
Em transmissão ao vivo neste domingo (20), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a adotar tom agressivo contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus membros.
Em destaque, afirmou que seu objetivo “é tirar Alexandre de Moraes da Corte” e que está disposto a se sacrificar por isso. A fala foi acompanhada de ofensas e ameaças diretas a policiais federais e ao próprio ministro do STF, num discurso que rompe frontalmente os limites institucionais e legais.
“Você não é digno de estar no topo do poder Judiciário”, disse Eduardo, referindo-se a Moraes.
Em seguida, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o visto americano cassado por Donald Trump foi apenas o começo da ofensiva internacional e que está pronto para “ir até as últimas consequências”. “Coloca o Trump junto na investigação, manda a Interpol vir pegar a gente”, ironizou, chamando policiais federais de “cachorrinhos” e ameaçando descobrir quem o investiga. “Se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”, afirmou.
A gravação repercutiu rapidamente nas redes sociais, com juristas e analistas políticos classificando as declarações como potencialmente criminosas.
Agora nem como parlamentar ele fala mais.
Eduardo Bolsonaro encerra neste domingo sua licença de quatro meses da Câmara, e, sem nova prorrogação ou justificativa aceita, será considerado ausente sem remuneração a partir desta semana.
Na prática, já age sem amparo legal de mandato, ou seja, como um gangster fora da lei.
No vídeo, ele chega a ameaçar os policiais envolvidos na apuração dos crimes que vem cometendo e o próprio presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso.
A Polícia Federal investiga Eduardo por suspeita de atuar internacionalmente para pressionar autoridades brasileiras e coagir ministros do STF, o que resultou nas recentes medidas cautelares contra seu pai, Jair Bolsonaro, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contatos com aliados.
As falas do já ex-parlamentar podem ser incluídas no inquérito como indícios de tentativa de obstrução de Justiça, intimidação de autoridades e incitação ao crime.
Fonte: DCM
Nenhum comentário:
Postar um comentário