segunda-feira, 21 de julho de 2025

Moraes determina investigação sobre suspeita de "insider trading" em anúncio de tarifa de Trump

Suspeita de operação cambial com informação privilegiada atinge Bolsonaro e Eduardo no STF

Eduardo Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | LR Moreira/Secom/TSE)

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes recebeu nesta segunda-feira petição da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre suposto uso de informações privilegiadas em operações cambiais antes do anúncio da tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, e a incorporou ao inquérito que apura o uso de tarifas internacionais para coagir a Justiça brasileira.

Instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o inquérito em questão apura a conduta do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o próprio ex-mandatário, que foi alvo de medidas restritivas na semana passada, como a colocação de tornozeleira eletrônica.

A AGU peticionou no sábado uma "notícia de fato" no STF solicitando que fosse investigado possível uso indevido de informações privilegiadas para compra e venda de dólares antes do anúncio da tarifa pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, direcionado ao Brasil.

Segundo a AGU, há indicações de que transações de câmbio ocorreram em volume significativo horas antes do anúncio oficial das novas tarifas, o que sugere possível utilização de informações privilegiadas ("insider trading").

A AGU pede que sejam investigadas "possíveis correlações" entre elementos do inquérito e o uso indevido de informações privilegiadas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Eduardo enlouquece e confunde ex-senadora com ministra de Lula

 

Eduardo Bolsonaro, parlamentar que fugiu para os EUA. Foto: reprodução
Eduardo Bolsonaro (PL), que fugiu para os Estados Unidos em março deste ano, deu mais uma demonstração de que enlouqueceu com o andamento das investigações contra sua família e confundiu a ex-senadora Kátia Abreu (Progressistas-GO) com a ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento.

No domingo (20), Kátia criticou o entreguismo do terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): “Eduardo Bolsonaro, você é um cretino fundamental”, disparou a ex-parlamentar no X.

Em resposta, o “03” compartilhou uma montagem de duas notícias relacionadas a Tebet, chamando-a de hipócrita. “Vindo de quem vem é um elogio. Até agradeço, pois não quero ser confundido com político que tem preço”, escreveu Eduardo. Após usuários notarem o equívoco, o “fujão” apagou o post e não respondeu mais Kátia Abreu.

Eduardo confundindo Kátia Abreu com Simone Tebet. Foto: reprodução

 

Fonte: DCM

VÍDEO – Lula defende união global para combater extremismo em cúpula sobre democracia

 

Presidente Lula durante declaração conjunta à imprensa. Foto: Divulgação

O presidente Lula destacou, nesta segunda-feira (21), a importância da união entre governos e sociedade para a defesa da democracia, durante sua participação em uma cúpula sobre o tema em Santiago, Chile.

O evento, que também contou com a presença dos presidentes Gabriel Boric, do Chile, Gustavo Petro, da Colômbia, Yamandú Orsi, da Uruguai, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, discutiu formas de fortalecer os sistemas democráticos e enfrentar a crescente onda de extremismo.

Lula afirmou que a proteção da democracia não é responsabilidade exclusiva dos governos, mas deve envolver a participação ativa da sociedade civil, da mídia, do setor privado e das academias. “A defesa da democracia requer uma ação coletiva. Não se pode delegar apenas aos governos, todos devem estar envolvidos”, afirmou o presidente brasileiro.

O encontro também abordou o combate à desinformação, um problema crescente nos sistemas democráticos, e o apoio ao multilateralismo como base para uma cooperação global justa. Durante sua fala, Lula enfatizou a necessidade de regulamentar plataformas digitais para enfrentar a propagação de notícias falsas, afirmando: “Liberdade de expressão não é permissão para incitar violência, cometer crimes ou atacar o Estado Democrático de Direito”.

Lula se reúne com os líderes do Chile, Espanha, Uruguai e Colômbia. Foto: Divulgação
Embora o presidente brasileiro não tenha mencionado diretamente os Estados Unidos, a menção à defesa da soberania e à independência dos países se deu em um contexto de tensões envolvendo o governo de Jair Bolsonaro, especialmente no que diz respeito à interferência externa nas decisões internas do Brasil.

