domingo, 31 de agosto de 2025

Plano de governo de Tarcísio é a ruptura institucional, denuncia Lindbergh

Líder do PT na Câmara reagiu à proposta de indulto a Jair Bolsonaro

Lindbergh Farias (Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), criticou duramente a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que afirmou que seu primeiro ato, caso seja eleito presidente da República, será conceder indulto a Jair Bolsonaro. A reação foi publicada neste domingo (31) em sua conta no X (antigo Twitter).

“Tarcísio revelou sua prioridade caso chegue à Presidência: anistiar Bolsonaro. Não falou em inflação, emprego, saúde ou educação. Sua obsessão é blindar quem está em prisão domiciliar, réu no STF e inelegível até 2030”, escreveu Lindbergh.

◉ “Projeto de ruptura institucional”

Em sua manifestação, o parlamentar classificou a proposta como uma ameaça direta à democracia e ao Estado de Direito. “Esse anúncio não é um detalhe, é um projeto de ruptura institucional. A anistia afronta cláusulas pétreas da Constituição, abre guerra com o STF e reedita a velha fórmula da impunidade para crimes contra a democracia, os mesmos crimes que levaram militares e políticos à cadeia após o 8 de janeiro”, destacou.

O deputado lembrou que o Congresso já rejeitou iniciativas semelhantes, como a chamada PEC da Blindagem, que buscava limitar a atuação da Justiça em casos de responsabilização de autoridades. Para Lindbergh, o país não aceita retrocessos. “O Brasil já rejeitou a anistia disfarçada na PEC da Blindagem. A sociedade não aceita que o Palácio do Planalto seja transformado em bunker de golpistas”, escreveu.

◉ Crítica ao projeto político de Tarcísio

Lindbergh também afirmou que a postura de Tarcísio evidencia submissão a Jair Bolsonaro e ausência de propostas para os reais desafios do Brasil. “Tarcísio mostra que não tem plano de governo: tem só submissão a Bolsonaro e um pacto de impunidade com quem quis destruir o país”, publicou o deputado.

A polêmica evidencia o clima de radicalização política em torno das eleições presidenciais de 2026, antecipando embates entre os defensores da democracia e os que buscam, segundo a oposição, blindar Bolsonaro e aliados envolvidos em crimes contra as instituições.

Fonte: Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário