quinta-feira, 19 de junho de 2025

Abin paralela usou grupo chamado “Bichona” para planejar ações de espionagem ilegal


          Fachada do prédio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Integrantes da chamada “Abin Paralela” utilizaram um grupo de mensagens intitulado “BICHONA” para discutir ações clandestinas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação consta no relatório da Polícia Federal (PF), que se tornou público na quarta-feira (18), após o Supremo Tribunal Federal (STF) retirar o sigilo dos autos da investigação.

De acordo com a PF, o grupo de mensagens era usado para organizar estratégias de espionagem e ataques direcionados à própria direção da corporação. Um dos participantes do chat era Alessandro Moretti, ex-número 2 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi indiciado no caso.

O relatório aponta que Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações promovidas pela estrutura clandestina dentro da Abin. Apesar disso, o ex-presidente não foi indiciado.

A investigação, iniciada em 2023, apura o uso político da Abin durante o governo Bolsonaro. Segundo a PF, o objetivo do grupo era monitorar opositores e adversários políticos utilizando o software israelense First Mile, que operava sem controle judicial.

Quem é Alessandro Moretti, número 2 da Abin demitido por interferência em investigação sobre espionagem
Alessandro Moretti, ex-número 2 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi indiciado no caso. Foto: Reprodução

Flávio Dino


No dia 19 de outubro daquele ano, o servidor Marcelo Bormevet, ligado ao grupo clandestino, pediu ao colega Giancarlo Gomes Rodrigues informações sobre Leonardo Cunha de Oliveira, fotógrafo vinculado à equipe de Dino.

A mensagem indicava pressa e motivação política: “chegou uma info importante pro PR”, escreveu Bormevet, em referência ao então presidente Bolsonaro.

A investigação aponta que Bormevet mencionou que o alvo da espionagem estava em Brasília, no “gabinete do ódio de Nine”, uma expressão usada por apoiadores de Bolsonaro para se referir aos adversários políticos, neste caso, ao entorno do presidente Lula (PT), apelidado de “Nine”.

A PF considera que esse episódio é uma evidência do uso indevido da estrutura da Abin para fins políticos e eleitorais durante o antigo governo.

Fonte: DCM

VÍDEO: Mulher dá socos, chutes e cospe na cara de brasileira por “ser gorda demais” em voo nos EUA

Mulher precisou ser contida por funcionários da companhia área após puxar o cabelo de passageira brasileira. Foto: Reprodução


Uma brasileira foi agredida durante um voo da Southwest Airlines nos Estados Unidos, após uma passageira americana se recusar a sentar ao seu lado alegando que ela era “gorda demais”. O caso ocorreu na segunda-feira (16), em um voo que partia de Nova York com destino a Kansas City. A agressora, visivelmente alterada, atacou a mulher com puxões de cabelo, chutes, tapas e ofensas. Vídeos gravados por outros passageiros mostram a vítima falando em português.

Nas imagens, é possível ver a agressora, identificada como Leanna Perry, cuspindo no rosto da brasileira e a xingando com frases gordofóbicas, enquanto funcionários da companhia e passageiros tentavam contê-la. “Olha essa vadia gorda. Hilário”, disse ela. A vítima não reagiu às agressões físicas nem verbais. O voo só decolou após a mulher ser retirada da aeronave.

Leanna foi detida pela polícia e levada para um hospital antes de ser encaminhada ao Departamento de Correções de Nova York. Ela vai responder por agressão agravada. A Southwest Airlines informou que o caso está sob responsabilidade das autoridades e não comentou o episódio até a última atualização.

Fonte: DCM

Defesa de Israel contra mísseis do Irã pode durar apenas mais 12 dias; entenda

Interceptadores do sistema de defesa aérea de Israel traçam o céu noturno durante ataques de mísseis lançados pelo Irã – Foto: AP


A capacidade de defesa aérea de Israel contra os mísseis do Irã está perto do limite, segundo autoridades dos EUA. Com o ritmo atual de ataques, os estoques de interceptadores israelenses podem durar apenas mais 10 a 12 dias. O alerta foi feito por um representante do governo americano ao jornal Washington Post, ressaltando que o apoio militar americano é crucial para evitar um colapso da defesa israelense.

Desde o início da ofensiva iraniana, Israel já utilizou a maior parte de seus interceptadores, especialmente os do sistema Arrow, usados contra mísseis balísticos de longo alcance.

Analistas apontam que o custo da defesa aérea é alto: cada interceptador pode chegar a US$ 3 milhões. Um jornal local, The Marker, estima que a operação tem custado ao governo israelense cerca de R$ 1 bilhão por noite.

O Pentágono, por sua vez, tem reforçado a presença militar na região com recursos em terra, mar e ar, mas enfrenta o desafio de manter seu próprio estoque. “Nem os EUA nem os israelenses podem continuar sentados interceptando mísseis o dia todo”, disse Tom Karako, especialista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, ao Wall Street Journal.

Nos primeiros dias do conflito, o Irã lançou cerca de 400 mísseis contra Israel. Desses, 120 foram destruídos por bombardeios israelenses, e apenas 35 conseguiram atingir alvos, segundo o governo local.

As Forças de Defesa de Israel também afirmam ter alcançado superioridade aérea sobre Teerã, o que pode reduzir os lançamentos inimigos.

Apesar disso, o arsenal iraniano ainda é considerado vasto. Especialistas alertam que mais da metade dos mísseis ainda está disponível, e muitos podem estar escondidos em depósitos subterrâneos. As últimas ofensivas do Irã atingiram áreas sensíveis, como refinarias e centros militares próximos a Tel Aviv e Haifa.

Fonte: DCM

Gírias dos anos 70 e 80 que caíram em desuso (mas a gente ainda usa)


Imagem ilustrativa – Reprodução

Quem viveu os anos 70 e 80 certamente se lembra de expressões como “paz e amor”, “bicho”, “papo cabeça” e “massa”. Eram gírias que traduziam o espírito do tempo e marcaram a linguagem jovem.

Com o passar dos anos, muitas dessas palavras caíram em desuso. No entanto, algumas ainda resistem no vocabulário — mesmo que usadas sem perceber por gerações mais velhas.

Além do valor linguístico, as gírias também funcionam como retratos da cultura e da sociedade da época. Relembrá-las é reviver um modo de falar mais descontraído e divertido. Hoje, entre memes e abreviações digitais, essas expressões soam exóticas — mas ainda carregam charme e história.

Fonte: DCM

Abin Paralela: GSI pediu o monitoramento de 152 bispos críticos de Bolsonaro


         Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob o comando do general Augusto Heleno, solicitou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produzisse perfis de 152 bispos que, em 2020, assinaram uma carta com críticas ao governo de Jair Bolsonaro. A informação foi revelada pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o uso político da Abin, conhecido como “Abin Paralela”.

Segundo a PF, os bispos manifestaram descontentamento com a gestão Bolsonaro em áreas como educação, cultura e saúde. No documento, os religiosos afirmavam que o Brasil vivia “um dos momentos mais difíceis em sua história”.

A carta, tornada pública na época, descrevia a situação do país como uma “tempestade” provocada em grande parte pelo próprio governo Bolsonaro.

“Uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República, provocada em grande medida pelo Presidente da República e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança”, dizia o texto assinado pelos bispos.

A investigação, iniciada em 2023, apura o uso político da Abin durante o governo Bolsonaro. Segundo a PF, o objetivo do grupo era monitorar opositores e adversários políticos utilizando o software israelense First Mile, que operava sem controle judicial.

A PF já indiciou pelo menos 35 pessoas por envolvimento na Abin Paralela. Jair Bolsonaro não foi incluído nesses indiciamentos porque já é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre a trama golpista, investigação mais ampla que envolve diferentes núcleos bolsonaristas.

Na época dos monitoramentos ilegais, o GSI era comandado pelo general Augusto Heleno. Ele também não foi indiciado pela PF neste caso, mas figura entre os 31 réus investigados por participação na tentativa de golpe de Estado.

Fachada do prédio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Fonte: DCM

Hacker Delgatti cumpre pena com “famosos do crime” e joga futebol com Robinho

       O hacker Walter Delgatti. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Condenado junto com a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) pela invasão ao sistema do CNJ, o hacker Walter Delgatti Neto cumpre pena na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, conhecida como “presídio das estrelas” por abrigar criminosos famosos. No local, ele compartilha o pátio com outros condenados de notoriedade nacional, como o ex-jogador Robinho, o ex-médico Roger Abdelmassih e o empresário Thiago Brennand.

Segundo relatos do próprio Delgatti ao seu advogado, ele joga futebol com Robinho, conversa sobre política e já recebeu comida do ex-atacante. Ambos dividem o espaço matinal da prisão, onde também estão detidos Fernando Sastre Filho, acusado de matar um motorista com um Porsche, e outros presos que ganharam notoriedade na mídia.

Delgatti foi condenado a 8 anos e 3 meses por inserir documentos falsos no sistema do CNJ, entre eles uma suposta ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Já Zambelli foi acusada de ser mentora do plano e está foragida na Itália. Ela teve seu nome incluído na lista da Interpol e é alvo de pedido de extradição.

A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Dentro da prisão, Delgatti está matriculado em um curso de qualificação profissional na área de almoxarifado. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que, após a conclusão, ele poderá ser encaminhado para uma vaga de trabalho. Além disso, o hacker relatou que faz exercícios físicos e lê livros, como “O Segredo de Luísa”.

O presídio também abriga o ex-prefeito com quem Delgatti está aprendendo a jogar xadrez. O hacker divide cela com um acusado de feminicídio e segue aguardando definição sobre outras ações judiciais pendentes, como a que responde na Operação Spoofing por hackear autoridades da Lava Jato.

Apesar da rotina cercada de figuras conhecidas, a situação de Delgatti continua delicada. A condenação no Supremo Tribunal Federal já está em fase de execução, e ele seguirá preso até que outras decisões judiciais sejam julgadas.

