segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Investigação de Dino com emendas Pix abre nova frente de confronto com Congresso

Ministro do STF aciona a PF para apurar destino de R$ 695 milhões e pressiona por transparência em repasses

       Flávio Dino (Foto: Antonio Augusto / STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou neste domingo (25) que a Polícia Federal investigue o destino de cerca de R$ 695 milhões em “emendas Pix” repassadas a estados e municípios sem registro de plano de trabalho entre 2020 e 2024. A medida foi noticiada pela Sputnik Brasil e representa mais um capítulo da tensão entre o Judiciário e o Congresso Nacional em torno da transparência no uso de recursos públicos.

Na decisão, Dino deu prazo de dez dias para que o Tribunal de Contas da União (TCU) envie às superintendências da PF os dados referentes a 964 casos em que não houve registro de planos de aplicação, classificados como “situação de parcial descumprimento de decisão judicial”. O ministro enfatizou ainda que os repasses ligados ao Ministério da Saúde devem ser analisados com prioridade.

A decisão foi tomada no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, que trata da destinação das emendas parlamentares. Dino destacou que, embora a competência primária de fiscalização seja do TCU, os tribunais de contas estaduais também devem auxiliar no processo, reforçando o controle sobre o dinheiro público.

✱ Denúncia de emenda em condomínio de luxo

O ministro lembrou que a ausência de fiscalização pode abrir espaço para casos de desvio de finalidade, como o revelado pelo site Metrópoles, que mostrou que o deputado federal Fábio Teruel (MDB-SP) direcionou R$ 2,2 milhões de emendas para recapeamento das ruas do condomínio de alto padrão onde mora, em Alphaville, Barueri (SP). Ao todo, a prefeitura local recebeu R$ 11 milhões da União, parte destinada ao Residencial Tamboré I — apelidado de “Beverly Hills paulista” — onde vivem o parlamentar e sua esposa, Ely Teruel, vereadora em São Paulo.

✱ Disputa política e falta de transparência

As emendas Pix foram criadas durante o governo Bolsonaro e, desde 2023, tornaram-se foco de disputa entre Legislativo, Executivo e Judiciário. O modelo permite repasses diretos a prefeituras e governos estaduais sem exigência de convênios ou detalhamento dos projetos, o que dificulta a transparência. Segundo dados do Tesouro Nacional, entre 2023 e 2024 foram investidos R$ 118,9 bilhões, dos quais R$ 14,3 bilhões foram classificados como “encargos especiais”, categoria sem finalidade específica definida.

No dia 1º de agosto, Dino já havia suspendido temporariamente todas as emendas parlamentares até que critérios de transparência fossem implementados, ordenando uma auditoria sobre as emendas Pix. A reação no Congresso foi imediata: parlamentares acusaram o Supremo de interferência política e aprovaram em novembro um projeto de lei para regulamentar a prática.

Com a nova decisão, Flávio Dino reforça o embate institucional e amplia a pressão sobre parlamentares, expondo os riscos de um sistema de transferências bilionárias com pouca fiscalização e alto potencial de desvio.

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik Brasil

"Lula nunca foi tão favorito como agora", diz Marcos Coimbra

Cientista político da Vox Populi afirmou que a direita segue fragmentada e que Lula reúne todas as condições para disputar a reeleição em 2026

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Marcos Coimbra (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

O cientista político Marcos Coimbra, diretor do instituto Vox Populi, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entra na disputa de 2026 em posição amplamente favorável. A declaração foi feita em entrevista ao jornalista Mario Vitor Santos, no programa Forças do Brasil, da TV 247. Segundo Coimbra, as pesquisas divulgadas com frequência pela mídia não significam fraqueza do governo, mas sim uma tentativa de criar a sensação de que a eleição está indefinida.

“Lula nunca esteve fraco. Ele paga o preço de um mundo que está muito ruim”, disse Coimbra, lembrando que em diversos países governantes enfrentam índices de aprovação mais baixos devido ao cenário global adverso.

