Presidente Lula ainda conseguiu reduzir sua rejeição e ampliar seu potencial de voto, indica o levantamento
Tarcísio de Freitas se alinha a interesses estrangeiros enquanto presidente Lula reage em defesa do Brasil (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert/PR)
A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (21), e a análise publicada pelo diretor do instituto, Felipe Nunes, no X (antigo Twitter), apontam que Lula lidera todos os cenários de primeiro turno e ampliou suas vantagens nos confrontos diretos. Segundo Nunes, houve mudança no posto de adversário mais forte contra Lula na segunda etapa: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) passou a ocupar esse lugar.
Nos cenários estimulados para o primeiro turno, Lula aparece à frente em todas as simulações testadas. O quadro geral confirma o protagonismo do atual presidente e a fragmentação da oposição entre diferentes nomes, como Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, Eduardo Leite, Ratinho Júnior, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Flávio Bolsonaro.
Na comparação de segundo turno, a distância entre Lula e Jair Bolsonaro (PL) - que está inelegível - chegou a 12 pontos (47% a 35%), o dobro do que se observava um mês antes, conforme a série histórica do estudo. A curva temporal mostra a vantagem de Lula se expandindo entre julho e agosto.
A principal novidade está no duelo com Tarcísio de Freitas: Lula abriu 8 pontos (43% a 35%), após ter vantagem de 4 pontos em julho. A série de Tarcísio indica queda no último mês, ao passo que o presidente oscilou para cima. De acordo com a leitura de Felipe Nunes, mesmo sendo hoje o nome mais competitivo da direita para um eventual segundo turno, Tarcísio “sofreu desgaste” pela associação a Bolsonaro no debate do “tarifaço”, o que ajuda a explicar o ganho de Lula no período.
O levantamento também registra avanço de Lula sobre Michelle Bolsonaro: a diferença passou a 13 pontos (47% a 34%), após 7 pontos em julho, o que reforça o enfraquecimento do bolsonarismo em meio à discussão de tarifas, segundo a análise de Nunes.
Nos embates com outros quadros da oposição, Lula mantém margens confortáveis: 10 pontos sobre Ratinho Júnior (44% a 34%), 16 pontos sobre Eduardo Leite (46% a 30%), 15 pontos sobre Romeu Zema (46% a 31% na série mais recente), 16 pontos sobre Ronaldo Caiado (47% a 31%) e 16 pontos sobre Flávio Bolsonaro (48% a 32%).
Os recortes por unidade da federação ajudam a entender as forças regionais que estruturam o tabuleiro. A análise de Felipe Nunes destaca que, se a eleição fosse hoje, Tarcísio venceria Lula em São Paulo, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, com empates em Minas Gerais e no Rio; já Lula abriria folga expressiva no Nordeste, a exemplo da Bahia e de Pernambuco. No caso de Michelle Bolsonaro, seu melhor desempenho relativo seria em Goiás, mas empates em São Paulo e Minas Gerais limitariam suas chances; e, entre os demais nomes testados, Ratinho Júnior, Zema, Caiado e Eduardo Leite seguem barrados pelo alto desconhecimento fora de seus redutos.
Além das intenções de voto, a Quaest captou movimento relevante nos atributos: pela primeira vez no ano, a rejeição a Lula diminuiu e seu potencial de voto aumentou, enquanto, entre os principais oposicionistas, a rejeição subiu e o potencial ficou estagnado.
O estudo também aferiu percepções sobre as candidaturas. Hoje, 58% dos entrevistados dizem que Lula não deveria disputar a reeleição em 2026 (39% afirmam que deveria). Já no campo bolsonarista, 65% defendem que Jair Bolsonaro “abra mão e apoie outro candidato”, contra 26% que preferem que ele mantenha a candidatura.
Com dados nacionais e estaduais coletados entre 13 e 17 de agosto, a 16ª rodada da Genial/Quaest confirma a liderança de Lula no primeiro turno e indica que, em um mês, o presidente dobrou a vantagem sobre Tarcísio em um eventual segundo turno, ao mesmo tempo em que ampliou a distância para Bolsonaro. O conjunto dos indicadores sugere que a oposição sentiu os efeitos do debate sobre tarifas, enquanto o governo recuperou terreno na percepção do eleitorado.
O estudo da Genial/Quaest ouviu 12.150 pessoas entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e reúne recortes nacionais e por estados, além de indicadores de conhecimento, potencial de voto e rejeição.
Fonte: Brasil 247
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