sexta-feira, 16 de maio de 2025

“Matar meio mundo”: áudios de agente da PF enfraquecem discurso pró-anistia para Bolsonaro; entenda


O policial federal Wladimir Matos Soares, preso por planejar o assassinato do presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

As declarações do agente Wladimir Soares, investigado por sua participação na tentativa de golpe de Estado, em áudios obtidos pela Polícia Federal (PF), tem o potencial de enfraquecer uma das principais apostas políticas do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): a anistia, conforme informações do blog da Natuza Nery, do G1.

Esses áudios sintetizam as descobertas da investigação e colocam em xeque a possibilidade de aprovação de um perdão para os envolvidos nos atos golpistas de 2022 e nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.

A divulgação dessas gravações chega como uma “bomba” no Congresso Nacional, pois reforça os relatos e as provas reunidos até o momento. Isso torna cada vez mais difícil encontrar apoio político para a proposta de anistia, minando as chances de parlamentares simpatizantes da ideia.

As mensagens também desmente a narrativa de que os atos golpistas foram espontâneos ou motivados apenas pela indignação popular, enfraquecendo o discurso de que os envolvidos poderiam ser perdoados.

Os áudios

Os áudios foram encontrados durante as investigações, em aparelhos eletrônicos de Wladimir Soares, que está preso preventivamente.

Nas gravações, o policial revela que estava pronto para participar de uma ação para prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes. Ele relata que aguardava apenas o “ok” de Bolsonaro para agir.

“A gente tava preparado para isso, inclusive. Para ir prender o Alexandre de Moraes. Eu ia estar na equipe, ia botar para foder nesse filho da puta, mas não é assim”, disse. “A gente tava pronto, só que aí o presidente… Esperávamos só o ok do presidente, uma canetada para a gente agir. Só que o presidente deu para trás.”

Ele afirma ainda que sua equipe estava equipada com “poder de fogo elevado” e estava disposta a agir de forma brutal, se necessário: “A gente ia com muita vontade, ia empurrar meio mundo de gente, pô, matar meio mundo de gente. Não ia estar nem aí”.

Além disso, o agente critica generais do Exército, alegando que eles abandonaram Bolsonaro após negociações com o governo eleito. “O PT pagou para eles, comprou esses generais”, afirmou Wladimir, acusando os militares de recuar.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Wladimir Soares por sua participação na organização criminosa que tentou abolir o Estado Democrático de Direito. A PF destaca que o policial não apenas integrou o grupo golpista, mas também manteve comunicação com outros membros da corporação.

Ouça os áudios:

Haddad cresce em pesquisa em disputa em SP e assusta bolsonaristas; veja os números


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad – Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apareceu tecnicamente empatado com Eduardo Bolsonaro (PL) na disputa por uma vaga no Senado por São Paulo, segundo levantamento divulgado pela Paraná Pesquisas. O resultado surpreendeu e gerou preocupação entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com informações da colunista Bela Megale, do Globo.

De acordo com a estudo, Eduardo lidera com apenas quatro pontos percentuais de vantagem sobre Haddad. A diferença apertada indica um cenário mais acirrado do que setores da direita esperavam. A situação se agrava pelo fato de o político estar licenciado da Câmara e morando nos EUA atualmente – o que pode enfraquecer sua conexão com o eleitorado paulista.

O presidente Lula (PT) já chegou a defender a candidatura de Haddad ao Senado em 2026 – o apoio do Planalto reforça a competitividade do ministro e tem causado movimentações estratégicas entre integrantes do PL e aliados de Bolsonaro.

Gráfico sobre a situação eleitoral para senador por São Paulo – Foto: Paraná Pesquisas


Entre os principais nomes da direita para o Senado em São Paulo estão Eduardo Bolsonaro e Guilherme Derrite, atual secretário de Segurança Pública estadual. Derrite anunciou sua saída do PL e vai se filiar ao Partido Progressista (PP), mirando fortalecer sua base para a eleição.

Na semana passada, Eduardo e Derrite estiveram em Nova York em reuniões voltadas ao cenário político de 2026. Eles planejam uma aliança para tentar conquistar as duas cadeiras paulistas no Senado.

