domingo, 13 de julho de 2025

Sobretaxa de Trump ao Brasil fortalece acusação de obstrução da Justiça contra Eduardo Bolsonaro

Anúncio de tarifa de 50% por Trump não muda processo de Bolsonaro no STF, mas amplia indícios de atuação internacional de Eduardo contra instituições

       Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução )

O anúncio feito por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato à Casa Branca, de impor uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros intensificou a crise diplomática entre os dois países e acirrou o cerco jurídico a Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Embora não deva alterar o curso do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), a medida pode agravar a situação de seu filho, que já é investigado por suposta tentativa de interferência nas instituições democráticas brasileiras. A informação é da Folha de S.Paulo.

Segundo ministros do STF, assessores e advogados ouvidos pela reportagem, a ofensiva política e comercial de Trump pode reforçar os indícios de que Eduardo Bolsonaro tem atuado em conluio com autoridades estrangeiras para pressionar o Judiciário brasileiro e influenciar investigações em curso. O deputado federal licenciado é investigado por crimes como coação, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Em relatório recente, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Eduardo pode ter cometido tais crimes ao colaborar com figuras do governo Trump contra integrantes do STF, da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal. A apuração teve seu prazo prorrogado por mais 60 dias na semana passada, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que considerou necessário aprofundar as diligências da Polícia Federal.

Trump classificou o julgamento de Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e criticou supostas "ordens de censura" dirigidas a plataformas de mídia social dos EUA. As declarações ecoam o discurso adotado por Eduardo Bolsonaro, que acusa o ministro Alexandre de Moraes de censurar empresas e indivíduos e de ferir princípios internacionais de direitos humanos.

No mesmo dia do anúncio das tarifas, Eduardo divulgou uma carta assinada em conjunto com o ex-apresentador Paulo Figueiredo — também réu por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. No texto, os dois pedem às autoridades brasileiras que evitem uma escalada do conflito com os EUA para impedir a efetivação das tarifas a partir de 1º de agosto. Para eles, a retaliação econômica seria fruto do trabalho de interlocução feito com o entorno de Trump.

“Nos últimos meses, temos mantido intenso diálogo com autoridades do governo do presidente Trump — sempre com o objetivo de apresentar, com precisão e documentos, a realidade que o Brasil vive hoje. A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que viemos trazendo com seriedade e responsabilidade”, escreveu Eduardo.

O documento também menciona a possibilidade de que "as avaliações a Moraes possivelmente serão selecionadas" no pacote de retaliações contra o Brasil. No início de julho, Alexandre de Moraes anexou ao inquérito um vídeo publicado por Eduardo na rede social X (antigo Twitter), como indício de que ele continua a tentar influenciar o processo judicial sobre a trama golpista.

Na última sexta-feira (11), Eduardo Bolsonaro voltou a provocar ao condicionar a suspensão das tarifas a uma “anistia ampla, geral e irrestrita” — declaração feita após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se encontrar com o encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar. Tarcísio pregou o caminho da negociação em uma publicação nas redes sociais.

No depoimento que prestou à Polícia Federal, Jair Bolsonaro foi questionado sobre como Eduardo se sustenta nos Estados Unidos, se recebe recursos do PL e com quem articula suas ações junto ao governo americano. As perguntas indicam que os investigadores buscam rastrear eventuais vínculos financeiros e políticos com as articulações internacionais.

Por outro lado, fontes do STF afirmam que, no caso do ex-presidente, o processo já segue seu curso natural e não deve ser afetado pelas declarações de Trump. A Primeira Turma do Supremo deve julgar, a partir de setembro, as acusações contra o núcleo central da trama golpista, com o objetivo de encerrar a ação ainda em 2025 e evitar interferências no calendário eleitoral de 2026.

Mesmo após o tarifaço, ministros do STF continuam vendo as declarações de Trump como manobras políticas que não alteram o mérito jurídico das ações. “A declaração pode até aumentar a antipatia”, disse um magistrado em condição de anonimato, referindo-se à repercussão interna da pressão externa.

A postura de Trump, no entanto, pode ter efeito contrário ao desejado. Assessores e advogados admitem que a tentativa de interferência pode levar os ministros a adotarem uma linha mais dura contra os investigados.

