terça-feira, 2 de setembro de 2025

VÍDEO – Grupo infla boneco para pedir condenação de Bolsonaro: “Sem anistia”

Boneco anti-Bolsonaro em Brasília. Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Um grupo de manifestantes do Comitê de Luta do Jardim Botânico reuniu-se nesta terça-feira (2) para cobrar a responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela tentativa de golpe de Estado. Na subida do Jardim Botânico, após a Ponte JK em Brasília, os ativistas inflaram um boneco gigante de Bolsonaro acompanhado de faixa com os dizeres “Sem anistia para golpistas”.

O protesto ocorre no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento histórico dos 8 réus. Mais de 3,3 mil pessoas inscreveram-se para assistir presencialmente, mas apenas 150 vagas foram liberadas pela corte.

Entre os acusados estão os generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e Mauro Cid, que firmou delação premiada.

A Procuradoria-Geral da República aponta crimes como tentativa de golpe, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático e dano ao patrimônio. As penas podem ultrapassar 40 anos de prisão em caso de condenação.

Fonte: DCM

A revolta de Malafaia e Michelle durante o julgamento de Bolsonaro no STF

O pastor Silas Malafaia, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foto: Nelson Almeida/AFP

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia se revoltaram nas redes enquanto o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), lia o relatório pedindo a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na mansão em Brasília onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, Michelle acompanhava o julgamento ao lado do marido. Após uma série de postagens criticando o presidente Lula, a ex-primeira-dama compartilhou um trecho bíblico.

“Porque o senhor é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração”, escreveu, citando os Salmos.
Post de Michelle Bolsonaro no Instagram. Foto: Reprodução


Já Malafaia divulgou um vídeo inflamado no qual prometia apresentar “provas” contra Moraes. “Como disse o senador Magno Malta, é o dia da vergonha. Bolsonaro já foi julgado nessa farsa política de pura perseguição, comandada pelo ditador da toga, Alexandre de Moraes”, afirmou.

O pastor acusou o Supremo de politizar decisões e comparou o caso ao de Lula. De forma distorcida, Malafaia afirmou que não havia presença da Polícia Federal quando o petista se entregou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em 2018.

Ao contrário do que diz o religioso, Lula deixou o sindicato em São Bernardo do Campo escoltado por uma comitiva da PF, em cumprimento à ordem de prisão determinada por Moro. Apesar disso, Malafaia insistiu em usar o episódio como paralelo ao julgamento de Bolsonaro.

O pastor voltou a atacar a atuação policial, agora no caso do ex-presidente. “Agora, olha a covardia com Bolsonaro. Colocar a polícia federal dentro da casa, no quintal da casa de Bolsonaro. É uma violação da intimidade”, mentiu, já que agentes têm ficado apenas no terreno do imóvel para evitar fuga.

Bolsonaro já tentou se abrigar na Embaixada da Hungria e tinha uma carta de pedido de asilo pronta para enviar ao presidente argentino, Javier Milei. Esses antecedentes levaram o STF a adotar medidas de contenção.

Veja o vídeo de Malafaia:

Fonte: DCM

“Impunidade e covardia não são opções para a pacificação”, diz Moraes em julgamento de Bolsonaro


O ministro Alexandre de Moraes durante julgamento de Jair Bolsonaro no STF. Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (2) que “a impunidade, a omissão e a covardia não são caminhos para a pacificação”. A declaração foi feita no início do julgamento da ação penal sobre a trama golpista, que definirá o destino de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus.

Antes de iniciar a leitura do relatório do caso, Moraes destacou que não faltará coragem ao tribunal para enfrentar tentativas de golpe de Estado. “A História nos ensina que a impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação”, disse.

“Existindo provas, acima de qualquer dúvida razoável, as ações penais serão julgadas procedentes e os réus serão condenados. Assim se faz a Justiça. Esse é o papel do Supremo Tribunal Federal, julgar com imparcialidade e aplicar a justiça a cada um dos casos concretos. Independentemente de ameaças ou coações, ignorando pressões internas ou externas. Lamentavelmente, no curso”, afirmou.

Moraes também frisou que pacificação não pode ser confundida com complacência diante de ataques à democracia.

“A pacificação do país depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições, não havendo possibilidade de se confundir a saudável e necessária pacificação com a covardia do apaziguamento, que significa impunidade e desrespeito à Constituição Federal. E mais: significa incentivo a novas tentativas de golpe de Estado”, declarou.

