Ator comemora reconhecimento por O Agente Secreto e destaca importância da cultura brasileira
(Foto: Reprodução)
Wagner Moura celebrou, em vídeo publicado nas redes sociais, o prêmio de melhor ator recebido no Festival de Cannes por sua atuação no filme O Agente Secreto. O ator exaltou a cultura nacional e agradeceu ao público pelo apoio. As informações são do Metrópoles.
“Felicidade por mim, pelo Kleber, pelo Agente Secreto e pelo cinema brasileiro. Pela cultura brasileira. Pelo fato desse filme ser mais uma peça que aproxima os brasileiros da sua cultura e dos seus artistas”, afirmou Moura.Em sua mensagem, o artista também se emocionou ao falar sobre o reconhecimento do cinema nacional no exterior. “Ver brasileiros torcendo pela vitória do cinema brasileiro internacionalmente, dizendo que os filmes e artistas representam o povo, assim como aconteceu com Ainda Estou Aqui, me dá uma alegria profunda”, celebrou.
Moura explicou ainda por que não esteve presente no festival para receber o prêmio pessoalmente. “Passei o dia filmando. Não fiquei em Cannes porque estou fazendo um filme em Londres. Recebi a notícia dos prêmios que a gente ganhou da forma mais louca possível, no set de filmagem.”
Ele finalizou o vídeo exaltando a cultura nacional e a força da arte brasileira: “Viva o cinema brasileiro. Viva a importância da cultura para o desenvolvimento de qualquer país. O Brasil é o país da cultura, o país da arte. Vamos celebrar e aproveitar mais esse momento bonito na cultura e no cinema do Brasil.”
O tenente-coronel Mauro Cid: militar guardou “PowerPoint do Golpe” e outros documentos golpistas no celular. Foto: Reprodução
Mensagens trocadas pelo tenente-coronel Mauro Cid revelam que ele sabia que ia ser preso caso Luiz Inácio Lula da Silva vencesse as eleições presidenciais de 2022. Já se antecipando em relação aos problemas que enfrentava, dadas as diversas ilegalidades cometidas no período em que serviu ao governo de Jair Bolsonaro, Cid enviava áudios a familiares, no período da campanha, defendendo enfaticamente o capitão da reserva e afirmando que teria problemas em caso de derrota.
Em uma das gravações obtidas pelo UOL, Cid punha pressão nos familiares, mentindo que o Brasil não aguentaria um novo governo do PT, ressaltando as mesmas falas da extrema direita sobre Petrobras, BNDES e Caixa Econômica Federal.
Distorcia fatos sobre a pandemia, afirmando que o Brasil teria sido pioneiro em financiar o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.
Cid também descreveu Bolsonaro como um presidente de hábitos “simples”, relatando um episódio em que o então mandatário recusou jantar em um restaurante caro na Suíça, preferindo comer com sua equipe de segurança em um local mais barato. Segundo ele, Bolsonaro nunca utilizou o cartão corporativo, com limite mensal de saque de R$ 18 mil, que estaria sob responsabilidade do próprio Mauro Cid.
O ex-ajudante de ordens revelou preocupação direta com seu destino caso Lula fosse eleito. “Eu sei que vou ser preso sem ter culpa nenhuma e ninguém vai segurar minha onda. Nem o Exército, ninguém segura depois”, desabafou, mentindo novamente, desta vez com a alegação de que o país iria virar a Venezuela.
Mauro Cid tira celular do bolso de Jair Bolsonaro durante desembarque no Aeroporto de Guarulhos (SP), em 2022. Foto: Agência O Globo
Quem deve, teme. As previsões acabaram parcialmente se concretizando.
Em maio de 2023, ele foi preso pela Polícia Federal acusado de fraudar certificados de vacinação contra Covid-19. Posteriormente, tornou-se alvo de investigações sobre desvios de joias públicas e uma tentativa de golpe para impedir a posse de Lula.