Pouco depois da divulgação da carta de Trump, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, conversou com o presidente Lula e com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. As conversas, segundo fontes oficiais, reafirmaram que a resposta brasileira será conduzida pelos canais diplomáticos e institucionais.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

sábado, 12 de julho de 2025

Michelle pede “paz”, mas culpa Lula por tarifa de Trump e o chama de 'vingativo'

Durante evento no Acre, ex-primeira-dama fez apelo público ao presidente, criticando alianças internacionais e pedindo fim das provocações

         Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro leu uma carta aberta ao presidente Lula durante um evento no Acre neste sábado (12). Ela pede paz e cobrou um “gesto de lucidez” após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, após articulação de seu enteado, Eduardo Bolsonaro (PL), para sancionar o Brasil para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a não julgar Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Michelle apelou para que Lula abandone o que chamou de “desejo de vingança” e se afaste de alianças que, segundo ela, estariam empurrando o país para o isolamento. “Você está arrastando o Brasil para o buraco ao se juntar a movimentos terroristas e ditadores”, afirmou.

A ex-primeira-dama comparou as sanções anunciadas por Trump às medidas aplicadas a regimes autoritários e disse que o Brasil corre o risco de perder credibilidade internacional por seguir, nas palavras dela, “ideologias doentias”.

Ao final da leitura, Michelle fez um apelo direto ao presidente: “É hora de baixar as armas da provocação, cessar os tambores de ofensas e hastear a bandeira do diálogo e da paz. O Brasil está assistindo e esperando por isso.”

Fonte: Brasil 247

Jurista admite hipótese de impeachment de Tarcísio de Freitas

Para Alfredo Attié, tentativa do governador de negociar com os EUA em nome do Brasil fere a Constituição e pode configurar crime de responsabilidade

      Tarcísio de Freitas (Foto: Karine Santos/Governo do Estado de SP)

O desembargador Alfredo Attié, presidente da Academia Paulista de Direito (APD), declarou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pode ter cometido crime de responsabilidade ao tentar atuar diplomaticamente em nome do país. A avaliação foi publicada neste sábado (12) pela Folha de S.Paulo e reacende o debate sobre os limites legais das ações de governadores em política externa.

A crítica de Attié surgiu após Tarcísio participar de articulações internacionais junto a Jair Bolsonaro. Segundo o jurista, tais movimentações violam o artigo 84, inciso VII, da Constituição Federal, que atribui exclusivamente à União — por meio do presidente da República — a competência para manter relações com governos estrangeiros.“Querer negociar com governo estrangeiro, em nome do país, é uma iniciativa que usurpa função constitucional que cabe à União e pode configurar crime de responsabilidade”, afirmou Attié.

Ele também questiona o papel exercido por Tarcísio nas articulações que envolvem Bolsonaro, réu em ações no Supremo Tribunal Federal. “Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, teria o direito de ser mero estafeta de quem está sendo processado perante o Supremo Tribunal Federal? Evidentemente que não”, criticou.

Para o presidente da APD, a tentativa de representar o Brasil diante de outros países não apenas fere a Constituição, mas simboliza um episódio grave de desvio institucional. “Essas duas iniciativas mostram claramente que se deseja entrar num jogo que, se não mera e comprovadamente insano e irresponsável, simplesmente se configura como atentado contra a ordem constitucional.”

Attié descarta que as ações de Tarcísio possam ser enquadradas como obstrução de Justiça ou facilitação de fuga, mas reforça que o mais grave é o ataque à ordem jurídica brasileira: “O que é mais sério está em ferir a Constituição Federal e configurar crime de responsabilidade, podendo, sim, levar a processo de impeachment.”

O jurista também fez duras críticas à elite política e empresarial que elegeu Tarcísio. Segundo ele, trata-se de mais um reflexo das escolhas feitas por parcelas da sociedade que colocam em cargos públicos figuras que demonstram “destituição da capacidade de exercer na forma constitucional as funções altamente importantes de seus cargos”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

“Prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro é necessária e urgente", diz Lindbergh

Líder do PT aponta “apito de cachorro” na postagem do deputado que convoca guerra contra Alexandre de Moraes

   Eduardo Bolsonaro (no círculo) e Lindbergh Farias (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara I Agência Câmara)

“O discurso de Eduardo Bolsonaro é fantasmagórico: evoca sangue, vingança, forças ocultas, ameaças existenciais. É o velho teatro da extrema-direita, que precisa de inimigos imaginários para justificar sua ânsia por confronto. Mas palavras assim não pairam no ar — elas matam.” Foi com essas palavras que o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) reagiu neste sábado (12) à postagem incendiária de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em que o filho do ex-presidente convoca seus apoiadores para uma cruzada contra o Supremo Tribunal Federal.

