Governo aposta em isenção do IR e PEC da Segurança como prioridades, enquanto oposição pressiona pela anistia ligada à tentativa de golpe
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou para esta segunda-feira (8), às 10h, uma reunião com ministros no Palácio do Planalto para alinhar a estratégia política do governo no Congresso Nacional. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.
Segundo interlocutores do Planalto, a pauta da reunião envolve dois movimentos paralelos: acelerar projetos considerados centrais para a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, ao mesmo tempo, conter a ofensiva da oposição em favor de uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a investigados pela tentativa de golpe de Estado.
Entre os projetos que o governo pretende priorizar estão a proposta que isenta do pagamento de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil — uma das principais promessas da campanha de Lula e considerada fundamental para sua estratégia de reeleição — e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reformula a segurança pública. A primeira já teve requerimento de urgência aprovado e aguarda votação em plenário na Câmara, sob relatoria do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A PEC, por sua vez, terá sua comissão especial instalada nesta terça-feira (9), com Mendonça Filho (União-PE) como relator e Aluisio Mendes (Republicanos-MA) como presidente do colegiado.
Durante o desfile de 7 de Setembro, Gleisi e outros ministros conversaram com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem resistido à pressão de bolsonaristas e de parte do Centrão para pautar a anistia. O governo, por sua vez, trabalha para fortalecer Motta e garantir que a proposta não avance, já que ela poderia livrar Bolsonaro de uma eventual condenação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos bastidores, o tema ganhou força nas últimas semanas com a articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tenta costurar apoio do ex-presidente em sua própria corrida ao Palácio do Planalto em 2026.
Além do IR e da PEC da Segurança, a reunião de Gleisi com ministros também deve tratar do Orçamento de 2026. A avaliação no Planalto é que o avanço do calendário eleitoral pode dificultar a aprovação de propostas estratégicas para o governo, motivo pelo qual há pressa em votar as matérias ainda este ano.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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