Ministro do STF deu 48 horas para que o Exército apresenta os dados sobre movimentações de oficial investigado em núcleo de forças especiais
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou do Exército a entrega de informações que deveriam ter sido enviadas à Corte sobre a atuação de militares ligados ao chamado "núcleo 3" da trama golpista. O grupo investigado inclui integrantes das forças especiais, conhecidos como "kids pretos", além de um policial federal.
Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, Moraes solicitou em 7 de agosto que a Força entregasse a ficha de movimentação do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, contendo registros entre janeiro de 2021 e janeiro de 2023, com detalhamento das funções exercidas e em que caráter. Até 19 de agosto, mais de 40 dias depois, o pedido não havia sido atendido. Agora, o ministro determinou prazo de 48 horas para o cumprimento da ordem.
De acordo com investigações da Polícia Federal, Rafael Martins é suspeito de ter atuado como operador da tentativa de golpe e de participar de um plano que previa até a prisão do próprio Moraes. O militar teria adquirido um telefone celular utilizado na operação e registrado em nome de sua esposa.
Em depoimento à Corte, Martins compareceu de farda e foi obrigado a trocar de roupa para o interrogatório. Ele também foi citado pelo tenente-coronel Mauro Cid, delator no processo, que reafirmou ter recebido dinheiro em espécie do general e então ministro Walter Braga Netto. Segundo o ex-ajudante de Jair Bolsonaro (PL) , a quantia teria sido entregue em uma caixa de vinho no Palácio da Alvorada e destinada a Martins.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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