sexta-feira, 16 de maio de 2025

Aves silvestres morrem por gripe aviária em zoológico do RS; "vírus rondando", diz ministro

Foco de gripe aviária foi detectado pela primeira vez em uma granja comercial em Montenegro

Carlos Fávaro (Foto: Mapa)

PORTO ALEGRE/BRASÍLIA (Reuters) - Mortes de aves aquáticas silvestres no zoológico de Sapucaia do Sul (RS) foram causadas por gripe aviária, afirmou nesta sexta-feira a coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola no Rio Grande do Sul, Tais Oltramari Barnasque, em entrevista a jornalistas.

Sapucaia do Sul está situada a cerca de 50 km de Montenegro, onde um foco de gripe aviária foi detectado pela primeira vez em uma granja comercial nesta semana. O caso tem potencial de levar a embargos por parte de importadores, incluindo a China, conforme os protocolos sanitários.

"Estamos enfrentando dois focos (de gripe aviária no Rio Grande do Sul), com o resultado positivo no zoológico", disse Barnasque.

O Programa Nacional de Sanidade Avícola é ligado à Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura.

Questionado sobre o assunto pela Reuters, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que isso "é um indício de que o vírus está rondando a região".

Mas ele lembrou que o Brasil já registrou gripe aviária em aves silvestres há dois anos, e que esse tipo de registro não gera embargos de importadores, como pode acontecer quando o foco é em granja comercial.

Ele ressaltou que o sistema sanitário brasileiro é "muito robusto", o que dificulta a entrada do vírus em granjas comerciais.

"Para adentrar numa granja é bastante difícil. Todos os protocolos de higiene e de acesso às granjas brasileiras são muito eficientes. Então, não significa que ter caso de gripe aviária confirmada em outra região vai significar que vai ter granjas comerciais contaminadas."

Em suas entrevistas, Fávaro vem ressaltando o fato de o Brasil ter sido o último dos grandes produtores de frango a registrar gripe aviária em granjas comerciais.

O governo gaúcho estava investigando mortes de cerca de 90 aves aquáticas silvestres no zoológico, incluindo cisnes e patos, citando a gripe aviária como suspeita -- o número representa cerca de 20% do total de aves aquáticas no local.

O zoológico foi fechado na última terça-feira e seguirá com as atividades suspensas por tempo indeterminado.

"É uma doença que temos observado uma taxa de mortalidade bastante alta e súbita", disse a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ananda Kowalski.

Na granja de Montenegro, cerca de 17 mil aves morreram afetadas pela doença ou sacrificadas para evitar a propagação do vírus altamente patogênico, afirmou a secretaria.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Pagamentos via Pix crescem 52% em 2024 e representam quase metade das transações no país

Pix representou 47% dos pagamentos e depósitos em 2024, mas cartões de débito e crédito ainda lideram

Pix (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

O Pix foi o instrumento de pagamento que mais cresceu em termos de quantidade de transações no país – o aumento foi de 52%, em 2024. Com isso, a plataforma respondeu por quase metade (47%) do total de transações de pagamento (excluídas as em espécie) realizadas no Brasil no último trimestre do ano passado.

Os dados constam nas Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, divulgadas recentemente pelo Banco Central (BC) e que agora estão disponíveis no Portal de Dados Abertos do BC. O levantamento não leva em conta o uso do dinheiro em espécie, apenas os dados de saques.

Os números também mostram forte protagonismo dos cartões no setor de pagamentos do país, com aumento no número de transações nas modalidades de crédito (+11%), débito (+2,5%) e pré-pago (+19,2%), o que totalizou um crescimento médio de 9,8% desse instrumento em 2024.

Segundo as estatísticas, em 2024 havia cerca de 235 milhões de cartões de crédito ativos, um aumento de quase 14% em relação ao final de 2023; a quantidade de cartões pré-pagos ativos subiu cerca de 9% no último ano, ficando próxima de 74 milhões; e o número de cartões de débito ativos, por outro lado, registrou uma redução de 5%, tendo passado de cerca de 162 milhões, no fim de 2023, para 154 milhões em 2024.

◎ Celular

Os dados mostram também que o telefone celular foi o canal de acesso mais utilizado para as transações de pagamento (excluídas as em espécie), com 58,9 bilhões de operações realizadas em 2024, cerca de 18,4 bilhões a mais do que em 2023. Já o internet banking foi o segundo canal mais usado, com 7,3 bilhões de transações, um aumento de 24% em relação a 2023.