A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 04 de maio. Foi utilizada uma amostra de 1.700 eleitores, em 85 municípios, com um grau de confiança de 95,0%, e margem de erro de aproximadamente 2,4 pontos percentuais para os resultados gerais.

Fonte: DCM

Deputados bolsonaristas criam grupo de trabalho com parlamentares dos EUA para pressionar o STF

Ação foi coordenada por Eduardo Bolsonaro e pelo deputado Cory Mills, presidente do subcomitê de inteligência das relações internacionais da Câmara dos EUA

Eduardo Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Enquanto figuras do Centrão, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), participavam de eventos em Nova York, um grupo de deputados bolsonaristas seguia sua agenda em Washington tendo como missão intensificar a pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF). Sob a liderança de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra em autoexílio nos Estados Unidos, as ações resultaram na formação de uma nova frente de trabalho entre os bolsonaristas da Câmara e republicanos no Congresso dos EUA.

A articulação, segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, foi coordenada pelo deputado Cory Mills, presidente do subcomitê de inteligência das relações internacionais da Câmara dos Representantes dos EUA, e Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. "Firmamos um acordo para criar um grupo de trabalho que irá compartilhar informações cruciais sobre a democracia brasileira e possíveis intervenções em nosso processo eleitoral", disse Barros, de acordo com a reportagem.

Além dos encontros com líderes conservadores dos EUA, Eduardo Bolsonaro também esteve em Nova York, onde se encontrou com representantes do Centrão. Durante um almoço realizado no sábado (10), o deputado expressou seu desagrado com o PL, partido ao qual é filiado atualmente. Insatisfeito com sua situação política, Eduardo iniciou conversas com lideranças do PP, partido que ele avalia como opção para uma eventual troca partidária nas eleições de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Sob Bolsonaro, fraudes no INSS somaram R$ 2,1 bilhões

Diretores de Benefícios do INSS nomeados por Bolsonaro aprovaram descontos bilionários. Esquema passou a ser desmontado em julho de 2024, após denúncias

INSS (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Análise realizada pela coluna de Fabio Serapião, do Metrópoles, revelou como sucessivas gestões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) favoreceram entidades com permissão para descontar valores diretamente dos benefícios de aposentados e pensionistas, por meio de convênios firmados a partir de 2019. O levantamento, que cruza dados da operação “Sem Desconto” com nomeações na Diretoria de Benefícios e os valores movimentados pelas associações, mostra os valores desviados por associações e dirigentes do INSS ao longo dos governos de Jair Bolsonaro (PL) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As quantias desviadas, no entanto, são muito diferentes quando comparados os dois períodos.

Ao todo, 30 entidades foram contempladas com convênios durante os dois governos: 12 sob Bolsonaro, que resultaram em descontos de R$ 2,1 bilhões; e 18 durante a gestão de Lula, com impacto bem menor – R$ 235 milhões. A investigação aponta que muitas dessas associações sequer possuíam estrutura para prestar os serviços prometidos e, em alguns casos, repassaram recursos a operadores investigados por suspeita de corrupção.

⊛ Ascensão de convênios no governo Bolsonaro - O crescimento expressivo dos convênios teve início na gestão de José Carlos Oliveira como diretor de Benefícios do INSS, em 2021. Ligado diretamente a Jair Bolsonaro, Oliveira foi também presidente do INSS e ministro da Previdência. Ele assinou três convênios com entidades que movimentaram cerca de R$ 695 milhões: a ABRAPPS (R$ 2 milhões), a AMBEC (R$ 500 milhões) e a AAPB (R$ 191 milhões).

A AMBEC é apontada pela Polícia Federal como responsável pelo envio de R$ 11,9 milhões a Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Já a AAPB, segundo a investigação, estaria ligada à advogada Cecília Rodrigues, ex-presidente da entidade. Ambas foram citadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), que questiona a capacidade de atendimento das instituições. A auditoria constatou que a AMBEC não possui atendimento presencial e que a AAPB mantém estrutura apenas em Fortaleza (CE), mesmo tendo filiados em mais de 4 mil municípios.

