Ministro do STF atendeu laudo médico que apontou risco de morte para Andreson Gonçalves, preso na Operação Sisamnes, após oito meses em estado crítico
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência para prisão domiciliar de Andreson de Oliveira Gonçalves, acusado de integrar um esquema de venda de sentenças judiciais. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles nesta quinta-feira (17/8).
A decisão foi tomada após a apresentação de um laudo elaborado por uma junta médica, que confirmou o estado extremamente debilitado de saúde do investigado. Preso preventivamente há oito meses no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Andreson perdeu peso drasticamente e, segundo o relatório médico, chegou a um quadro físico esquelético, correndo sério risco de morte. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favoravelmente à concessão do regime domiciliar, reforçando a gravidade da situação.
Andreson havia sido preso preventivamente em 26 de novembro de 2024 no âmbito da Operação Sisamnes, que investiga uma organização criminosa especializada em corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. As apurações indicam que ele atuava oferecendo influência sobre ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negociando inclusive decisões judiciais antecipadas.
Com a decisão de Zanin, Andreson foi autorizado a deixar a Papuda e seguiu para sua residência em Primavera do Leste, município localizado no estado de Mato Grosso.
O caso tem gerado repercussão por evidenciar não apenas o funcionamento de esquemas criminosos no Judiciário, mas também as condições carcerárias degradantes que levaram o acusado à beira da morte. As imagens divulgadas pelo Metrópoles mostram o contraste físico impressionante de Andreson antes e depois da prisão, escancarando a deterioração provocada pelo período de encarceramento.
A decisão de Zanin segue a linha de atuação do STF em casos nos quais a permanência em regime fechado implica risco iminente à vida do preso, garantindo que medidas alternativas sejam adotadas quando comprovada situação de saúde crítica.
A defesa de Andreson ainda não se manifestou publicamente sobre os próximos passos judiciais, mas o caso deve permanecer sob a jurisdição do Supremo Tribunal Federal, que acompanha o desenrolar da Operação Sisamnes.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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