Juntos, telefone celular e internet banking movimentaram cerca de R$ 64,2 trilhões no ano passado, 5,3% a mais que em 2023.

◎ Canais presenciais

Mesmo com o crescimento do acesso via celular e internet banking, os demais canais – agências e postos tradicionais, correspondentes bancários, terminais de autoatendimento, postos cooperativos e centrais de atendimento – ainda movimentam quantias significativas, representando cerca de 45% do volume total transacionado em 2024.

Outro instrumento de pagamento contemplado nas estatísticas é o cheque. Em que pese a redução em sua quantidade de transações (-19,7% em 2024, se comparado a 2023), ele ainda se mantém com mais de 40 milhões de transações por trimestre, sendo utilizado para operações de maior valor, registrando um ticket médio por operação de R$4.517, ao final de 2024.

Fonte: Brasil 247

Dirigentes desembarcam na CBF e iniciam articulação por novo presidente

Após afastamento de Ednaldo Rodrigues pela Justiça, federações estaduais e clubes se mobilizam para influenciar na sucessão e decidir futuro da CBF
Edifício da CBF, no Rio de Janeiro 20/09/2019 REUTERS/Sergio Moraes (Foto: SERGIO MORAES)

A sede da CBF, no Rio de Janeiro, se tornou nesta sexta-feira (16) o principal ponto de articulação política no futebol brasileiro. Após a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de afastar o presidente Ednaldo Rodrigues, dirigentes de federações estaduais começaram a chegar ao local para discutir os rumos da entidade. As informações são do jornal O Globo.

Fernando Sarney, nomeado interventor pelo TJ-RJ, deu início oficialmente à transição. Cabe a ele convocar novas eleições “o mais rápido possível”, conforme determinação do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, responsável pela decisão. Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, foi um dos primeiros a comparecer à sede da confederação. Outros dirigentes são aguardados ao longo do dia.

O movimento evidencia uma divisão no cenário federativo. Dezenove presidentes de federações divulgaram um manifesto nesta quinta-feira (15) em defesa da “renovação do futebol brasileiro” e da formação de um candidato único, abrindo mão do apoio a Ednaldo Rodrigues. O documento, no entanto, não foi assinado por oito federações — entre elas, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, Tocantins, Amapá e Mato Grosso — o que reforça a fragmentação entre os grupos.

Nos bastidores, há expectativa de que até três nomes sejam apresentados como candidatos à presidência. As conversas seguem em curso, sem consenso até o momento.

Paralelamente, clubes das Séries A e B também se mobilizam. Há uma tentativa de unificar os grupos Libra e Liga Forte União (LFU) em torno de um nome que represente os interesses dos clubes e amplie seu protagonismo dentro da estrutura da CBF.

Enquanto isso, a defesa de Ednaldo Rodrigues recorreu ao Supremo Tribunal Federal. No pedido, solicita a anulação da decisão do TJ-RJ e, em caso de indeferimento, que seja respeitado o estatuto da CBF. Neste cenário, o vice-presidente mais idoso, Hélio Menezes, assumiria interinamente, como nome indicado por Ednaldo.

O recurso será analisado no próximo dia 28 de maio. Até lá, a CBF permanece sob intervenção, com os bastidores tomados por disputas e articulações que devem definir o comando do futebol brasileiro nos próximos anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

DER/PR conclui serviços aos usuários nos lotes 3 e 6 com cerca de 100 mil atendimentos

Novas concessionárias começaram a prestar serviços de guinchos e outros na madrugada desta quinta para sexta-feira. A concessionária CCR PRVias assumiu o Lote 3. Já o Lote 6 foi assumido também à 0h dessa sexta pela concessionária EPR Iguaçu.

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DER/PR conclui atividades nos lotes 3 e 6 com 100 mil atendimentos
(Foto: DER-PR)

Com o início dos atendimentos dos lotes 3 e 6 das novas concessões rodoviárias do governo federal, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), encerrou as atividades de operação de tráfego rodoviário às 23h59min59s desta quinta-feira (15) nas rodovias concedidas com mais de 100 mil usuários atendidos.

