Bola estava no acervo da Câmara dos Deputados e foi devolvida dias após os ato golpistas do dia 8 de janeiro de 2023
Alexandre de Moraes e terroristas bolsonaristas em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/ABr | Ruters)
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, na segunda-feira (30), Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Entre os crimes, consta o furto de uma bola autografada por Neymar Jr., item pertencente ao acervo do museu da Câmara dos Deputados. As informações são da CNN Brasil.
A decisão foi confirmada após maioria formada na sexta-feira anterior (27), quando os ministros já haviam sinalizado os votos pela condenação. Fonseca Júnior foi responsabilizado por seis crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, associação criminosa armada e furto qualificado.
A pena imposta totaliza 17 anos — sendo 15 anos e seis meses de reclusão e um ano e seis meses de detenção. Além disso, o réu terá que pagar 130 dias-multa, com o valor diário fixado em um terço do salário mínimo, o que resulta em aproximadamente R$ 66 mil. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, também determinou que Fonseca Júnior participe do pagamento de uma indenização coletiva por danos morais no valor de R$ 30 milhões, dividida entre os demais condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.
O voto de Moraes foi acompanhado integralmente pelos ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia. Já o ministro Cristiano Zanin concordou com a condenação, mas divergiu quanto à pena, propondo uma condenação de 15 anos. Luiz Fux, por sua vez, discordou da tipificação pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, sugerindo sua exclusão da sentença.
Em janeiro de 2023, logo após os atos de invasão e depredação em Brasília, o próprio Nelson Fonseca Júnior procurou a Polícia Militar e admitiu ter levado a bola autografada por Neymar. Segundo ele, o objeto estava no chão da Câmara dos Deputados e teria sido recolhido com o propósito de “proteção” e “devolução futura”.
No dia 24 daquele mês, Fonseca voltou para Sorocaba, no interior paulista, levando a bola consigo. Quatro dias depois, dirigiu-se a uma unidade da PM para devolvê-la. O item foi, então, encaminhado à Polícia Federal e retornou ao museu da Câmara em fevereiro. Já em março, Nelson tornou-se réu e teve a prisão preventiva decretada por sua participação nos atos criminosos de 8 de janeiro.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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