⊛ Expansão e indícios de irregularidades - Após Oliveira, assumiu a Diretoria de Benefícios Sebastião Faustino de Paula, que firmou convênios com quatro entidades: CAAP (R$ 251 milhões), UNIVERSO (R$ 225 milhões), UNASPUB (R$ 267 milhões) e CINAAP (R$ 14 milhões). A Unaspub foi a que mais arrecadou sob sua gestão e também é investigada por repasses ao "careca do INSS".

Auditorias na entidade Universo, realizada pela CGU, apontaram deficiências operacionais. Em março de 2024, a associação possuía mais de 250 mil associados espalhados por 4.219 municípios, mas contava com apenas oito funcionários fixos e cinco colaboradores eventuais, o que, segundo os técnicos, “sinaliza ser insuficiente”.

Na sequência, Edson Yamada assumiu o posto entre junho de 2022 e fevereiro de 2023. Embora tenha permanecido já no início do governo Lula, Yamada também é vinculado ao bolsonarismo e aparece como sócio de José Carlos Oliveira em uma empresa citada nos relatórios da PF. Ele assinou seis convênios, com destaque para a CBPA (R$ 221 milhões), AP Brasil (R$ 137 milhões) e CEBAP (R$ 195 milhões). Auditoria da CGU constatou que a CBPA operava em uma “pequena sala comercial” e não demonstrava capacidade para prestar serviços aos milhares de filiados.

⊛ Gestão Lula - Durante o governo Lula, o diretor André Fidelis autorizou convênios que resultaram em R$ 142 milhões em descontos. Ele foi exonerado em julho de 2024, após reportagens denunciarem o escândalo. Fidelis teria recebido, segundo a PF, cerca de R$ 5,1 milhões oriundos de entidades e do lobista conhecido como “careca do INSS”, por meio da empresa de seu filho.

Entre as entidades conveniadas por Fidelis, a Aapen (antiga ABSP), que arrecadou R$ 69 milhões, também foi auditada pela CGU. Embora possuísse sede física em Fortaleza, não mantinha filiais em outros estados, o que contrasta com a capilaridade de sua atuação nacional. A associação é apontada como ligada à mesma advogada Cecília Rodrigues, citada em outras partes da investigação.

⊛ Apontamentos da CGU e repercussões - As entidades envolvidas apresentam falhas estruturais recorrentes, conforme os relatórios da Controladoria-Geral da União. O órgão destacou a dificuldade de acesso de aposentados ao atendimento via SAC, o que compromete a prestação de serviços. Em alguns casos, a estrutura era tão precária que não permitia sequer o cadastramento e atendimento de novos associados. A CGU solicitou à Advocacia-Geral da União que inclua André Fidelis em ações judiciais já protocoladas contra as entidades e operadores do esquema. Até agora, ele não foi citado formalmente.

⊛ O que dizem os citados - Em nota, a AP Brasil declarou que “preza sempre pela transparência, ética e principalmente pelo respeito aos associados e ao público em geral”. A CBPA alegou que atua há longa data oferecendo benefícios a quem contribui com a mensalidade, e declarou apoio às investigações. A AAPB afirmou que sempre cumpriu as exigências legais para firmar os convênios. Já a Unaspub reiterou seu “compromisso com a legalidade, ética e transparência”, e defendeu o “pleno respeito ao devido processo legal”.

O ex-diretor Sebastião Faustino afirmou que “é possível que tenha assinado algum desses acordos”, seguindo os fluxos institucionais da época. “Na hipótese de haver eventual citação, estarei pronto para colaborar com as autoridades do sistema de Justiça”, declarou.

Os demais ex-diretores citados na reportagem não se manifestaram.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Polícia Federal fiscalizará atiradores esportivos e registro de armas

Em todo o país, 600 servidores estão qualificados para a função

(Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) substituíra o Exército e será a responsável - a partir de 1º de julho - pela fiscalização de colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CACs). Segundo informou hoje (15) o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), foram destinados R$ 20 milhões para a PF assumir a responsabilidade.

O secretário-executivo do ministério, Manoel Carlos de Almeida Neto, que fez o anúncio, disse que até o momento 600 servidores da PF foram qualificados para a nova função.