A manifestação de Lindbergh, publicada nas redes sociais, exige providências imediatas. “A prisão preventiva é não só cabível — é necessária e urgente. O Brasil não tem medo e não aceita ameaças da família Bolsonaro”, escreveu o parlamentar.

☆ “Apito de cachorro” e linguagem cifrada da ruptura

Para Lindbergh, a retórica de Eduardo Bolsonaro ultrapassa os limites da liberdade de expressão e configura incitação codificada à violência política. “Trata-se de um clássico caso de dog whistle fascism — ou ‘apito de cachorro’. À maioria soa como exagero retórico, mas os radicais ouvem um chamado à ação. O tom é ambicioso, apocalíptico e revanchista: tudo o que antecede rupturas violentas. Não é discurso político. É ameaça codificada, lançada com cálculo e propósito”, afirmou.

O deputado petista indagou ainda: “Quando Eduardo fala em ‘sangue’, está falando do quê? De derramamento contra pessoas? E ‘vingança’ contra quem? O STF? A democracia? O povo brasileiro que não se ajoelha?”

☆ Eduardo convoca “guerra santa” e promete “vingança”

Na postagem que provocou a reação de Lindbergh, Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos, afirma ter feito um “compromisso com Deus” para lutar contra o que chama de “regime sanguinário”. Em tom messiânico e quase delirante, declarou: “Se não salvarmos o Brasil, ao menos o vingaremos! Que Deus nos proteja.”

O deputado bolsonarista voltou a evocar a retórica de “presos políticos”, pedindo a soltura de golpistas condenados pelo 8 de janeiro. “Chegou a hora verdadeira, que separará os homens dos covardes. Só há um acordo possível: a soltura de todos os presos políticos, o fim de toda perseguição e a saída do mais desprezível tirano que já passou por nossa república, Alexandre de Moraes”, escreveu, atacando diretamente o ministro do Supremo.

☆ “O Brasil não será refém de golpistas reincidentes”, diz Lindbergh

Em sua análise, Lindbergh vê semelhanças claras entre o atual discurso de Eduardo e as mensagens cifradas que antecederam o 8 de janeiro. “O apelo é messiânico, quase suicidário: que deem suas vidas, que derramem sangue, que se insurjam para conquistar a anistia do clã Bolsonaro. A linguagem é cifrada, como foi na véspera do 8 de janeiro — com nova promessa de ‘Festa da Selma’, novos códigos para um mesmo projeto golpista”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o país não pode permitir a reincidência de ataques à democracia. “O nosso país não será refém de golpistas reincidentes nem de traidores da Pátria que insuflam a desordem e o caos. Quem articula com estrangeiros, agride o STF, prejudica a economia e chantageia a nação para garantir a impunidade do pai não pode circular em liberdade”, declarou.

☆ Risco jurídico e desdobramentos

A nova escalada verbal de Eduardo Bolsonaro ocorre no momento em que o Supremo Tribunal Federal avança em investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 2023. Alexandre de Moraes é relator dos inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, o próprio Eduardo e diversos aliados. A postura do deputado, ainda que protegido por foro privilegiado, pode gerar consequências jurídicas, especialmente se for enquadrada como apologia ao crime ou incitação à violência.

Lindbergh encerrou sua manifestação com um aviso direto: “O Brasil não tem medo. E não aceita ameaças da família Bolsonaro”.

Fonte: Brasil 247

Em post ameaçador, Eduardo Bolsonaro anuncia guerra de vida ou morte contra Alexandre de Moraes

Deputado que fugiu para os Estados Unidos diz que chegou a hora de separar os homens dos covardes

Eduardo Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | LR Moreira/Secom/TSE)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou neste sábado (12) uma mensagem nas redes sociais em tom de ameaça direta ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que está disposto a ir “até as últimas consequências” e convocando seus apoiadores para uma espécie de cruzada contra o que chamou de “regime sanguinário”. A publicação foi feita em sua conta oficial na plataforma X (antigo Twitter).