Sem citar diretamente as sanções impostas pelo governo de Donald Trump contra ele, Moraes criticou o que classificou como “tentativas de obstrução de Justiça” e reforçou que isso não afetará a atuação do STF.

“O STF sempre será absolutamente inflexível na defesa da soberania nacional e em seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito e os princípios constitucionais brasileiros”, afirmou.

O relatório apresentado pelo relator tem a função de contextualizar o processo, resumindo os fatos, argumentos e provas reunidas, além de dar transparência ao andamento da ação penal que marca um dos julgamentos mais importantes da história do Supremo.

Bolsonaro será julgado ao lado dos generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, além do ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Também estão no processo o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens que firmou delação premiada.

A acusação feita pela PGR aponta crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A pena pode ultrapassar 40 anos em caso de condenação.

Fonte: DCM

PGR defende condenação de Bolsonaro e aliados por plano de golpe: 'panorama espantoso e tenebroso'

Procurador-geral da República afirma que todos os oito réus do 'núcleo crucial' participaram de trama golpista; condenação pode chegar a 43 anos de prisão

Procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante abertura do julgamento da trama golpista (Foto: Antonio Augusto/STF)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, classificou os atos investigados na ação penal que trata do planejamento de um suposto golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, após sua derrota eleitoral em 2022, como parte de um “panorama espantoso e tenebroso” contra a democracia brasileira.

Gonet foi o primeiro a apresentar argumentos à Primeira Turma do STF, após o relatório do ministro Alexandre de Moraes. Ele ressaltou que os réus colaboraram de forma coordenada, sob liderança de Bolsonaro, para atacar as instituições democráticas. “Os atos que compõem o panorama espantoso e tenebroso da denúncia são fenômenos de atentado, com relevância criminal contra as instituições democráticas. Não podem ser tratados como atos de importância menor”, declarou, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo Gonet, a denúncia apresentada inclui cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra bens da União. Caso sejam condenados, os réus podem enfrentar penas de até 43 anos de prisão.

O procurador-geral destacou que mesmo aqueles que não atuaram em todas as etapas da trama tiveram participação relevante. “Todos colaboraram, na parte em que lhes coube, para que o conjunto dos acontecimentos criminosos ganhasse realidade”, afirmou.

Além de Bolsonaro, são réus no processo o general Walter Braga Netto, o general Augusto Heleno, o deputado Alexandre Ramagem, o ex-ministro Anderson Torres, o general Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier e o tenente-coronel Mauro Cid. Para o PGR, todos compõem o núcleo central da tentativa de insurreição.

Ele argumentou que o golpe só não avançou porque os então comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, não aderiram ao plano.

De acordo com Gonet, a articulação golpista começou em 2021, após a recuperação dos direitos políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A linha do tempo descrita pelo PGR inclui episódios como os ataques em Brasília na diplomação de Lula, a tentativa de explosão de um caminhão próximo ao aeroporto da capital no fim de 2022 e os atos de 8 de janeiro de 2023, que ele classificou como o “momento culminante da balbúrdia”.

O PGR citou ainda a reunião de Bolsonaro com os comandantes militares, na qual foi apresentada a chamada “minuta do golpe”, documento que daria suposta sustentação jurídica para anular o resultado das eleições de 2022. “Quando o presidente da República e depois o ministro da Defesa convocam a cúpula militar para apresentar documento de formalização de golpe de Estado, o processo criminoso já está em curso”, afirmou Gonet.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estadod e S. Paulo

Julgamento de Bolsonaro: movimentos sociais protestam em frente ao condomínio "Vivendas da Barra" (vídeo)

Manifestação ocorreu horas antes do início do julgamento no STF, que pode condenar o ex-presidente por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe

       Condomínio no município do Rio (Foto: Reprodução (Record))

Poucas horas antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) dar início ao julgamento que pode levar à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), movimentos sociais realizaram um protesto em frente ao condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro. A informação é da CNN Brasil.

O local amanheceu com faixas e cartazes que pediam a prisão de Bolsonaro, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de chefiar um grupo que teria planejado um golpe de Estado em 2022, após o resultado das eleições presidenciais. Apesar de manter um imóvel no condomínio, o ex-presidente está em prisão domiciliar desde 4 de agosto em Brasília, em outro endereço de sua propriedade.

Bolsonaro optou por não comparecer ao Supremo nesta terça-feira (2). Segundo sua defesa, ele gostaria de estar presente, mas alegou problemas de saúde para justificar a ausência. Aliados próximos afirmam que, embora se mantenha calmo às vésperas do julgamento, o ex-presidente enfrenta uma crise de soluços.