No entanto, a crise diplomática com os EUA foi abordada quando Lula chamou de “chantagem inaceitável” as recentes exigências de Trump relacionadas à suspensão dos processos contra Bolsonaro.

No dia 18 de julho, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que resultou em medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais ou de entrar em contato com investigados e representantes de outros países.

A operação gerou uma reação imediata dos EUA, que revogaram os vistos de membros do STF e do procurador-geral brasileiro, Paulo Gonet, além de familiares dos envolvidos. A reação do governo dos Estados Unidos, que alegou censura e perseguição política por parte de Moraes, foi prontamente criticada por Lula.

O presidente brasileiro qualificou a decisão como “arbitrária e sem fundamento”, ressaltando que a medida não apenas prejudica o Brasil, mas também afeta as relações internacionais. Ele ainda afirmou que o governo brasileiro está analisando como proceder nas negociações com os Estados Unidos, buscando preservar a soberania nacional.

Fonte: DCM

Hugo Motta trava cassação de Eduardo Bolsonaro por receio de retaliações dos EUA

 

Hugo Motta e Eduardo Bolsonaro
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), estaria barrando o avanço do pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) por temer reações do governo dos Estados Unidos contra parlamentares brasileiros. A informação tem sido reforçada nos bastidores do Congresso e por fontes próximas à presidência da Casa.

Os processos contra Eduardo Bolsonaro foram solicitados pelo PT por sua atuação golpista nos EUA, onde o deputado licenciado tem atacado o Supremo Tribunal Federal e o Brasil, defendendo abertamente a intervenção do governo Trump e retaliações internacionais a autoridades brasileiras.

A abertura do processo depende de encaminhamento da Mesa Diretora, presidida por Motta. Até agora, ele não autorizou o avanço.

A hesitação de Hugo Motta tem origem direta no receio de que isso poderia gerar sanções diplomáticas na forma até de dificuldades de viajar para os Estados Unidos. Interlocutores afirmam que o presidente da Câmara considera que “não é o momento” de tensionar.

Eduardo Bolsonaro não vai renunciar à mamata. Perderia o salário mensal de R$ 46.366,19, além da cota parlamentar de R$ 42.837,33. Também deixaria de receber os R$ 4.148,80 mensais de auxílio-moradia e os reembolsos com despesas médicas, que poderiam chegar a R$ 135,4 mil. Ficaria sem os R$ 133,2 mil por mês para custear até 25 secretários parlamentares e não poderia mais indicar R$ 37,8 milhões anuais em emendas ao Orçamento.

Além disso, como deputado federal, ele só pode ser preso em caso de flagrante de crime inafiançável e mediante autorização do plenário da Câmara. Além disso, é protegido por imunidade parlamentar, o que o torna inviolável civil e penalmente por opiniões, palavras e votos relacionados ao exercício do mandato.

Parlamentares também contam com foro privilegiado, o que significa que apenas o Supremo Tribunal Federal pode julgá-los por crimes cometidos durante o mandato. Fora desse contexto, os processos seguem na primeira instância da Justiça comum.

Fonte: DCM

VÍDEO – Torcida do São Paulo canta música homofóbica em jogo contra o Corinthians

Torcedores do São Paulo durante cantos homofóbicos. Foto: Canal Futebol Pelo Mundo

Durante a vitória do São Paulo sobre o Corinthians no último sábado (19), torcedores do Tricolor entoaram um canto homofóbico contra o rival. Na música provocativa, os são-paulinos relembram polêmicas de ídolos corintianos como Ronaldo, que quase contratou duas travestis para um programa sexual, e Emerson Sheik, que deu um selinho em um amigo.

“Vampeta posou pra G/Dinei desmunhecou/Na fazenda de calcinha ele dançou. Não adianta argumentar/Todo mundo já falou/Que o gavião virou beija-flor”, diz a música cantada no Morumbis.

Apesar das regras da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que determina a interrupção da partida em casos como este, o árbitro Anderson Daronco não relatou a música na súmula da partida.