“Estamos assumindo o controle da fiscalização nesta nova fase, por meio da Polícia Federal. Vamos criar Delegacias de Controle de Armas nas capitais de todos os estados e no Distrito Federal e 96 Núcleos de Controle de Armas em delegacias federais no interior do país, totalizando 123 estruturas”, informou.
Supervisão

Caberá à Coordenação Geral de Controle de Armas, órgão central que fará a gestão nacional, a supervisão dessas estruturas.
A substituição do Exército já havia sido determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em decreto assinado em julho de 2023, que proibiu ainda a venda de três tipos de armas de fogo para cidadãos comuns e agora ficam restritas apenas para as forças de segurança.

O documento previa que a nova responsabilidade da PF, de emissão do registro e a fiscalização das licenças dos CACS, começaria em 1º de janeiro de 2025, No entanto, a corporação pediu a prorrogação do prazo por seis meses, por causa da falta de recursos e para poder terminar a capacitação dos agentes.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

MPF quer que antigo Dops do Rio seja um centro de memória do regime militar

Procuradoria cobra União e estado do Rio para garantir acesso ao prédio abandonado e resgatar história das vítimas da ditadura

Antigo prédio do Departamento de Operações Policiais (Dops) do Rio de Janeiro

Vermelho - Prédio marcado pela dor e símbolo da violência da ditadura militar (1964-1985), a antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) do Rio de Janeiro poderá ganhar um novo destino. O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao governo federal que o local se torne um centro dedicado à memória das vítimas do autoritarismo, ao resgate da história e à promoção dos direitos humanos.

A recomendação — feita pelo MPF junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) — estabelece o prazo de 60 dias para que os dois órgãos apresentem as providências necessárias para reverter ao patrimônio da União o imóvel situado na Rua da Relação, nº 38/40, no centro do Rio de Janeiro.

Além disso, na peça o MPF pede que o estado do Rio de Janeiro e a Polícia Civil não imponham obstáculos à atuação da União no imóvel e garantam o acesso imediato e permanente para as ações necessárias de preservação.

Originalmente, o prédio pertencia à União e foi doado ao extinto Estado da Guanabara na década de 1960, sob a condição de uso para fins policiais e com obrigação de preservação.

Entretanto, conforme explica o MPF, “o prédio não cumpriu sua destinação e está abandonado há mais de 15 anos, em estado de conservação precário”.

Ainda de acordo com o MPF, um parecer técnico do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania concluiu que as condições da cessão foram descumpridas, o que justifica a reversão do imóvel ao patrimônio federal.

“A transformação desse espaço em um centro de memória é uma medida de justiça e reparação histórica”, afirma o procurador regional adjunto dos Direitos do Cidadão, Julio Araujo. Para o procurador, “locais como o antigo Dops não podem ser esquecidos ou apagados. Eles precisam ser ressignificados como espaços de resistência, lembrança e aprendizado para as futuras gerações”.

◉ Inquérito

A situação do imóvel — que tem valor histórico e ainda guarda documentos do período ditatorial — levou o coletivo “RJ Memória, Verdade, Justiça e Reparação” a fazer uma representação junto ao MPF que, por sua vez, decidiu pela abertura de um inquérito, em março de 2024.

Outro ponto que faz parte do inquérito é a garantia do recolhimento e tratamento da documentação histórica do Dops, que registra a perseguição política, a tortura e as violações de direitos durante o regime militar, e que será transferido para o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (Aperj).

Leia também: Lei da Anistia é incompatível e deve ser revista, diz relator da ONU

O MPF destaca, ainda, que o valor do prédio vai além do período ditatorial mais recente. O local foi a sede da Polícia Central desde o início do século 20, espaço de onde saíram políticas de criminalização — por vadiagem, capoeiragem e outros “crimes” — da população negra no pós-abolição, assim como de perseguição às religiões de matriz africana. O imóvel também abrigou a polícia política na Era Vargas e em 1987 foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).

◉ Lugares de Memória

Uma vez finalizado o processo de transformação em centro de memória, o prédio se somará a outros pontos históricos que tratam da ditadura.

Segundo a publicação “Lugares de Memória da Ditadura Militar”, mapeamento feito pelo governo federal e divulgado em abril, atualmente existem ao menos 49 locais com essa finalidade no país:

17 no Sudeste, 15 no Nordeste, sete no Sul, seis no Norte e quatro no Centro-Oeste. Entre os estados, São Paulo concentra o maior número de locais mapeados (sete), seguido por Pernambuco (seis) e Rio de Janeiro (cinco).

