sábado, 19 de julho de 2025

Zanin concede prisão domiciliar a investigado por venda de sentenças que quase morreu e ficou esquelético na Papuda

Ministro do STF atendeu laudo médico que apontou risco de morte para Andreson Gonçalves, preso na Operação Sisamnes, após oito meses em estado crítico

     Andreson de Oliveira Gonçalves (Foto: Reprodução)

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a transferência para prisão domiciliar de Andreson de Oliveira Gonçalves, acusado de integrar um esquema de venda de sentenças judiciais. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles nesta quinta-feira (17/8).

A decisão foi tomada após a apresentação de um laudo elaborado por uma junta médica, que confirmou o estado extremamente debilitado de saúde do investigado. Preso preventivamente há oito meses no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Andreson perdeu peso drasticamente e, segundo o relatório médico, chegou a um quadro físico esquelético, correndo sério risco de morte. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favoravelmente à concessão do regime domiciliar, reforçando a gravidade da situação.

Andreson havia sido preso preventivamente em 26 de novembro de 2024 no âmbito da Operação Sisamnes, que investiga uma organização criminosa especializada em corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. As apurações indicam que ele atuava oferecendo influência sobre ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negociando inclusive decisões judiciais antecipadas.

Com a decisão de Zanin, Andreson foi autorizado a deixar a Papuda e seguiu para sua residência em Primavera do Leste, município localizado no estado de Mato Grosso.

O caso tem gerado repercussão por evidenciar não apenas o funcionamento de esquemas criminosos no Judiciário, mas também as condições carcerárias degradantes que levaram o acusado à beira da morte. As imagens divulgadas pelo Metrópoles mostram o contraste físico impressionante de Andreson antes e depois da prisão, escancarando a deterioração provocada pelo período de encarceramento.

A decisão de Zanin segue a linha de atuação do STF em casos nos quais a permanência em regime fechado implica risco iminente à vida do preso, garantindo que medidas alternativas sejam adotadas quando comprovada situação de saúde crítica.

A defesa de Andreson ainda não se manifestou publicamente sobre os próximos passos judiciais, mas o caso deve permanecer sob a jurisdição do Supremo Tribunal Federal, que acompanha o desenrolar da Operação Sisamnes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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