Ex-presidente do Senado vai entrar em cena para tentar interlocução política
O Senado Federal escalou o ex-presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD‑MG), para atuar como interlocutor direto junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Advocacia-Geral da União (AGU) na crise desencadeada pela revogação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) decretada pelo Legislativo. A iniciativa, segundo fontes do Congresso ouvidas com exclusividade pelo jornal Valor Econômico, tem o objetivo de evitar que a controvérsia se prolongue no Judiciário e minore o desgaste político entre os Poderes.
Nos últimos dias, o governo movimentou uma série de interlocuções para reabrir um canal com o Senado, especialmente com o presidente Davi Alcolumbre (União‑AP), cujo relacionamento com o Planalto foi abalado com a derrubada dos decretos do IOF. A atribuição de Pacheco a essa missão sinaliza a disposição oficial de tratar o assunto com prioridade, antes que medidas judiciais avancem — sobretudo no STF — e agravem a tensão institucional.
Pacheco é reconhecido no meio político por sua experiência nas negociações majoritárias e pelo trânsito amplo tanto no Legislativo quanto no Judiciário. Segundo interlocutores, dados os prazos curtos e o risco de uma crise em escalada, há urgência no estabelecimento de uma agenda com a AGU e o STF para encontrar uma solução técnica e política ao impasse. Ainda não há data marcada para eventuais reuniões ou diálogos formais, mas a movimentação sinaliza um esforço concertado para tratar o tema com cautela e evitar uma crise institucional de larga escala.
No Planalto, observa-se preocupação com o reflexo político da judicialização do episódio, que poderia se estender até depois da reunião do presidente Lula com líderes do Senado — pretendida como gesto de reconciliação institucional após a polêmica do IOF.
Em visita à Bahia nesta terça-feira (2), o presidente Lula expressou a intenção de “voltar à normalidade” no relacionamento com o Congresso e planejou reuniões com parlamentares.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico
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