Em junho, o Palmeiras foi multado em R$ 80 mil por cantos homofóbicos em partida contra o Corinthians em maio. Já o Timão sofreu punições como jogar sem público por situações semelhantes em campeonatos anteriores.

Fonte: DCM

Desaprovação a Milei vai a 57% e maioria vê governo como risco para a sociedade, diz pesquisa

 

Javier Milei
Um novo levantamento da consultora Zuban Córdoba mostra que a imagem do presidente argentino Javier Milei segue em queda. Em julho, 56,8% dos entrevistados afirmaram desaprovar sua gestão — um aumento de 0,6 ponto percentual em relação a junho. Além disso, 55,4% consideram que o presidente representa um risco para a sociedade, enquanto apenas 37,8% ainda o veem como símbolo de mudança.

O levantamento ouviu 1.300 pessoas até 15 de julho e revela que o sentimento de punição ao governo é o principal motivador do voto para 52,8% dos argentinos, incluindo eleitores que votaram em Milei no primeiro turno de 2023.

Entre os principais motivos de rejeição estão a destruição do Estado (25,5%) e a crueldade percebida no modelo de gestão (25,4%). Argumentos defendidos pelo governo, como o controle da inflação (23,6%), o combate à “casta” (13%) e o ajuste fiscal (17%), têm menos adesão.

Mesmo com apatia observada nas eleições locais, 68,1% ainda acreditam que o voto tem impacto nas decisões políticas. Apenas 21,6% afirmam que não pretendem ir às urnas. Entre os eleitores que declararam intenção de votar para punir Milei estão 17,1% dos que o apoiaram em 2023, 18,8% dos ex-eleitores de Patricia Bullrich e 64,9% dos que votaram em Juan Schiaretti.

Outro dado significativo é o crescimento do sentimento “antimilei”, hoje compartilhado por 53,6% dos entrevistados — acima do “antikirchnerismo” (45,2%). O kirchnerismo, por sua vez, soma 34,3% de identificação, enquanto o “mileísmo” tem apenas 28,1%. Segundo a pesquisa, a polarização argentina se resignifica agora entre Milei e o kirchnerismo, com os dois blocos mantendo rejeições e apoios intensos, e espaço crescente para forças alternativas nas alianças eleitorais.

Fonte: DCM

Quaest: Trabalho do STF é aprovado por 41% dos brasileiros; 48% desaprovam

Dados revelam uma divisão clara na avaliação da Corte conforme o posicionamento político dos entrevistados

Ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes durante sessão do STF em Brasília (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Uma nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (21) aponta que 41% dos brasileiros aprovam o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto 48% expressam desaprovação. Outros 11% não souberam ou preferiram não responder. O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 14 de julho com 2.004 pessoas em todos os estados do país, por meio de entrevistas presenciais.

Os dados revelam uma divisão clara na avaliação do STF conforme o posicionamento político dos entrevistados. Entre os que se identificam como lulistas ou petistas, o apoio à Corte é amplamente majoritário: 71% aprovam e apenas 18% desaprovam. O mesmo índice de aprovação se mantém entre pessoas que se declaram de esquerda, mas não apoiadoras de Lula, com 25% de desaprovação.

Já entre os que se posicionam à direita, os números se invertem de forma acentuada. No grupo bolsonarista, 71% desaprovam o Supremo e só 21% aprovam. Entre os eleitores de direita não bolsonarista, a reprovação sobe ainda mais: 75% consideram ruim o trabalho da Corte, contra 17% que avaliam positivamente. No centro político, os números refletem uma tendência mais crítica: 48% desaprovam o STF, enquanto 37% o aprovam.



Além do STF, a pesquisa também aferiu a percepção dos brasileiros sobre o Congresso Nacional. O desempenho dos parlamentares é ainda mais mal avaliado: 51% desaprovam a atuação do Legislativo, enquanto 42% a aprovam. A rejeição é maior entre homens (55%), pessoas com ensino superior completo (59%) e quem possui renda familiar acima de cinco salários mínimos (60%).

