, iniciou nesta sexta-feira (18/7) uma consulta pública destinada a subsidiar a elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana. O objetivo é ouvir as opiniões e sugestões da população acerca do plantio, manejo e conservação das árvores na cidade.

A arborização urbana desempenha papel crucial na qualidade de vida nas áreas urbanas, oferecendo sombra, conforto térmico, embelezamento das vias públicas e contribuindo significativamente para a saúde coletiva e o equilíbrio ambiental. O Plano Municipal de Arborização Urbana de Apucarana está sendo desenvolvido de maneira colaborativa, com a participação da administração municipal, entidades da sociedade civil e a população.

A empresa Ambiente-se Consultoria de Projetos, vencedora da licitação, é a responsável pela elaboração do plano. “Além da consulta pública, a empresa realizará um levantamento de campo. Apucarana possui 326 bairros, que serão analisados por meio de amostragem de 20% das árvores e arbustos em áreas públicas. Os dados coletados incluirão a localização exata das árvores e suas características”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Diego Silva.

O prefeito Rodolfo Mota fez um apelo à população para que participe da consulta pública. “Convido todos os apucaranenses a responderem o questionário e contribuírem para a construção de um Plano de Arborização Urbana que reflita as necessidades e os desejos da nossa comunidade. O processo é simples e rápido”, afirmou.

Para participar da consulta pública, os interessados podem acessar o formulário disponível no link:


Fonte: Prefeitura de Apucarana
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Moraes cita Machado de Assis e Abraham Lincoln em decisão contra Bolsonaro; entenda

 

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Na decisão de impor o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), citou o escritor Machado de Assis para justificar a medida. “A soberania nacional é a coisa mais bela do mundo, com a condição de ser a soberania e ser nacional”, diz o autor na frase destaca por Moraes, retirada de suas “Crônicas – Obras completas”, publicadas em 1957.

A referência literária não foi aleatória. A expressão “soberania nacional” tem sido usada repetidamente pelo governo Lula (PT) em resposta às tarifas de 50% impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, aos produtos brasileiros. Ao vincular o termo ao caso de Bolsonaro, Moraes reforçou a gravidade das acusações contra o ex-presidente, que incluem risco de fuga do país.

Além do histórico escritor brasileiro, Moraes também fez menção a um dos mais consagrados presidentes dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, em uma provocação a Trump. O magistrado citou que o 16° presidente estadunidense foi “responsável pela manutenção da União e pela proclamação da Emancipação” de sua nação.

O ministro ainda parafraseou Lincoln com a frase “os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis”, para justificar a defesa da soberania brasileira.

Veja os trechos:


As novas regras impostas por Moraes a Bolsonaro são severas:

– Recolhimento domiciliar noturno (19h às 6h) e integral nos fins de semana;
– Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
– Proibição de contato com diplomatas estrangeiros;
– Restrição de aproximação de embaixadas e consulados;
– Suspensão do uso de redes sociais.

“A situação descrita revela necessidade urgente e indeclinável, apta para justificar a imposição de novas medidas cautelares que possam assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”, afirma o ministro em sua decisão.

A Polícia Federal cumpriu mandados na casa de Bolsonaro no Jardim Botânico (DF) e em seu escritório político, onde encontrou:
– US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie
– Cópia de ação judicial movida por empresa de Trump contra Moraes nos EUA
– Pendrive escondido em banheiro (enviado para perícia)

Embora manter valores em casa não seja crime, quantias acima de US$ 10 mil exigem declaração em viagens internacionais. A ação da Rumble – plataforma de vídeos associada a Trump – questiona no judiciário americano decisões brasileiras sobre remoção de conteúdos.

O ex-presidente negou qualquer intenção de deixar o país: “Nunca pensei sair do Brasil e nunca pensei em ir para embaixada”. Classificou a operação como “suprema humilhação”, em aparente referência ao STF. Seu advogado, Celso Vilardi, afirmou que Bolsonaro só se manifestará após ter acesso integral à decisão judicial.

Fonte: DCM

VÍDEO – Ato na 25 de Março contra Trump tem Bolsonaro preso e bandeiras comunistas

 

Protesto na 25 de Março: contra Trump e pela prisão de Bolsonaro. Foto: Divulgação
Na manhã desta sexta-feira (18), comerciantes e trabalhadores ocuparam a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, em um protesto contra as medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre o comércio brasileiro. A manifestação teve como foco a imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, medida que afetaria diretamente as vendas e o comércio de produtos.

Cartazes, fantasias de políticos e bandeiras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) marcaram o ato, que também teve a Polícia Federal (PF) acompanhando os manifestantes. O protesto se concentrou na Rua Carlos de Sousa Nazaré, uma travessa da famosa rua comercial, pouco depois de Jair Bolsonaro se tornar alvo de uma operação da PF.