Os espaços identificados incluem quartéis, cemitérios, prisões, hospitais, parques e universidades, entre outros locais associados à repressão política e à resistência democrática.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal Vermelho

Ministra das Mulheres condena ataques contra Janja e reafirma que plataformas lucram com o ódio e o machismo

"Minha solidariedade à Janja! Toda esta repercussão é mais um triste episódio de misoginia", afirmou a ministra Márcia Lopes

Márcia Lopes e Macaé Evaristo (Foto: Ministério das Mulheres via Instagram)

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, repudiou o mais recente episódio de machismo contra a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja. Em referência ao vazamento à mídia das críticas de Janja ao TikTok, durante visita à China, Lopes rechaçou a misoginia e lembrou que Janja tem exercido um papel relevante no debate sobre a regulamentação das redes sociais.

“Não restam dúvidas de que precisamos debater os impactos das redes sociais na vida das mulheres e crianças, e a companheira Janja tem uma atuação muito importante nesta luta”, disse a ministra nas redes sociais nesta quinta-feira (15).

Caiu por terra a narrativa machista da mídia corporativa contra a primeira-dama após o TikTok enviar uma carta ao governo brasileiro dizendo que está disposto a dialogar. A plataforma tomou conhecimento das preocupações levantadas pela primeira-dama ao presidente da China, Xi Jinping. Segundo ela, a plataforma de vídeos precisa de maior supervisão para evitar a divulgação de conteúdos falsos e danosos ao bem-estar social.

Na postagem, a ministra reiterou que as plataformas de mídia social impulsionam conteúdo misógino. "O Ministério das Mulheres tem dedicado esforços enormes para compreender e investir em um ambiente online saudável, com produção de dados sobre o funcionamento das plataformas e sobre como alguns canais, assim como as próprias plataformas, ganham dinheiro espalhando misoginia", escreveu.

Segundo ela, as plataformas de vídeo, como TikTok e Instagram, são especialmente vulneráveis: "As novas gerações são fortemente impactadas por esses conteúdos em redes como TikTok e Instagram".
"Minha solidariedade à Janja! Toda esta repercussão é mais um triste episódio de misoginia, mas que jamais nos tirará do lugar de luta e de enfrentamento a esse problema".
Fonte: Brasil 247

Após alertas de Janja a Xi Jinping, TikTok envia carta ao Brasil em busca de diálogo

Cai por terra a narrativa machista da mídia corporativa contra a primeira-dama

Logotipo do TikTok nos EUA (Foto: REUTERS/Mike Blake)

O TikTok enviou uma carta ao governo brasileiro dizendo que está disposto a dialogar depois de tomar conhecimento da conversa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, com o líder chinês, Xi Jinping. A mensagem da rede foi enviada por email para o Itamaraty, comandado pelo chanceler Mauro Vieira. O relato saiu na coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

Durante um jantar entre as delegações dos dois países, Lula e Janja alertaram para a necessidade de regulamentação do TikTok e de outras plataformas, para evitar discursos de ódio e fake news.

Mas, no Brasil, a mídia tradicional repercutiu de maneira machista a iniciativa de Janja, como se o fato de ela ser mulher representasse um entrave para atuar em favor de políticas de interesse nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Golpista foragido Paulo Figueiredo aparece em diálogos com Cid

 

Mauro Cid e Paulo Figueiredo tiveram o diálogo mantido em 8/1 divulgado nesta quinta (15). Fotomontagem

No dia 8 de janeiro de 2023, enquanto bolsonaristas golpistas invadiam os prédios dos Três Poderes em Brasília, o então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, recebeu uma mensagem de Paulo Figueiredo Filho — neto do ex-ditador João Figueiredo, alinhado à extrema-direita e atualmente foragido da Justiça brasileira. A mensagem, enviada às 16h36, dizia: “Estupidez sem tamanho. O presidente Bolsonaro precisa se manifestar contra isso AGORA. Pelo amor de Deus. Eu estou no ar na Jovem Pan.”