Fonte: DCM

Governo garante ressarcimento em parcela única a aposentados lesados por descontos indevidos

Pagamento será feito ainda este ano, sem lista de prioridade, a 3,2 milhões de vítimas de cobranças associativas não autorizadas em benefícios do INSS

Dinheiro e fachada da Previdência Social (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

Aposentados e pensionistas que tiveram descontos associativos não autorizados em seus benefícios do INSS serão ressarcidos em parcela única, sem ordem de prioridade. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (18) durante transmissão ao vivo com o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior. Segundo a Agência Gov, cerca de 3,2 milhões de beneficiários já declararam não reconhecer os descontos aplicados.

“O pagamento será feito ainda neste ano, de forma muito simplificada”, afirmou Messias. “Todos serão ressarcidos igualmente no mesmo período. Não terá lista de priorização”, reforçou. Já Gilberto Waller detalhou que o calendário será organizado em lotes quinzenais: “Em um único mês, dois lotes de beneficiários serão pagos”.

O ministro da AGU destacou que o ressarcimento será antecipado pelo Governo Federal, que, depois, irá acionar judicialmente as entidades responsáveis pelos descontos irregulares. “Nós estamos nesse momento garantindo o pagamento para que o aposentado e o pensionista que foi vítima dessa fraude possa receber o que tem direito e que nós tenhamos condições jurídicas de ir atrás de cada centavo que nós pagamos, a partir de uma ação regressiva contra essas entidades”, declarou.

Durante a transmissão, o presidente do INSS também explicou que não há prazo final para os beneficiários questionarem os descontos ou solicitarem a devolução. “Enquanto estiver aberto esse procedimento, ele vai poder contestar e, com a segurança do Estado brasileiro, ele vai ser ressarcido”, disse Waller. Ele acrescentou que o governo está monitorando áreas onde a comunicação digital não é efetiva, a fim de criar estratégias de busca ativa.

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima terça-feira (24) uma audiência de conciliação no âmbito da ação judicial movida pela AGU para assegurar o ressarcimento às vítimas. O pedido da AGU também resultou na suspensão da prescrição legal, permitindo que os afetados entrem com ações judiciais a qualquer tempo. A audiência contará com a presença de representantes do INSS, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público Federal.

O atendimento para consulta de descontos indevidos pode ser feito pelo aplicativo Meu INSS, pelo site do INSS, pela Central 135 ou presencialmente em agências dos Correios. Essa última opção foi pensada especialmente para quem enfrenta dificuldades no acesso digital. A lista completa das agências habilitadas está disponível no site dos Correios.

Fonte: Brasil 247

Lula mantém chefe da Abin no cargo mesmo após indiciamento pela Polícia Federal

Presidente avalia que indiciamento de Luiz Fernando Côrrea não é motivo suficiente para afastá-lo e vê disputa entre PF e Abin como pano de fundo

Luiz Fernando Corrêa (Foto: Leonor Calasans/IEA-USP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu manter Luiz Fernando Côrrea à frente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apesar de seu indiciamento pela Polícia Federal (PF). A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. Segundo auxiliares próximos ao presidente, Lula entende que o indiciamento, por si só, não justifica a substituição do diretor-geral, e determinou que o Palácio do Planalto acompanhe de perto o andamento do processo.

A investigação da PF aponta que Côrrea e membros de sua gestão teriam atuado para dificultar as apurações sobre a chamada “Abin Paralela” — estrutura montada durante o governo de Jair Bolsonaro para realizar monitoramentos clandestinos com o sistema FirstMile, sem autorização judicial ou controle institucional. Segundo o relatório da corporação, o grupo teria usado a agência para fins políticos e privados, inclusive espionando autoridades como ministros do STF, congressistas e até jornalistas.

Mesmo diante das acusações, a permanência de Côrrea já era dada como provável no Planalto antes da decisão final de Lula. O presidente costuma aguardar o oferecimento formal de denúncia pelo Ministério Público para afastar aliados diretos — como fez no caso do ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho. Além disso, auxiliares relatam que Lula enxerga o episódio como reflexo de uma “guerra corporativista” entre PF e Abin.

Côrrea é delegado da Polícia Federal e tem uma relação histórica com Lula: foi responsável pela criação da Força Nacional no primeiro mandato e comandou a PF no segundo. Ao nomeá-lo para a Abin em 2023, Lula lhe deu carta branca para reformar o órgão e torná-lo mais próximo do gabinete presidencial. A escolha também representou uma disputa de espaço com Andrei Rodrigues, atual diretor-geral da PF e aliado do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski e da primeira-dama Janja da Silva.

O desgaste entre Côrrea e Rodrigues se intensificou com as investigações da PF, que culminaram em buscas na sede da Abin e revelações sobre a atuação de uma “estrutura paralela” responsável por produzir dossiês ilegais e disseminar desinformação contra autoridades dos Três Poderes.

Fonte: Brasil 247

Lula diz que disputará reeleição para derrotar a extrema-direita em 2026

Em entrevista ao podcast Mano a Mano, presidente critica desmonte institucional deixado por Bolsonaro e anuncia novas medidas sociais para este ano

Presidente Lula concede entrevista ao rapper Mano Brown e à jornalista Semayat Oliveira (Foto: Reprodução 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que pretende disputar a reeleição em 2026, caso entenda que sua candidatura é necessária para enfrentar a direita no país. “Podem procurar o candidato que quiserem, se eu for candidato é para ganhar as eleições”, afirmou durante entrevista ao podcast Mano a Mano, apresentado pelo rapper Mano Brown e pela jornalista Semayat Oliveira. O episódio foi publicado na madrugada desta quinta-feira (19) no Spotify.