O analista destacou ainda que, mesmo nas sondagens “bem questionáveis” que circulam semanalmente, nenhum potencial adversário de Lula aparece como favorito. “Nós vamos ter de novo uma eleição em que esse núcleo antipetista de 40% vai disputar com o candidato da maioria”, avaliou.

Outro ponto ressaltado foi a vantagem de disputar a eleição estando no cargo. Coimbra explicou que a chamada inércia do eleitorado – a tendência de manter quem já governa – foi determinante para que Jair Bolsonaro chegasse competitivo em 2022, mesmo após um governo considerado desastroso. Agora, disse ele, esse fator favorece Lula:

“É bom você disputar no cargo. Você já é conhecido, já está fazendo um bom governo e ainda por cima é o presidente. Isso significa combustível para disputar e vencer uma eleição.”

Coimbra também ironizou a trajetória da família Bolsonaro:

“O que os Bolsonaros fizeram na vida foi andar com revólver na cintura e falar palavrão. Francamente, são critérios muito insuficientes para escolher um candidato a presidente.”

Na avaliação do cientista político, o bolsonarismo puro tem teto baixo, em torno de 10% do eleitorado, e não será suficiente para estruturar uma candidatura forte em 2026. Para ele, o favoritismo de Lula é evidente e maior do que em eleições anteriores.

“Eu acho que essa agora de 2026 é aquela em que o PT tem mais favoritismo”, concluiu Coimbra.

Fonte: Brasil 247

“Tornozeleiras patriotas” viram febre no Centro de Fortaleza às vésperas do julgamento de Bolsonaro

Acessório irônico verde e amarelo viraliza e expõe rejeição popular ao bolsonarismo

       Tornozeleiras patriotas (Foto: Reprodução / Redes sociais)

Às vésperas do 7 de Setembro, uma cena inusitada tomou conta das ruas do Centro de Fortaleza. De acordo com reportagem publicada pelo site Atitude Popular, vendedores ambulantes começaram a oferecer tornozeleiras nas cores verde e amarela, que rapidamente se transformaram em sucesso de vendas e em sátira política contra o bolsonarismo.

O acessório, apelidado pelos comerciantes de “tornozeleira patriota”, faz alusão às medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro e aos seus apoiadores que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A lembrança visual das prisões acabou ganhando novo significado: virou mercadoria popular e ironia coletiva contra a apropriação das cores da bandeira nacional por grupos ligados ao ex-presidente.

Vídeos de jovens e adultos usando a tornozeleira viralizaram e somaram milhares de visualizações em poucas horas. O fenômeno chamou a atenção não apenas pelo humor, mas também pelo simbolismo político: em vez de reforçar discursos antidemocráticos, o verde e o amarelo foram ressignificados como sátira.

Um dos vendedores relatou, em tom descontraído, que “o pessoal compra para usar no desfile ou para fazer vídeo. O que não falta é gente querendo tirar onda com os golpistas”.

 

Fonte: Brasil 247 com informações do site Atitude Popular

Maioria dos brasileiros reconhece participação de Bolsonaro em tentativa de golpe de Estado, aponta Quaest

Levantamento mostra que 52% acreditam na participação de Bolsonaro e 55% apoiam prisão domiciliar determinada por Alexandre de Moraes

                  Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Uma pesquisa do Instituto Quaest, encomendada pela Genial Investimentos e divulgada pelo g1, revelou que 52% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro (PL) participou do plano de tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022. O índice cresceu em relação a março, quando 49% compartilhavam dessa opinião. Outros 36% rejeitam essa ideia, enquanto 10% não souberam responder.

O estudo ouviu 2.004 pessoas entre 13 e 17 de agosto e também avaliou a percepção da população sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro, decretada em 4 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para 55% dos entrevistados, a medida é justa, contra 39% que a classificam como injusta. Apenas 6% não souberam ou preferiram não responder.

✱ Quem apoia e quem rejeita a prisão domiciliar

Segundo o levantamento, o apoio à decisão de Moraes é mais forte entre cidadãos que se identificam como de esquerda, mas não se declaram lulistas (93%), entre eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno de 2022 (84%) e entre moradores do Nordeste (65%). Também há maioria de apoio entre católicos (62%), jovens de 16 a 34 anos (59%), mulheres (58%) e pessoas com até o ensino fundamental completo (56%).

