quarta-feira, 14 de maio de 2025

APUCARANA: UEL abre seleção para curso de especialização “Ciência é 10!”



A Universidade Estadual de Londrina (UEL) está com processo seletivo aberto para uma nova turma do curso de especialização “Ciência é 10!”, ofertado na modalidade de Educação a Distância (EaD). A iniciativa é realizada em parceria com o Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Apucarana.

O curso é voltado a professores da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Técnico e Profissionalizante, das redes pública e privada, com formação superior em Pedagogia, Ciências, Biologia, Física, Química ou Geografia.

De acordo com a coordenadora do Polo UAB de Apucarana, Sueli Gomes, a parceria com a UEL garante um ensino de excelência. “A UEL é reconhecida nacionalmente pela qualidade de seus cursos. Serão disponibilizadas 25 vagas para o polo de Apucarana, e o único custo para os candidatos será a taxa de inscrição, no valor de R$ 81,00”, informa.

As inscrições estarão abertas de 22 de maio a 16 de junho e deverão ser realizadas exclusivamente pelo site da universidade: https://sites.uel.br/proppg/inscricoes/.

Poderão solicitar isenção da taxa de inscrição, até amanhã (15/5), os candidatos que sejam doadores de sangue ou que tenham atuado como mesários ou colaboradores da Justiça Eleitoral do Paraná durante o período eleitoral.

No momento da inscrição, é necessário anexar os seguintes documentos (em formato PDF): documento de identidade (RG ou Carteira de Identidade Nacional, modelo novo); Cadastro de Pessoa Física (CPF); documento militar (para homens até 45 anos); certidão de nascimento, casamento ou averbação; histórico escolar completo da graduação; e diploma de graduação.

O edital nº 45/2025, com todas as informações sobre o processo seletivo, está disponível no link:


Para esclarecimentos, os interessados podem entrar em contato com o Polo da UAB de Apucarana pelo telefone/WhatsApp (43) 3425-1603, ou presencialmente na Praça Rui Barbosa, 12 – Centro.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Morte de Mujica faz canção sobre Che Guevara voltar ao topo das buscas no Google

Mujica, ex-guerrilheiro e ícone da esquerda latino-americana, morreu na terça-feira aos 89 anos

José "Pepe" Mujica (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O falecimento do ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica, aos 89 anos, ocorrido na terça-feira (13), provocou uma onda de comoção que se refletiu imediatamente nas buscas do Google. Um dos indícios mais simbólicos desse fenômeno foi a disparada no interesse pela canção “Hasta Siempre”, de Carlos Puebla, composta originalmente em homenagem ao líder revolucionário Che Guevara. Os dados são da plataforma Google Trends, e revelam uma intensa movimentação digital logo após o anúncio da morte de Mujica, que era considerado um dos maiores ícones progressistas da América Latina.

O gráfico de buscas mostra que o pico de interesse ocorreu ainda no dia 13, quando a música atingiu o índice máximo de popularidade (100 pontos), marcando um ápice de lembrança e associação entre o ex-presidente uruguaio e Che Guevara. A curva revela uma série de flutuações rápidas de busca ao longo do dia, seguidas de um período de estabilidade e queda, até novo breve aumento no início do dia 14.
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Foto: trends.google.com.br
Uma despedida simbólica a um revolucionário - “Hasta Siempre”, escrita em 1965, é uma resposta à carta de despedida escrita por Che Guevara a Fidel Castro ao deixar Cuba. Carregada de simbolismo, a música fala da continuidade da luta revolucionária, exaltando o espírito de resistência e a figura do líder como eterno. Foi justamente esse tom que parece ter encontrado eco entre os internautas que prestavam suas últimas homenagens a Mujica.
Assim como Che, Mujica também empunhou armas em sua juventude. Foi guerrilheiro tupamaro, preso político e, mais tarde, um presidente que simbolizou a sobriedade no poder e o compromisso com os ideais da justiça social e da solidariedade. Sua trajetória, marcada por um discurso ético radical, estilo de vida austero e defesa incansável da democracia, tornou-o referência da esquerda mundial.

◉ Música e legado político caminham juntos - Nas redes sociais, usuários compartilharam trechos da música de Puebla acompanhados de imagens de Mujica, frases suas e vídeos de seus discursos mais marcantes. A melodia, já conhecida por sua carga histórica, foi ressignificada como trilha sonora da despedida a outro gigante latino-americano.


A coincidência entre o perfil revolucionário de Che e a história de vida de Mujica parece ter motivado a associação espontânea. “Hasta siempre, comandante Mujica”, escreveram centenas de usuários em redes sociais, demonstrando como a canção se converteu em expressão coletiva de luto e reverência.