Em um tom mais pessoal e descontraído, Lula comentou os movimentos de nomes da direita que despontam como possíveis adversários eleitorais, como os governadores Romeu Zema (Novo, MG), Tarcísio de Freitas (Republicanos, SP) e Ratinho Júnior (PSD, PR). O presidente citou os três diretamente, reagindo à articulação de candidaturas que buscam ocupar o espaço deixado por Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030.

A conversa com Mano Brown, que teve mais de duas horas de duração, abordou também temas como governabilidade, reconstrução institucional e novas ações do governo federal. Em sua segunda participação no programa, Lula criticou duramente o que chamou de “destruição proposital” promovida pelo governo anterior. “De vez em quando eu olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que encontramos. Não temos mais ministério do Trabalho, de Igualdade Racial, de Direitos Humanos, de Cultura. Foi uma destruição proposital”, afirmou.

Lula defendeu as articulações políticas feitas por seu governo com partidos de centro e centro-direita para garantir maioria no Congresso. “Para que as pessoas compreendam, eu elegi 70 deputados do meu partido. O Congresso Nacional tem 513 deputados. É só analisar para saber que preciso fazer composições políticas para governar o país, senão não consigo”, explicou, em resposta à jornalista Semayat Oliveira, que também participou do episódio.

Ao falar sobre as prioridades do governo, o presidente anunciou que deve lançar, ainda neste mês, uma linha de crédito para reforma de moradias e outra para a compra de motos elétricas por entregadores de aplicativos. Prometeu ainda, até o fim do ano, incluir o gás de cozinha na cesta básica, o que permitiria, segundo ele, fornecer o produto gratuitamente a cerca de 17 milhões de famílias brasileiras.

Outro ponto abordado foi a regulação das redes sociais, tema que Lula considera fundamental para a preservação da democracia. “Se não regularmos, estamos vulneráveis”, afirmou, defendendo um novo marco regulatório para combater a desinformação e o discurso de ódio.

Ouça a entrevista do presidente Lula ao Mano a Mano:
Fonte: Brasil 247

Lula reconhece impacto das fraudes do INSS na popularidade do governo: 'cabe a nós dizer quem fez aquilo'

“É normal que as pessoas pensem que foi no governo Lula, porque fomos nós que descobrimos”, avaliou o presidente, responsabilizando Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

As denúncias de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) provocaram desgaste na imagem do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao podcast “Mano a Mano”, conduzido por Mano Brown e Semayat Oliveira, Lula reconheceu que os escândalos contribuíram para a queda de sua popularidade, apontada por pesquisas recentes. A conversa foi gravada no último domingo (15) no Palácio da Alvorada e publicada na madrugada desta quinta-feira (19), informa o Valor Econômico.

“Eu sempre acho que pesquisa é uma fotografia do momento”, afirmou Lula, ao comentar os números desfavoráveis. “Até o segundo semestre deste ano, eu dizia para as pessoas: não há por que ainda terem a afirmação de que o governo está indo muito bem, porque a gente não está entregando as coisas que nós temos que entregar. Este é o ano da colheita. Nós vamos entregar".

Nos últimos dias, os institutos Datafolha e Ipsos-Ipec divulgaram levantamentos apontando a insatisfação crescente com a gestão federal. Segundo o Datafolha, 40% consideram o governo ruim ou péssimo, enquanto 28% o avaliam como ótimo ou bom. A pesquisa Ipsos-Ipec mostra cenário semelhante: 43% de avaliação negativa e apenas 25% positiva.

Lula associou diretamente as denúncias no INSS ao impacto nos índices de aprovação. Ele enfatizou que as irregularidades vieram à tona graças à atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal, que detectaram um esquema envolvendo entidades criadas durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

“Quando sai uma denúncia de corrupção no meu governo, é normal que, no momento, as pessoas pensem que foi no governo Lula, porque fomos nós que descobrimos. Então, cabe a nós dizer em alto e bom som por que aconteceu aquela corrupção, quem foi que fez aquilo, quem é a quadrilha que estava por trás daquilo”, afirmou o presidente. “Eles sempre vão dizer que fomos nós, e nós sempre vamos dizer a verdade".

Lula detalhou o funcionamento do esquema, revelando que os aposentados tinham seus nomes utilizados como sócios fraudulentos e eram lesados com descontos indevidos. “Eles facilitaram para que os caras pudessem cobrar dos aposentados, colocar seus nomes como se fossem os sócios, mandaram o nome do aposentado como se fosse para o INSS, o INSS mandava para o Serpro e o Serpro autorizava o pagamento de um desconto". Segundo ele, as investigações continuam e “certamente” os responsáveis serão presos.

