quinta-feira, 10 de julho de 2025

Lula avalia pronunciamento em rede nacional após tarifaço de Trump contra o Brasil

Presidente Lula prepara resposta ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão ainda nesta quinta-feira (10), em reação à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, considerada política, gerou forte reação no governo federal.

Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, Lula se reuniu no Palácio da Alvorada com o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e com o secretário de Imprensa, Laércio Portela, para discutir os próximos passos da resposta brasileira. Antes de uma eventual fala em cadeia nacional, o presidente também concederá entrevista à Record TV para tratar diretamente da decisão do governo norte-americano.

A ideia de um pronunciamento oficial à população sobre o tarifaço está em avaliação e dependerá da estratégia comunicacional definida por Lula e sua equipe. O objetivo seria apresentar a posição do Brasil diante do ataque comercial promovido por Trump.

Fernando Haddad: “não há racionalidade econômica” - Durante participação no programa Barão Entrevista, também nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foi categórico ao condenar a iniciativa da Casa Branca. “Não há racionalidade econômica no que foi feito ontem”, afirmou. Para ele, a medida não tem respaldo técnico e reflete uma retaliação com motivações exclusivamente políticas.

Segundo Haddad, o histórico comercial entre Brasil e Estados Unidos não justifica a nova taxação. “O Brasil como um todo, nos últimos 15 anos, nós tivemos um déficit de bens e serviços de mais de R$ 400 bilhões de dólares dos EUA, então não há racionalidade econômica na medida que foi tomada”, criticou.

O ministro também fez duras críticas à atuação de figuras da extrema direita brasileira no episódio. Ele responsabilizou aliados de Jair Bolsonaro (PL), especialmente o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pelo agravamento da relação com os EUA. Ao comentar a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Haddad foi ainda mais incisivo: "ou bem uma pessoa é candidata a presidente, ou é candidata a vassalo. E não há espaço no Brasil para vassalagem, desde 1822 isso acabou. O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

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