Já a rejeição à medida é predominante entre bolsonaristas convictos (87%), eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022 (83%) e entre evangélicos (57%).

✱ Chamadas de vídeo e acusação de provocação

Moraes justificou a prisão ao apontar descumprimento de medidas cautelares, como a realização de chamadas de vídeo durante manifestações bolsonaristas em 3 de agosto. A pesquisa Quaest mostra que 57% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro agiu de propósito para provocar o ministro, enquanto 30% avaliam que ele não compreendeu corretamente as restrições. Outros 13% não souberam responder.

✱ Julgamento no stf e percepção pública

O levantamento também indica que 86% da população já tinham conhecimento de que Bolsonaro será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, em processo que começará em 2 de setembro. Em março, esse percentual era de 73%. Por outro lado, a fatia de entrevistados que não sabia sobre o julgamento caiu de 27% para 14%.

✱ Repercussão e visibilidade do caso

A visibilidade da prisão domiciliar é ampla: 84% dos brasileiros disseram estar cientes da medida, contra 16% que afirmaram ter tomado conhecimento apenas no momento da entrevista. A imagem publicada pelo senador Flávio Bolsonaro, mostrando o pai em casa falando ao telefone durante ato em Copacabana, reforçou ainda mais a repercussão política do caso.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Convocar ex-presidentes não é prioridade, afirma presidente da CPMI do INSS

Carlos Viana disse que a comissão focará primeiro em técnicos e servidores antes de decidir sobre convocação de ex-mandatários

              Carlos Viana (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

A convocação de ex-presidentes da República não está entre as primeiras medidas da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, segundo o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG). Em entrevista à CNN Brasil, o parlamentar explicou que a prioridade inicial será ouvir técnicos e servidores ligados a órgãos de controle e fiscalização.

Na entrevista, Carlos Viana afirmou que a comissão não descarta chamar ex-mandatários, mas isso só deve ocorrer se houver elementos que indiquem responsabilidades diretas. “Primeiro, vamos convocar os técnicos e servidores ligados ao controle e fiscalização. Todos os demais somente serão chamados se surgirem fatos que comprovem responsabilidade direta”, declarou o senador.

A primeira sessão da comissão está marcada para terça-feira (26), quando governo e oposição deverão apresentar requerimentos de convocação. Entre os nomes que podem ser sugeridos estão os de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e até mesmo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com Viana, no entanto, a ideia é começar ouvindo servidores da AGU (Advocacia-Geral da União), da CGU (Controladoria-Geral da União) e do próprio INSS. O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, também deve ser chamado, além de representantes de entidades que faziam descontos em aposentadorias e pensões.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Quaest: 55% apoiam prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após o ministro Alexandre de Moraes apontar descumprimento reiterado das medidas cautelares

Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (25), revela que a maioria dos brasileiros considera justa a prisão domiciliar do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme relatado pela CNN, o levantamento aponta que 55% dos entrevistados apoiam a decisão, enquanto 39% avaliam a medida como injusta. Outros 6% não souberam ou preferiram não responder.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após Moraes apontar descumprimento reiterado das medidas cautelares. O magistrado apontou que o ex-presidente utilizou chamadas de vídeo para participar de manifestações, o que teria violado a restrição de uso de telefone celular, seja de forma direta ou por meio de terceiros.

O levantamento da Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas em entrevistas presenciais realizadas entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Ensandecido, Eduardo Bolsonaro chama Moraes de "fdp" e diz que Jair "não roubou"

Deputado recebeu uma parte dos R$ 44 milhões recebidos por Jair Bolsonaro, que ele chama de "cara inocente"

Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou um vídeo neste domingo (24) em que faz duras acusações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e contra a Polícia Federal.

Visivelmente exaltado, Eduardo Bolsonaro afirmou que seus avós e sua mãe teriam sido mantidos em cativeiro dentro de casa por criminosos no Rio de Janeiro. O seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro, informou nesta manhã que eles foram feitos reféns durante um assalto na casa onde moram em Resende, no Rio de Janeiro.

