Ministra das Relações Institucionais afirma que o PT agiu pela via legal em 2018, enquanto Bolsonaro tentou subverter a democracia após perder a eleição
Gleisi Hoffmann, Bolsonaro e urna eletrônica (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | REUTERS/Adriano Machado | Fernando Frazão/Agência Brasil)
A ministra das Relações Institucionais do governo Lula, Gleisi Hoffmann, rebateu neste domingo (13) uma publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que divulgou nas redes sociais um vídeo antigo da petista em tentativa de compará-la às suas próprias declarações sobre o sistema eleitoral. Em nota divulgada em suas redes, Gleisi afirmou que Bolsonaro “mente mais uma vez” ao equiparar as denúncias de 2018 feitas pelo PT ao que chamou de “tentativa de roubo das eleições de 2022”.
"Jair Bolsonaro, postando um vídeo meu de 2018, mente mais uma vez, ao tentar comparar sua tentativa de roubar as eleições de 2022 com a denúncia que fizemos de sua campanha de fraudes na internet, nas eleições de 2018", escreveu a ministra. "A principal diferença é que nós fomos buscar o direito na Justiça, e Bolsonaro tentou dar um golpe contra a eleição de Lula."
Gleisi lembrou que, a pedido da coligação do PT, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) para apurar o uso de disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp, supostamente financiados de forma ilegal pela campanha de Bolsonaro em 2018. As mensagens teriam disseminado desinformação e ataques contra adversários do então candidato.
Embora o TSE não tenha cassado a chapa Bolsonaro-Mourão, a Corte concluiu em 2021 que houve irregularidades na prática. “Inúmeras provas de natureza documental e testemunhal corroboram a assertiva de que, no mínimo desde o ano de 2017, pessoas próximas ao hoje presidente da República atuavam de modo permanente, amplo e constante na mobilização digital de eleitores, tendo como modus operandi o ataque a adversários políticos, a candidatos e, mais recentemente, às próprias instituições democráticas”, diz o trecho do relatório final citado por Gleisi.
Na postagem que provocou a reação da ministra, Bolsonaro, declarado inelegível pelo TSE por ataques ao sistema eleitoral e por uso da máquina pública em sua campanha à reeleição, ironizou a posição do PT e levantou questionamentos sobre o que considera um tratamento desigual da Justiça Eleitoral. “Mais uma vez, um nome da esquerda declara abertamente: ‘Não tenho dúvidas de que foi fraude eleitoral’ – e, mais uma vez, nada acontece”, escreveu ele.
Fonte: Brasil 247
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