◉ Entenda o gráfico do Google Trends - A imagem que acompanha esta matéria mostra a variação do interesse ao longo do tempo, com pontuações entre 0 e 100. O valor de 100 representa o pico de popularidade do termo, registrado no dia 13 de maio. Pontuações intermediárias indicam níveis menores de busca, enquanto os períodos com nota zero representam ausência de dados suficientes.

Esse movimento reforça o poder da memória coletiva em tempos digitais: canções históricas, como “Hasta Siempre”, reaparecem não apenas como trilhas de fundo, mas como marcos emocionais e políticos de grandes despedidas.

Fonte: Brasil 247

Suspensão do Meu INSS Vale+ gera controvérsia e expõe pressão de grandes bancos

Programa gratuito e regular, voltado a aposentados e pensionistas, é interrompido apesar de não estar ligado a fraudes no INSS

INSS (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O avanço das investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) resultou na suspensão temporária do programa Meu INSS Vale+, iniciativa que permitia a aposentados e pensionistas anteciparem parte de seus benefícios mensais sem cobrança de juros. Embora não esteja associado aos esquemas fraudulentos em apuração, o programa foi incluído no pacote de medidas de contenção promovido pelo governo.

A decisão surpreendeu o setor, especialmente por ocorrer durante a fase de expansão do programa, que vinha oferecendo até R$ 450 em antecipação gratuita, com base em uma operação de cessão de crédito já reconhecido pelo INSS. A modalidade foi regulamentada em 2024 pela Instrução Normativa PRES/INSS nº 175/2024, com apoio técnico da Advocacia-Geral da União, e operada por fintechs credenciadas, como o PicPay, por meio de cartões gratuitos.

⊛ Sem empréstimo, sem margem consignável: o que era o Meu INSS Vale+

Diferente do crédito consignado, o Meu INSS Vale+ não configurava empréstimo e não interferia na margem consignável dos beneficiários. Sua estrutura permitia o adiantamento de um valor líquido e certo, com base na folha de pagamento do mês seguinte, de forma sem burocracia, sem tarifas e sem contrato de longo prazo.

Apesar de estar à margem das irregularidades descobertas — que envolvem empresas de fachada, sindicatos fictícios e suspeitas de acesso indevido a sistemas públicos —, o programa foi afetado por uma ação generalizada de suspensão de serviços no INSS.

⊛ Pressão dos bancos tradicionais e riscos concorrenciais no radar

Fontes do setor apontam que a suspensão pode ter sido influenciada por pressão de grandes bancos, preocupados com a rápida adesão dos beneficiários ao Vale+. Com histórico de concentração no mercado de crédito para aposentados, essas instituições teriam se mobilizado para alertar o governo sobre “riscos concorrenciais”, apesar da inexistência de irregularidades na operação do programa.

A possibilidade de perda de espaço em um segmento lucrativo, historicamente explorado por meio de empréstimos consignados com juros, teria gerado incômodo entre representantes do sistema financeiro tradicional.

⊛ Decisão penaliza quem mais precisa

Na prática, a interrupção do programa atinge em cheio beneficiários de baixa renda, que utilizavam a antecipação gratuita para cobrir despesas essenciais com valores modestos — muitas vezes R$ 100 ou R$ 200 — evitando modalidades mais caras, como o rotativo do cartão ou o cheque especial.

A decisão de suspender um serviço legal, gratuito e bem estruturado levanta questionamentos sobre quais interesses estão sendo priorizados em meio à reestruturação do INSS.

Fonte: Brasil 247

"As pessoas que mais causam dano à humanidade enchem a boca falando de Deus", diz Frei Betto

No Boa Noite 247, frei dominicano critica uso político da fé e afirma que muitos ateus vivem mais o Evangelho do que religiosos

(Foto: ABR)

Em entrevista ao Boa Noite 247, Frei Betto fez duras críticas à apropriação da religião por líderes políticos e religiosos que, segundo ele, utilizam o nome de Deus para justificar práticas que violam os princípios mais elementares do Evangelho. Ao comentar o sermão do papa Leão XIV sobre o ateísmo, o frade afirmou: “Eu confesso que não me agradou o sermão do papa Leão XIV, porque eu fiquei pensando: não são os ateus que fazem mal ao mundo. As pessoas mais ignóbeis que eu conheço, todas se dizem crentes”.

Frei Betto mencionou figuras históricas como Adolf Hitler, Donald Trump — presidente dos Estados Unidos em segundo mandato — e Harry Truman, para ilustrar a contradição entre a declaração de fé e a prática de violência. “O Hitler se considerava católico, o Trump presbiteriano, o Truman, que jogou duas bombas atômicas sobre o povo pacífico e inocente do Japão, era batista. Então eu fico pensando: realmente, as pessoas que mais causam dano à humanidade, à natureza, elas enchem a boca falando de Deus.”