A mensagem, de teor incendiário, foi creditada à inspiração de frases de autores como William Shakespeare, G.K. Chesterton e Thomas Jefferson, mas tem como centro uma conclamação explícita à ruptura com o Estado Democrático de Direito. “Chegou a hora verdadeira, que separará os homens dos covardes. Só há um acordo possível, a soltura de todos os presos políticos, o fim de toda perseguição e a saída do mais desprezível tirano que já passou por nossa república, Alexandre de Moraes”, escreveu.

O parlamentar, que está atualmente nos Estados Unidos e se recusa a retornar ao Brasil desde o agravamento das investigações sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, adotou o tom messiânico e anunciou que teria feito um “compromisso com Deus” para lutar contra o que considera uma “tirania”. Segundo ele, “sacrifício e dor serão tributos cobrados no altar da liberdade”.

“Eu renunciei a toda uma vida no Brasil para ter os meios de ação que me permitam lutar contra o regime sanguinário que está jogando velhinhas na prisão e matando pais de família nos calabouços de tortura política dos tiranos que tomaram o país”, afirmou, referindo-se ao STF de maneira indireta, mas clara. Eduardo ainda declarou: “Se não salvarmos o Brasil, ao menos o vingaremos! Que Deus nos proteja.”

A postagem foi acompanhada de citações como: “Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez” (Shakespeare), e a frase de Jefferson: “A árvore da liberdade deve ser regada de quando em quando com o sangue dos patriotas e dos tiranos. É o seu adubo natural.”

No decorrer da mensagem, Eduardo repete a retórica bolsonarista de que o Brasil estaria sob um “Estado de Exceção” e afirma que “a atmosfera de medo é característica de um regime totalitário”. Ele convoca seus “irmãos brasileiros” a não sucumbirem ao medo e se unirem à sua luta.

A publicação reacende alertas sobre a atuação de políticos bolsonaristas no exterior e o discurso cada vez mais radicalizado contra o Judiciário brasileiro, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos que investigam os atos golpistas e o uso de redes sociais para minar a democracia. Moraes também é relator das ações no STF contra Jair Bolsonaro e aliados, incluindo Eduardo.

A declaração pública de Eduardo Bolsonaro poderá gerar novos desdobramentos jurídicos. Como parlamentar federal, ele tem foro privilegiado, mas está sujeito a sanções em casos de incitação à violência, apologia ao crime ou ameaça a integrantes das instituições republicanas.

A escalada de hostilidade por parte do filho do presidente Jair Bolsonaro ocorre em um momento em que o Supremo Tribunal Federal avança com processos que envolvem a tentativa de golpe de Estado e crimes contra a democracia. Assista:

Fonte: Brasil 247

PT aciona STF contra Gustavo Gayer por fake news sobre campanha patriótica Defenda o Brasil

Deputado bolsonarista é acusado de espalhar mentiras nas redes sobre suposto uso de verba pública na campanha lançada após tarifa de Trump contra o Brasil

         Gustavo Gayer (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou neste sábado (12), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de explicações judiciais contra o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO), por declarações falsas feitas nas redes sociais contra a campanha Defenda o Brasil. A petição é assinada pelo presidente nacional do partido, senador Humberto Costa (PE), e pelo secretário de Comunicação do PT, deputado federal Jilmar Tatto (SP). A informação é do PT Nacional.

Segundo a legenda, Gayer utilizou seus perfis nas redes sociais para divulgar acusações infundadas, alegando que influenciadores digitais e agências de publicidade estariam sendo pagos com recursos públicos para impulsionar a mobilização patriótica promovida por partidos, sindicatos e movimentos populares em resposta à decisão unilateral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

A campanha Defenda o Brasil conclama os brasileiros a rechaçar a agressão econômica promovida por Trump, que tem sido interpretada como retaliação aos processos judiciais contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. “Com a bandeira nacional nas costas, falsos patriotas incitaram o governo dos EUA a taxar o Brasil para tentar livrar Jair Bolsonaro da cadeia”, diz um trecho do material da campanha.