O julgamento, que começou nesta manhã na Primeira Turma do STF, pode se estender pelos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro, se necessário. Nesta etapa, os ministros analisam o chamado “núcleo 1” da denúncia apresentada pela PGR.

Além de Bolsonaro, outros sete aliados e ex-integrantes do seu governo compõem esse grupo central, acusado de planejar a ruptura institucional:

  •  Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;
  •  Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha;
  •  Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  •  Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  •  Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;
  •  Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
  •  Walter Braga Netto, general, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, além de candidato a vice-presidente em 2022.

Todos respondem a cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave, e deterioração de patrimônio tombado.

No entanto, no caso de Alexandre Ramagem, a Câmara dos Deputados aprovou em maio a suspensão parcial da ação penal contra ele, restringindo a acusação a três crimes: organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O julgamento é considerado um dos mais emblemáticos da história recente do Supremo e deve definir o destino político e jurídico do ex-presidente e de parte de sua cúpula militar e política.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“O olhar perdido e sem ânimo” de Bolsonaro na véspera do julgamento, segundo aliado

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Foto: Reprodução

Na véspera do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro foi descrito por um interlocutor como alguém com “o olhar perdido e sem ânimo”, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo. A avaliação ocorreu na tarde de segunda-feira (1º), quando o ex-presidente recebeu a visita de aliados em sua casa, onde cumpre prisão domiciliar.

Estiveram com Bolsonaro o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o advogado Celso Vilardi, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de alguns poucos apoiadores próximos.


O processo será conduzido pela Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, com relatoria do ministro Alexandre de Moraes. As sessões estão previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Bolsonaro, no entanto, não comparecerá presencialmente ao STF nesta terça-feira (2).

Fonte: DCM

Brasil tem “encontro marcado com a democracia”, diz Gleisi sobre julgamento de Bolsonaro no STF




Ministra afirma que análise do STF sobre tentativa de golpe marcará o fim da impunidade contra ataques ao Estado de Direito

    Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse nesta terça-feira (2) que o Brasil vive um momento decisivo com o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Brasil tem hoje um encontro marcado com a democracia. O julgamento da ação penal do golpe pelo Supremo Tribunal Federal marca o fim de um ciclo histórico, em que permaneciam impunes os que atentavam contra o estado de direito e os governos eleitos pelo povo em nosso país”, disse.

“Todos os ritos do devido processo legal, a presunção de inocência e o direito de defesa foram rigorosamente observados, o que jamais teria acontecido sob as ditaduras do passado ou naquela que os réus, civis e militares, tentaram nos impor. Agora, a Justiça terá a palavra final. Que seja para afirmar ao Brasil e ao mundo que a era dos golpes e do arbítrio acabou. Democracia Sempre!”, completou a ministra.

☆ Réus do núcleo golpista

A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Flávio Dino, será responsável por conduzir o julgamento. Além de Bolsonaro, estão no banco dos réus Alexandre Ramagem (ex-diretor-geral da Abin), Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens e delator), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

☆ Possíveis penas

Todos são acusados por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas podem chegar a até 43 anos de prisão.

 

Fonte: Brasil 247

PF indicia bolsonarista que agrediu Flávio Dino em avião

Passageira foi contida após ofensas contra o ministro e responderá por injúria qualificada e incitação ao crime

     Flávio Dino (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A Polícia Federal indiciou uma passageira que tentou agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino durante um voo de São Luís para Brasília. De acordo com a assessoria de Dino, o ministro não reagiu às provocações e permaneceu sentado, concentrado em seu trabalho. As informações são do g1.

A mulher, no entanto, começou a gritar frases como “o avião estava contaminado” e “não respeitava esse tipo de gente”, dirigindo-se em seguida até a poltrona do magistrado. Nesse momento, foi contida por um dos seguranças que acompanhava a viagem.

Segundo a nota divulgada pela equipe de Dino, a passageira chegou a apontar em direção ao ministro e afirmar “o Dino está aqui”, o que foi interpretado como uma tentativa de incitar outros passageiros a reagirem contra ele. A confusão foi contida pela tripulação, que acionou imediatamente a Polícia Federal.

Um agente da PF que estava de plantão no Aeroporto de São Luís entrou no avião, conversou com a equipe de segurança do ministro e registrou a ocorrência. Após o pouso em Brasília, a mulher foi advertida e conduzida para prestar depoimento.