Segundo Eduardo, os invasores teriam citado o nome de Jair Bolsonaro ao exigir dinheiro da família. Em tom de denúncia, o deputado responsabilizou diretamente a Polícia Federal e Moraes pela situação.

✱ Ofensas a Moraes e ataques à PF

Em vários trechos, Eduardo perdeu o controle e partiu para ofensas explícitas ao ministro Alexandre de Moraes. “Vocês que dizem que só estão seguindo ordem, vocês aí da Polícia Federal, vocês são os responsáveis por isso, por entrar nessa onda desse maluco do Alexandre Moraes, que tem que me segurar aqui para não falar um palavrão, para tentar fazer esse tipo de coisa.”

O deputado acusou agentes da corporação de compactuarem com criminosos e chamou Moraes de “filho da puta”, ao criticar a decisão do ministro de bloquear suas contas e as da esposa.

“O filho da puta do Alexandre de Moraes congelou a minha conta, congelou a conta da minha mulher, como é que eu fico para arranjar um segurança para eles? E quem bancar esse segurança? Será que não vai estar entrando também nos inquéritos do Alexandre de Moraes?”

✱ Defesa de Jair Bolsonaro

Eduardo também defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “cara inocente”, dizendo que ele não teria cometido irregularidades e estaria sendo vítima de perseguição.

“Deram facada no meu pai, quase mataram o cara, agora querem colocar ele 40 anos na cadeia. Um cara que não roubou, não fez nada de errado, muito pelo contrário, todos que tiveram contato com ele elogiam a conduta, coisa raríssima num presidente, entrar e sair com o mesmo patrimônio.”

Na sequência, afirmou que a família vem enfrentando dificuldades financeiras e atacou outros ministros do STF, como Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, acusando-os de perseguição.

✱ Acusações graves e apelo final

No vídeo, Eduardo Bolsonaro ainda levantou a hipótese de ligação entre os ataques sofridos por sua família e o Primeiro Comando da Capital (PCC), sem apresentar provas. O deputado encerrou a gravação pedindo que a Polícia Civil e a Polícia Militar do Rio de Janeiro ajam contra os criminosos.

“Fica aqui o meu apelo, espero que a Polícia Civil e a Polícia Militar do Rio de Janeiro, porque da Federal eu já não espero porra nenhuma, façam um bom trabalho e peguem esses criminosos, se possível cravejados de bala para que nunca mais possa haver a suspeita de voltar a invadir a casa de idosos junto com meus avós, junto com a minha mãe.”

Fonte: Brasil 247

Flávio Bolsonaro diz que mãe e avós foram feitos reféns, mas estão bem

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil


Reuters - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que sua mãe, ex-mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro, e seus avós foram feitos reféns neste domingo na casa deles em Resende (RJ), mas que estão todos bem.

"Graças a Deus estão todos bem, mas foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva", afirmou o filho do ex-presidente em um post na plataforma de mídia social X.

"Os marginais chegaram abordando minha mãe, dizendo que sabiam quem ela era e querendo saber onde estava o 'dinheiro que o Bolsonaro mandava para meus avós'", acrescentou.

Ainda de acordo com o senador, como não havia dinheiro, foram levados alguns anéis e o carro do seu avô.

"Já tomamos as providências e, se Deus quiser, em breve esses marginais covardes serão encontrados!", acrescentou.

De acordo com o G1, citando a Polícia Militar, após buscas na região, os agentes recuperaram o veículo na Estrada do Ipiranga, no trevo em direção ao município de Arapeí.

O portal também afirmou que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

PGR avalia neste segunda (25) defesa de Bolsonaro e pode pedir prisão imediata


O ex-presidente Jair Bolsonaro e o Procurador-Geral Paulo Gonet. Imagem: reprodução.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até esta segunda-feira (25/8) para se manifestar no inquérito que envolve Jair Bolsonaro. A defesa do ex-presidente, protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (22/8), nega a existência de qualquer plano de fuga para a Argentina.