☆ Fake news e tentativa de descredibilizar a mobilização

No entendimento do PT, a extrema-direita tenta sabotar a repercussão positiva da campanha Defenda o Brasil com a disseminação de fake news. Gayer teria espalhado a versão de que a ação nas redes seria “não orgânica”, sustentando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria contratado agências publicitárias com “milhões de reais” para promover a iniciativa — o que o partido afirma ser absolutamente falso.

A peça jurídica exige que Gayer explique publicamente quais são as provas das afirmações feitas, sob pena de responder criminalmente por calúnia, difamação e disseminação de desinformação. “Requer-se a Vossa Excelência que se digne em determinar a notificação do senhor Gustavo Gayer Machado de Araújo no prazo legal, para que venha a prestar as explicações necessárias e imprescindíveis sobre suas declarações”, diz o pedido enviado ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF.

☆ Patriotismo real e reação popular

Após o anúncio do tarifaço por parte do governo Trump, setores da extrema-direita comemoraram abertamente a medida — mesmo ela sendo prejudicial à economia brasileira. Em contraposição, a sociedade civil respondeu de forma imediata: usuários das redes sociais passaram a compartilhar símbolos nacionais, como a bandeira do Brasil, em um gesto de afirmação da soberania nacional frente à tentativa de intromissão de potências estrangeiras e seus aliados internos.

A campanha ganhou fôlego nas redes e fortaleceu o discurso em defesa da democracia, da soberania e da economia brasileira, atingida diretamente pela decisão da Casa Branca. O movimento também evidenciou o isolamento político da extrema-direita, cujos representantes, como Gayer, passaram a ser criticados até por parte de sua própria base eleitoral por suas posições consideradas antipatrióticas.

☆ Defesa da soberania

O PT considera que a campanha Defenda o Brasil transcende interesses partidários e reflete um momento de união nacional em torno da soberania. O ataque de Trump é visto como uma tentativa de chantagear o Brasil, condicionando o fim das tarifas a concessões políticas — como a anistia a Jair Bolsonaro —, o que foi classificado por parlamentares como “intervenção indevida em assuntos internos de um país soberano”.

A legenda afirma que não aceitará tentativas de calar ou difamar os que estão lutando pela defesa dos interesses nacionais. Caso Gayer não consiga comprovar suas acusações, poderá ser alvo de ação penal formal pela propagação deliberada de desinformação e ataques à honra de partidos, lideranças e instituições públicas.

A ação do PT marca mais um capítulo da ofensiva institucional contra a campanha de desinformação promovida por setores bolsonaristas, especialmente diante de uma conjuntura internacional sensível e de ataques externos que colocam em risco a economia e a autonomia do país.

Fonte: Brasil 247 com informações do PT Nacional

VÍDEO: Padre de SC critica jornada 6×1 e é atacado por bolsonaristas

 

Padre Bento em sermão. Foto: Reprodução

O padre Bento, da cidade de Nova Veneza (SC), virou alvo de ataques nas redes sociais após defender, durante uma missa, o fim da jornada de trabalho conhecida como “escala 6×1” — seis dias trabalhados para um de descanso. Em seu sermão, o sacerdote questionou a desigualdade nas condições de trabalho no Brasil e fez duras críticas aos privilégios de parlamentares, destacando a incoerência entre a carga horária dos trabalhadores comuns e a rotina dos congressistas.

“Os parlamentares que estão lá não trabalham seis por um. A maioria trabalha três por quatro”, disse o padre, fazendo referência aos dias que deputados e senadores passam em Brasília. Ele também mencionou os altos salários e benefícios pagos aos representantes eleitos, contrastando com os direitos básicos ainda negados a grande parte da população trabalhadora.

Durante a pregação, o padre Bento também abordou a desigualdade salarial entre homens e mulheres, denunciando o fato de parlamentares — inclusive deputadas — terem votado contra projetos de equiparação salarial de gênero. “Tem uma que é idolatrada por essas bandas. Votou contra. Devia receber menos que os outros deputados”, afirmou, sem citar nomes, mas deixando clara sua crítica a uma figura política local de expressão conservadora.