A concessionária CCR PRVias assumiu o Lote 3 à 0h desta sexta-feira (16). Já o Lote 6 foi assumido também à 0h dessa sexta pela concessionária EPR Iguaçu. No Lote 3 isso inclui a BR-376 do entroncamento com a BR-277 (São Luiz do Purunã) até Mandaguari, a BR-369 entre Apucarana e Arapongas, a PR-445 em Cambé, PR-323 entre Londrina e Sertaneja e a PR-090 entre Sertanópolis e Ibiporã. E, no Lote 6, a BR-277 entre o Trevo do Relógio em Prudentópolis e Foz do Iguaçu.

O DER/PR iniciou em março de 2022 os atendimentos com guinchos leve e pesado, inspeção de tráfego, apoio ao usuário, apoio ao Corpo de Bombeiros com caminhão-pipa, retirada de animais soltos nas rodovias e a remoção de carga espalhada na pista, contemplando todas as rodovias federais e estaduais do antigo Anel de Integração.

Somente nas rodovias do Lote 3 foram realizados cerca de 38 mil e no Lote 6 foram mais de 60 mil. Os trechos estavam contemplados em cinco contratos de operação de tráfego rodoviário do DER/PR, um investimento de R$ 277.921.663,98 para atender 2.330,19 quilômetros de rodovias das antigas concessionárias Rodonorte, Econorte, EcoCataratas, Caminhos do Paraná e Viapar. Até a data atual foram registrados mais de 237 mil atendimentos.

O DER/PR permanece oferecendo os serviços nas demais rodovias do antigo Anel de Integração que ainda serão concedidas nos lotes 4 e 5. O leilão deve ocorrer no segundo semestre. O departamento também está desenvolvendo um novo programa para oferecer serviços de operação de tráfego rodoviário em toda a malha rodoviária estadual, cerca de 11.500 quilômetros.

Os serviços prestados pelo DER/PR são gratuitos, disponíveis 24h por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados, e podem ser acionados pelo telefone 0800 400 0404.

Atualizações do tráfego nas rodovias do antigo Anel de Integração estão disponíveis pela plataforma X, e pelo WhatsApp.

Os atendimentos das novas concessões podem ser acionados pelos seguintes números:

Lote 3: 0800-376-0000
Lote 6: 0800-277-0163

Fonte: AEN

IGP-10 registra queda inesperada em maio e recua pelo 2º mês seguido, diz FGV

Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 7,54%

Alimentos

Reuters - O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou queda inesperada em maio, de 0,01%, caindo pelo segundo mês seguido após o recuo de 0,22% em abril, em resultado puxado pela baixa dos preços de matérias-primas brutas, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

Analistas consultados pela Reuters esperavam uma alta de 0,17% na base mensal.

Em 12 meses, o IGP-10 passou a subir 7,54%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,17% em maio, depois de cair 0,47% no mês anterior.

"Influenciadas pela dinâmica de preços no mercado internacional, as quedas do minério de ferro, óleo diesel e milho foram as principais contribuições para a queda do IPA", disse Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

O relatório mostrou que em maio o minério de ferro teve queda de 1,74%, após cair 3,79% em abril; o milho em grão recuou 5,36%, ante um avanço de 11,64% em abril; e o óleo diesel teve baixa de 6,34%, após cair 1,46% no mês anterior.

Na análise por grupos, a queda no IPA veio na esteira do recuo dos preços de Matéria-Primas Brutas, que tiveram deflação de 1,09% em maio, depois de cair 1,0% do mês anterior.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do índice geral, registrou a mesma taxa de abril, uma alta de 0,42%.

No IPC, houve acréscimo em cinco das oito classes que compõem o índice: Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para 1,08%), Despesas Diversas (0,20% para 1,15%), Habitação (0,31% para 0,57%), Vestuário (0,02% para 0,66%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,69% para -0,45%).

A tarifa de eletricidade residencial e a batata-inglesa foram os itens de maior destaque para a alta do IPC, subindo 1,61% e 22,97%, respectivamente, em maio, ante as baixas de 0,74% e 0,85% no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), por sua vez, desacelerou ligeiramente, subindo 0,43% em maio, depois de um avanço de 0,45% em abril.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

China suspende importações de carne de frango do Brasil após detecção de foco de gripe aviária

Segundo o Ministério da Agricultura, estão sendo adotadas medidas para erradicar o foco e preservar a produção nacional

(Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse à CNN Brasil, nesta sexta-feira (16), que a China decidiu suspender as compras de carne de frango do Brasil. A suspensão foi anunciada após a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de aves comerciais no estado do Rio Grande do Sul.