Pressionado pelas investigações, Cid fechou um acordo de delação premiada em setembro de 2023, revelando que Bolsonaro chegou a discutir um plano de golpe com comandantes das Forças Armadas após perder as eleições. Sua colaboração foi uma das provas usadas pela Procuradoria-Geral da República na denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe.
Das coisas que falou, a mais certa é de que seria abandonado. Foi.
Esdras de Souza em vídeo pede pela ajuda de Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução
O empresário bolsonarista Esdras Jônatas dos Santos, investigado por financiar e organizar os atos golpistas de 8 de Janeiro, apareceu em um vídeo publicado nas redes sociais chorando e implorando por ajuda. Visivelmente abalado, ele pede que qualquer pessoa que saiba o paradeiro de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos o ajude a fazer contato com o deputado. “Eu estou sendo perseguido dentro dos Estados Unidos… Eu peço socorro, em nome de Jesus”, diz Esdras em tom desesperado.
O vídeo viralizou nesta semana e reacendeu o debate sobre a situação dos foragidos ligados aos ataques contra os Três Poderes. Esdras e sua ex-esposa, Kathy Le Thi Thanh My dos Santos, fugiram para os EUA logo após os atos de 8 de janeiro de 2023. O casal — atualmente separado — vive em Fort Lauderdale, na Flórida, onde tentam se manter longe das autoridades brasileiras.
Ambos têm mandados de prisão emitidos pelo STF, além de passaportes cancelados, contas bancárias bloqueadas e proibição de uso das redes sociais. Apesar disso, Esdras usou um vídeo publicado recentemente para negar qualquer envolvimento com crimes e afirmar que está sofrendo perseguição. Segundo apuração da imprensa, ele tentou vender um Porsche avaliado em R$ 400 mil para se sustentar durante a fuga.
Dayane de Jesus na academia Forma Fitness. Foto: Divulgação
A academia Forma Fitness, onde a jovem Dayane de Jesus, de 22 anos, morreu enquanto praticava exercícios físicos, apagou todas as postagens anteriores sobre o caso nas redes sociais. Neste sábado (24), a empresa divulgou uma nova nota oficial, alterando o tom adotado anteriormente e prestando condolências à família.
Na última quinta-feira (22), a academia havia anunciado a retomada das atividades e publicou um texto polêmico que gerou forte repercussão. Na postagem, a direção criticava publicamente clientes e funcionários que discordassem da condução do caso, sugerindo que deixassem o local: “Aos que trabalham como personal e discordam, cai fora… A empresa tem dono! Não gostou, é só sair…”, dizia o trecho que foi posteriormente deletado.
A reação causou indignação na família da vítima. Raphael D’Ávila, amigo próximo da mãe de Dayane, Rose de Jesus, contou que ela ficou revoltada ao ver a publicação e questionou: “Eles estão debochando da minha filha?”
Agenda será na comunidade Maila Sabrina, em Ortigueira, local onde 400 famílias camponesas lutam há 22 anos pela efetivação do assentamento
Vitória da luta pela terra. Foto: Juliana Barbosa / MST-PR
Por Setor de Comunicação e Cultura do MST PR Da Página do MST
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros confirmam agenda no Paraná no próximo dia 29 de maio, quinta-feira. A visita vai oficializar a criação do assentamento de mais de 400 famílias na comunidade Maila Sabrina, localizada no limite entre os municípios de Ortigueira e Faxinal, na região centro-sul dos Campos Gerais do estado. A visita estava marcada para o dia 30 de abril, e foi adiada após a viagem de Lula ao funeral do Papa Francisco.
A comunidade prepara uma grande festa para receber o presidente e celebrar a conquista, com churrasco comunitário e apresentação da Orquestra Popular Camponesa – formada por crianças, adolescentes e adultos integrantes do MST no estado. A atividade está prevista para iniciar às 9h e seguir ao longo da tarde.
