quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Lula se reúne com Hugo Mota e líderes após governo perder comando da CPMI do INSS

Revés se deu após o senador Carlos Viana ser eleito presidente da CPMI e o o deputado Alfredo Gaspar ser designado como relator da comissão

        Hugo Motta e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta quarta-feira (20), no Palácio da Alvorada, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE). A reunião, segundo o Metrópoles, ocorreu poucas horas depois de o governo sofrer sua primeira derrota na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a apurar irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O revés se deu após o senador Carlos Viana (Podemos-MG) ser eleito presidente da CPMI, apesar de o senador Omar Aziz (MDB-AM) ter sido indicado para o posto pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aliado do governo. Além disso, o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) foi designado como relator da comissão, contrariando a escolha inicial de Hugo Motta, que havia indicado o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

O episódio expôs divergências na composição da CPMI do INSS, responsável por investigar denúncias de descontos indevidos aplicados a beneficiários da Previdência. A derrota governista evidenciou dificuldades de articulação no Congresso em um momento crucial para o Planalto, que tenta garantir maior influência sobre a condução dos trabalhos da comissão.

A substituição dos nomes sugeridos pelo governo por escolhas independentes do plenário marcou um embate direto entre a base aliada e setores da oposição, que pressionam para ampliar a fiscalização sobre supostos esquemas de fraudes no órgão.

O encontro de Lula com Hugo Motta e Rogério Carvalho no Alvorada buscou, segundo aliados, reforçar a estratégia de diálogo com diferentes lideranças partidárias e minimizar o impacto da derrota na CPMI. Apesar do resultado adverso, a expectativa é de que novas negociações possam realinhar apoios dentro do colegiado e reduzir os riscos de desgaste político para o Executivo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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