Escolha de Alckmin e defesa da governabilidade - Questionado sobre a escolha de Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente, Lula avaliou a decisão como estratégica, tanto para o equilíbrio político quanto para a estabilidade institucional. “Eu, sinceramente, acho que fiz um acerto em trazer o Alckmin para ser vice, porque senão, poderia trazer outra pessoa que, como o [Michel] Temer, desse um golpe na Dilma [Rousseff]. Ele não é esse tipo de gente”, disse o petista.

Ele também elogiou o desempenho do atual ministro da Indústria, destacando a atuação de Alckmin na reativação do setor produtivo. “Ele tem feito um trabalho extraordinário para reaquecer a indústria brasileira".

Comparação com Gaza e crítica ao governo Bolsonaro - Durante a entrevista, Lula voltou a criticar a herança deixada por Jair Bolsonaro, comparando a situação do país ao cenário de devastação na Faixa de Gaza. “De vez em quando, olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que encontramos”, disse o presidente. Ele afirmou que encontrou uma estrutura estatal desmantelada: “aqui a gente não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura. Tinha sido uma destruição proposital".

O presidente reforçou que Bolsonaro atuava contra instituições fundamentais para a democracia: “o presidente não gostava de nenhum ministério que pudesse ser uma alavanca de organização da sociedade".

2026 no horizonte - Indagado sobre uma possível candidatura à reeleição, Lula disse que ainda é cedo para bater o martelo, mas deixou claro que, caso decida concorrer, será para vencer. “Eu não sou um candidato meu, se eu estiver no momento eleitoral com a saúde que estou hoje, com a vontade que estou hoje, e com a disposição que eu tenho, eu serei candidato a ganhar as eleições".

Por fim, mandou um recado direto aos adversários: “a extrema direita está procurando candidato, eu vejo todo dia nomes, não tem problema, pode procurar quanto quiser: se eu for candidato é para ganhar as eleições. Se depender de meu esforço, a extrema direita não volta a governar este país".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Bolsonaro era o principal destinatário de ações ilegais da Abin, diz relatório da PF

Relatório entregue ao STF detalha evidências de que Bolsonaro recebeu diretamente conteúdos de espionagem produzidos pela Abin sob comando de Ramagem

        Jair Bolsonaro no STF (Foto: Antonio Augusto / STF)


A Polícia Federal (PF) afirmou, em relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro era o “principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da Abin”, informa o jornal O Globo.

Apesar das conclusões da PF, Bolsonaro não foi incluído na lista de indiciados no caso da "Abin paralela", uma rede ilegal de espionagem montada na Agência Brasileira de Inteligência durante sua gestão. A exclusão se deve ao fato de o ex-presidente já responder por acusações semelhantes no Supremo, no âmbito da ação penal sobre a trama golpista de 2022.

De acordo com o relatório final da PF, diversos documentos apreendidos com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, estavam endereçados diretamente a Bolsonaro. Alguns arquivos levavam títulos como “Bom dia Presidente” e “Presidente TSE informa”, este último com críticas ao sistema eleitoral. Um trecho desse arquivo, por exemplo, foi enviado via WhatsApp a um contato identificado como “JB 01 8”, cuja foto de perfil era de Bolsonaro.

A Polícia Federal afirma que “Jair Messias Bolsonaro figura como o principal destinatário do produto das ações clandestinas e da instrumentalização da ABIN, ao tempo dirigida por Alexandre Ramagem, conforme se depreende das próprias anotações do então Diretor da ABIN”.

A PF detalha que essas anotações revelam que o material de espionagem era repassado diretamente ao então presidente da República, configurando o uso da estrutura estatal para fins alheios ao interesse público. Para os investigadores, trata-se de uma instrumentalização da máquina pública voltada para os interesses do núcleo político bolsonarista, com ataques direcionados a adversários políticos e ao sistema eleitoral.

Além do uso da Abin, o relatório também revela indícios de que Bolsonaro tentou interferir na Receita Federal. O objetivo seria dificultar ou impedir a produção de relatórios de inteligência que envolviam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. Segundo depoimento do ex-secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, ele foi procurado por Flávio e, posteriormente, pressionado pelo próprio Jair Bolsonaro a não nomear o corregedor escolhido para o órgão.

Tostes relatou que Bolsonaro desejava nomear Dagoberto Lemos, auditor aposentado e ex-dirigente sindical, que havia conduzido apurações contra os auditores envolvidos no relatório sobre Flávio. Como Lemos já estava aposentado, um decreto presidencial chegou a ser editado para permitir sua nomeação, mas, diante dos impedimentos legais e da resistência de Tostes, este optou por pedir exoneração do cargo.

Apesar dos indícios levantados, a Polícia Federal justificou a não inclusão de Bolsonaro na lista de indiciados no caso da Abin paralela com o argumento de que ele já responde a acusações semelhantes em outra ação penal no STF.