Apenas entre os brasileiros com renda de até dois salários mínimos o cenário se inverte: 47% aprovam e 44% desaprovam o Congresso. A Quaest também testou a proposta de aumentar o número de deputados federais de 513 para 531 — ideia que encontra ampla rejeição: 85% são contra, e apenas 9% aprovam a mudança.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro desiste de entrevista coletiva após restrição de Moraes

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não participará da coletiva de imprensa do Partido Liberal (PL) nesta segunda-feira (21), que estava agendada para discutir as reações à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A presença dele foi cancelada após a imposição de novas restrições, que reforçam a proibição do ex-capitão de direita de usar redes sociais.

A medida foi detalhada por Moraes em um despacho, que deixou claro que a proibição abrange o uso de redes sociais tanto de forma direta quanto indireta, ou seja, mesmo por intermédio de terceiros. A decisão inclui a vedação de transmissões ao vivo, postagens de vídeos, áudios ou transcrições de entrevistas em plataformas digitais.

Essa restrição foi aplicada após pedidos da Polícia Federal (PF) e com o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). A nova ordem do STF trouxe consequências imediatas para Bolsonaro. A decisão impactou sua participação na coletiva programada para esta segunda-feira, onde o partido pretendia discutir o contexto das medidas cautelares.

Além disso, o ex-presidente também cancelou uma entrevista previamente marcada com o portal Metrópoles, alegando que sua equipe jurídica questionou se ele poderia ser preso caso participasse de uma transmissão ao vivo, dado que seria exibida nas redes sociais do veículo.

O Partido Liberal, ao qual Bolsonaro é filiado, havia inicialmente confirmado sua presença na coletiva. No entanto, após a decisão de Moraes, ficou claro que Bolsonaro não participará do evento, que agora ocorre sem a presença do ex-presidente.

Jair Bolsoanro ao lado de Alexandre de Moraes. Foto: Divulgação


A direção do PL, por sua vez, convocou reuniões em comissões controladas pelo partido para discutir a questão e votar moções de apoio a Bolsonaro, embora o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tenha vetado algumas dessas iniciativas.

As medidas cautelares contra Bolsonaro não se limitam à proibição de uso de redes sociais. Além disso, o ex-presidente foi submetido ao uso de tornozeleira eletrônica, à restrição de circulação à noite e nos fins de semana, e à proibição de contato com seus filhos, diplomatas e outros investigados.

Essas medidas foram tomadas após investigações que sugerem a participação de Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, em ações para pressionar autoridades dos Estados Unidos a impor sanções contra agentes públicos brasileiros.

De acordo com a Polícia Federal, Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro teriam trabalhado com autoridades norte-americanas para tentar submeter o STF a uma pressão externa, com o objetivo de influenciar decisões judiciais em favor de seus interesses. A PF afirma que as negociações realizadas pela família Bolsonaro, que alega serem legítimas, são, na verdade, “espúrias e criminosas”, configurando uma tentativa de obstrução da Justiça e de coação à Corte Suprema.

Fonte: DCM

Idosas do 8/1 violam uso de tornozeleira 983 vezes e Moraes decreta volta à prisão

 

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a revogação da prisão domiciliar de Vildete Ferreira da Silva Guardia e Iraci Megume Nagoshi, ambas condenadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi tomada após as duas descumprirem repetidamente as regras do monitoramento eletrônico, incluindo saídas não autorizadas, perda de sinal de GPS e desligamento da tornozeleira.

Vildete, condenada a 11 anos e 11 meses de prisão por crimes como golpe de Estado, associação criminosa armada e dano ao patrimônio público, acumulou 983 violações durante o regime domiciliar.

Inicialmente, Moraes havia autorizado a prisão em casa devido a alegações de problemas de saúde, mas relatórios da Central de Monitoramento de São Paulo mostraram sucessivos descumprimentos entre junho e julho deste ano.