O caso é resultado de investigações da Polícia Federal, que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Segundo a PF, o ex-presidente tentou influenciar a Ação Penal nº 2668, que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado entre 2022 e 2023. Entre as evidências está uma minuta que sugeria urgência em um pedido de asilo ao presidente argentino Javier Milei.

Diante do relatório, o ministro Alexandre de Moraes concedeu 48 horas para que tanto a defesa quanto a PGR se manifestassem — prazo estendido até esta segunda-feira por conta do fim de semana.

ministro Alexandre de Moraes sério olhando pra frente sem olhar pra câmera
O ministro Alexandre de Moraes – Reprodução

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprimento de medidas impostas pelo STF. A decisão foi motivada por sua participação, ainda que virtual, em manifestações de apoiadores, em que discursou publicamente. Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliar se as justificativas apresentadas são suficientes ou se há indícios de violação das restrições.

Se entender que houve descumprimento, Gonet poderá pedir a conversão imediata da medida em prisão preventiva, sem necessidade de aguardar o julgamento previsto para 2 de setembro.

Esse risco aumenta a pressão sobre a defesa, que sustenta não ter havido desrespeito às cautelares e afirma ter sido surpreendida pelo indiciamento. Os advogados destacam que cumprem os prazos fixados e insistem que as manifestações públicas não configuram infração às regras impostas.

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também se pronunciou e levantou dúvidas sobre a eficácia da vigilância no condomínio onde Bolsonaro está em prisão domiciliar. Para ele, a falta de controle externo poderia abrir espaço para uma eventual fuga à embaixada dos Estados Unidos, o que classificou como uma “cena humilhante”.

Kakay ressaltou que os fundamentos já justificariam a prisão preventiva, mas reconheceu que Moraes optou por uma medida mais moderada. Ele defende que cabe agora às autoridades reforçar a fiscalização para evitar novos desdobramentos.

Fonte: DCM

Dino aciona PF para investigar uso de R$ 694 milhões em emendas pix sem plano de trabalho

Ministro do STF determinou envio de informações sobre repasses sem detalhamento ao TCU e à Polícia Federal

        Flávio Dino (Foto: Antonio Augusto / STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou neste domingo (24) que a Polícia Federal abra inquéritos para investigar o uso de R$ 694,6 milhões em emendas Pix sem apresentação de plano de trabalho. Dino deu prazo de dez dias para que o Tribunal de Contas da União (TCU) detalhe cada uma dessas transferências. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a decisão, os dados levantados pelo TCU deverão ser enviados às superintendências regionais da Polícia Federal. A medida busca apurar se houve irregularidades no repasse de recursos de emendas Pix que não possuem qualquer documento de planejamento ou execução. O ministro destacou que há uma “situação de parcial descumprimento de decisão judicial”, já que o STF havia determinado que todos os beneficiários apresentassem planos de trabalho para esses repasses.

◈ O que são emendas Pix e por que estão sob investigação

As chamadas emendas Pix são transferências feitas por parlamentares diretamente a prefeituras e governos estaduais, sem necessidade de vinculação a projetos específicos. A modalidade se popularizou no Congresso por ser de execução simplificada em comparação às emendas tradicionais, que exigem detalhamento sobre a aplicação dos recursos.

No entanto, o STF já havia decidido que mesmo as emendas Pix deveriam ter planos de trabalho registrados, justamente para garantir transparência e fiscalização no uso do dinheiro público. O documento é essencial para detalhar como cada valor será aplicado.

◈ Números e descumprimento de decisões

De acordo com informações do TCU enviadas a Dino, ainda restam 964 casos de planos de trabalho não cadastrados, referentes ao período de 2020 a 2024. Esses repasses somam R$ 694,6 milhões.

O ministro destacou que, apesar de avanços, o descumprimento ainda é relevante. Em fevereiro de 2025, havia mais de 8,2 mil planos ausentes, número que caiu para 6,7 mil em março. Mesmo assim, a falta de detalhamento em quase mil casos foi considerada suficiente para acionar a PF.