Ao final do relatório, a PF conclui que “as ações clandestinas tinham seus produtos delituosos destinados ao interesse do núcleo político” do bolsonarismo. As práticas descritas, segundo os investigadores, configuram o uso indevido da inteligência estatal para fins eleitorais e pessoais, com potencial para abalar as bases republicanas do Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Veja a lista dos 35 indiciados pela PF na Abin Paralela

A Polícia Federal identificou mais de 60 mil consultas ilegais de geolocalização feitas pela Abin entre 2019 e 2021, no governo Bolsonaro

       Fachada da Abin (Foto: Reprodução/Abin)

A Polícia Federal indiciou 35 pessoas no inquérito sobre o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro para espionagem contra lideranças tidas como opositoras do bolsonarismo.

A PF identificou 60.7 mil consultas ilegais de geolocalização feitas pela Abin entre 2019 e 2021. O esquema usou o sistema "First Mile", adquirido por dispensa de licitação por R$ 5,7 milhões e sem autorização judicial.

Bolsonaro não chegou a ser indiciado na Abin Paralela, porque já é réu no inquérito da trama golpista, uma investigação mais ampla e que tem como um de seus eixos de apuração o uso da agência para o monitoramento ilegal.

No caso das apurações sobre o plano golpista, o STF analisa o inquérito e tornou 31 réus, que estão respondendo a uma ação penal.

Veja os indiciados pela PF na Abin Paralela, conforme lista publicada no blog do Fausto Macedo:

  1. Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin
  2. Alexandre Ramalho Ferreira, policial federal cedido à Abin, onde foi lotado no gabinete de Ramagem
  3. Alan Oleskovicz, oficial de Inteligência da Abin
  4. Alessandro Moretti, ex-diretor-adjunto da Abin 
  5. Alexandre de Oliveira Pasiani, coordenador de Meios Técnicos da Abin
  6. Alexandre do Nascimento Cantalice, ex-diretor do Departamento de Operações de Inteligência da Abin
  7. Bruno de Aguiar Faria, ex-diretor substituto do Departamento de Operações de Inteligência da Abin
  8. Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro
  9. Carlos Magno de Deus Rodrigues, policial federal cedido à Abin, onde chefiou a Coordenação de Análise e Integridade Corporativa e depois a Coordenação de Análise de Redes Criminosas Transnacionais
  10. Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, diretor do Departamento de Inteligência Estratégia, depois transformado em Centro de Inteligência Nacional, e ex-diretor adjunto da Abin
  11. Daniel Ribeiro Lemos, analista político legislativo recentemente nomeado para gabinete da liderança do PL
  12. Eduardo Arthur Izycki, oficial de Inteligência da Abin e indiciado
  13. Felipe Arlotta Freitas, policial federal que atou como coordenador-geral de Contrainteligência da Abin
  14. Frank Márcio, diretor-adjunto da Abin na gestão Ramagem
  15. Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército cedido à Abin
  16. Henrique César Zordan, policial federal cedido à Abin e assessor direto de Ramagem
  17. José Matheus Salles Barros, assessor de Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e da Presidência da República durante governo Bolsonaro
  18. José Fernando Chuy, corregedor da Abin
  19. Lucio de Andrade Vaz Parente, servidor da Abin
  20. Luiz Fernando Corrêa, atual diretor-geral da Abin
  21. Luiz Felipe Barros Felix, policial federal cedido à Abin
  22. Luiz Gustavo da Silva Mota, oficial de Inteligência da Abin
  23. Luiz Carlos Nóbrega Nelson, chefe de gabinete da Abin
  24. Marcelo Bormevet, policial federal que atuou como coordenador geral do Centro de Inteligência da Abin
  25. Mateus de Carvalho Sposito: ex-assessor da Presidência da República da Secretaria de Comunicação
  26. Marcelo Furtado, oficial de Inteligência da Abin que atuou no Departamento de Operações de Inteligência
  27. Eriton Lincoln Pompeu, oficial de Inteligência da Abin
  28. Paulo Maurício Pinto, ex-diretor do Departamento de Operações de Inteligência da Abin e ex-secretário de Planejamento e Gestão do órgão
  29. Paulo Magno de Melo Rodrigues Alves, oficial de Inteligência da Abin que ocupou posições de chefia no Departamento de Operações de Inteligência
  30. Richards Dyer Pozzer, apontado como responsável pela difusão e produção de campanhas de desinformação
  31. Rogério Beraldo de Almeida, responsável pelo perfil "DallasGinghinniReturn"
  32. Ricardo Wright Minussi, assessor parlamentar no Senado
  33. Rodrigo Augusto de Carvalho Costa, delegado da Polícia Federal
  34. Rodrigo Colli, oficial de Inteligência da Abin e indiciado
  35. Victor Felismino Carneiro, ex-diretor-adjunto da Abin: prevaricação, corrupção passiva, violação de sigilo funcional.
Fonte: Brasil 247 com informação publicada no blog do Fausto Macedo

STF: Google diz que não tem dados sobre quem publicou minuta do golpe


Logo do Google. Foto: Reuters/Arnd Wiegmann/Direitos reservados

Por André Richter, em Agência Brasil

O Google informou nesta quarta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem condições de cumprir a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou o envio de dados sobre quem publicou uma cópia da minuta do golpe em um domínio público na internet.De acordo com o escritório de advocacia que representa a plataforma no Brasil, o provedor de buscas não possui os dados, que, segundo a empresa, são de responsabilidade das páginas que divulgaram a minuta.