“A acusada deliberadamente está desrespeitando as medidas impostas nestes autos, revelando seu completo desprezo por esta Suprema Corte e pelo Poder Judiciário”, afirmou o ministro na decisão que determinou o retorno de Vildete à Penitenciária Feminina de Sant’Anna a partir de 7 de julho.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) ainda não confirmou o cumprimento da ordem. Ela estava em prisão domiciliar desde abril por ordem da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Vildete Ferreira da Silva Guardia e Iraci Megume Nagoshi
Inicialmente Paulo Gonet não aceitou o pedido da defesa argumentando que não existiam provas médicas suficientes para justificar a prisão domiciliar. Um laudo da Penitenciária Feminina de Sant’Anna, em São Paulo, também concluiu que a ré não necessitava de cuidados especiais fora do sistema prisional.

Mesmo assim o procurador reconsiderou a posição e afirmou que as circunstâncias do caso exigem uma nova avaliação. Para ele, mesmo sem um diagnóstico clínico determinante, princípios constitucionais como a proteção ao idoso e a dignidade da pessoa humana devem prevalecer.

Já Iraci Megume Nagoshi, condenada a 14 anos de prisão, também teve a prisão domiciliar revogada após centenas de violações registradas desde abril de 2025.

A defesa alegou que as saídas não autorizadas eram para tratamentos de saúde, como fisioterapia e hidroginástica, mas Moraes considerou que as atividades de lazer demonstravam “desprezo pela pena imposta e pelo próprio sistema jurídico”. A prisão preventiva foi decretada em 16 de julho, mas a SAP ainda não informou para qual unidade prisional ela será transferida.

Fonte: DCM

Mulher que chamou Michelle de “ex-garota de programa” é ameaçada por bolsonaristas

 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a comunicadora Teônia Pereira. Foto: Divulgação

A comunicadora petista Teônia Pereira, conhecida por suas postagens e declarações nas redes sociais, afirmou ser alvo de uma ofensiva orquestrada por bolsonaristas após chamar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro de “ex-garota de programa” durante uma participação em um podcast. Ela alegou que seu perfil no Instagram foi derrubado após um movimento em massa de denúncias promovido por apoiadores de Jair Bolsonaro.

Em entrevista, Teônia criticou a atitude dos bolsonaristas, apontando a contradição entre a defesa da liberdade de expressão e a censura que, segundo ela, sofreu. “Eles dizem acreditar na liberdade de expressão, mas quando alguém discorda ou expõe a verdade, logo tentam silenciar”, disse a comunicadora, filiada ao PT no Piauí.

Ela também acusou o que chamou de “gangue digital” de Bolsonaro, que, segundo ela, promove ataques e ameaças contra aqueles que discordam de suas opiniões. O episódio ganhou novos contornos quando Michelle Bolsonaro entrou com uma ação judicial contra Teônia Pereira.

Após a ação, o vídeo em que a comunicadora fazia o comentário sobre Michelle foi retirado do YouTube, mas Teônia negou qualquer envolvimento na remoção do conteúdo, afirmando que a exclusão foi realizada pelo canal responsável pelo vídeo, o IelTV.

Fonte: DCM

Moraes adverte Bolsonaro sobre prisão por burlar veto ao uso das redes

Advertência foi feita após o ex-presidente publicar nas suas redes sociais links de entrevistas concedidas nos últimos dias à imprensa

       Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | Antonio Augusto/Secom/TSE)

André Richter, repórter da Agência Brasil - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes advertiu, nesta segunda-feira (21), em Brasília, Jair Bolsonaro sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas contra o ex-presidente.

A advertência foi feita após Bolsonaro publicar nas suas redes sociais links de entrevistas concedidas nos últimos dias à imprensa.

Entre as medidas estabelecidas na semana passada contra o ex-presidente figura a proibição de utilização das redes sociais.

Segundo o ministro, o descumprimento da proibição pode acarretar na decretação da prisão preventiva de Bolsonaro.

"A medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais - diretamente ou por intermédio de terceiros - imposta a Bolsonaro inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros, não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão", afirmou Moraes.

☆ Investigação

As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, é investigado por sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visando promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista.

☆ Confira as medidas determinadas contra Bolsonaro

• Uso de tornozeleira eletrônica;
• Recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira, e integral nos fins de semana e feriados;
• Proibição de aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros;
• Proibição de manter contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
• Proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros.
• Proibição de manter contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos quatro núcleos da trama golpista.