Em nota, a Polícia Federal informou que a passageira foi indiciada por injúria qualificada — prevista no artigo 140 do Código Penal, em conjunto com o artigo 141, inciso II —, por ofender a dignidade de alguém em local público, e também por incitação ao crime, tipificado no artigo 286, que trata de estimular outras pessoas a cometer delitos.

A equipe do ministro classificou as agressões como “inaceitáveis”, ressaltando os riscos à segurança do voo e ao bem-estar dos demais passageiros. “Todas as medidas cabíveis foram adotadas pelas autoridades competentes”, afirmou a assessoria, destacando ainda que atitudes desse tipo comprometem a tranquilidade e a operação segura da aeronave.

Fonte: Brasil 247

Feijão de Michelle e pressão por anistia: o dia de Bolsonaro antes do julgamento no STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Foto: Reprodução

Na véspera do julgamento da ação penal sobre a trama golpista, que acontece nesta terça-feira (2), Jair Bolsonaro (PL) passou o dia em casa, em prisão domiciliar, dividido entre orações, momentos em família e articulações políticas, conforme informações do Globo.

Logo cedo, Bolsonaro se reuniu em oração com Michelle Bolsonaro. O momento contou com a presença da senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF), que revelou recentemente um diagnóstico de câncer.

“Fui como amiga, como pastora. Ele queria muito me ver por causa do câncer, está preocupado comigo”, disse Damares. Segundo ela, o ex-presidente tem seguido cuidados básicos, como beber bastante água, tomar isotônicos e manter uma alimentação regrada.

A senadora entrou discretamente no condomínio, abaixada no carro para evitar olhares curiosos, e aproveitou o encontro para reforçar o discurso de perseguição política contra Bolsonaro — uma das principais narrativas de sua base desde a prisão domiciliar.

Programa liderado por Michelle repassa verba a ONGs aliadas de Damares, diz jornal
A senadora Damares Alves ao lado de Michelle e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

No horário do almoço, Michelle preparou o tradicional arroz com feijão, prato que se tornou rotina no período de reclusão. “O cheiro estava tão bom que deu vontade de ficar”, relatou um interlocutor. Bolsonaro fez a refeição apenas com a esposa e, em seguida, dedicou-se a assistir a programas esportivos, hábito que mantém desde antes de chegar ao Planalto.

À tarde, o ex-capitão voltou a tratar de política. Recebeu o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para conversar sobre a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, prioridade de Bolsonaro nesta semana.

Ele autorizou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a assumir a linha de frente nas negociações no Congresso. Lira prometeu levar o tema ao sucessor, Hugo Motta (Republicanos-PB), após já ter sinalizado entendimentos com a oposição.

Com o fim das reuniões, o clima doméstico voltou a predominar. Michelle conduziu novas orações, enquanto Bolsonaro se recolheu em expectativa pelo julgamento. Entre rezas, refeições simples e discussões de bastidores, aliados repetiam a frase que o ex-mandatário tem usado como lema nas últimas semanas: “Deus está no comando”.

O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), presidida pelo ministro Cristiano Zanin, com relatoria de Alexandre de Moraes. As sessões estão previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Bolsonaro, no entanto, não comparecerá presencialmente ao STF no primeiro dia do julgamento.

Apoiadores de Jair Bolsonaro fazem corrente de oração na entreda de condomínio do ex-presidente — Foto: Brenno Carvalho / O Globo

Fonte: DCM

Réus da trama golpista recorreram a manobras para atrasar julgamento no STF; entenda


O ex-presidente Jair Bolsonaro de frente para o ministro Alexandre de Moraes durante interrogatório no STF sobre a trama golpista. Foto: Gabriela Biló

As defesas dos réus da trama golpista tentaram, de diferentes formas, adiar o julgamento que começa nesta terça-feira (2) no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os sete acusados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Com informações do Globo.

A defesa de Bolsonaro já havia pedido, no ano passado, o afastamento do ministro Alexandre de Moraes, alegando “manifesto impedimento” e “nítido interesse” do relator no caso. O colegiado do STF rejeitou a solicitação.

Em outra tentativa, advogados do ex-ministro Walter Braga Netto pediram a suspensão dos interrogatórios até que testemunhas de outros núcleos fossem ouvidas e todas as provas estivessem disponíveis, o que também foi negado.