“A Google informa a impossibilidade de processamento da ordem de fornecimento de dados que lhe foi direcionada, sem prejuízo de que informações e dados referentes a publicações em sites de terceiros sejam requeridas diretamente a seus administradores”, disse a empresa.

Segundo a plataforma, o buscador não é responsável pela hospedagem de páginas de terceiros. Além disso, o Google afirmou que Moraes não indicou a URL de conteúdo hospedado ou vinculado com os serviços da empresa.

“De forma específica, a busca do Google é uma ferramenta gratuita que apenas organiza informações, conteúdos já disponíveis na internet, de modo a torná-las mais acessíveis aos seus usuários”, completou a empresa.

                    Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, em depoimento ao STF. Foto: Reprodução

O envio de dados foi solicitado pelo ministro após pedido da defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Ele é um dos réus do núcleo 1 da trama golpista.

Em 2023, uma cópia da minuta foi encontrada na casa de Torres durante busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, o documento seria de conhecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e serviria para a decretação de medidas de estado de defesa para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa de Torres busca minimizar a importância da minuta para as investigações e sustenta que o documento está disponível na internet.

Após receber as informações, os advogados pretendem solicitar uma perícia para demonstrar que a minuta encontrada na casa do ex-ministro não tem relação com o documento apresentado pelo ex-presidente aos ex-comandantes da Forças Armadas.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Governador assina ordem de serviço para construção de sede da UFPR em Jandaia do Sul

Investimento será de R$ 31,4 milhões, sendo metade do Governo do Estado. Parceria envolve a uso dos laboratórios da UFPR por alunos e professores da rede estadual de ensino. Também foi inaugurada a Avenida da Amizade, que liga a cidade ao futuro campus.

       Foto: Ari Dias/AEN

A sede própria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Jandaia do Sul, no Vale do Ivaí, vai se tornar realidade. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o reitor Marcos Sunye assinaram nesta quarta-feira (18) a ordem de serviço para o início dos projetos e execução da obra, que terá investimento total de R$ 31,4 milhões, sendo praticamente metade do valor, de R$ 15,5 milhões, do Governo do Estado.

Durante o evento, Ratinho Junior também inaugurou a pavimentação da Avenida da Amizade, que teve investimentos de R$ 8,6 milhões e que liga a parte urbana da cidade com a região do futuro campus da UFPR. Ele também autorizou a licitação para a compra de três radares meteorológicos de última geração, com investimento de R$ 70,4 milhões, fazendo com que o Paraná tenha a melhor e mais completa cobertura meteorológica do Brasil.

O convênio entre o Governo do Estado e a UFPR foi assinado em dezembro de 2024 e engloba a utilização dos laboratórios da nova sede por parte dos alunos e professores da rede estadual de ensino, potencializando o processo de aprendizagem e despertando um interesse maior pela ciência. Somente no ano passado, mais de mil estudantes de escolas públicas participaram de atividades na UFPR de Jandaia do Sul.

“Além de dar oportunidade para os jovens, filhos da nossa terra, se formarem e terem uma profissão, como engenheiros, médicos, advogados e tantas outras carreiras, uma universidade também atrai indústrias. O setor produtivo se aproxima de uma instituição de ensino porque é ali que está o cérebro: nossos doutores, professores e todo um centro de pesquisa que ajuda a desenvolver novos projetos, produtos e tecnologias”, afirmou Ratinho Junior.

“Um centro universitário com o selo da UFPR, que é um selo de excelência, com os melhores quadros de professores e doutores, sem dúvida alguma é uma transformação. Com esse novo campus, teremos a possibilidade de ter mais alunos estudando aqui. É um campus que vai comportar de 3 a 5 mil estudantes, além de professores, pesquisadores e doutores que vão fazer parte desse grande projeto”, acrescentou.

O Consórcio Conex JPM foi o vencedor da licitação pública na modalidade contratação integrada, que inclui a elaboração dos projetos e execução da obra do novo campus em Jandaia do Sul por uma única empresa. De acordo com o cronograma estipulado em edital, serão 540 dias para a conclusão dos projetos e outros 600 dias para a execução da obra, resultando em um prazo final de pouco mais de três anos.

O campus avançado de Jandaia do Sul é o único da UFPR na região Norte do Estado e foi implantado em 2014, funcionando de maneira provisória na Faculdade de Jandaia do Sul (Fafijan), local que há muito tempo é incompatível com a realidade da instituição de ensino superior.

Incertezas jurídicas sobre a permanência no prédio e impedida de realizar melhorias na atual instalação são algumas das limitações encontradas pela universidade para ampliar suas atividades na região.

Os recursos estaduais para a execução da obra serão repassados pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), enquanto que a fiscalização ficará a cargo do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à pasta.

ESTRUTURA – Nesta primeira fase, serão 3.490 metros quadrados de área construída. A nova estrutura contará com dois pavilhões com 32 espaços, entre salas de aula e laboratórios das áreas de engenharias, como física e química, e também de licenciaturas, que poderão ser utilizados pelos estudantes da rede estadual de ensino.

