Manifestação ocorreu horas antes do início do julgamento no STF, que pode condenar o ex-presidente por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe
Poucas horas antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) dar início ao julgamento que pode levar à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), movimentos sociais realizaram um protesto em frente ao condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro. A informação é da CNN Brasil.
O local amanheceu com faixas e cartazes que pediam a prisão de Bolsonaro, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de chefiar um grupo que teria planejado um golpe de Estado em 2022, após o resultado das eleições presidenciais. Apesar de manter um imóvel no condomínio, o ex-presidente está em prisão domiciliar desde 4 de agosto em Brasília, em outro endereço de sua propriedade.
Bolsonaro optou por não comparecer ao Supremo nesta terça-feira (2). Segundo sua defesa, ele gostaria de estar presente, mas alegou problemas de saúde para justificar a ausência. Aliados próximos afirmam que, embora se mantenha calmo às vésperas do julgamento, o ex-presidente enfrenta uma crise de soluços.
O julgamento, que começou nesta manhã na Primeira Turma do STF, pode se estender pelos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro, se necessário. Nesta etapa, os ministros analisam o chamado “núcleo 1” da denúncia apresentada pela PGR.
Além de Bolsonaro, outros sete aliados e ex-integrantes do seu governo compõem esse grupo central, acusado de planejar a ruptura institucional:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, general, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, além de candidato a vice-presidente em 2022.
Todos respondem a cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave, e deterioração de patrimônio tombado.
No entanto, no caso de Alexandre Ramagem, a Câmara dos Deputados aprovou em maio a suspensão parcial da ação penal contra ele, restringindo a acusação a três crimes: organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
O julgamento é considerado um dos mais emblemáticos da história recente do Supremo e deve definir o destino político e jurídico do ex-presidente e de parte de sua cúpula militar e política.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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