A conquista das famílias camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chega após 22 anos de luta pela Reforma Agrária. A área de 10.500 hectares era conhecida como fazenda Brasileira e, antes de ser ocupada, servia para a criação de búfalos e estava em estado de degradação ambiental intenso. Hoje é território de vida digna para mais de 1.600 pessoas, com grande diversidade de produção, com cultivo de grãos, hortaliças, verduras e frutas, pequenas criações de animais e também produção orgânica.
Foto: Francisco Proner
Quem expressa o sentimento coletivo é a companheira Jocelda Oliveira, da direção da comunidade:
"A palavra que define hoje é emoção […]. Graças à luta e à resistência da comunidade e do MST, nós vencemos e hoje nós conquistamos nossa grande vitória que é o assentamento”.
Comunidade camponesa consolidada"
O início de construção da comunidade foi com a ocupação de uma pequena parcela do latifúndio, em 2003, batizada de acampamento Che Guevara. Em 16 de julho de 2005, com a ampliação do número de famílias, a ocupação avançou para a sede central da área. Já em janeiro de 2006, por decisão coletiva, a comunidade passou a se chamar Maila Sabrina, em homenagem a uma criança Sem Terra que faleceu no acampamento vítima de doença crônica.
Imagem aérea da comunidade. Foto: Christian Marchiori da Silva
O trabalho coletivo e organizado das famílias acampadas transformou o território degradado em uma comunidade completa, com atendimento das necessidades e direitos da diversidade de pessoas moradoras.
A educação é garantida no próprio local, com a Escola Itinerante Caminhos do Saber, que atende 200 estudantes e emprega 20 funcionários. As crianças que antes percorriam 40 quilômetros diariamente para estudar, hoje têm acesso à educação de qualidade em sua própria comunidade. As estruturas de madeira, o jardim e toda a escola foram erguidas pela própria comunidade.
O trabalho em mutirão, a organização de recursos próprios e também com apoio das prefeituras de Ortigueira e Faxinal garantiram a construção de espaços comunitários amplos, para atender a demandas locais: salão e churrasqueira, quadra de esportes, Unidade Básica de Saúde (UBS), academia ao ar livre, campo de futebol, lanchonete, mercado e igrejas.
Camponesas e camponeses da comunidade Maila Sabrina na Vigília Lula Livre. Foto: Valmir Fernandes
A comunidade também fez parte do período de resistência na Vigília Lula Livre, em defesa da inocência do presidente. “Além de ser uma conquista do povo da comunidade, é uma vitória do MST, uma vitória da democracia que tirou o Lula da cadeia e colocou ele como presidente”, garante Jocelda. Nas eleições de 2022, a comunidade comemorou o fato de ter 100% dos votos para Lula na urna local.
Jocelda de Oliveira, no centro da imagem, faz parte da direção da comunidade. Foto: Juliana Barbosa / MST-PR
A comunidade Maila Sabrina também é conhecida na região pela organização das maiores cavalgadas do estado. Realizada anualmente no início de maio e batizada de Cavalgada do Trabalhador, a última edição reuniu mil cavaleiros e amazonas, a maior parte deles do próprio território do acampamento. O percurso é de cerca de 8 quilômetros e passa por dentro da comunidade.
Foto: Juliana BarbosaFoto: Juliana BarbosaCavalgadas da Trabalhadora e do Trabalhador mobilizam povo Sem Terra e comunidades vizinhas a celebrarem a data de luta da classe trabalhadora. Foto: Francisco Proner
Produção aliada à preservação ambiental: 21% a mais de floresta
No território, atualmente existe uma grande diversidade de produção de alimentos, com cultivo de grãos e hortaliças, verduras e frutas, e pequenas criações de animais (caprinos, bovinos, aves e suínos). A média anual de produção de frutas no acampamento é de cerca de 21 mil quilos; de grãos e cereais são produzidas 110 mil sacas, e mais toneladas de batata doce, moranga, quiabo e diversas verduras folhosas.
