terça-feira, 26 de agosto de 2025

Lula convoca ministério para balanço de ações e definição de prioridades até o fim do atual mandato

Presidente comanda nesta terça-feira reunião para alinhar entregas e reforçar estratégia de governo

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A pouco mais de um ano das eleições gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne nesta terça-feira (26) todos os 38 ministros de seu governo no Palácio do Planalto, em Brasília. O encontro, noticiado tem como objetivo revisar o andamento das principais propostas, cobrar resultados e planejar as entregas previstas para os próximos 16 meses, período que antecede a disputa eleitoral de 2026.

Segundo a reportagem do G1, Lula tem alertado que "o governo não tem mais muito tempo". Esta é a segunda reunião ministerial de 2025 - em janeiro, Lula havia destacado a necessidade de corrigir falhas e chamou a atenção para o fato de que seus adversários "já estão em campanha".

☆ Contexto político e sucessão presidencial

O cenário eleitoral já começa a se desenhar. Com a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), governadores de partidos de direita surgem como potenciais nomes para a corrida presidencial. Entre eles, Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ratinho Jr (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado (Goiás). O Planalto acompanha de perto os movimentos desses líderes, que articulam candidaturas para 2026.

☆ Principais prioridades do governo

O encontro ministerial também é pautado pelas medidas consideradas estratégicas para os próximos meses:

  • Isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil: promessa de campanha de Lula, deve ser votada em setembro. 
  • Programa Gás para Todos: previsto para ser lançado em setembro, amplia o Auxílio Gás e deve beneficiar famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único. É visto como uma das principais apostas para fortalecer a popularidade de Lula.
  • PEC da Segurança Pública: aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em julho, agora segue para análise de comissão especial. O texto prevê maior participação da União nas políticas de segurança, mas já enfrentou embates durante sua tramitação.
  • Regulamentação das big techs: conhecido como "PL das big techs", busca garantir mais transparência nas plataformas digitais, coibir o uso indevido de imagens de figuras públicas em golpes e desinformação.
  • Entregas do PAC: o Programa de Aceleração do Crescimento é a vitrine da infraestrutura do governo.

☆ Articulação no Congresso

A proposta de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda divide parlamentares. Parte da base aliada pressiona para acelerar a votação, enquanto líderes da Câmara, como Arthur Lira (PP-AL), sinalizam que só levarão o texto ao plenário após acordo para evitar alterações profundas.

No caso da PEC da Segurança, o relator Mendonça Filho (União-PE) retirou do texto a exclusividade da União em legislar sobre o tema, após resistência de parlamentares. Já no pacote das big techs, o governo enxerga a regulação como ferramenta de proteção da democracia diante do avanço da desinformação digital.

☆ Desafios à frente

O maior desafio do governo Lula é entregar resultados que impactem diretamente o cotidiano da população. Com o relógio eleitoral correndo, o encontro ministerial desta terça-feira evidencia a estratégia do presidente: alinhar sua equipe para fortalecer as políticas sociais e econômicas, garantindo terreno para a disputa de 2026.

Fonte: Brasil 247

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