O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro começou a prestar depoimento nesta segunda, como testemunha de acusação no processo que apura uma tentativa de golpe
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, começou a prestar depoimento nesta segunda-feira (14), no Supremo Tribunal Federal, como testemunha de acusação no processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Logo no início da audiência, o ministro Alexandre de Moraes bateu de frente com o advogado Jeffrey Chiquini da Costa, que defende o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, acusado de integrar a trama golpista.
O defensor protestou contra o curto prazo para analisar os 78 terabytes de material do processo, alegando que era impossível montar uma defesa adequada. Moraes reagiu, dizendo que os documentos foram incluídos pelas próprias defesas, e cortou o advogado ao ser interrompido.
“Isso já foi decidido no núcleo anterior. Quem pediu esse material, quem juntou, não foi a acusação. Foram as defesas. Não há nada nesse material imputado... [interrupção do advogado] Doutor, enquanto eu falo, o senhor fica quieto”, disse.
Em tom sarcástico, o ministro ainda completou: “Se o senhor quiser conduzir a acusação, deveria ter prestado concurso para o Ministério Público.”
Cid foi convocado a dar detalhes sobre os réus dos núcleos 2, 3 e 4 da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Como delator, ele é obrigado a falar a verdade e não pode omitir informações.
Fonte: Brasil 247
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