sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Bolsonarista ameaça deputado do PT, é identificado e se desculpa: “Brincadeira de mau gosto”


      O deputado Reimont (PT-RJ). Foto: Bruno Spada/Agência Câmara

A Polícia Legislativa Federal autuou um bolsonarista do Ceará que ameaçou o deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara. A ocorrência foi registrada na terça (2) após o parlamentar ter anunciado que acionaria o Conselho Tutelar contra a deputada Júlia Zanatta (PL-SC).

Segundo a polícia, o homem entrou em contato por telefone com o gabinete de Reimont e fez as ameaças. Ele foi identificado e levado à delegacia, onde admitiu o ocorrido e pediu desculpas. Na retratação, o bolsonarista alegou que fez apenas uma “brincadeira de mau gosto”.

“Queria me retratar com o deputado Reimont. Em momento algum, tive a intenção de ameaçá-lo, amedrontá-lo, intimidá-lo – não houve nada disso. O que houve, não vou mentir, foi apenas uma brincadeira de mau gosto que foi mal interpretada”, afirmou.

Apesar da retratação, ele foi autuado por ameaça, crime com pena prevista de até seis meses de detenção, além de multa. A Polícia Legislativa informou que seguirá acompanhando o caso e repassará os autos ao Ministério Público, que avaliará a abertura de processo.

A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) com bebê no colo durante motim bolsonarista na Câmara. Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
Após receber a ameaça e a polícia identificar o bolsonarista, Reimont agradeceu o apoio das autoridades e disse que não aceitará intimidações.

“As divergências políticas devem ser enfrentadas com argumentos e dentro das regras democráticas, e não com violência. Seguirei atuando para que o debate público seja protegido de ataques e para garantir a proteção integral das crianças e adolescentes”, afirmou.

O deputado petista acionou o Conselho Tutelar após a deputada bolsonarista levar a filha, uma bebê de quatro meses, para o motim na Câmara, em agosto. No ofício enviado ao órgão, ele disse a criança “foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional”.

Fonte: DCM

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