Fonte: Brasil 247

Moraes proíbe transmissão e retransmissão de entrevistas de Bolsonaro nas redes sociais

Decisão foi tomada pois o ministro entendeu que o ex-mandatário e Eduardo Bolsonaro atuaram em conjunto com autoridades dos EUA para inibir a ação do STF

      Ex-presidente Jair Bolsonaro 1807/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

(Reuters) - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu, em decisão publicada nesta segunda-feira, a transmissão e retransmissão de entrevistas dadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

"A medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, imposta a Jair Messias Bolsonaro inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros, não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão", escreveu Moraes em sua decisão.

Na sexta-feira, Moraes proibiu Bolsonaro de usar as redes sociais, assim como o obrigou a usar uma tornozeleira eletrônica e a se recolher em casa durante a noite nos dias de semana e por todo o dia nos fins de semana. Também proibiu o ex-presidente de conversar com o filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e de conversar com embaixadores e se aproximar de embaixadas.

A decisão foi tomada pois Moraes entendeu que Bolsonaro e Eduardo atuaram em conjunto com autoridades dos Estados Unidos para inibir a ação do STF.

Antes da divulgação da decisão de Moraes, o ex-presidente cancelou nesta segunda uma entrevista marcada para o portal Metrópoles, que seria transmitida ao vivo no YouTube.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Após tarifaço de Trump, pecuaristas dos EUA querem banir carne do Brasil

Entidade ligada ao agronegócio dos EUA apoia tarifa de Trump e acusa Brasil de riscos sanitários; governo rebate e defende status internacional do país

     Frigorífico no Mato Grosso do Sul (Foto: Reprodução (TV Morena))

Enquanto o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, eleva a retórica protecionista com a imposição de tarifas a diversos parceiros comerciais, um setor específico do agronegócio americano expressa apoio entusiástico: os pecuaristas. A Associação Nacional dos Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA, na sigla em inglês) declarou apoio irrestrito à proposta da Casa Branca de aplicar uma tarifa de 50% sobre a carne bovina brasileira e chegou a defender a suspensão total das importações do produto.

“A Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA) apoia firmemente o plano do presidente Trump de impor ao Brasil com uma tarifa de 50%”, afirmou a entidade à CNN. O grupo representa a indústria de carne bovina norte-americana desde 1898 e sustenta que, há anos, pleiteia a interrupção definitiva da entrada do produto brasileiro nos Estados Unidos.

No comunicado, a associação declarou que “uma tarifa de 50% é um bom começo, mas precisamos suspender as importações de carne bovina do Brasil para que possamos conduzir uma auditoria completa”. A NCBA ainda lançou duras críticas à cadeia produtiva brasileira, classificando como “abismal” a falta de responsabilidade sanitária dos criadores nacionais. A principal preocupação recai sobre os registros de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como “doença da vaca louca”. “A falha do Brasil em reportar casos atípicos de EEB e seu histórico de febre aftosa são uma grande preocupação para os produtores de gado dos EUA”, alegou a entidade.

O Ministério da Agricultura reagiu às acusações com uma nota técnica, esclarecendo que o Brasil nunca registrou um “caso clássico” da doença da vaca louca – que ocorre pela ingestão de rações contaminadas, a exemplo dos surtos que afetaram países europeus há algumas décadas. Segundo a pasta, o país teve apenas seis episódios considerados “atípicos”, causados por mutações espontâneas em animais idosos, sem relação com a alimentação.

“Assim, o Brasil mantém o reconhecimento pela OMSA como país de risco insignificante para a doença desde 2012”, destacou o ministério, referindo-se ao status conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal.

Fonte: Brasil2 47 com informações da CNN 

Temendo prisão, Bolsonaro recua e agora diz que não pode negociar com Trump: 'não tenho os contatos'

Ex-mandatário agora afirma que não tem contato com autoridades dos EUA e que Eduardo Bolsonaro "não pode falar em nome do governo brasileiro"

      Trump e Bolsonaro na Flórida, EUA - 07/03/2020 (Foto: REUTERS/Tom Brenner)

Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta segunda-feira (21), qualquer envolvimento com o tarifaço de 50% contra produtos brasileiros anunciado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de rechaçar a responsabilidade de seu grupo político e a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, no episódio. "Isso é lá do governo Trump. Não tem nada a ver com a gente. Querem colar na gente os 50%. Mentira", disse o ex-mandatário em entrevista à jornalista Andréia Sadi, do G1. "Não tenho contato com autoridades americanas", afirmou.