◈ Determinação a órgãos de controle

Dino determinou que o presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, identifique todas as emendas individuais associadas aos planos de trabalho não cadastrados. Essas informações deverão ser individualizadas por estado e município, permitindo que a Polícia Federal investigue cada caso em âmbito regional.

Segundo a decisão, o envio dos dados tem como objetivo “a instauração de inquérito policial” em cada superintendência, ampliando o alcance da fiscalização. O ministro reforçou que a ausência de planos representa descumprimento parcial das decisões do Supremo e exige resposta institucional imediata.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

domingo, 24 de agosto de 2025

Brasil conquista feito histórico com Bárbara Domingos no Mundial de Ginástica Rítmica

Ginasta brasileira entra para o top 10 mundial e coloca o país em posição inédita na competição no Rio de Janeiro

       Bárbara Domingos (Foto: Agência Gov)

 O Brasil alcançou um marco histórico na ginástica rítmica com a performance de Bárbara Domingos no Mundial realizado no Rio de Janeiro. Segundo a Agência Gov, a atleta encerrou sua participação nesta sexta-feira (22) entre as dez melhores do mundo, garantindo ao país a melhor colocação de sua história na modalidade. Ao lado dela, Geovanna Santos também brilhou em sua primeira final de Mundial, finalizando na 18ª posição.

Bárbara, conhecida como Babi, apresentou duas coreografias impecáveis que consolidaram sua trajetória como referência da ginástica rítmica brasileira. A atleta, que já havia participado dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, superou todas as notas obtidas na fase classificatória e chegou a figurar na vice-liderança do grupo A. O pódio foi dominado pela campeã olímpica Darja Varfolomeev (Alemanha), seguida por Stiliana Nikolova (Bulgária) e Sofia Raffaeli (Itália).

◎ Superação e legado na ginástica rítmica

Aos 24 anos, Bárbara já havia registrado o melhor resultado do Brasil em Mundiais ao alcançar a 11ª posição em 2023. Agora, ao entrar no top 10, reforça sua marca histórica. Emocionada, a ginasta destacou: “Estou muito realizada, com a sensação de dever cumprido. Essa Babi de hoje é realmente a Babi que conheço. Me despeço dessas duas séries muito realizada. Competir no Brasil só nos motivou ainda mais. Meu objetivo é deixar um legado na ginástica rítmica. Além de qualquer resultado, estou muito feliz com a trajetória que fiz”.A técnica da atleta, Mayara Cerqueira, também comemorou o feito: “Estamos, de fato, com a sensação de dever cumprido e de ter representado bem o nosso país. Atingimos o nosso objetivo, que era chegar à final do individual geral e manter a melhor colocação do Brasil em Mundial. E por ser em casa, tem um gostinho especial”.

◎ Apoio do Bolsa Atleta e trajetória ascendente

Bárbara Domingos é beneficiária do programa Bolsa Atleta há 11 anos. Iniciou sua jornada em 2014, na categoria Nacional, e foi avançando até alcançar a categoria Atleta Pódio, o mais alto nível do programa, consolidando-se como um dos principais nomes do esporte no país.

◎ Geovanna Santos estreia entre as finalistas

A jovem Geovanna Santos, apelidada de Jojô, disputou sua primeira final em um Mundial e levantou a torcida presente no ginásio. Ela conquistou o 18º lugar e celebrou a oportunidade de fazer história ao lado de Babi. “Consegui meu objetivo de ser finalista no individual geral, entreguei 120% dentro de quadra e acredito que coloquei meu nome na história. Dei o meu melhor dentro das minhas condições. Eu e Babi tínhamos o mesmo propósito, que era levar o Brasil à final e colocar o país na história do esporte”, afirmou.

Com as conquistas de Bárbara e Geovanna, a ginástica rítmica brasileira vive um dos momentos mais marcantes de sua história, consolidando espaço entre as principais potências da modalidade no cenário internacional.