O caso, confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária na quinta-feira (15), marca o primeiro foco da doença identificado em sistemas de avicultura comercial no Brasil. O foco foi encontrado em uma granja localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul.

De acordo com o comunicado oficial do Ministério, o vírus da influenza aviária circula desde 2006, com predominância na Ásia, África e norte da Europa. O governo brasileiro informou que as medidas previstas no plano nacional de contingência para conter a doença já foram acionadas. "Essas ações não visam apenas erradicar o foco, mas também assegurar a continuidade da produção e o abastecimento do setor, garantindo a segurança alimentar da população", explicou o Ministério.

Apesar da gravidade do caso, o Ministério ressaltou que o vírus não é transmitido pelo consumo de carne de aves ou ovos, e que o risco de infecção em seres humanos é considerado baixo. A transmissão ocorre, principalmente, entre pessoas que têm contato intenso com aves infectadas, como tratadores e profissionais do setor.

O governo brasileiro também afirmou que realizará a comunicação formal sobre o caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, e a todos os parceiros comerciais do Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Desemprego no 1º trimestre sobe em 12 estados e alcança 7% da população, diz IBGE

Pernambuco, Bahia e Piauí lideram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso se destacam com os menores índices

Carteira de trabalho (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A taxa de desocupação no Brasil atingiu 7,0% no primeiro trimestre de 2025, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado representa um aumento em relação ao último trimestre de 2024, quando a taxa foi de 6,2%. Esse crescimento foi registrado em 12 das 27 Unidades da Federação, enquanto as demais mantiveram seus números estáveis. Pernambuco, com 11,6%, Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) apresentaram as maiores taxas de desocupação, enquanto Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%) registraram os menores índices.

William Kratochwill, analista da pesquisa, destacou que o aumento observado no primeiro trimestre de 2025 é sazonal, resultado do fim dos contratos temporários de fim de ano. "Esse aumento de 0,8 ponto percentual é menor que a média histórica dos aumentos para esse trimestre, que é de 1,1 ponto, o que significa que essa taxa de desocupação é a menor para um primeiro trimestre na série histórica", afirmou.

A pesquisa também revelou uma redução no número de pessoas desocupadas nas quatro faixas de tempo de procura por trabalho, comparado ao mesmo período de 2024. O número de pessoas à procura de emprego por dois anos ou mais caiu para 1,4 milhão, o menor desde 2015. Apesar de uma queda de 25,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024, esse contingente ainda é 8,1% superior ao valor mínimo da série, registrado em 2014.

Kratochwill ainda comentou que, pela primeira vez, há mais pessoas desocupadas por menos de um mês do que por mais de dois anos, o que reforça a ideia de que o mercado de trabalho está mais dinâmico e resiliente. "Com essa evolução, 21,5% dos desocupados estavam buscando trabalho por menos de um mês", afirmou.

Em termos de desocupação por gênero, a taxa para os homens foi de 5,7%, enquanto para as mulheres chegou a 8,7%, evidenciando a persistente desigualdade no mercado de trabalho. Quando analisado por cor ou raça, a taxa de desocupação foi menor para os brancos (5,6%), e superior para os negros (8,4%) e pardos (8,0%).

A escolaridade também teve impacto na taxa de desocupação, com o nível médio incompleto apresentando a maior taxa (11,4%), seguido pelo nível superior incompleto (7,9%). Em contrapartida, a taxa para os que possuem nível superior completo foi de 3,9%.

Ainda de acordo com o IBGE, a informalidade continua a ser um desafio no Brasil, com 38,0% da população ocupada sendo composta por trabalhadores informais. Os estados do Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%) apresentaram as maiores taxas, enquanto Santa Catarina (25,3%), o Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%) registraram os menores índices de informalidade.

Em relação ao setor privado, 74,6% dos trabalhadores possuem carteira de trabalho assinada, com os maiores percentuais em Santa Catarina (87,8%), São Paulo (83,4%) e Rio Grande do Sul (81,5%). Em contraste, Maranhão (51,8%), Piauí (52,0%) e Pará (55,1%) apresentaram os menores índices.