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em sua residência em Brasília e na sede do Partido Liberal (PL), com a imposição de medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica. Bolsonaro, que está sendo investigado pelo STF por envolvimento em uma suposta trama golpista, viu a Rua 25 de Março ser mencionada em um relatório como um dos principais polos de falsificação de produtos.

Durante o protesto, figuras de Trump e Bolsonaro, como “prisioneiro”, foram vistas carregando simbolicamente um saco de dinheiro, ilustrando as críticas contra a interferência dos Estados Unidos na soberania brasileira. Os manifestantes, em sua maioria comerciantes locais, exigiram o fim da interferência de Washington nos assuntos internos do Brasil e o reconhecimento da independência do comércio nacional.




Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP), organizador da manifestação, afirmou: “Enquanto sindicalista e cidadão, nós não podemos permitir que outro país possa querer ditar regras para o nosso país”.

Patah ainda ressaltou que questões como pirataria de produtos devem ser resolvidas pelas autoridades brasileiras, e não por decisões de um governo estrangeiro. “Porque lá nos Estados Unidos também tem a mesma coisa que tem aqui no Brasil”, completou.

Paulo Li, um comerciante chinês com 19 anos de atuação na 25 de Março, usou sua camiseta com o nome “Luis Vitao”, em uma crítica irônica à acusação de falsificação, fazendo referência à marca Louis Vuitton.

Ele expressou sua indignação com a medida de Trump, dizendo: “Eu saí da China porque lá já é difícil para trabalhar. Então a gente arrumou um lugar melhor, se esforçou bastante. Eu sou segunda geração no meu negócio, e mesmo assim o cara [Trump] está querendo vir atrás de gente”.

A movimentação gerou reações dentro do próprio setor sindical. Humberto Souza Oliveira Filho, atuante no SECSP, criticou a medida de Trump, que considera prejudicial à longa relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, com mais de 200 anos.

“Trump questiona o PIX, que é uma transação muito prática, e coloca em dúvida a idoneidade de comerciantes honestos que aqui estão”, afirmou o sindicalista, destacando que a medida visa mais a justificar uma agenda ideológica do que resolver problemas comerciais reais.

A taxa de 50% sobre as exportações de produtos brasileiros foi anunciada por Trump no início de julho e deverá entrar em vigor em agosto. A medida afetará não apenas o comércio de rua, mas também setores estratégicos da economia, como o agronegócio, a indústria e o aço. “Não à demissão” foi o grito mais entoado pelos manifestantes, que se opõem às consequências econômicas que a tarifa pode causar, como o aumento do desemprego no Brasil.

A Seção 301 da Lei Comercial dos EUA, que autoriza tais tarifas, foi solicitada por Trump e visa, entre outras coisas, a combater práticas comerciais que o governo norte-americano considera “injustas”.

A medida também foi justificada pelo presidente dos EUA com base no alegado “déficit comercial inexistente” entre os dois países, além da “distribuição e venda de produtos falsificados” na Rua 25 de Março. O governo dos EUA alega que a pirataria de produtos protegidos por direitos autorais é uma barreira significativa para a adoção de canais legítimos de distribuição de conteúdo.

Fonte: DCM

Abandonado por Bolsonaro, Tarcísio defende o ex-presidente: “Tempo trará justiça”

 

Tarcísio de Freitas, Governador do Estado de São Paulo. Foto: Divulgação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou nesta sexta-feira (18) em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após a operação da Polícia Federal e as novas medidas cautelares impostas contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em publicação no X, Tarcísio adotou um “tom motivacional” e alinhado ao da família Bolsonaro, ao comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições contra o ex-presidente.

Tarcísio puxou o saco de Bolsonaro, destacando o “compromisso dele com o país”. “Coragem é um atributo que quem conhece Jair Bolsonaro sabe que nunca lhe faltou. Não faltou quando atentaram contra a sua vida. Não faltou para lidar com as crises sem precedentes que este país passou quando ele era presidente”, escreveu o governador paulista.

O texto de Tarcísio também menciona a suposta dor do ex-presidente por não poder falar com o filho Eduardo Bolsonaro, outro investigado no inquérito e atualmente nos Estados Unidos. “Não imagino a dor de não poder falar com um filho. Mas se as humilhações trazem tristeza, o tempo trará a justiça”, declarou.

Em sua postagem, o governador ainda critica o cenário político do país. “A sucessão de erros que estamos vendo acontecer afasta o Brasil do seu caminho”, afirmou, sem citar diretamente o STF ou Alexandre de Moraes.

O bolsonarista ainda delirou ao sugerir que o país caminha para uma instabilidade institucional caso não haja mudanças no processo político. “Não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio. Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas”, escreveu.

Tarcísio já havia sido alvo de críticas incisivas por parte de aliados, especialmente após declarações de Eduardo Bolsonaro. A tensão se intensificou quando o deputado licenciado acusou de demonstrar “subserviência servil às elites” e de não defender os interesses do Brasil ao buscar uma solução diplomática com a Embaixada dos Estados Unidos para o tarifaço imposto pelo governo Trump.

Fonte: DCM