Fonte: Brasil 247

Tarcísio ataca Judiciário em defesa de Bolsonaro durante festa em Barretos

Governador, aliado de Bolsonaro, afirmou que ex-presidente enfrenta uma “injustiça”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a atacar o Judiciário ao sair em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu na trama golpista, inelegível e atualmente em prisão domiciliar.

Segundo o governador, que foi ministro de Bolsonaro, o ex-mandatário sofre uma "injustiça". Ele acrescentou ainda que o momento da ‘verdadeira justiça’ chegará.

"Fez tudo por mim, me abriu portas e que está passando por uma grande injustiça. Agora, se a humilhação traz tristeza, o tempo vai trazer justiça, eu tenho certeza que a justiça chegará", disse Tarcísio, na Festa do Peão de Barretos neste sábado (23), de acordo com declarações divulgadas pelo portal G1.

Os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), também participaram da festa e discursaram no evento.

A ausência da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na Festa do Peão de Barretos frustrou a expectativa de Tarcísio de encontrá-la para articular com possíveis candidatos da extrema-direita em 2026, de acordo com informações da Folha de São Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1 e  da Folha de S. Paulo

Maduro diz que primeira jornada de alistamento na Venezuela foi um “êxito total”

Presidente venezuelano destacou mobilização popular e convidou famílias a reforçar a Milícia Nacional Bolivariana

O Presidente Maduro elogia a mobilização nacional contra as ameaças militares dos EUA (Foto: Imprensa/Assembleia Nacional)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou como “bela” e “bem-sucedida” a primeira jornada de alistamento popular realizada nas praças do país neste sábado (23), informa a Telesur.

A Milícia Nacional Bolivariana é uma estrutura que reúne civis, reservistas e corpos de combatentes em apoio ao sistema de defesa do Estado.

Maduro exaltou o engajamento social e o caráter territorial e destacou que os cidadãos estão se apresentando para se juntar ao sistema de defesa nacional que o país construiu ao longo dos anos e elogiou seus esforços para defender e garantir a integridade territorial.

Ao comentar a presença maciça da população nas praças, o mandatário afirmou: “Vimos uma gigantesca expressão de nacionalismo, patriotismo e amor pela Venezuela”. Ele vinculou a resposta da população à “implantação arrogante de tropas americanas na região” e reforçou o convite para que mais pessoas ingressem nas fileiras dos corpos de combate.

Maduro associou o alistamento a um dever cívico e à defesa da família: “Quem não defende sua pátria, quem não defende sua família, não é capaz de se defender”. Em seguida, ressaltou valores históricos e de soberania, dizendo que aqueles que abrem mão desse compromisso “perderam a alma”.

Em tom de apelo, Maduro encerrou sua intervenção conclamando a adesão popular: “Estou me alistando porque amo meu país, junto com sua família, junto com sua comunidade. Aliste-se e junte-se às fileiras! Viva a Venezuela, viva o país, viva a paz!”.

A mobilização é uma resposta para “defender a soberania, integridade territorial e paz” diante das ameaças militares externas e da guerra psicológica desencadeada por Donald Trump. 

O governo também reforça a referência à Declaração da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, aprovada em 2014 na Cúpula da CELAC em Havana, como base para a resolução pacífica de controvérsias na região e rejeição ao uso ou ameaça de uso da força. Nesse contexto, a jornada de alistamento é descrita como mecanismo de coesão social e garantia de estabilidade interna, centrado na atuação da Milícia Nacional Bolivariana e na participação comunitária.

Fonte: Brasil 247

Bancos dizem “não” ao STF em pedido contra sanções da Lei Magnitsky; entenda


       O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Foto: Reprodução

Bancos brasileiros rejeitaram pedidos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para interceder junto ao governo dos Estados Unidos contra a aplicação da Lei Magnitsky empregada a Alexandre de Moraes, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

Grandes instituições financeiras foram procuradas para tentar amenizar os efeitos das sanções, mas não aceitaram se envolver, avaliando que a iniciativa seria inútil.

As sanções já afetaram o magistrado, que teve um cartão de bandeira americana bloqueado e precisou substituí-lo por um cartão Elo, de bandeira nacional, que não sofre restrições internacionais. Moraes foi incluído na lista da Lei Magnitsky em julho, após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, acusá-lo de “abusos de direitos humanos”, citando detenções preventivas e bloqueio de contas digitais de opositores.