O trabalho por conta própria também se manteve elevado, com 25,3% da população ocupada atuando dessa forma. Os estados com os maiores percentuais de trabalhadores autônomos foram Rondônia (35,6%), Maranhão (32,7%) e Amazonas (31,2%), enquanto os menores índices foram observados no Distrito Federal (19,0%), Tocantins (20,6%) e Mato Grosso do Sul (21,2%).

Quanto aos rendimentos, o valor médio real de todos os trabalhos habitualmente recebidos foi de R$ 3.410, representando um aumento em comparação ao trimestre anterior (R$ 3.371) e ao mesmo período de 2024 (R$ 3.279). O Nordeste (R$ 2.383) e o Sul (R$ 3.840) mostraram aumentos significativos, enquanto as demais regiões apresentaram estabilidade. A massa de rendimento real habitual foi de R$ 345,0 bilhões, com um crescimento de 6,6% em relação ao ano anterior.

Fonte: Brasil 247

Operação nacional contra violência infantil prende 472 e resgata 80 crianças e adolescentes

Ação do Ministério da Justiça mobilizou mais de 45 mil agentes em 421 cidades e reforça campanha contra exploração sexual infantojuvenil

Operação Caminhos Seguros (Foto: Divulgação/MJSP)

Durante o Dia D da Campanha Nacional de Mobilização para o Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, realizado na quinta-feira (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou os resultados parciais da 5ª edição da Operação Caminhos Seguros. A ação culminou na prisão de 472 adultos e na apreensão de 147 adolescentes, além do resgate de 80 vítimas infantojuvenis em situação de violência e exploração em todo o país.

A operação, que teve início em 30 de abril e segue até o fim de maio, alcança 421 municípios em todas as regiões do Brasil. Até o momento, foram abordadas mais de 300 mil pessoas, fiscalizados mais de 8 mil locais e 170 mil veículos, e prestado atendimento a 2,2 mil vítimas. O esforço mobiliza mais de 45 mil agentes públicos e conta com investimento superior a R$ 4 milhões em diárias para ampliação do efetivo e cobertura operacional.

As forças policiais envolvidas apreenderam 69 armas de fogo, mais de 29 toneladas de drogas ilícitas e 152 itens relacionados à pornografia infantil. O conjunto das ações integra um plano coordenado para combate à violência contra crianças e adolescentes, com caráter tanto repressivo quanto educativo.

“A ação representa o compromisso firme do Estado brasileiro em proteger nossas crianças e adolescentes da violência e da exploração. Estamos unindo forças, de Norte a Sul do País, para garantir um futuro mais seguro e digno para a infância”, afirmou Rodney da Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) do MJSP.

Além da repressão a crimes, a Operação Caminhos Seguros também promove atividades de conscientização sobre os direitos da infância e adolescência e incentiva a população a denunciar abusos. As denúncias podem ser feitas anonimamente por meio do Disque 100, canal mantido pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

A operação é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP) e conta com o apoio de diversas instituições, entre elas a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), o Fórum Colegiado Nacional de Conselheiros Tutelares (FCNCT) e as secretarias de segurança pública dos 26 estados e do Distrito Federal. Também participam ativamente as Polícias Civis, Militares, Científicas, Penais, Corpos de Bombeiros, Guardas Municipais e Conselhos Tutelares.

Fonte: Brasil 247

Governo Lula vê CPMI do INSS como inevitável e já avalia estratégias para enfrentar bolsonaristas

Prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo Lula (PT) já avalia estratégias para lidar com a oposição, caso a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) seja instalada para investigar o escândalo dos descontos ilegais no INSS. O Planalto, que vê como inevitável a CPMI, trabalha para influenciar a composição e garantir que o governo tenha voz ativa no colegiado.

A intenção do governo é, principalmente, minimizar os danos políticos, responsabilizar a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos problemas envolvendo o INSS e proteger o presidente Lula (PT) de um possível desgaste, conforme informações do Globo.

A questão dos descontos ilegais provocou um intenso bate-boca no Senado na última quinta-feira (15), entre o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União-PR). O ex-juiz tentou “lacrar” durante o debate com o ministro e acabou levando uma invertida.

Interlocutores do Planalto elogiaram a postura do ministro, que explicou com clareza o esquema de fraudes no INSS, atribuindo o início dos descontos ilegais à gestão bolsonarista, em resposta às críticas de Moro sobre a gestão da Previdência.

