O presidente Lula e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Foto: Reprodução
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou líderes da base para uma reunião no Palácio do Planalto após vitória de bolsonaristas na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Congresso Nacional. O colegiado elegeu dois opositores para os principais cargos.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito para a presidência da CPI e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator. A vitória da oposição surpreendeu o Planalto, que esperava eleger aliados.
Pouco antes, o presidente Lula se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), no Palácio da Alvorada. Gleisi pediu o encontro com aliados para discutir os próximos objetivos, avaliar os motivos da derrota e reorganizar a estratégia política.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AC), minimizou o resultado e afirmou que a ausência de parlamentares do MDB, como Rafael Britto, que está fora do país, foi determinante para a vitória da oposição. “Os três primeiros suplentes são do PL, que ascenderam e fizeram a diferença. Foi uma questão de regimento”, declarou.

A eleição de Viana ocorreu com 17 votos, contra 13 de Omar Aziz (PSD-AM), apoiado por Lula e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador de oposição celebrou o resultado e agradeceu a articulação feita nos últimos dias.
A CPI foi criada para investigar fraudes em descontos indevidos de aposentadorias e pensões, que segundo a Polícia Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União ) podem ter causado prejuízos de R$ 6,4 bilhões.
A derrota levou Gleisi a reforçar a mobilização da base, já que a comissão pode tentar culpar figuras que fazem ou fizeram parte do governo, como o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi e seu sucesso, Wolney Queiroz, além de dirigentes do INSS.
O objetivo da base governista é esclarecer que a fraude teve início na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: DCM
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