Como a Elo pertence a Banco do Brasil, Bradesco e Caixa e opera apenas no mercado interno, não há impacto direto das sanções. Porém, analistas alertam que o quadro pode se agravar caso o Ofac, órgão do Tesouro americano, amplie as restrições. Nesse caso, bancos que não bloquearem transações correm risco de multas e até de perder acesso ao sistema financeiro dos Estados Unidos.

A decisão do ministro Flávio Dino sobre o caso de Mariana (MG) reforçou a tensão. Ele afirmou que “leis estrangeiras, atos administrativos, ordens executivas e diplomas similares não produzem efeitos em relação a pessoas naturais por atos em território brasileiro”. Dino classificou o cumprimento automático dessas ordens como “ofensa à soberania nacional e à ordem pública”.

      Flávio Dino, ministro do STF – Foto: Gustavo Moreno/STF

Apesar da pressão, Moraes afirmou em entrevista à Reuters que não pretende, por enquanto, recorrer à Justiça americana. “É plenamente possível uma impugnação judicial [nos Estados Unidos] e até agora não encontrei nenhum professor ou advogado brasileiro ou norte-americano que ache que a Justiça não iria reverter. Mas, nesse momento, eu aguardo – e foi uma opção minha aguardar – a questão diplomática do país, Brasil e Estados Unidos”, disse.

O ministro também afirmou que as sanções não alteraram sua rotina de forma significativa e mencionou divisões internas no governo americano.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Governo e STF temem mais sanções dos EUA com o julgamento de Bolsonaro; entenda


Donald Trump e Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Integrantes do governo Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que o julgamento de Jair Bolsonaro (PL), previsto para setembro, pode levar a novas sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. A percepção é de que Donald Trump tem interesse em explorar o processo para ampliar tensões políticas, reforçando a narrativa de que o ex-presidente é perseguido pelo Judiciário em benefício do governo atual.

Ministros do STF admitem o risco de Trump adotar medidas adicionais, como estender sanções a outros integrantes da Corte. Mesmo assim, afirmam que esse tipo de pressão não mudará o rumo do julgamento. Nos bastidores, porém, há preocupação com os efeitos da Lei Magnitsky e com o impacto que medidas financeiras mais duras possam ter sobre bancos e investidores ligados ao mercado americano.

A decisão recente do ministro Flávio Dino também trouxe novos elementos ao cenário. Ele afirmou que ordens judiciais ou executivas estrangeiras só têm validade no Brasil se forem confirmadas pelo STF. A declaração foi interpretada como um recado às instituições financeiras que aplicaram sanções contra Alexandre de Moraes por determinação do governo Trump.

O posicionamento de Dino coincidiu com a queda nas ações de bancos e a alta do dólar, aumentando a apreensão no Planalto.

Flávio Dino durante sessão do STF – Foto: Reprodução
Integrantes do governo destacam que reservas financeiras em dólar podem ser afetadas por restrições do Tesouro americano, além do risco de fuga de investidores. Lula acompanha de perto a situação, mas interlocutores admitem que não há como o Executivo intervir em decisões do STF.

A ministra Gleisi Hoffmann reforçou a linha de defesa ao dizer que “Dino agiu em legítima defesa do Brasil” e culpou Bolsonaro pelas retaliações de Trump.

Para ela, “a especulação com o valor das ações dos bancos é mais uma parcela do Custo Bolsonaro, que recai sobre o país desde que ele se aliou a Trump para fugir do julgamento por seus crimes”. Gleisi também afirmou que Trump agiu contra o sistema financeiro brasileiro incentivado pelo ex-presidente e seu filho Eduardo Bolsonaro.

Moraes segue como alvo direto da lei americana, após ter um cartão de bandeira internacional bloqueado no Brasil. O temor agora é que novas medidas se estendam a outros ministros e familiares, ampliando os efeitos políticos e econômicos das sanções.

Fonte: DCM