O religioso alertou que o cristianismo, em muitos casos, se tornou apenas uma identidade cultural esvaziada de conteúdo ético. “O cristianismo tornou-se um dado cultural”, afirmou, observando que muitos ateus viveram com mais fidelidade os ensinamentos de Jesus do que os próprios religiosos. Citou o exemplo de Luiz Carlos Prestes e Carlos Marighella como pessoas que, mesmo sem fé declarada, pautaram suas vidas pelos valores evangélicos.

Frei Betto também refletiu sobre a natureza da vida após a morte a partir da teologia. Para ele, a chamada “vida eterna” é uma dimensão que não pode ser descrita a partir da lógica temporal. “Quando nós transvivenciamos, entramos na eternidade, ou seja, numa esfera sem tempo. E ali nos deparamos com o mistério de Deus.” Reforçou, no entanto, que o essencial da vida cristã está na prática do amor nesta existência. “Não me interessa. Eu não vou me surpreender se do outro lado da vida não tiver uma vida eterna. O que importa é a nossa coerência neste mundo.”

Segundo ele, o critério de salvação, de acordo com os próprios evangelhos, não é a fé, mas o amor concreto ao próximo. “Jesus não condiciona a nossa salvação à fé, condiciona ao amor”, disse. Citando o capítulo 25 do evangelho de Mateus, lembrou que muitos que não creem, mas amam, “haverão de se salvar”.

A crítica ao uso da religião como instrumento de poder institucional também se estendeu à questão tributária no Brasil. Frei Betto condenou os privilégios fiscais concedidos às igrejas: “As igrejas deviam ter vergonha na cara e falar: ‘Nós temos que pagar impostos’”. Para ele, a isenção amplia a possibilidade de corrupção e lavagem de dinheiro. “Por que todas as instituições pagam impostos e as igrejas são uma exceção?”

A fala do religioso ressaltou ainda o distanciamento entre a prática institucional de muitas religiões e o conteúdo transformador do cristianismo. “Jesus disse: ‘Tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber’. Ou seja, ele está se colocando no lugar do oprimido. Não tem a menor importância se essa pessoa não tem fé. O próprio Jesus disse: ‘Cada vez que fizeste isso a um desses pequeninos, a mim o fizeste’.” Assista:
Fonte: Brasil 247

"Eu nunca entendi como alguém pode ser cristão e não ser socialista", diz Frei Betto

Religioso defende que valores cristãos autênticos estão em plena sintonia com os ideais do socialismo

(Foto: Divulgação | REUTERS/Andres Stapff)

Durante participação no programa Boa Noite 247, Frei Betto afirmou que a coerência entre fé cristã e os princípios do socialismo é inegável. Para o religioso, figuras históricas como Pepé Mujica e Fidel Castro, mesmo se declarando ateus, viveram de forma mais alinhada aos valores evangélicos do que muitos que se dizem crentes. O tema foi abordado a partir da reflexão sobre a morte de Mujica e a influência do cristianismo primitivo na concepção de uma sociedade igualitária.

"Eu nunca entendi como alguém pode ser cristão e não ser socialista", afirmou. Frei Betto sustentou que os valores centrais do Evangelho, como partilha, justiça social e o amor ao próximo, são também os fundamentos do socialismo. Segundo ele, “todo cristão verdadeiro, coerente com o evangelho, é um comunista sem saber. E todo comunista coerente com os princípios do comunismo é um cristão sem crer”.

A entrevista destacou o legado do ex-presidente do Uruguai, que, embora ateu, viveu com radical desapego material e compromisso com o bem comum. “Eu não conheço ninguém que viveu mais intensamente, coerentemente os valores do Evangelho do que o Pepe Mujica”, disse. Para Frei Betto, Mujica representa um modelo de liderança ética rara nos tempos atuais. "Um homem que não tinha nenhum tipo de apego material, pelo contrário, absolutamente desprendido."

Frei Betto também lembrou de sua amizade com Fidel Castro e da entrevista que deu origem ao livro Fidel e a Religião, marco na abertura do debate religioso dentro do socialismo cubano. “Foi a primeira vez que um líder comunista no poder declarou que a religião pode ser sim um ópio do povo, mas pode ser também um fator de libertação.”

O dominicano defendeu uma visão dialética da política e da religião. “A política serve para libertar e serve para oprimir, depende de como é implementada. A religião também.” Para ele, Jesus “não veio acrescentar nada, veio ressaltar valores humanos e mostrar a transcendência desses valores”. Nesse sentido, reforçou que o compromisso com a justiça e a dignidade humana é a verdadeira medida da espiritualidade.

Comentando o distanciamento de setores religiosos com relação ao compromisso social, criticou as isenções fiscais das igrejas no Brasil. “As igrejas deviam ter vergonha na cara e falar: ‘nós temos que pagar impostos’. Ou então fazer um movimento interno de destinar esse valor a obras sociais importantes.”