A fala do religioso viralizou nas redes sociais e gerou reações intensas, especialmente de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Diversos usuários bolsonaristas passaram a criticar o padre por “politizar” a missa, acusando-o de fazer “ativismo de esquerda”. Em resposta, lideranças políticas e movimentos sociais manifestaram apoio ao padre Bento.

Um dos que se manifestaram foi o vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré, que escreveu no X (antigo Twitter): “TODO APOIO! O padre está completamente certo e tem a minha solidariedade. O fim da escala 6×1 é uma questão de justiça social!”. A defesa do sacerdote ganhou força entre setores progressistas e religiosos que atuam na defesa de direitos trabalhistas.

A polêmica reacende o debate sobre o papel social da Igreja e o direito de seus líderes religiosos abordarem questões políticas e sociais em suas falas públicas. Para o padre Bento, sua homilia teve como base o princípio da dignidade humana e da justiça. “Na luz da palavra, ela ilumina toda a realidade”, afirmou ao encerrar seu sermão.

Fonte: DCM

Eduardo Bolsonaro ataca Moraes e diz que Trump agirá contra o ministro e sua esposa: "não é macho, é um frouxo"

As declarações foram publicadas em vídeo no Instagram nesta quinta-feira

     Alexandre de Moraes e Eduardo Bolsonaro (Foto: ABr)

Em nova ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes em uma publicação nas redes sociais. Atualmente nos Estados Unidos, ele acusou Moraes de agir com parcialidade no inquérito das fake news e sugeriu que o ex-presidente americano Donald Trump “virá para cima” do ministro e de sua esposa. As declarações foram publicadas em vídeo no Instagram nesta quinta-feira (11). As informações são do O Globo.

Eduardo, que é investigado por incitar o governo dos EUA a aplicar sanções contra autoridades brasileiras, usou o vídeo para questionar a ausência de Trump no inquérito conduzido por Moraes:

"Por que o senhor (Alexandre de Moraes) não faz a mesma coisa com o Trump que fez comigo? Que fez com Allan dos Santos e Elon Musk... Por que você não coloca o Trump no inquérito das fake news?"Na sequência, o deputado eleva o tom e parte para o ataque direto:

"Eu tô apontando isso aqui para provar que o Alexandre de Moraes não é macho. Alexandre de Moraes é um frouxo, Alexandre de Moraes está com medo, Alexandre de Moraes está sem dormir, porque ele sabe que daqui a pouco vai vir a lei Magnitsky".

A "lei Magnitsky" citada por Eduardo é uma legislação dos Estados Unidos que permite ao governo aplicar sanções a indivíduos estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos. Segundo o deputado, Moraes estaria receoso de se tornar alvo dessa legislação, o que, segundo ele, poderia se estender à sua esposa e a membros da Polícia Federal.

"Do jeito que o Trump é, (a lei Magnitsky) não vai vir só nele (Alexandre de Moraes), vai vir pegando, provavelmente, a esposa dele, o Fábio Shor e outros atores da Polícia Federal. Não sei... Agora está tudo na mão do Trump... E ele é imprevisível. Pode vir pra cima da PGR", afirmou, em referência ao delegado da PF Fábio Shor e à Procuradoria-Geral da República.Em maio, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a abertura de uma investigação para apurar se Eduardo atuou para instigar os EUA a sancionar autoridades brasileiras. Nesta semana, Moraes prorrogou a apuração por mais 60 dias, atendendo a pedido da Polícia Federal, que investiga Eduardo por suspeita de coação no curso do processo e obstrução de justiça.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lindbergh pede ao STF que investigue Tarcísio por obstrução da Justiça e facilitação de fuga de Bolsonaro

Líder do PT afirma que governador integra engrenagem ilegal articulada por Trump e filhos de Bolsonaro para chantagear o Brasil e enfraquecer o Supremo

         Lindbergh Farias (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta sexta-feira (11) uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a abertura de investigação contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por suposta obstrução da Justiça, abuso de autoridade, colaboração com organização criminosa transnacional e facilitação da fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia foi noticiada originalmente pela Folha de S. Paulo.

De acordo com Lindbergh, o governador Tarcísio teria telefonado para ministros do STF para sugerir que a Corte autorizasse uma viagem internacional de Bolsonaro aos Estados Unidos, com o pretexto de negociar com o presidente norte-americano, Donald Trump, a suspensão de tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros. A iniciativa, segundo o parlamentar, seria parte de uma articulação para permitir a fuga do ex-mandatário, atualmente réu por tentativa de golpe de Estado.