A fartura de produtividade na agricultura e da pecuária no acampamento, somada à organização e à solidariedade, garantiram várias ações de partilha de alimentos desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020. A comunidade se somou à campanha nacional de solidariedade do MST, e partilhou centenas de toneladas de alimentos para comunidades urbanas da região e também de Curitiba. Para fortalecer as iniciativas, as famílias iniciaram uma horta comunitária de produção sem venenos, batizada de Centro de Produção Antônio Tavares.
A primeira doação foi em abril de 2020, com cerca de 14 toneladas de alimentos enviadas para comunidades da Cidade Industrial de Curitiba. Fotos: Lia Bianchini
Mudanças significativas ocorreram em função do trabalho desempenhado pelas famílias no território, como a substituição de áreas de pastagem degradadas por lavouras consolidadas e florestas. Isso é o que mostram dados obtidos junto ao Projeto MapBiomas no período de 2003 a 2023. No levantamento, é possível observar também a substituição da criação de bubalina extensiva, que levava ao esgotamento da biodiversidade e da saúde do solo, para o cultivo de múltiplas espécies de plantas com finalidades econômicas e de garantia à soberania alimentar.
Em relação à vegetação, antes da chegada da comunidade em 2003, cerca de 3 mil hectares eram destinados a florestas. Em 2023, o tamanho da área sobe para 4,5 mil hectares, um aumento de 21% da floresta nativa. O crescimento da área florestal garante a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, como o sequestro de carbono e o controle do ciclo hídrico, fundamentais para frear a crise climática.
Diálogo como caminho para solução de conflitos fundiários
O acordo para a criação do assentamento foi confirmado entre as partes no dia 27 de março deste ano, após dois anos de mediação feita pela Comissão de Soluções Fundiária do Tribunal de Justiça do Paraná. As negociações envolveram o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estadual e federal, Ministério Público Federal e Estadual, Defensoria Pública, Superintendência de Diálogo e Interação Social (Sudis) e os proprietários da fazenda.
Para o presidente da Comissão do Tribunal de Justiça, o desembargador Fernando Antonio Prazeres, a solução foi “altamente positiva” e uma conquista de todos os órgãos envolvidos:
"É a prova de que se você estabelecer condições adequadas para um diálogo profícuo, você consegue estabelecer soluções sólidas e que atendem os interesses de todos os envolvidos. A ideia nossa é de continuar nessa linha de trabalho, criar um ambiente adequado para esse tipo de conversa, e incentivar que elas mesmas construam esses acordos”.
– Fernando Antonio Prazeres
O acordo confirmou a indenização dos proprietários e a extinção das ações possessórias. Com isso, não existe mais ameaça de despejo das famílias. Porém, mais de 7 mil famílias camponesas ainda vivem em acampamentos no Parará, em luta pela efetivação da Reforma Agrária.
Crianças brincam, estudam, plantam árvores e realizam trabalhos pedagógicos na escola. Fotos: Comunicação MST-PR
Questão fundiária e concentração da terra
Dados do Censo Agropecuário realizado pelo IBGE, de 2017, mostram que Ortigueira e Faxinal apresentam uma concentração fundiária considerável. As maiores áreas ocupadas pelos estabelecimentos rurais se concentram nos grupos com áreas maiores que 100 hectares, enquanto os estabelecimentos menores estão nos grupos com menos de 100 hectares.
Em Faxinal esses estabelecimentos representam 78,6% (422) do número total de 537 e ocupam 12,5% (aproximadamente 6 mil hectares) da área total, com cerca de 193 mil hectares. Em Ortigueira os estabelecimentos de até 100 hectares representam 88% (2.638) do número total (2.964) e ocupam 23,2 % (44.934 hectares) da área total, aproximadamente 48,5 mil hectares.