Ao abordar o cristianismo das origens, Frei Betto citou o livro O Cristianismo Primitivo, de Friedrich Engels, como referência para entender o caráter comunitário da primeira geração de seguidores de Jesus. “Os cristãos partilhavam seus bens, entre eles tudo era comum, não havia necessitados. Isso é uma antecipação do que mais tarde chamamos de socialismo.”

A fala de Frei Betto também contrapôs o uso político da religião por líderes que promovem a exclusão social. “As pessoas que mais causam dano à humanidade enchem a boca falando de Deus. Deus acima de tudo, Brasil acima de todos, mas não têm nenhuma coerência com os princípios evangélicos.” Para ele, não é a fé declarada que salva, mas o amor praticado. “Jesus não condiciona a nossa salvação à fé, condiciona ao amor”, disse, citando o evangelho de Mateus.

Ao final, reforçou a necessidade de coerência entre crença e ação: “A mensagem de Jesus já valeu para a nossa existência aqui. Importa se a pessoa tem princípios éticos coerentes, de serviço ao próximo, de busca da justiça”. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Governo Federal paralisa cessão de área da Favela do Moinho ao governo de SP diante de violência policial

Ação policial descumpre os termos previamente acordados para a cessão do terreno federal ao governo paulista

Moradores da favela do Moinho protestam contra ação da PM nesta sexta-feira (18) (Foto: Igor Carvalho/Brasil de Fato)

O Governo Federal decidiu suspender o processo de transferência de um terreno da União localizado na Favela do Moinho, região central de São Paulo, após a atuação violenta de forças policiais durante a retirada de famílias do local.

Segundo a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), órgão vinculado ao Ministério da Gestão e responsável pelos imóveis, a ação policial descumpre os termos previamente acordados para a cessão do terreno federal ao governo paulista.

O diálogo entre as esferas federal e estadual, iniciado em 2024, previa que qualquer intervenção fosse feita de maneira “cuidadosa”, para preservar as moradias do entorno e respeitar a rotina da comunidade.

Confira a nota do Ministério da Gestão na íntegra:

“O governo federal não compactua com qualquer uso de força policial contra a população.

Diante da forma como o Governo do Estado de São Paulo está conduzindo a descaracterização das moradias desocupadas na favela do Moinho, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) vai expedir, ainda nesta terça-feira, 13 de maio, uma notificação extrajudicial paralisando o processo de cessão daquela área para o governo do Estado.

Como explicitado no oficio encaminhado ontem, 12 de maio, à SDUH (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação), a anuência da SPU à descaracterização (e não a uma demolição) das moradias das famílias que voluntariamente deixaram suas casas estava condicionada a uma atuação “cuidadosa, para evitar o impacto na estrutura das casas vizinhas e minimizar a interferência nas atividades cotidianas da comunidade”.

Desde o início das negociações com o governo de São Paulo, em 2024, a SPU deixou explícito que a cessão da área estava vinculada à condução de um processo de desocupação negociado com a comunidade e transparente.

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos”.

Fonte: Brasil 247

Fifa pretende obter receita de US$1 bilhão com Copa do Mundo Feminina no Brasil


A Copa do Mundo Feminina de 2023, sediada por Austrália e Nova Zelândia, atingiu equilíbrio após gerar mais de US$570 milhões em receita

Reunião da Fifa que definiu Brasil como sede da Copa do Mundo feminina em 2027 17/5/2024 (Foto: REUTERS/Chalinee Thirasupa)

Reuters - A Fifa tem como meta uma receita de US$1 bilhão com a Copa do Mundo Feminina, disse o presidente da entidade máxima do futebol mundial, Gianni Infantino, na terça-feira, no Fórum de Investimentos Arábia Saudita-EUA 2025, em Riad.

A Copa do Mundo Feminina de 2023, sediada por Austrália e Nova Zelândia, atingiu equilíbrio após gerar mais de US$570 milhões em receita.

"O futebol feminino e as mulheres no futebol são de importância crucial", disse Infantino.

"Está crescendo exponencialmente, e também temos como meta obter uma receita de US$1 bilhão apenas com a Copa do Mundo Feminina para reinvestir no futebol feminino."

A próxima Copa do Mundo de Futebol Feminino, em 2027, será sediada no Brasil, tornando-se a primeira edição a ser realizada na América do Sul. Os Estados Unidos devem ser nomeados anfitriões da edição de 2031, que será ampliada de 32 para 48 equipes.

Infantino também disse que há um enorme potencial para o futebol gerar mais receita fora da Europa.

"Se o resto do mundo, em particular a Arábia Saudita ou os Estados Unidos da América, fizesse apenas 20% do que a Europa faz no futebol, nós (poderíamos chegar a um montante de mais de) meio trilhão (de dólares) ou mais de impacto no PIB (com nosso esporte)", acrescentou.

"A propósito, a Arábia Saudita também está fazendo um trabalho excepcionalmente bom, criando uma liga feminina e uma equipe nacional feminina. O futebol feminino é realmente o único esporte coletivo para mulheres que tem um público tão grande e um impacto tão grande também."