O INSS informou que já recebeu 1.069.201 respostas de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios para entidades associativas. Desses, 1.051.238 informaram não reconhecer vínculo com as organizações, representando 98,3% do total.

A criação da CPMI

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, disse que apoia a criação da CPMI, e o senador Fabiano Contarato (PT-ES) já assinou a lista que solicita sua instalação.

Já há 37 senadores e 223 deputados a favor da comissão, o que ultrapassa o mínimo necessário. No entanto, a instalação depende exclusivamente da decisão do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), que ainda não se manifestou.

Embora o Planalto se mantenha oficialmente contra a criação da CPMI, os principais aliados de Lula reconhecem que a comissão é praticamente inevitável. A estratégia do governo, agora, será centrar esforços para garantir que a comissão seja equilibrada e evitar que a oposição domine a investigação.

A base governista propõe que a CPMI seja composta por parlamentares que tenham isenção e conhecimentos técnicos sobre o INSS, além de buscar a presidência e a relatoria da comissão. Um nome cotado para a relatoria é o da deputada Tabata Amaral (PSB-SP).

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que as investigações podem expor irregularidades no governo Bolsonaro e que, por isso, está disposto a assinar o pedido de instalação da CPMI.

“Quem chamou a polícia e deixou ela investigar foi o presidente Lula. Eu não assino CPI, por achar que isso cabe à Polícia Federal. O Congresso deve cuidar dos problemas reais do Brasil, das matérias que importam. Mas talvez eu assine essa, por acreditar que os ventos vão mudar”, declarou Wagner.

Wolney Queiroz também se mostrou favorável à CPMI. Ele ressaltou que uma medida provisória editada no governo Bolsonaro aumentou o número de entidades que realizaram cobranças indevidas. “É naquele momento, entre 2019 e 2022, que o ladrão entra na casa”, afirmou Queiroz.

O ministro explicou que uma MP de 2019 previa revalidação anual de autorizações para descontos, mas foi alterada em 2021 para revalidação a cada três anos. Depois, uma nova mudança adiou a revalidação para 2022, e em 2022 a alteração finalizou com a exclusão da revalidação anual. Essa mudança foi aprovada no Congresso e sancionada por Bolsonaro.

Fonte: DCM

A aliados, Cid ironiza Michelle Bolsonaro e diz preferir Lula para presidente em 2026

O presidente Lula (PT), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Reprodução

Arquivos extraídos do celular do tenente-coronel Mauro Cid, apreendido pela Polícia Federal (PF) em 3 de maio de 2023, revelam que o militar preferia o presidente Lula (PT) à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para a presidência em 2026.

Apesar da relação de confiança construída como ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Cid mantinha um convívio tenso com Michelle. Em conversas com diversos interlocutores, obtidas pelo UOL, o militar dispara críticas e ironias sobre a primeira-dama.

O coronel Marcelo Câmara, assessor designado para acompanhar Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, mantinha contato diário com Cid para resolver demandas do ex-presidente. Nesses diálogos, ambos citaram, em tom de ironia, questões envolvendo Michelle.

Em 28 de dezembro daquele ano, Cid compartilhou com Câmara um print de uma conversa com Michelle, na qual ela o acusa de vazar informações contra ela para uma reportagem.

Na mensagem, Michelle diz: “Agiu rápido né”. Cid não respondeu ao comentário, mas a conversa revela que a desconfiança entre os dois era recíproca, já que Michelle indicava que o militar teria abastecido a imprensa com críticas contra ela.

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Conversa entre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Reprodução

“Prefiro o Lula”

As críticas mais duras de Cid a Michelle, porém, ocorreram em diálogos com o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Eles discutiram longamente as investigações que atingiam Bolsonaro e o cenário político brasileiro.

Em 27 de janeiro de 2023, Wajngarten enviou a Cid uma notícia de que o PL considerava lançar Michelle como candidata presidencial, caso Bolsonaro se tornasse inelegível — fato confirmado em 30 de junho de 2023, após julgamento no Tribunal Superior Eleitoral. O tenente-coronel respondeu: “Prefiro o Lula”.

Dias depois, Wajngarten encaminhou a Cid mensagens com críticas ao PL sobre o salário que seria pago a Michelle.