Naquele momento, Jair Bolsonaro estava nos Estados Unidos e optou por não se pronunciar publicamente para conter a invasão em curso. Mesmo diante de apelos, como o de Figueiredo, para que falasse ao vivo na rádio Jovem Pan, o ex-presidente permaneceu em silêncio até as 21h17 — quando a invasão já havia sido controlada e o governo federal decretado intervenção na segurança do DF. Em sua rede social, Bolsonaro então afirmou: “Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra.”

Paulo Figueiredo confirmou o contato com Mauro Cid e alegou ter alertado Bolsonaro sobre os riscos do 8 de janeiro, que classificou como uma “armadilha na qual muitos caíram”. Disse ainda que o ex-presidente “felizmente, ouviu o meu conselho” e condenou os atos posteriormente. Figueiredo também criticou as investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, acusando as instituições de perseguição política.

O conteúdo da conversa entre Mauro Cid e Paulo Figueiredo faz parte de dados obtidos no telefone do tenente-coronel, apreendido em maio de 2023 durante operação da Polícia Federal. O material inclui mais de 20 mil arquivos e 158 mil mensagens no WhatsApp, algumas já tornadas públicas e outras ainda sob sigilo.

Em resposta ao pedido de manifestação, Mauro Cid disse a Paulo Figueiredo que conversou com Bolsonaro, que não queria se pronunciar. Cid ainda afirmou: “Não vai [se manifestar]… Acabei de falar com ele. Isso já deixou de ser por ele. O povo já não aguenta mais tanta arbitrariedade.”

Bolsonaro foi denunciado pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe após sua derrota eleitoral. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que as ações golpistas no final do governo Bolsonaro estimularam os atos antidemocráticos do 8/1, que resultaram em invasões e depredações.

Fonte: DCM

INSS registra 1 milhão de pedidos de reembolso por descontos não autorizados


Sede do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Mais de um milhão de aposentados e pensionistas já pediram devolução de descontos não autorizados, segundo informou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta quinta-feira (15). O levantamento mostra que, desde a liberação do serviço, foram registrados 1.051.238 pedidos por meio do aplicativo “Meu INSS”.

Na quarta-feira (14), data de início do sistema, o número de pedidos era de cerca de 480 mil. A maioria dos segurados afirmou que não reconhece vínculo com as entidades que efetuaram os descontos, como associações e sindicatos, nem autorizou os repasses.

Além dos pedidos de devolução, o número de acessos ao aplicativo também aumentou de forma expressiva. De acordo com o INSS, cerca de 23 milhões de usuários acessaram o sistema para consultar informações ou verificar se havia descontos indevidos. No dia anterior, os acessos somaram 8,5 milhões.

Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, 41 entidades foram questionadas até o momento. Ele destacou que ainda não há definição sobre a origem dos recursos que serão usados para os reembolsos, mas afirmou que o ideal seria que os próprios fraudadores fizessem a devolução.

Procurador Gilberto Waller Júnior é nomeado presidente do INSS após escândalo de fraudes bilionárias. Foto: Reprodução

Apenas 17.963 segurados afirmaram reconhecer e autorizar os descontos. Esse dado reforça a suspeita de que uma grande parte das cobranças foi feita de forma irregular, afetando diretamente a renda dos beneficiários.

O serviço de contestação está disponível tanto no aplicativo “Meu INSS” quanto na Central de Atendimento 135. Em caso de identificação de desconto indevido, o próprio sistema encaminha a reclamação à entidade responsável, que terá 15 dias úteis para apresentar uma justificativa e mais 15 dias para reembolsar o valor, caso não comprove a autorização.

Os valores não serão creditados diretamente nas contas dos beneficiários. Para garantir mais segurança e evitar novas fraudes, os montantes serão transferidos para o INSS, que ficará encarregado de repassar o dinheiro aos segurados. Waller pediu paciência aos usuários e garantiu que os processos serão acompanhados com atenção.

Fonte: DCM

Contarato, do PT, defende CPMI do INSS: 'esquema desarticulado por Lula começou com Bolsonaro'

“CPMI do INSS assinada”, escreveu o parlamentar em rede social. “Fraudar aposentados e pensionistas é um crime inaceitável”, complementou

Fabiano Contarato (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou nesta quinta-feira (15) que as fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) começaram no governo Jair Bolsonaro, e não na atual gestão do presidente Lula (PT). Mas o parlamentar assinou o documento para a criação da CPMI do INSS. Investigadores da Polícia Federal descobriram um esquema de R$ 6,3 bilhões em desvios na instituição, durante o período entre 2019 e 2024.

