terça-feira, 1 de julho de 2025

Advogado de Bolsonaro e Fábio Wajngarten prestam depoimento à PF por suposta interferência em delação de Mauro Cid

 Oitivas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ocorrerão simultaneamente nas cidades de Brasília e São Paulo

Mauro Cid - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)


A Polícia Federal (PF) colhe nesta terça-feira (1º) os depoimentos de Paulo Amador da Cunha Bueno, advogado de Jair Bolsonaro (PL), e de Fábio Wajngarten, ex-assessor do mandatário, no inquérito que apura possível tentativa de interferência na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. As oitivas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorrerão simultaneamente, às 15h, nas cidades de Brasília e São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo as investigações, o advogado Eduardo Kuntz, que defende o coronel Marcelo Câmara, também será ouvido, junto com seu cliente. Kuntz é suspeito de ter tentado obter informações sigilosas da colaboração premiada de Mauro Cid por meio de contatos indiretos e mensagens enviadas por um perfil do Instagram identificado como “Gabriela” (@gabrielar702), que ele atribui ao próprio Cid.

Kuntz entregou essas mensagens ao STF e, com base nos diálogos, solicitou a anulação do acordo de colaboração do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em resposta, Cid afirmou à Corte que sua família foi abordada não apenas por Kuntz, mas também por Paulo Amador da Cunha Bueno e por Fábio Wajngarten, supostamente com o mesmo objetivo de influenciar seu posicionamento na delação.

De acordo com a defesa de Cid, os contatos ocorreram por meio de sua esposa, mãe e até da filha menor de idade durante eventos realizados na Hípica de São Paulo. Segundo a reportagem, Eduardo Kuntz disse estar “seguro e confiante” e declarou que está pronto para “esclarecer qualquer questão que possa contribuir com as investigações”.

Ao determinar os depoimentos, no último dia 25 de junho, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que as “condutas narradas à autoridade policial indicam a prática, em tese, do delito de obstrução de investigação”. Além dos depoimentos, Moraes também ordenou que a Polícia Federal apresente, no prazo de dez dias, o laudo técnico com a extração e categorização dos dados armazenados no celular apreendido durante as apurações.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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