Foto: Leandro Taques
O cálculo do índice de Gini é outro recurso que ajuda a compreender a desigualdade fundiária, quanto mais perto do valor 1, maior é a desigualdade no campo. A média do índice de Gini nos municípios do Paraná é de 0,688, sendo a mais alta de 0,915 em Adrianópolis (mais desigual) e a mais baixa 0,397 em Paranapoema (menos desigual). Ortigueira e Faxinal tem o valor acima da média do estado, 0,77, no primeiro e 0,789 no segundo. Os dados fazem parte do estudo técnico intitulado Comunidade Maila Sabrina, território consolidado: indicadores e análise, produzido pelo projeto de Planejamento Territorial e Assessoria Popular, da Universidade Federal do Paraná (PLANTEAR).
O presidente confirmou que o governo vai anunciar um programa para disponibilizar gás de graça para 22 milhões de brasileiros
(Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Durante o lançamento do Programa Solo Vivo, em Campo Verde (MT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou empresas que atravessam o comércio de gás da Petrobras. Segundo Lula, esses atravessadores tentam alcançar grandes lucros na distribuição de gás, o que faz com que o produto chegue caro na casa dos consumidores.
“Botijão de gás é vendido pela Petrobras às empresas por 37 reais. Não tem explicação ele chegar a 120 reais. Alguém está ganhando muito dinheiro com isso. Comprei no primeiro mandato a Liquigás para regular o preço. Hoje 4 empresas controlam 90% da distribuição de gás, criticou.
Na sequência, o presidente anunciou que o governo federal vai implementar um programa que vai disponibilizar gás de graça para cerca de 22 milhões de brasileiros. “Agora nós vamos fazer com que o gás chegue bem mais barato para as famílias que estão no CadUnico. As pessoas que estão no CadUnico não vão precisar nem pagar. Vai ser aproximadamente 22 milhões de famílias beneficiadas. Isso vai ser anunciado nesse mês”, disse Lula.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou, neste sábado (24), a necessidade de uma regulação das redes sociais no Brasil, destacando que o tema deve ser debatido com urgência no Congresso Nacional.
“É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade de regular o uso das empresas, sabe, nesse país. Não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos. É importante que a gente comece a cuidar do povo brasileiro com um pouco mais de carinho”, afirmou Lula durante evento em Campo Verde (MT).
O presidente criticou a “violência” e o “bullying” praticados no ambiente virtual e cobrou um debate sobre o assunto no Congresso. Ele citou, sem fornecer detalhes, o caso de uma criança que faleceu após ser perseguida na internet.
“Esses dias vi uma menina que se matou porque foi acusada, quase que torturada pelos amiguinhos pela internet. Não era pessoalmente, não. Era pela internet. Vocês sabem quantas ofensas vocês recebem. Vocês sabem quantas provocações vocês recebem”, declarou.
Apesar do apoio do governo à regulação, a medida enfrenta resistência no Congresso. O tema foi discutido no contexto do “PL das fake news”. A proposta foi aprovada no Senado, mas ainda encontra obstáculos entre deputados da oposição.
Em abril de 2024, o texto chegou a ser pautado na Câmara, com urgência aprovada, mas não houve consenso, devido a pressões das grandes empresas de tecnologia e da resistência dos opositores, o que resultou na suspensão da votação.
Durante o evento, Lula também falou sobre suas futuras viagens pelo Brasil, com o objetivo de divulgar as ações do governo e combater as fake news. “No mês que vem vou começar a andar esse país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade de não permitir que a mentira, que a canalhice, que a fake news ganhem espaço e que a verdade seja soterrada nesse país”, afirmou.
Em Campo Verde (MT), Lula participou do lançamento do Programa Solo Vivo, que conta com um investimento de R$ 42,8 milhões, com o objetivo de recuperar áreas degradadas para a agricultura familiar.