Cid respondeu por áudio: “Cara, se dona Michelle tentar entrar pra política, num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela. E Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] fala demais também, aquele negócio dos documentos, dos papéis, tá todo enrolado agora”.

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Conversa entre o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, e o tenente-coronel Mauro Cid. Foto: Reprodução

Wajngarten, ao comentar sobre as conversas com Cid, afirmou que, na época, “jamais se imaginou a ex-primeira-dama como candidata” e que “os diálogos ocorridos nada mais eram do que análise de notícias que saíam na imprensa”.

Pouco depois, em outro diálogo, Wajngarten compartilhou uma reportagem sobre uma possível candidatura de Michelle ao Senado.

Ele também disse ter perguntado diretamente a Bolsonaro se ele autorizava esse movimento político, alertando-o de que a divulgação geraria notícias negativas à primeira-dama, e afirmou que o ex-capitão o telefonou para tratar do assunto.

Cid, então, reforçou sua opinião, dizendo que Michelle teria informações comprometedoras em sua biografia que prejudicariam uma possível candidatura. “E ela tem muito furo… muita coisa para queimar… inclusive do passado”, afirmou o militar.

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Conversa entre Fabio Wajngarten e Mauro Cid sobre Michelle Bolsonaro. Foto: Reprodução
Fonte: DCM com informações do UOL

Desempenho de ministro no Senado faz governistas apoiarem criação de CPI do INSS


O senador Sergio Moro (União-PR) e o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, durante audiência nesta quinta (15). Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiaram a atuação do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, durante audiência pública no Senado nesta quinta-feira (15). Com informações do Valor Econômico.

O tema central foi os descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, o ministro explicou com clareza o esquema de fraude e atribuiu o início dos descontos ao governo anterior, de Jair Bolsonaro, numa resposta às críticas do ex-ministro Sergio Moro sobre a gestão da Previdência.

No início do dia, o clima era de apreensão em relação à audiência. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que estava na comitiva presidencial para o funeral do ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, optou por ficar em Brasília para acompanhar o depoimento. Outros integrantes da Secretaria de Relações Institucionais também foram ao Senado, incluindo o secretário especial de Assuntos Parlamentares, André Ceciliano.

O bom desempenho do ministro Wolney foi resultado de um preparo especial. O valor, informou que ele passou por um treinamento de comunicação nos últimos dias para responder às perguntas dos senadores com maior segurança e objetividade. Essa preparação contribuiu para que a apresentação fosse considerada positiva pela equipe do governo.

A avaliação do depoimento gerou até uma mudança na postura de alguns membros do governo. Antes resistentes, passaram a sinalizar apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes no INSS. O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, declarou que o partido apoiará a CPI, desde que a apuração também alcance possíveis irregularidades ocorridas na gestão Bolsonaro.

Senador Rogério Carvalho (PT-SE). Foto: Reprodução

Apesar dessa movimentação, a orientação da articulação política do governo permanece para que os ministros não assinem formalmente o pedido de instalação da CPI. O requerimento já tem o apoio de 259 deputados e senadores. A cautela visa evitar desgaste político, enquanto as investigações seguem em andamento.

Durante a audiência, Wolney afirmou que “o ladrão entrou na casa” entre 2019 e 2022, para destacar que a fraude começou na gestão passada. O ministro garantiu que o atual governo irá “até as últimas consequências” para apurar e corrigir as irregularidades nos descontos aos beneficiários do INSS, respondendo às cobranças feitas por Sergio Moro sobre maior rigor no combate às fraudes.

Os dados preliminares da Polícia Federal apontam que cerca de R$ 6,3 bilhões foram descontados indevidamente entre 2019 e 2024, mas a investigação ainda não definiu com exatidão o início do esquema. O governo segue acompanhando o caso de perto, reforçando o compromisso com a transparência e a proteção dos aposentados e pensionistas.

O desempenho do ministro no Senado foi avaliado como positivo pelo governo, que vê sua postura como clara e objetiva na explicação das medidas adotadas contra as fraudes, apesar das críticas feitas durante a audiência. Wolney reforçou o compromisso da pasta em combater as práticas ilegais e garantir a proteção dos benefícios dos segurados.

