quarta-feira, 14 de maio de 2025

J.P. Morgan eleva projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2025

Banco dos EUA prevê alta de 2,3% na economia do Brasil neste ano, citando melhora no cenário global e avanço do setor agrícola

Sede do J. P. Morgan (Foto: Reuters/Neil Hall)

A economia brasileira deve registrar desempenho superior ao esperado em 2025, segundo relatório divulgado pelo banco norte-americano J.P. Morgan. De acordo com a nova projeção da instituição, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve encerrar o ano com crescimento de 2,3%, ante os 1,9% estimados anteriormente, informa o Metrópoles.

A revisão ocorre em um contexto de otimismo renovado quanto ao ambiente externo. O J.P. Morgan atribui a perspectiva mais favorável a dois fatores principais: o aumento da produção agrícola no país e o avanço nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, que resultaram em acordo sobre tarifas. Esses elementos, avalia o banco, tendem a favorecer as exportações brasileiras e a impulsionar o desempenho da economia nacional.

Para 2026, no entanto, a instituição manteve sua estimativa de crescimento mais modesto, com expansão prevista de 1,2% no PIB. A projeção não sofreu alteração em relação ao relatório anterior.

Pressão inflacionária - Se, por um lado, o cenário para o crescimento foi revisto positivamente, a expectativa do J.P. Morgan para a inflação no Brasil indica maior cautela. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 subiu de 3,2% para 3,6%. A elevação reflete uma preocupação com os efeitos persistentes de pressões inflacionárias e seus impactos no poder de compra da população.

Atualmente, o IPCA acumula alta de 5,53% em 12 meses até abril, número que sinaliza o risco de mais um ano de descumprimento da meta inflacionária de 3% fixada pelo Conselho Monetário Nacional. A persistência de uma inflação acima do centro da meta impõe desafios adicionais à política monetária, especialmente em um contexto em que o Banco Central precisa equilibrar estímulo ao crescimento com o controle de preços.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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