As obras incluem terraplenagem e infraestrutura, como elétrica, hidráulica e arruamento — já pensando em uma segunda fase de expansão, que compreenderá outros dois blocos e a parte central, com auditório, biblioteca e restaurante universitário. Também serão feitas guarita, reservatório de água e área de circulação coberta.

O reitor Marcos Sunye destacou a importância de a instituição contar com uma estrutura própria no município. “O campus de Jandaia do Sul cresceu muito. Criamos dois novos cursos muito importantes: o de Inteligência Artificial e o de Agronomia, que vão expandir ainda mais essa nossa unidade. Tornou-se inviável continuar apenas no prédio antigo da Fafijan. Agora estamos iniciando o projeto e a construção do novo campus de Jandaia da nossa UFPR”, celebrou.

“O investimento é de quase R$ 16 milhões por parte do governo federal e R$ 15,5 milhões por parte do governo estadual. É uma parceria muito bonita entre os dois governos para viabilizar essa nova sede, mas o investimento do Estado foi fundamental. Se não houvesse esse apoio, não teríamos conseguido viabilizar essa obra. Desde o começo, o governador deixou muito claro que, se conseguíssemos recursos federais, ele faria a contrapartida, e foi exatamente isso que aconteceu”, finalizou.

CAMPUS – A UFPR no campus de Jandaia do Sul tem seis cursos de graduação e um curso de especialização. São eles: Engenharia Agrícola, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Produção, Inteligência Artificial e Engenharia de Software, Licenciatura em Ciências Exatas e Licenciatura em Computação, além da Especialização em Tecnologias Educacionais e Ensino de Computação.

A UFPR também já anunciou mais três cursos de graduação no campus: Agronomia, Licenciatura em Matemática e Tecnologias Digitais e Física Computacional, com foco na potencialidade do Norte paranaense, seja na agricultura ou em áreas como inovação digital, tecnologia e ciências exatas. Atualmente a instituição conta com cerca de 500 alunos.

        Foto: UFPR

AVENIDA – Como parte da contrapartida do Governo do Estado para viabilizar a construção da unidade própria da universidade, Ratinho Junior também inaugurou nesta quarta-feira a pavimentação da Avenida da Amizade, que faz ligação do Contorno Norte com a futura sede da UFPR. O investimento total foi de R$ 8,6 milhões, sendo que R$ 7,3 milhões foram do Tesouro do Estado e o restante de contrapartida municipal.

Foram pavimentados 1,2 quilômetro de via com concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), com uma área de 22.633,83 m². Foram realizados serviços preliminares; terraplenagem; base e sub-base; revestimento; meio-fio e sarjeta; serviços de urbanização; sinalização de trânsito; iluminação pública; drenagem; e ensaios de controle tecnológico.

A avenida conta com duas faixas em cada sentido da via, estacionamento nas laterais, calçada para pedestres e canteiro central com ciclovia e iluminação em LED. A obra foi executada pela Secretaria de Estado das Cidades (Secid).

“Estamos inaugurando esse acesso até a futura sede da UFPR, com um investimento já pensando no futuro. Fizemos todo ele duplicado, que vai dar vida para essa região e que crescerá bastante nos próximos 20, 30 anos”, ressaltou o governador. “Hoje estamos lançando a universidade, mas amanhã, ao lado, virá uma indústria, um condomínio, loteamentos e toda uma urbanização que fará a cidade crescer no entorno dessa avenida.”

O secretário de Estado das Cidades, Guto Silva, salientou que a avenida conectará de um lado a cidade e, de outro, a educação de ponta. “É uma estrada emblemática para o futuro de Jandaia, consolidando a cidade como um polo de educação. Temos simbolizados nesta obra dois pontos importantes que o Brasil tanto precisa: primeiro a infraestrutura, que gera emprego e melhora a vida das pessoas; e segundo a educação, com o novo campus da UFPR”, disse.

Para o prefeito de Jandaia do Sul, Ditão Pupio, o apoio do Estado foi determinante para que tanto a pavimentação quanto a instituição de ensino saíssem do papel. “É motivo de muita satisfação essa Avenida da Amizade inaugurada hoje e também a ordem de serviço para o início das obras da Universidade Federal do Paraná, dentro de uma parceria do Governo do Estado com o governo federal. Somos muito gratos, pois faz 10 anos que estamos esperando o início dessa obra da universidade e agora, finalmente, ela vai sair”, comentou.

        Foto: Arnaldo Neto/AEN

PRESENÇAS – Participaram do evento os secretários estaduais João Carlos Ortega (Casa Civil), Alex Canziani (Inovação e Inteligência Artificial), Beto Preto (Saúde), Marcio Nunes (Agricultura e Abastecimento), Rafael Greca (Desenvolvimento Sustentável) e Sandro Alex (Infraestrutura e Logística); o subchefe da Casa Civil, Lúcio Tasso; o chefe da Casa Militar, coronel Marcos Tordoro; a deputada federal Luísa Canziani; o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Curi; os deputados estaduais Anibelli Neto, Pedro Paulo Bazana e Soldado Adriano José; prefeitos da região e demais autoridades.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)