Fonte: DCM com informações do jornal Valor Econômico

“Matar meio mundo”: áudios de agente da PF enfraquecem discurso pró-anistia para Bolsonaro; entenda


O policial federal Wladimir Matos Soares, preso por planejar o assassinato do presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

As declarações do agente Wladimir Soares, investigado por sua participação na tentativa de golpe de Estado, em áudios obtidos pela Polícia Federal (PF), tem o potencial de enfraquecer uma das principais apostas políticas do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): a anistia, conforme informações do blog da Natuza Nery, do G1.

Esses áudios sintetizam as descobertas da investigação e colocam em xeque a possibilidade de aprovação de um perdão para os envolvidos nos atos golpistas de 2022 e nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

A divulgação dessas gravações chega como uma “bomba” no Congresso Nacional, pois reforça os relatos e as provas reunidos até o momento. Isso torna cada vez mais difícil encontrar apoio político para a proposta de anistia, minando as chances de parlamentares simpatizantes da ideia.

As mensagens também desmente a narrativa de que os atos golpistas foram espontâneos ou motivados apenas pela indignação popular, enfraquecendo o discurso de que os envolvidos poderiam ser perdoados.

Os áudios

Os áudios foram encontrados durante as investigações, em aparelhos eletrônicos de Wladimir Soares, que está preso preventivamente.

Nas gravações, o policial revela que estava pronto para participar de uma ação para prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes. Ele relata que aguardava apenas o “ok” de Bolsonaro para agir.

“A gente tava preparado para isso, inclusive. Para ir prender o Alexandre de Moraes. Eu ia estar na equipe, ia botar para foder nesse filho da puta, mas não é assim”, disse. “A gente tava pronto, só que aí o presidente… Esperávamos só o ok do presidente, uma canetada para a gente agir. Só que o presidente deu para trás.”

Ele afirma ainda que sua equipe estava equipada com “poder de fogo elevado” e estava disposta a agir de forma brutal, se necessário: “A gente ia com muita vontade, ia empurrar meio mundo de gente, pô, matar meio mundo de gente. Não ia estar nem aí”.

Além disso, o agente critica generais do Exército, alegando que eles abandonaram Bolsonaro após negociações com o governo eleito. “O PT pagou para eles, comprou esses generais”, afirmou Wladimir, acusando os militares de recuar.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Wladimir Soares por sua participação na organização criminosa que tentou abolir o Estado Democrático de Direito. A PF destaca que o policial não apenas integrou o grupo golpista, mas também manteve comunicação com outros membros da corporação.

Ouça os áudios:

Haddad cresce em pesquisa em disputa em SP e assusta bolsonaristas; veja os números


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad – Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apareceu tecnicamente empatado com Eduardo Bolsonaro (PL) na disputa por uma vaga no Senado por São Paulo, segundo levantamento divulgado pela Paraná Pesquisas. O resultado surpreendeu e gerou preocupação entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com informações da colunista Bela Megale, do Globo.

De acordo com a estudo, Eduardo lidera com apenas quatro pontos percentuais de vantagem sobre Haddad. A diferença apertada indica um cenário mais acirrado do que setores da direita esperavam. A situação se agrava pelo fato de o político estar licenciado da Câmara e morando nos EUA atualmente – o que pode enfraquecer sua conexão com o eleitorado paulista.

O presidente Lula (PT) já chegou a defender a candidatura de Haddad ao Senado em 2026 – o apoio do Planalto reforça a competitividade do ministro e tem causado movimentações estratégicas entre integrantes do PL e aliados de Bolsonaro.

Gráfico sobre a situação eleitoral para senador por São Paulo – Foto: Paraná Pesquisas


Entre os principais nomes da direita para o Senado em São Paulo estão Eduardo Bolsonaro e Guilherme Derrite, atual secretário de Segurança Pública estadual. Derrite anunciou sua saída do PL e vai se filiar ao Partido Progressista (PP), mirando fortalecer sua base para a eleição.

Na semana passada, Eduardo e Derrite estiveram em Nova York em reuniões voltadas ao cenário político de 2026. Eles planejam uma aliança para tentar conquistar as duas cadeiras paulistas no Senado.

A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 04 de maio. Foi utilizada uma amostra de 1.700 eleitores, em 85 municípios, com um grau de confiança de 95,0%, e margem de erro de aproximadamente 2,4 pontos percentuais para os resultados gerais.

Fonte: DCM