A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi anunciada por Trump com menção direta a Jair Bolsonaro. O presidente estadunidense qualificou como "vergonha internacional" os processos que o ex-mandatário responde no Supremo Tribunal Federal, incluindo um por tentativa de golpe de Estado. Mesmo assim, o ex-presidente manteve elogios ao líder republicano, a quem disse admirar. Em uma postagem anterior à entrevista, Bolsonaro chegou a afirmar que "com anistia, haverá paz para a economia".

"Eu não vou falar o que eu acho para o Trump. Eu tenho profunda gratidão e respeito por ele (...) Tivemos um excelente relacionamento. Ele queria taxar o aço e o alumínio em 2019. Eu conversei com ele e ele não taxou. Esse governo Lula até hoje não buscou contato com o Trump", disse Bolsonaro.

Na entrevista, Bolsonaro também rebateu declarações feitas pelo próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que dias antes havia se apresentado como responsável pelas negociações com os Estados Unidos visando à imposição de sanções contra autoridades brasileiras.

"Ele não pode falar em nome do governo do Brasil. O Eduardo não pode falar em nome do governo brasileiro", afirmou o ex-mandatário, acrescentando ter pedido ao filho que "segurasse" as declarações e "medisse as palavras". Mesmo assim, defendeu a atuação do parlamentar como sendo a de "um cara responsável". Indagado se Eduardo deveria retornar ao Brasil – sua licença na Câmara terminou no domingo (20) –, o ex-mandatário desconversou. "Eu não acho nada. Ele é maior de idade, pessoa responsável, tem vergonha na cara, está fazendo um trabalho pela nossa liberdade."

Apesar de tentar se desvincular da medida, Bolsonaro reconheceu que a tarifa anunciada por Trump causará prejuízos significativos à economia brasileira. "Qualquer pessoa sabe que isso tem um impacto enorme para a economia brasileira", afirmou, antes de sugerir uma solução direta: "Tem que ir lá conversar com o Trump, ouvir as condições dele."

Pesquisa divulgada pela Quaest no dia 15 mostra que 72% dos brasileiros são contra o tarifaço e 79% acreditam que a medida terá impactos negativos em suas vidas. Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o episódio "jogou o eleitor de centro para o colo de Lula", que agora aparece à frente de Bolsonaro em um eventual segundo turno em 2026 – antes, ambos estavam tecnicamente empatados.

Na mesma entrevista, Bolsonaro comentou a apreensão de US$ 14 mil feita pela Polícia Federal (PF) em sua residência na última sexta-feira (18), minimizando a importância do montante. "Você acha que 14 mil dólares é muita coisa? Eu tenho um bom recurso no banco. No momento, tive lá R$ 17 milhões lá atrás, do Pix (...) Então, perto do que eu tenho no banco, em dinheiro que está no banco, não é quase nada esses US$ 14 mil", declarou.

Ele também comentou o conteúdo de um pen drive apreendido pela PF em um banheiro da residência que, segundo a perícia realizada pela PF, não continha elementos relevantes para a investigação. "Ouvi dizer que tinha música gospel e foto de família."

Ao longo da entrevista, Bolsonaro voltou a defender anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e criticou possíveis interferências do Supremo Tribunal Federal no tema. "Olha o Congresso: pela Constituição, anistia é algo privativo do Parlamento. Agora, quando começa a discutir anistia, alguém do Supremo fala 'se aprovar, nós vamos declarar inconstitucional'. Acabou a conversa."

Por fim, o ex-mandatário afirmou que pretende participar de reuniões da bancada do PL no Congresso. As medidas restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, não o impedem de frequentar o Parlamento.

Fonte: Brasil 247 com informaÇÕES DO g1