“CPMI do INSS assinada. Precisamos chegar às entranhas desse esquema, que teve início em 2019, durante o governo Bolsonaro, e foi desarticulado graças à atuação dos órgãos de controle no governo Lula. Não pouparemos esforços em busca da verdade!”, escreveu Contarato na rede social X.

“Fraudar aposentados e pensionistas é um crime inaceitável, de uma crueldade imensa contra aqueles que trabalharam para construir este país. Faço coro por uma investigação contundente, que traga punição exemplar para todos os responsáveis, doa a quem doer”.

No Congresso, parlamentares do PT ainda negociam sobre como serão os votos da legenda no debate sobre a criação da CPMI, que reúne senadores e deputados federais. A oposição ao governo Lula protocolou o pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. No Congresso, há uma divisão - uns governistas apoiam a CPMI, outros não manifestaram interesse.
Fonte: Brasil 247

Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF após suspeita de falsificação em acordo

Vice-presidente Fernando Sarney assume interinamente e convocará novas eleições conforme decisão judicial

Ednaldo Rodrigues (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A medida foi tomada pelo desembargador Gabriel Zefiro, que nomeou o vice-presidente Fernando Sarney como interventor responsável por convocar novas eleições na entidade.

A decisão judicial baseia-se em indícios de falsificação na assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Antônio Carlos Nunes, em um acordo firmado em janeiro de 2025. Esse documento reconhecia a legitimidade da eleição de Ednaldo Rodrigues em 2022 e havia sido homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No entanto, uma perícia técnica apontou inconsistências na assinatura atribuída a Nunes, levantando dúvidas sobre sua autenticidade.

Em sua decisão, o desembargador Zefiro afirmou: "A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente."

Com o afastamento de Ednaldo Rodrigues, Fernando Sarney assume interinamente a presidência da CBF e terá a responsabilidade de organizar o processo eleitoral para escolha da nova diretoria, conforme os prazos estabelecidos no estatuto da entidade.

Fonte: Brasil 247

Concessionária do Lote 3, CCR PRVias inicia operação de serviços nas rodovias

Os usuários terão disponíveis uma frota de 60 viaturas, dentre as quais 13 de inspeção de tráfego, 7 guinchos leves, 5 guinchos pesados, 4 caminhões-pipa para combate a incêndios, 3 viaturas para captura de animais, 3 veículos para supervisão de pista e 12 ambulâncias de atendimento pré-hospitalar (APH), das quais 4 são Unidades de Suporte Avançado (USA).

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Concessionária do Lote 3, CCR PRVias inicia operação de serviços nas rodovias
(Foto: Rodrigo Félix Leal/SEIL-PR)

CCR PRVias inicia a operação de rodovias no Paraná à 0h de sexta-feira (16) com serviços de atendimento aos motoristas. A empresa, que arrematou o Lote 3 das Rodovias Integradas do Paraná, vai administrar 569 quilômetros, abrangendo trechos da BR-369, BR-373, BR-376, PR-090, PR-170, PR-323 e PR-445. O evento de lançamento contou com a presença dos secretários de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e das Cidades, Guto Silva.

Os usuários terão disponíveis uma frota de 60 viaturas, dentre as quais 13 de inspeção de tráfego, 7 guinchos leves, 5 guinchos pesados, 4 caminhões-pipa para combate a incêndios, 3 viaturas para captura de animais, 3 veículos para supervisão de pista e 12 ambulâncias de atendimento pré-hospitalar (APH), das quais 4 são Unidades de Suporte Avançado (USA).

Além disso, 13 bases do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) estarão em funcionamento 24 horas por dia, oferecendo apoio direto a motoristas, pedestres e caminhoneiros com estrutura de internet, telefonia, banheiros, água potável e totens de atendimento. O número 0800 376 0000 e um aplicativo complementarão o canal de comunicação com os usuários, com informações em tempo real sobre as condições das vias.