Em maio, os advogados de Bolsonaro solicitaram o cancelamento das audiências de testemunhas, argumentando que o material probatório teria sido entregue sem organização — prática conhecida como “document dump”. O pedido foi recusado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante julgamento no STF sobre a trama golpista. Foto: Antonio Augusto/STF


Já a defesa do general Mário Fernandes alegou que o caso deveria ser analisado pela primeira instância, apontando arbitrariedade no foro. Moraes, no entanto, reafirmou a competência do Supremo para julgar todos os réus ligados aos atos de 8 de janeiro.

Durante as oitivas, as estratégias se concentraram em contestar provas e explorar contradições. O advogado Celso Vilardi, que defende Bolsonaro, não negou as discussões sobre decretar Estado de Sítio, mas argumentou que se tratava de dispositivos constitucionais e não de uma ação concreta de golpe.

Já Demóstenes Torres, defensor do almirante Almir Garnier, confrontou ex-comandantes das Forças Armadas sobre declarações envolvendo “tropas à disposição” de Bolsonaro.

No caso do general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI, a linha adotada foi distinta: sua defesa buscou mostrar afastamento das articulações. Testemunhas confirmaram que Heleno ficou isolado após Bolsonaro se aproximar do Centrão, reforçando a tese de que ele não participou do núcleo golpista.

Com diferentes teses e pedidos, a estratégia comum das defesas foi tentar atrasar o julgamento e fragilizar as acusações. O STF, porém, rejeitou todos os requerimentos e dará início à deliberação final, que pode levar à condenação do ex-presidente e de seus aliados.

O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, com relatoria de Alexandre de Moraes. As sessões estão previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Bolsonaro, no entanto, não comparecerá presencialmente ao STF no primeiro dia do julgamento.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

“Avião contaminado”: Quem é a bolsonarista que atacou Flávio Dino em voo para Brasília


Maria Shirlei Piontkievicz – Foto: Reprodução

Maria Shirlei Piontkievicz, enfermeira e servidora da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, foi identificada como a mulher que atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino em um voo de São Luís para Brasília na segunda-feira (1º). Ao chegar ao destino, ela foi levada por agentes da Polícia Federal para prestar esclarecimentos e assinou um termo circunstanciado de ocorrência.

A servidora pública, que atua em um hospital de Curitiba, estava em São Luís com um grupo de 16 pessoas em viagem de turismo. O teor do depoimento e do termo circunstanciado prestados por ela segue em sigilo.

Nas redes sociais, ela costuma publicar ataques ao STF, ao presidente Lula e à esquerda. Também compartilha conteúdos relacionados ao guru bolsonarista Olavo de Carvalho e críticas ao PT.

Publicação de Maria Shirlei Piontkievicz em suas redes sociais – Foto: Reprodução


Segundo testemunhas, Maria Shirlei gritou contra Dino dentro da aeronave, afirmando que “não respeita esse tipo de gente” e que “este avião está contaminado”. Em outro momento, questionou “onde o comunismo deu certo?”. O ministro não reagiu e permaneceu em silêncio, de cabeça baixa.

A assessoria de Flávio Dino relatou que a passageira apontava para o magistrado e repetia “o Dino está aqui”, numa tentativa de incitar outros viajantes. A chefe de cabine interveio e pouco depois um agente da Polícia Federal entrou no avião, conversou com o ministro e informou que registraria a ocorrência.

O policial também falou com a mulher, pedindo que evitasse comentários que pudessem inflamar os ânimos durante o voo. Ele destacou que tudo seria comunicado à superintendência da PF em Brasília. Ainda dentro da aeronave, a enfermeira pediu apoio de outros passageiros: “Cadê o celular de vocês, gente, para filmar essa palhaçada aqui? Parece que vieram pegar o Bolsonaro aqui dentro”.

O episódio ocorreu na véspera do julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete aliados no STF, acusados de tentativa de golpe de Estado.

Flávio Dino é um dos cinco ministros da Primeira Turma responsável pelo processo, ao lado de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.


Fonte: DCM

Advogados já admitem condenações no STF, mas apostam em penas menores


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes no julgamento do golpe. Foto: Evaristo SA / AFP

Os advogados dos réus da trama golpista admitem nos bastidores que dificilmente conseguirão absolver seus clientes no Supremo Tribunal Federal (STF). A estratégia será focar na redução das penas, tentando convencer os ministros da Primeira Turma a aplicar condenações menores do que as vistas em julgamentos anteriores relacionados ao 8 de janeiro, conforme informações do Estadão.