Fonte: Brasil 247

Motta diz que Câmara deve “melhorar” compensação da isenção de IR até R$5 mil

O govenro defende a compensação através de uma taxação mínima a ser cobrada de pessoas de alta renda

Hugo Motta - 24/04/2025 (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Reuters - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sugeriu nesta quarta-feira que o Legislativo melhore o mecanismo de compensação proposto pelo governo para isentar de Imposto de Renda de quem recebe até R$ 5 mil.

“Não tenho dúvidas que pela importância do projeto do IR, que tem um ambiente favorável para sua aprovação, para levar a isenção às pessoas que ganham até R$5 mil, (a Câmara vai avaliar) como fazer para melhorar a compensação desse impacto”, disse em evento promovido pelo Valor Econômico, em Nova York.

Ao enviar o projeto ao Congresso, o governo propôs que a ampliação da isenção seja compensada, principalmente, por uma taxação mínima a ser cobrada de pessoas de alta renda.

Motta ainda disse que o texto da reforma pode ser mais abrangente e estruturante do que a versão apresentada pelo governo.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

'Gênios da mediocridade': Nassif critica imprensa por transformar 'irrelevante episódio Janja-TikTok' em escândalo

Jornalista aponta sensacionalismo no "furo" do suposto "incômodo" de Xi Jinping com Janja e diz que imprensa brasileira prioriza análises de botequim

Janja, Lula, Xi Jinping e Peng Liyuan (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O jornalista Luis Nassif, em texto publicado no GGN nesta quarta-feira (14), fez uma dura crítica ao que chamou de “jornalismo de irrelevâncias”, ao comentar o episódio noticiado pela GloboNews, em que a primeira-dama Janja Lula da Silva teria causado “incômodo” ao presidente da China, Xi Jinping, durante um jantar oficial. Segundo reportagem assinada pelos jornalistas Andréia Sadi e Valdo Cruz, a postura de Janja, de questionar as políticas da rede social chinesa TikTok, foi vista como “desrespeitosa” também pela primeira-dama chinesa, Peng Liyuan.

Para Nassif, trata-se de um caso clássico de “furo” sem fundamento, sustentado por fontes duvidosas e sem o menor compromisso com o teste da verossimilhança. Ele ironiza a suposta fonte — um ministro do governo Lula — e aponta o absurdo da narrativa: “teria sido fácil aos dois repórteres, fossem um pouco mais atilados, submeter a informação a esse teste”.

O jornalista afirma que há apenas duas possibilidades para se saber de um suposto mal-estar diplomático: ou o presidente Xi manifestou seu desconforto durante o jantar — o que, segundo Nassif, “é evidentemente inverossímil” — ou teria confidenciado a ministros, que “não têm envergadura para conversas a sós com o mandatário chinês”.

Leia a íntegra no GGN.

Bolsonaro acusa Moraes de torturar Mauro Cid para obter delação sobre trama golpista

Ex-mandatário, porém, não apresentou provas da acusação

        Alexandre de Moraes, Mauro Cid Barbosa e Jair Bolsonaro (Foto: ABR | Alan Santos/PR)

Jair Bolsonaro (PL) acusou, sem provas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de ter praticado "tortura" para obter a delação premiada do tenete-coronel Mauro Cid. O depoimento do ex-ajudante de ordens implicou Bolsonaro nos episódios relacionados à tentativa de golpe de 8 de janeiro e à venda das joias sauditas. "Chegou o ponto do Alexandre de Moraes interrogar o Mauro Cid. E ele falar ‘olha teu pai, tua esposa, olha tua filha’. Você pode fazer delação nessas circunstâncias? A própria Lava Jato disse que isso é pau de arara do século 21. Isso foi feito com o Cid", afirmou o ex-mandatário nesta quarta-feira (14), em entrevista ao UOL.

Bolsonaro ainda destacou que, embora Cid não tenha mentido, ele teria sido "torturado" para proteger a sua família, citando as ameaças sobre sua filha e esposa. "Delação subentende espontaneidade, verdade e prova. Ele foi torturado. Não vou dizer que ele mentiu. Ele foi torturado, pensando na filha e na esposa, que teriam comprovação de falsificação do cartão de vacina", disse.

No entanto, Mauro Cid já negou que tenha ocorrido qualquer tipo de irregularidade na sua delação. Em março do ano passado, o tenente-coronel foi chamado pelo gabinete de Moraes para esclarecer os áudios vazados pela revista Veja, nos quais ele atacava o ministro e sugeria estar sendo pressionado pela Polícia Federal para confirmar informações falsas. Cid negou que tenha sido pressionado e afirmou que estava "sensível" devido à situação pessoal que enfrentava, destacando que "perdeu tudo o que tinha".