Com isso, o Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), deixa de atuar com esses serviços. De 2022 a 2025 foram mais de 37 mil atendimentos com investimento superior a R$ 100 milhões. Os serviços prestados pelo DER/PR seguem em andamento no antigo Anel de Integração que ainda não passou por concessão, com trechos que envolvem os lotes 4 e 5.

O início das atividades também será marcado pela execução dos serviços iniciais, um conjunto de ações estruturantes voltadas à recuperação da malha viária e da sinalização, reforço da segurança e aprimoramento do atendimento aos usuários. Ao longo dos próximos 30 anos de concessão estão previstos investimentos de cerca de R$ 16 bilhões em serviços, obras de ampliação, modernização e tecnologia.

O Lote 3 faz parte da Malha Norte, que abrange 22 cidades e faz a ligação do Norte do Estado com o eixo rodoviário da BR-277, chegando até o Porto de Paranaguá. As rodovias atendidas nesse trecho atravessam as cidades de Sertaneja, Sertanópolis, Londrina, Cambé, Ibiporã, Tamarana, Mauá da Serra, Marilândia do Sul, Califórnia, Apucarana, Arapongas, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Ortigueira, Imbaú, Faxinal, Tibagi, Ipiranga, Ponta Grossa, Palmeira e Balsa Nova.

Entre as principais obras estão 132 quilômetros de duplicações e 24,6 quilômetros de faixas adicionais. Entre as novidades está o Contorno de Apucarana, no Vale do Ivaí, ligando a BR-369 à BR-376 e com 13,8 quilômetros de extensão, e o Contorno de Califórnia, com pouco mais de cinco quilômetros, ligando dois trechos da BR-376. Já Ponta Grossa ganhará dois novos contornos: o Contorno Norte, com extensão total de 14,65 quilômetros, entre a BR-376 e a BR-373, e o Contorno Leste, que vai ligar a BR-373 à PR-151 e terá 27,7 quilômetros de extensão.

O Lote 3 também vai concluir a duplicação da Rodovia do Café (BR-376), entre Mauá da Serra e Ponta Grossa. Serão duplicados 52,58 quilômetros da BR-376, divididos em quatro segmentos, passando por Mauá da Serra, Ortigueira e as proximidades de Imbaú. Confira todas as obras AQUI.



Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

VÍDEO – Zambelli sugere usar ChatGPT para analisar sua condenação: “Há contradições”

A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) durante coletiva de imprensa na sede do partido em São Paulo, nesta quinta (15). Foto: Reprodução

Condenada a 10 anos de prisão por invasão dos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sugeriu que jornalistas usem o ChatGPT, ferramenta de inteligência artificia, para analisar a sentença. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na sede do PL em São Paulo nesta quinta (15).

“Eu mando a peça, pra vocês, de decisão do Alexandre de Moraes, o voto dele me condenando a dez anos, vocês joguem isso num ChatGPT e perguntam assim pro Chat: aponte, por favor, se há incongruências e por que a Carla foi condenada, quais as provas apresentadas pra condenação dela. O próprio ChatGPT aponta uns oito tipos de contradições, inclusive, para defesa”, afirmou.

Essa não é a primeira vez em que bolsonaristas sugerem a ferramenta para avaliar documentos judiciais. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também usou uma análise do ChatGPT e do Grok, inteligência artificial do X, para apontar “falhas” na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Condenação de Zambelli

A decisão do STF ainda prevê a cassação do mandato da parlamentar. Ela foi condenada junto do hacker Walter Delgatti Neto, que teve uma pena menor, de 8 anos de prisão, pelo mesmo crime. Os dois ainda terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões.

Durante a coletiva, Zambelli ainda disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu um “sinal verde” para Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Casa, para votar uma resolução que suspende o processo, manobra que tentaram criar para livrar Alexandre Ramagem (PL-RJ) da ação da trama golpista.

“Tudo, na vida política, a gente precisa ter o determinado momento de fazer”, prosseguiu a deputada. A deputada ainda tentou se vitimizar após a decisão e disse que “não sobreviveria na cadeia”, citando seus problemas de saúde.

A defesa da deputada entrará com um recurso. A ideia é usar os embargos de declaração, que não alteram o resultado da decisão, mas adiam o trânsito em julgado e, consequentemente, sua prisão.

Fonte: DCM