Segundo o levantamento, 60% dos entrevistados concordam com o aumento do Imposto de Renda para os chamados “super-mais ricos”, enquanto 35% se opõem
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (16) pela Quaest revela que o debate sobre justiça tributária está alinhado com os desejos da maioria da população brasileira. Segundo o levantamento realizado entre os dias 10 e 14 de julho, 60% dos entrevistados concordam com o aumento do Imposto de Renda (IR) para os chamados “super-mais ricos”, enquanto 35% se opõem e 5% não souberam ou preferiram não opinar. As informações são do g1.
A proposta de isenção total do IR para cidadãos com renda mensal de até R$ 5 mil tem ainda mais respaldo: 75% disseram apoiar a medida, 21% foram contrários e 4% não expressaram opinião. Os dados reforçam a percepção de que há apoio consistente à ideia de reduzir a carga tributária dos mais pobres por meio do aumento de impostos para as camadas mais abastadas da população. Nesse sentido, 63% afirmaram concordar com essa redistribuição da carga fiscal, enquanto 33% se manifestaram contra e 4% não têm opinião formada.
Apesar do forte apoio às propostas, mais da metade da população (56%) ainda não está ciente da agenda de justiça tributária do governo Lula. Apenas 43% afirmaram já ter ouvido falar das medidas defendidas pelo governo federal nessa área, o que revela um desafio de comunicação ainda em curso.
A pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos, entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em 120 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
Outro aspecto abordado no levantamento é a percepção sobre o discurso que opõe ricos e pobres. Para 53% dos entrevistados, essa retórica “não está certa, porque cria mais briga e polarização no país”. Já 38% consideram que “está certa, porque chama atenção para os privilégios de alguns”. Outros 9% não souberam ou não quiseram responder.
No cenário político, a pesquisa também mediu a aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A desaprovação, que havia atingido 57% no levantamento anterior, caiu para 53%. Já a aprovação subiu de 40% para 43%. A oscilação indica uma recuperação da imagem presidencial, especialmente em segmentos fora da base tradicional de apoio, como eleitores do Sudeste, pessoas com ensino superior completo e cidadãos que ganham entre dois e cinco salários mínimos.
Um fator que contribuiu para essa melhora, segundo os dados, foi o recente embate entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para 53% dos entrevistados, o presidente brasileiro está certo em adotar uma postura de reciprocidade diante das tarifas impostas por Trump. Além disso, 72% consideram que Trump está errado na condução dessa política, e 79% acreditam que o chamado “tarifaço” prejudicará sua vida pessoal.
Mesmo com a melhora na avaliação do governo, a situação econômica segue sendo uma preocupação para grande parte dos brasileiros. De acordo com o levantamento, 46% avaliam que a economia piorou, enquanto apenas 21% acreditam que houve melhora.
Fonte: Brasil 247 com informações do G1
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