Wagner Moura no filme “O Agente Secreto”. Foto: reprodução
O filme brasileiro “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, foi premiado como melhor filme neste sábado (24) pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), uma organização formada por críticos de cinema, no Festival de Cannes. O longa, que também concorre à Palma de Ouro, foi elogiado pela crítica internacional por sua narrativa épica e abordagem sobre o período da ditadura militar no Brasil.
Em publicação no Instagram, a Fipresci descreveu o filme como “uma obra com generosidade novelística e épica”, destacando sua capacidade de misturar humor, digressões e personagens marcantes para retratar “uma história rica, estranha e profundamente perturbadora de corrupção e opressão”.
A organização ainda ressaltou que a produção “cria suas próprias regras” e funciona como “um veículo de memória” do Brasil em 1977.
O Agente Secreto
Ambientado nos anos 1970, “O Agente Secreto” acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um professor universitário que retorna a Recife para reencontrar seu filho caçula, mesmo sob os riscos impostos pelo regime militar. O filme estreou no festival com cerca de 15 minutos de aplausos, segundo relato da jornalista Jada Yuan, do Washington Post.
A crítica internacional tem destacado a atuação de Moura e a ousadia da produção. O The Guardian, descreveu o longa como “um filme de caráter” e “uma plataforma para uma produção cinematográfica emocionante e ousada”, além de classificar a obra como favorita para o principal prêmio em Cannes.
Esta é a terceira vez que Kleber Mendonça Filho concorre à Palma de Ouro. Seus trabalhos anteriores, “Bacurau” (2019) e “Aquarius” (2016), também foram aclamados no festival, com “Bacurau” conquistando o Prêmio do Júri.
“O Supremo foi, naturalmente, tomando gosto por arbitrar as disputas dentro do Legislativo”, afirmou Rebelo em vídeo publicado no Instagram. Em outra postagem, questionou: “Qual a função do Legislativo, se o Supremo legisla?”.
As declarações reforçam o tom do confronto que teve com Moraes durante seu depoimento como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier, réu na ação sobre a suposta trama golpista.
Veja as publicações:
A discussão no STF
A discussão entre Rebelo e Moraes ocorreu quando o ex-ministro tentou interpretar linguisticamente uma pergunta do advogado de Garnier, Demóstenes Torres, sobre apoio a um suposto golpe. “Na língua portuguesa, precisamos colocar em consideração a força de expressão. Quando alguém diz ‘estou frito’ não significa que esteja dentro de uma frigideira”, ironizou Rebelo.
“O senhor estava na reunião quando o almirante Garnier disse essa expressão?”, questionou Moraes
“Não”, respondeu Rebelo.
“Então o senhor não tem condições de avaliar o uso da língua portuguesa naquele momento. Atenha-se aos fatos”, retrucou o ministro do STF.
“Em primeiro lugar, a minha apreciação da língua portuguesa é minha e eu não admito censura”, rebateu o neobolsonarista, numa clara provocação a Moraes, chamado de “censor” pelos golpistas.
“Se o senhor não se comportar, será preso por desacato”, avisou Moraes.
“Estou me comportando”, disse Rebelo.
“Então se comporte e responda à pergunta. Testemunha não pode atribuir valor à questão, mas tem liberdade para dar uma resposta tática”, finalizou o ministro.
Da esquerda ao bolsonarismo
Rebelo tem longa trajetória na política: foi presidente da Câmara (2005-2007), ministro da Defesa (2015-2016) e integrou o PCdoB por quatro décadas antes de se aproximar do bolsonarismo. Em 2023, assumiu a Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), mas deixou o cargo para atuar na campanha de reeleição do prefeito.
Durante o depoimento, Rebelo defendeu Garnier, destacando seu “respeito às regras de disciplina” militares. “Os fuzileiros não discutem ordem nem questionam ordem. Por isso, sempre estão à disposição dos superiores”, afirmou.