“Ainda que não tenha formalizado o pedido, o simples contato institucional revela disposição de violar a legalidade, pressionar a Corte Suprema e fragilizar o processo penal em curso”, argumenta Lindbergh na petição. “Com isso, parece ter aceitado integrar conscientemente uma engrenagem ilegal, voltada à facilitação da fuga de Jair Bolsonaro e ao esvaziamento da jurisdição penal do Supremo Tribunal Federal.”

● Chantagem internacional e afronta à soberania

A denúncia apresentada por Lindbergh aponta para uma ação coordenada que extrapola as fronteiras do Brasil. Segundo ele, Jair Bolsonaro estaria no centro de uma chantagem internacional encabeçada por Donald Trump, que recentemente exigiu a anistia ou libertação do aliado brasileiro, sob ameaça de impor sanções comerciais contra o país. Entre as medidas já anunciadas por Washington está uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, como aço e alumínio.

“A pressão representa uma afronta à soberania nacional e ao próprio Supremo Tribunal Federal”, denuncia o deputado.

Internamente, segundo a peça, os filhos de Bolsonaro — os parlamentares Eduardo e Flávio — teriam reforçado essa chantagem ao defender publicamente que, caso o Congresso Nacional não aprove uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, o país enfrentará novas punições comerciais.

“Eles estão usando o povo brasileiro como escudo para proteger o pai da prisão”, afirmou Lindbergh. “Agem como sequestradores que querem transformar a economia nacional em refém de uma causa antidemocrática.”

● Tarcísio como peça-chave

No documento encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, Lindbergh destaca o papel ativo de Tarcísio de Freitas nesse suposto esquema. Para ele, o governador não apenas expressou a chantagem — ao interceder junto a ministros do STF — como parece ter assumido papel consciente na tentativa de enfraquecer a autoridade da Corte e facilitar a evasão de Bolsonaro.

O parlamentar também reforça o pedido já feito à Procuradoria-Geral da República (PGR) em 5 de junho, que solicita a imposição de monitoramento eletrônico ao ex-presidente. Até o momento, o pedido tramita sob o número 00202654/2025 e segue sem despacho da PGR.

“O que está em curso é uma tentativa de escapar da Justiça brasileira com apoio de agentes internos e internacionais. O Supremo não pode se calar diante dessa afronta institucional e soberana”, conclui o deputado.

A petição de Lindbergh Farias amplia a pressão política e jurídica sobre Bolsonaro e seu entorno, ao mesmo tempo em que mira em uma das figuras mais proeminentes do bolsonarismo no cenário atual — o governador Tarcísio de Freitas, considerado presidenciável para 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Tarcísio recua no discurso, baixa o tom e desconversa sobre as tarifas de Trump

Tarcísio de Freitas sentiu os efeitos negativos de suas últimas ações e baixou o tom

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/EBC)

Após provocar graves incidentes políticos ao acionar o STF para solicitar que Jair Bolsonaro pudesse viajar aos EUA e também entrando em contato com autoridades dos EUA no Brasil para discutir a questão envolvendo as tarifas impostas por Trump, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas sentiu os efeitos negativos e baixou o tom. Durante agenda neste sábado (12) no município de Cerquilho (SP), ele classificou as medidas dos EUA como “algo complicado” para o Brasil e evitou confrontar diretamente a pressão de aliados de Jair Bolsonaro (PL) por uma anistia ampla em troca do fim das tarifas. As declarações foram feitas em entrevista a jornalistas e publicadas pela Folha de S.Paulo.

Segundo a reportagem, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram “esdrúxula” a revelação de que Tarcísio teria telefonado para integrantes da Corte pedindo autorização para que Bolsonaro deixasse o país e viajasse aos Estados Unidos com o objetivo de interceder junto a Trump.