Até agora, manifestantes condenados pelos ataques de 2023 receberam sentenças de até 17 anos de prisão. Já os réus do núcleo central do golpe, incluindo Jair Bolsonaro (PL), podem pegar até 43 anos se forem somadas as penas máximas de todos os crimes. Apenas Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, responde por três acusações e, em tese, poderia receber punição menor.

As defesas tentam evitar a condenação por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, alegando que essa acusação já estaria englobada no crime de golpe de Estado. Com isso, os advogados projetam penas entre 12 e 13 anos.

O ministro Luiz Fux já se mostrou favorável a essa tese no passado. “É possível que se possa entender que a tentativa de golpe já é um atentado contra a democracia. Essa é uma solução ao conflito aparente de normas”, afirmou em sessão anterior.

Apesar da previsão de condenações, os defensores devem usar a tribuna para registrar nulidades que possam gerar questionamentos futuros. Eles alegam cerceamento de defesa pelo curto prazo de seis meses entre a denúncia e o julgamento, além da inclusão de 80 terabytes de documentos sem tempo adequado para análise. Também criticam Alexandre de Moraes por não levar recursos ao plenário, como o pedido de revisão da prisão domiciliar de Bolsonaro.

A partir desta terça-feira (2), o julgamento começa com a leitura do relatório de Moraes e a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. À tarde, os advogados iniciam suas sustentações, cada um com uma hora para falar. A defesa de Mauro Cid abre a sessão, seguida das demais em ordem alfabética.

A defesa de Bolsonaro será a sexta a se pronunciar, e o mais provável é que faça isso na quarta-feira (3). A expectativa é que os votos dos ministros sejam dados a partir da próxima semana, com previsão de conclusão até 12 de setembro.

Fonte: DCM

Julgamento do golpe: cúpula militar prevê condenação de todos militares no STF

Expectativa é de que nenhum dos acusados, incluindo generais da reserva, seja absolvido pelo Supremo

      Augusto Heleno (Foto: Ton Molina/STF)

A alta cúpula das Forças Armadas avalia que não há chances de absolvição para os militares que serão julgados ao lado de Jair Bolsonaro (PL), no processo sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, relata Bela Megale, do jornal O Globo.

A partir desta terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia a análise do chamado “núcleo crucial”, que reúne sete réus — entre eles os generais da reserva Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, além do almirante Almir Garnier Santos. Para os militares ouvidos pela reportagem, as provas reunidas pela Polícia Federal e as denúncias formalizadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) tornam a condenação praticamente inevitável.

☆ Acusações graves e penas previstas

Todos os integrantes desse primeiro grupo respondem por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A expectativa é de que o STF determine, em caso de condenação, o início do cumprimento das penas em regime fechado, com possibilidade posterior de progressão para prisão domiciliar. A única dúvida dentro da caserna recai sobre o general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, de 77 anos, que pode vir a ser beneficiado por medidas cautelares em função da idade avançada.

☆ Postura oficial e reflexos na caserna

Mesmo diante do cenário adverso, a palavra de ordem entre os atuais comandantes é que o julgamento cabe exclusivamente ao Supremo e não deve envolver a instituição militar como um todo. A estratégia é reforçar a separação entre os acusados e as Forças Armadas, em um esforço para preservar a imagem da instituição.

Ainda assim, há apreensão sobre eventuais reflexos do processo dentro da caserna, especialmente pela visibilidade e pelo peso político do caso. Na véspera do julgamento, comandantes militares buscaram interlocução com lideranças políticas para avaliar o ambiente e medir a repercussão da abertura do julgamento no STF.

Fonte: Brasil 247

Trama golpista: Bolsonaro não comparecerá a julgamento no STF

Presença física dos réus no julgamento é facultativa

       Jair Bolsonaro - 29/7/25 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ex-presidente Jair Bolsonaro não comparecerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar presencialmente o primeiro dia do julgamento da trama golpista, nesta terça-feira (2). Bolsonaro é réu no caso e cumpre prisão em regime domiciliar em Brasília-DF.

A informação foi confirmada ao site R7 pelos advogados da defesa de Bolsonaro.

A presença física dos réus no julgamento é facultativa e, no caso de Bolsonaro, dependeria de um requerimento formal junto ao STF.

Além de Bolsonaro, outros três réus no processo confirmaram que não participarão do primeiro dia das sessões: o almirante Almir Garnier, o general Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Já a defesa do general Paulo Sérgio Nogueira confirmou a presença do réu.

Também serão julgados o ex-ministro da Defesa Braga Netto; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; e o delegado da Polícia Federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal R7