Na mesma entrevista, Bolsonaro afirmou, que o pedido feito pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter a suspensão do processo referente à tentativa de golpe contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) deve ser estendido também a ele e aos outros réus envolvidos no caso. A ação, movida por Motta, propõe que a decisão da Câmara, que suspendeu o andamento do processo de Ramagem, seja respeitada pelo STF.

“A Câmara decide tirar o Ramagem, mas a primeira resposta que tenho dessa turma é que, se sair, sai só o Ramagem. A ação penal é uma só, não tem só essa ou aquela. Que mande suspender a ação penal. Eu estou no Supremo, junto a outros militares, por causa do Ramagem. Eu acredito que o STF vai acolher este recurso do Hugo Motta”, afirmou o ex-mandatário.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados havia aprovado a suspensão do processo contra Ramagem e outros envolvidos, incluindo Bolsonaro, por tentativa de golpe de estado, deterioração de patrimônio e outros crimes.

No entanto, a decisão da Câmara foi parcialmente invalidada pela Primeira Turma do STF, que limitou a suspensão apenas aos crimes supostamente cometidos por Ramagem após sua diplomação em dezembro de 2022. As acusações mais graves, como tentativa de golpe e abolição do estado democrático, continuam em andamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

“Finep investe mais em dois anos de Lula, do que Temer e Bolsonaro em seis”, diz Celso Pansera

Presidente da Finep afirma que ciência foi desestruturada por Temer e Bolsonaro e destaca esforço para reconstruir infraestrutura científica nacional

(Foto: Brasil247)

Em entrevista concedida à jornalista Hildegard Angel, o presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Celso Pansera, revelou que a instituição investiu, nos dois primeiros anos do governo Lula, mais recursos do que nos seis anos anteriores, durante as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro. “Aplicamos em dois anos mais do que os seis anos anteriores”, afirmou Pansera, destacando a retomada do protagonismo da ciência e inovação no Brasil após um período de severo desmonte institucional.

◍ O colapso da ciência e o desmonte do Estado

Segundo o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, a Finep chegou ao início de 2023 esvaziada e sem estratégia, reflexo direto das administrações anteriores. “A Finep estava às mínguas, não pelos seus funcionários, mas por falta de estratégia de governo e recursos para atuar”, relatou Pansera. Ele afirmou que o desmonte do setor científico foi parte de um ataque deliberado à ciência e à cultura. “Como é que você produz fake news se você tem ciência checando a verdade? Para criar esse ambiente anticiência, anti vacina, anti verdade, era preciso destruir a ciência e a cultura”, analisou.

Pansera também responsabilizou Michel Temer por alterações estruturais no Estado brasileiro, como a reforma do ensino médio, a mudança na lei trabalhista e a imposição do teto de gastos. “O Temer foi mais cerebral, mais profundo. Ele mexeu na estrutura do Estado de forma consciente”, avaliou. Em contraste, para ele, Bolsonaro promoveu o caos institucional pela ausência de liderança e por ceder completamente ao Congresso. “Bolsonaro desorganizou por incapacidade política”, afirmou.

◍ Reconstrução científica e inovação industrial

Comandando a Finep desde o início do terceiro mandato de Lula, Pansera descreveu um processo de reconstrução que incluiu reorganização interna, sinalização clara de investimentos à comunidade científica e fortalecimento das indústrias inovadoras. O programa “Nova Indústria Brasil”, citado na entrevista, foi destacado como eixo estratégico dessa retomada. “Essas empresas estavam com projetos paralisados. Com nossa entrada e apoio do BNDES, voltaram a investir”, explicou.

◍ Desigualdade regional e o papel das universidades

Morador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Pansera criticou a ausência de investimentos estruturais na região e propôs a criação de uma universidade pública voltada para a realidade local. “Precisamos de uma Universidade da Baixada Fluminense. Assim como existe no ABC paulista, é hora da Baixada ter uma instituição que pense e atue no território”, defendeu.

Pansera também sugeriu medidas como polos de inovação, melhorias no transporte e na distribuição de água e ações culturais que promovam o sentimento de pertencimento regional. “É preciso refinar os serviços e a infraestrutura para reter a classe média e fortalecer os laços locais”, afirmou.

◍ As disputas de poder e o futuro político

Questionado sobre a política nacional, Pansera foi incisivo ao afirmar que o Executivo se tornou o poder mais fragilizado diante da força orçamentária do Congresso e da influência do Judiciário. “Hoje o Executivo é o mais fraco. O Judiciário tem peso enorme e o Legislativo controla grande parte do orçamento”, avaliou.

Ainda sobre o cenário político, Pansera mencionou nomes como Flávio Dino, Rafael Fonteles, Camila Jara, Natália Bonavides e Quaquá como quadros com potencial na esquerda, lamentando a escassez de lideranças com projeção nacional como nos anos 1980 e 1990. E ao ser lembrado de sua trajetória política – iniciada na militância estudantil, passando por partidos como PSTU, PSB e MDB até retornar ao PT – reafirmou: “Nunca me distanciei da minha formação e dos meus objetivos ideológicos”.