A tentativa de se afastar das movimentações mais explícitas de aliados bolsonaristas não impediu o governador de contemporizar discursos que vinculam o tarifaço à situação jurídica de Bolsonaro. Questionado sobre o apelo por anistia geral, feito por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e endossado por figuras da oposição, Tarcísio desconversou: “Isso é questão de ponto de vista, nesse momento eu tenho que olhar o estado de São Paulo. Eu sou governador do estado, existem interesses que precisam ser preservados, interesses das nossas empresas, dos nossos produtores. E é isso que a gente tem que botar em primeiro lugar. Estou falando de empregos, estou falando de paz de família, então nesse momento é a defesa que eu tô fazendo”.

Na mesma entrevista, ele reconheceu a gravidade do impacto das tarifas sobre setores como o agronegócio e a indústria paulista — citando especificamente a Embraer — e afirmou que a resposta institucional à crise cabe ao governo federal. “Acho que o momento demanda união de esforços, demanda sinergia, porque é algo complicado para o Brasil, é algo complicado para alguns segmentos da nossa indústria, do nosso agronegócio”, declarou.


Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Brasileiros invadem perfil da mulher de Trump para protestar contra tarifaço

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania Trump. Foto: Reprodução.

Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, internautas do Brasil reagiram com indignação nas redes sociais.

Com os comentários temporariamente bloqueados no perfil oficial de Trump no Instagram, usuários passaram a deixar mensagens de protesto nas contas de pessoas próximas ao presidente norte-americano, como a da primeira-dama Melania Trump e do vice-presidente J.D. Vance.

A invasão digital começou na quinta-feira (10), quando Trump restringiu os comentários em suas postagens. Os brasileiros, então, direcionaram suas críticas para o perfil de Melania, pedindo que ela “controlasse” o marido e questionando a postura dos EUA em relação ao Brasil. Também não faltaram piadas sobre o tom alaranjado do rosto de Trump.

“Diz pro teu marido Senhor Laranja pra deixar nosso país em paz, somos SOBERANOS e não quintal de NINGUÉM… não vamos deitar nunca”, escreveu um usuário.


Perfil de Melania Trump vira alvo dos brasileiros nas redes sociais. Foto: Reprodução/Instagram

Mesmo com os comentários reabertos no perfil de Trump no fim do dia, a mobilização continuou em perfis de figuras ligadas ao republicano, incluindo até a página oficial da Casa Branca.

Mensagens como “Brasil soberano”, “o Brasil não é seu quintal” e “deixe o Brasil em paz” se multiplicaram nas publicações.

Publicação compartilhada entre Casa Branca e J.D. Vance foi invadida pelos brasileiros. Foto: Reprodução/Instagram


A frase “o Brasil não é seu quintal” também foi muito citada pelos internautas. Em abril, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, referiu-se à América Latina como “quintal” de Washington durante uma entrevista.

O presidente Lula (PT) também reagiu ao anúncio de Trump e afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém e que a elevação unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras será respondida com base na Lei da Reciprocidade Econômica.

Fonte: DCM

Com tarifa dos EUA, carne e café podem ficar mais baratos no Brasil

 

Café

A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às importações de produtos brasileiros pode provocar uma redução nos preços da carne bovina e do café no mercado interno, segundo avaliação do Ministério da Fazenda.

A explicação está na provável redireção de parte da produção destinada ao exterior para o consumo doméstico, o que aumentaria a oferta e pressionaria os preços para baixo.

De acordo com o secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello, os produtores tendem a buscar outros mercados caso as tarifas sejam mantidas, mas há espaço para parte dessa produção ser absorvida no Brasil.

“Em caso de manutenção dessas tarifas da forma como foram anunciadas, você deve observar uma redução significativa na exportação para os EUA de alguns bens. Dentre eles, estão carne e café. Essa tarifa de 50% chega a ser proibitiva”, afirmou.

Mello destacou que ainda é cedo para estimar os efeitos inflacionários da medida, mas apontou que o redirecionamento da produção para o mercado nacional pode influenciar os preços de forma perceptível.

O secretário também ressaltou que produtos básicos como carne, café, suco de laranja e celulose — principais itens exportados pelo Brasil aos EUA — têm maior flexibilidade de realocação do que bens industriais, como aeronaves e maquinário.

Apesar da tensão comercial, o governo brasileiro considera que o impacto sobre o PIB deve ser moderado. A prioridade agora é acompanhar o desdobramento das tarifas e preparar eventuais contramedidas dentro das regras da reciprocidade comercial.

Fonte: DCM