◍ As disputas religiosas e a hegemonia evangélica

Pansera também analisou o crescimento das igrejas evangélicas e sua influência política, reconhecendo que o campo progressista demorou a perceber o avanço das lideranças religiosas conservadoras. Para ele, a ausência de regulação financeira e a capilaridade das igrejas tornaram o fenômeno difícil de enfrentar. “Hoje eles são uma força social inegável, com atuação política organizada e nacional”, destacou. Ele defendeu a liberdade religiosa, mas alertou contra o uso da fé para propagar preconceitos ou manipular politicamente os fiéis.

◍ Defesa de Lula e crítica à extrema direita

Ao longo da entrevista, Pansera demonstrou confiança na liderança de Lula no cenário internacional. “Ele adquiriu uma marca mundial. Consegue transitar bem entre China, Rússia e países dos Brics”, disse. E, ao comparar Jair Bolsonaro com Donald Trump, hoje presidente dos Estados Unidos em seu segundo mandato, afirmou: “Bolsonaro rezou na primeira cartilha de Trump e sonha em voltar para seguir o Novo Testamento da extrema direita”.

Por fim, ao ser questionado sobre o papel da ciência na formulação de políticas públicas, Pansera deixou uma crítica construtiva ao governo: “Está faltando ciência no governo. Este é o momento da ciência para a humanidade. Precisamos olhar para isso com mais peso”. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

"Quando eu voltar, vou cuidar disso", diz Barroso sobre recurso da Câmara no caso Ramagem

Presidente do STF, no entanto, evitou fornecer uma previsão de quando deverá analisar o recurso da Câmara em favor do deputado bolsonarista

Ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Foto: Carlos Alves Moura/SCO/STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, se pronunciou, nesta quarta-feira (14), sobre o recurso interposto pela Câmara dos Deputados em favor do deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ). A Câmara, por meio de um pedido protocolado pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicita que a decisão envolvendo Ramagem seja analisada pelo plenário do STF.

Durante sua participação em um fórum promovido pelo jornal Valor Econômico, em Nova York, Barroso foi questionado pela coluna sobre uma possível data para decidir sobre o pedido. O presidente da Corte, no entanto, evitou fornecer uma previsão. “Quando eu voltar, vou cuidar disso”, disse o ministro, de acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.

Ainda segundo a reportagem, o presidente da Câmara havia informado pessoalmente a Barroso sobre o recurso. Além disso, Motta criticou a decisão do STF que anulou uma deliberação da Câmara sobre Ramagem, em um julgamento virtual no qual apenas uma parte dos ministros da Corte participou.

Motta se referia especificamente à decisão da Primeira Turma do STF, que derrubou a resolução da Câmara de suspender a investigação contra Ramagem no contexto do chamado "inquérito do golpe".

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Caiado promete anistia a Bolsonaro se eleito presidente em 2026

Governador de Goiás afirma que concederá perdão ao ex-presidente e aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, caso vença as eleições

Ronaldo Caiado (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou que, se for eleito presidente da República em 2026, concederá anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. A afirmação foi feita durante entrevista ao canal GloboNews.

"Está aí um furo para você: Ronaldo Caiado presidente da República vou anistiar e começar uma nova história no Brasil", disse o governador, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa. "Caiado vai chegando na presidência da República e, no meu momento, vou resolver esse assunto, anistiar essa situação toda. E vamos discutir o problema de crescimento e de pacificação do país", completou.

A proposta de anistia defendida por Caiado inclui tanto Bolsonaro quanto os condenados e réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos golpistas que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em janeiro de 2023. O ex-presidente também foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, ficando impedido de disputar eleições até 2030.

Caiado afirmou ter sido o primeiro apoiador de Bolsonaro a defender a anistia, ainda em fevereiro de 2024. "Falei que precisamos sair dessa crise, sair desse debate. Isso já cansou. São 2 anos e 7 meses que estão falando só disso. Ninguém fala de reforma, de tecnologia", disse.

O governador goiano também destacou sua trajetória política como credencial para disputar a presidência. "Hoje eu sou do maior partido do país, tenho experiência de cinco mandatos de deputado federal e sou consagrado por ser o governador mais bem avaliado no país nos últimos três anos. Mais do que nunca me sinto credenciado a ir para o debate, com toda a humildade. No primeiro turno, vamos disputar, debater. Vou mostrar o que eu fiz", afirmou.

A proposta de anistia tem gerado controvérsias, sendo vista por críticos como uma tentativa de apagar crimes contra a democracia e enfraquecer as instituições. Especialistas alertam que conceder perdão a envolvidos em tentativas de golpe pode abrir precedentes perigosos e comprometer o Estado de Direito.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

"Clima é de zero animosidade”, diz Motta sobre relação entre Legislativo e Judiciário

Presidente da Câmara negou a existência de crise institucional

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), minimizou qualquer tensão entre os Poderes após acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado no inquérito que apura a trama golpista.

Diante de questionamentos sobre um possível atrito entre o Legislativo e o Judiciário, Motta negou a existência de crise institucional. “O clima é de zero animosidade”, afirmou. Segundo ele, o pedido ao STF tem natureza técnica, e não política.

Na terça-feira (13), o presidente da Câmara protocolou uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no Supremo, para tentar suspender integralmente a ação penal contra Ramagem.

A iniciativa veio após a Primeira Turma do STF limitar os efeitos da decisão da Câmara, que havia determinado a paralisação total do processo. A Corte restringiu a suspensão a apenas dois dos cinco crimes atribuídos ao parlamentar — os relacionados a atos supostamente cometidos após sua diplomação como deputado federal.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro diz que espera por um "milagre" que o livre de ser condenado por envolvimento em trama golpista

"Estou com 70 anos de idade. Se me condenarem a 40 anos, é meu fim. A 20 anos também", disse o ex-mandatário

Jair Bolsonaro e presídio federal de segurança máxima (Foto: Reuters | Agência Brasil )

Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta quarta-feira (14), que ainda nutre a esperança de ser inocentado em relação às acusações de sua participação na tentativa de golpe de Estado em 2022. "Antes de abril [de 2026, prazo para quem ocupa cargo público se afastar para concorrer às eleições] faltam quantos meses? Dez, 11 meses. Vamos esperar a condenação. Eu ainda acredito em milagre, acredito em Deus e que algo possa mudar", disse o ex-mandatário, nesta quarta-feira (14), ao ser questionado sobre quem apoiaria nas próximas eleições presidenciais caso continue inelegível, em entrevista ao UOL.

Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em fevereiro de 2023 e, no mês seguinte, se tornou réu após decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-mandatário enfatizou, ainda, que é o Ministério Público que deve provar sua culpa, e não o contrário. "Tenho esperança de reverter tudo isso aí porque, afinal de contas, é o Ministério Público que tem de provar que eu sou culpado e não eu provar que sou inocente", afirmou.

Acusado de cinco crimes, incluindo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Bolsonaro reconheceu que uma eventual condenação seria devastadora para ele. "Estou com 70 anos de idade. Se me condenarem a 40 anos, é meu fim. A 20 anos também", disse.

Apesar da inelegibilidade, Bolsonaro voltou a afirmar que segue sendo o principal nome do PL para 2026, e que conta com apoio do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, mas evitou sinalizar quem poderia herdar seu espólio político no caso de uma eventual condenação. "Não posso bater o martelo agora, certas coisas se você externar... eu deixo de ser uma pessoa procurada", destacou. "O que eu poderia esperar [dos possíveis sucessores] é questionar por que eu estou inelegível, é justo?", completou em seguida.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Cronograma do velório de Mujica é alterado para esperar chegada de Lula

A cerimônia de despedida, que estava prevista para encerrar às 15h desta quinta-feira (15), foi prorrogada até às 17h

05.12.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, em Montevidéu, Uruguai (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O cronograma do velório do ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica foi alterado para permitir a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou o jornal El Observador.

A cerimônia de despedida, que estava prevista para encerrar às 15h desta quinta-feira (15), foi prorrogada até às 17h. A mudança ocorreu para que Lula, que retorna de uma viagem oficial à China e à Rússia, consiga chegar a tempo em Montevidéu e prestar sua última homenagem a Mujica.

Durante a passagem pela China, Lula falou com jornalistas sobre a importância de se despedir do ex-presidente uruguaio, a quem chamou de uma "figura excepcional". “Conheço muitos políticos, mas nenhum se iguala à grandeza da alma de Pepe Mujica”, afirmou o chefe do Executivo brasileiro nesta quarta-feira (14).

“Eu pretendo, chegando à Brasília, ir ao enterro do Pepe Mujica porque eu acho que o mínimo que a gente tem que fazer é se despedir das pessoas que serviram de referência para a gente com demonstração de muita dignidade e de muito respeito”, disse.

Lula e Mujica se conheceram há cerca de duas décadas. O uruguaio chegou a visitar o petista em Curitiba durante o período em que o brasileiro esteve preso. O último encontro entre os dois aconteceu em março deste ano.

“Eu quando visitei ele agora no Uruguai, eu tive a certeza que era a última vez que eu ia ver ele com vida. Tinha certeza porque ele mesmo dizia que estava no fim”, contou Lula. “Da última vez que eu vi ele, sentado comigo, ele disse: 'Lula, eu tô indo embora'. E com a maior serenidade, com a maior tranquilidade que ele me disse isso, era o jeito que ele governava o Uruguai.”

Fonte: Brasil 247